NEFAS E O MAPA DA LOUCURA



Capítulo Seis:

NEFAS E O MAPA DA LOUCURA


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Por um momento apenas se pode ouvir os passos de Dumbledore chegando junto ao baú, rapidamente ele colocou a mão direita no que parecia ser um vazio e retirou de lá um velho, encardido e surrado pergaminho, enrolado em uma fita quase desfiada, de ouro.
Louis Armstrong soltou uma exclamação baixa que quase ninguém pode ouvir, mas Dumbledore também pareceu surpreso por um instante.
_O Mapa da Loucura – Louis falou antes de se aproximar de Dumbledore.
_Temos de ir para outro lugar – o diretor falou se virando para todos.
_Para o desfiladeiro – Louis disse e bruxos começaram a desaparecer por todos os lados.
Tolkien tocou Harry e juntos desapareceram, enquanto Tonks levava Hermione e Lupin, Rony.
Pela viagem Harry pode ver apenas borrões azuis, que pareciam águas em queda, até cair em um lugar escuro.
Havia uma lareira, cortinas altas de cor vinho e uma grande mesa ao centro, com dezenas de cadeiras, ela estava lustrosa, o que refletia o teto, todo coberto por imagens de criaturas que Harry desconhecia.
O chão estava coberto por um tapete também vinho, aonde a figura de reis estavam por todos os lados.
Parecia assustador, mas também confortável e acolhedor, assim como a Torre de Grifinória sempre fora.
_Sentem-se por favor – Louis pediu.
_Que lugar é esse? – Rony perguntou olhando para o teto, mesmo que fosse impossível ver as figuras ali devido à escuridão.
_É uma sala que os velhos membros do Império da Fênix usavam, está distante de quase todo o mundo mágico e apenas aqueles que já pertenceram ao Império podem entrar ou trazer consigo alguém. Não vinha aqui há mais de cinqüenta anos, quando tive que trazer o corpo de Bownie.
_É esse aqui? – Hermione perguntou apontando para a figura de um dos reis no tapete, aonde Harry pode reparar que havia uma plaquinha dourada do lado com os dizeres: “Bownie Stewart Prince II”.
_Sim – Louis falou – Bownie nunca pertenceu ao Império realmente, mas sempre foi muito útil em nossas missões, então decidimos colocá-lo junto com os outros seis membros do Império.
_E o que houve com esse Bownie? – Harry perguntou se sentindo gelado naquele lugar.
_Morreu na última luta que o Império enfrentou – Dumbledore respondeu – Foi quando Durmstrang se separou de Bounstouns e Igor Karkaroff assumiu o cargo de diretor.
_Durmstrang e Bounstouns eram uma só escola? – Rony perguntou antes de se sentar em uma das cadeiras.
_Sim, uma grande escola, a mais popular depois de Hogwarts – Louis respondeu – Mas os alunos eram muito divididos, assim como professores, sobre qual caminho ensinarem aos recém chegados.
Alguns prezavam maturidade e por isso queriam ensinar feitiços e encantos mais obscuros, enquanto outros achavam o método de Beauxbatons e Hogwarts mais apropriado, o ensino que amadurece com o passar dos anos.
Houve um grande conflito juntamente com grupos de trevas que estavam dominando os países europeus, chamados de Cavaleiros da Morte, e com isso, a escola entrou em conflito, se separando no final.
_Cavaleiros da Morte? – Harry repetiu se sentando ao lado de Hermione e próximo de Rony.
_Também acredito que a influência para os Comensais tenham vindo daí – Dumbledore falou calmo – Tudo o que os Cavaleiros fizeram seria motivo de orgulho para Voldemort.
Por um breve instante enquanto todos se juntavam a mesa houve um silêncio.
Louis colocou o mapa ainda enrolado sob a mesa e apanhou sua varinha.
Harry podia perceber que Rony estava engolindo seco desde que sentara na mesa, e isso era porque uma das figuras no teto, e que estava sendo refletida na mesa, era muito parecida com a de uma aranha gigante.
Hermione estaria rindo se seus olhos não estivessem tão presos no mapa no centro da mesa.
_Isso é uma Horcruxe – Louis falou em meio ao silêncio, Harry mal conseguia enxergar a face das pessoas naquela escuridão, mas sabia que Moody e Quim estavam realmente sérios. – Esse Mapa existe a mais de mil anos, desde antes de Hogwarts ser aberta. Ele foi criado pelos quatro fundadores e por isso preza as características de cada um. Ao longo dos anos, esse mapa foi enfeitiçado e passou por mãos que poucos acreditam, e isso, é claro, foi porque quando Salazar deixou a escola, levou consigo o mapa.
Esse é o mapa mais poderoso e antigo da história, nenhum resistiu há tanto tempo e há tantos encantamentos.
Há última vez que esse mapa foi visto foi há mais de trezentos anos, mesmo que naturalmente Voldemort o tenha encontrado e o enfeitiçado há muito menos tempo do que isso.
_Mapa da Loucura – Dumbledore disse em voz baixa – É assim como o chamam, o nome verdadeiro ninguém sabe. Quando a Arena das Almas Perdidas foi aberta há mil e um anos, foi esse mapa que levou o dono até ele.
_Mas não estava com Salazar? – Hermione perguntou, naquele tom que lembrou há Harry estarem em uma aula de História da Magia.
_Salazar logo que saiu da escola passou o mapa adiante, com medo de que pudesse estar sendo vigiado por ele – Louis respondeu ao mesmo tempo que Rony franziu a testa. – O bruxo que recebeu o mapa não só encontrou a Arena através do que ali estava sendo revelado, como também continuou sendo dono dele por anos, até sua morte, para sermos bem claro.
_O Mapa do Maroto – Dumbledore falou – É uma cópia simplificada e naturalmente muito inferior, a deste famoso mapa.
O Mapa da Loucura tem como principal característica, revelar a quem o enfeitiçou o paradeiro de quem o leva consigo. Ele também cria uma ligação entre o bruxo que o enfeitiçou até o que segura o mapa, o que os fariam se encontrar em poucos segundos.
O mapa ficou conhecido assim porque lendas contavam feitos absurdos sobre aqueles que o apanhavam. Como o mapa passou por muitos vilarejos, as lendas alimentavam que quem segurasse o mapa ficava louco, o que logo se espalhou.
Helga Hufflepuff descobriu o mapa e o apanhou de volta antes de morrer, dizem que ela colocou um último feitiço para que somente alguns determinados bruxos de poderes quase inalcançáveis pudessem usar o mapa.
Pelo que se sabe, realmente isso aconteceu, nunca mais o mapa chegou a um vilarejo, ele desapareceu da história mágica e se tornou uma lenda, desde então ninguém jamais o viu ou uma foto sequer.
Os criadores de mapa tentaram encontrá-lo para tentar uma restauração ou algo semelhante, mas foi inútil, o mapa havia desaparecido definitivamente.
Quando ocorreu a guerra para por ao fim os Cavaleiros da Morte e assim definir o destino de Durmstrang e Bounstouns, rumores afirmavam que o Mapa havia sido visto, por poucos segundos, nas coisas de um ex-Cavaleiro, mas que logo havia desaparecido.
Como apenas um bruxo afirmava ter visto e não haviam provas para tal, todos esqueceram.
_Naturalmente foi quando Voldemort apanhou o mapa – Dumbledore disse – Na época em que ele estava fazendo as Horcruxes.
_E infelizmente teremos que destruir o mapa para acabar com a Horcruxe. – Louis falou.
_Não se pode destruir apenas a Horcruxe? – Hermione perguntou depressa.
_Talvez, embora quase impossível – Louis respondeu.
_Apenas um bruxo conseguiria – Dumbledore disse enquanto alguns estavam se levantando da mesa, o ambiente parecia, apesar de aconchegante, desconfortável, desde que o mapa fora colocado sob a mesa Harry se sentia um pouco zonzo e assim também se levantou.
_E quem seria esse bruxo Alvo? – Lupin perguntou, um dos poucos ainda sentado.
_Nefas – Dumbledore respondeu.
_Sim, Nefas é o único que saberia como destruir esse mapa - Louis disse enquanto Dumbledore desviava olhares rápidos para todos os lados - Você sabe Alvo, mesmo que sempre tenha sido receoso sobre de que lado ele está - Dumbledore o encarou e fechou os olhos por um instante.
_Quem é Nefas? - Rony perguntou distante, quase desaparecido no escuro da sala.
_Um grande criador de mapas - Hermione disse antes de ser interrompida por Louis.
_Nefas é um inteligente bruxo, muito mais do que todos pensamos, alguém que possui uma lógica na forma de pensar que assusta.
Os maiores e mais habilidosos mapas do mundo foram feitos por ele, ninguém sabe como construir e desaparecer com um mapa como ele.
_Então temos de encontrá-lo! - Rony disse de repente.
_Nefas pode estar do lado de Voldemort - Dumbledore disse em voz baixa, quase em um sussurro.
_Se chegarmos nele e isso for verdade, vai saber que estamos procurando as Horcruxes. - Tolkien murmurou apanhando uma taça.
_Ele pertence ao Império da Fênix - Dumbledore falou e Harry imediatamente se virou para ele, com o estômago gelado. Todos estavam com os olhos saltados agora, algo estranho estava acontecendo, o mapa estava se abrindo, a fita de ouro saltou para fora e o pergaminho se desenrolou.
Cada vez que o mapa se abria mais, Harry se sentia mais e mais gelado, os outros também pareciam desconfortáveis, um pouco surpresos por sentirem aquilo.
Quando o mapa se abriu por completo, todos se aproximaram da mesa ao mesmo tempo que uma música suave e bonita, quase natalina, tocava, vindo do pergaminho.
Havia rabiscos, algo como rascunhos não terminados, por todos os lados. As bordas estavam sujas, como se estivessem “enferrujadas”. Havia ainda alguns poucos buracos e tudo ali se movia, mudando constantemente de lugar e forma. Muitos caminhos, como nomes de bruxos, cidades, locais secretos e feitiços rabiscados no topo do mapa, mudavam a cada segundo.
Havia uma queda de água grande rabiscada agora, com uma entrada trancada.
_Está mostrando aonde estamos – Quim disse com a voz sombria.
_Voldemort pode saber aonde estamos nesse momento, se descobrir terá certeza que estamos caçando suas Horcruxes. – Tolkien falou deixando o copo que apanhara sob a mesa.
_Esse mapa não teria essa habilidade, não depois de tantos anos – Louis falou mas então um barulho estrondoso surgiu e quase todos se abaixaram tampando os ouvidos.
Houve estalos por todos os lados e barulhos de chamas. Harry olhou para a mesa, Dumbledore estava agitando sua varinha contra o mapa, enquanto vultos negros, meio transparentes tentavam invadir a sala.
Harry sentiu alguém agarrar um dos seus braços e com uma forte dor na perna foi levado, Rony tentara lhe segurar para também ser levado, mas Quim o separara, aparatando em seguida.
Harry viu que Tolkien estava com um corte na testa, um profundo corte, da onde saia muito sangue.
_Não se preocupe – ele disse quando Harry viu o corte.
_O que houve?! – Rony perguntou assustado, correndo pelas ruas escuras. Ele havia sido ferido, com um corte no braço direito e um no rosto, na bochecha.
_Comensais tentaram invadir a sala, Voldemort conseguiu entrar naturalmente. O mapa os avisou aonde estávamos – Quim respondeu. Apenas Tolkien, Rony, Harry e Quim estavam ali.
_Voldemort tentou te atacar Harry – Tolkien falou – E por isso foi atacando todos que estavam na sua frente, Dumbledore tentou proteger, senão fosse por ele, eu e Rony estaríamos encrencados.
_Obrigado – Harry falou se levantando – Cadê os outros? – no mesmo momento Tonks aparatou com Hermione, ela caiu desmaiada na rua. Tonks estava gravemente ferida.
_Consegui a salvar – ela disse antes de também cair desmaiada.
No mesmo instante que Tonks caiu Moody chegou à cena.
_Tonks foi atingida por um encantamento mandado por Voldemort, Granger tentou ajudar e quase foi morta, Nynphadora resistiu ao feitiço e aparatou, um milagre.
_E Dumbledore? – Tolkien perguntou também ficando de pé.
_Ele se preocupou em ajudar à todos e por isso não pode agir contra Voldemort de imediato, quando sai de lá o caos estava tomado, todos estavam aparatando.
No momento seguinte Tonks e Hermione tentaram se levantar, retornando do desmaio.
Rony logo ajudou Hermione a ficar de pé, mesmo que ela parecesse completamente atordoada.
_Nymphadora, você está bem? – Quim perguntou ajudando Tonks.
_Voldemort tentou me matar – ela disse com a voz fraca – Eu e Hermione fizemos algo que nunca tinhamos feito, e conseguimos enfraquecer o feitiço, mas fomos atingidas do mesmo jeito.
_Vai ficar tudo bem – Tolkien disse – Vocês estão de pé, logo devem se sentir melhor. Mesmo assim, não podemos perder tempo, não depois que Voldemort sabe de tudo, temos que ir – Tolkien continuou antes de colocar algumas faixas ao redor da sua cabeça, seu corte, realmente profundo, ainda sangrava muito.
_Eu vou ficar – Tonks disse – Avisarei à todos que estamos bem.
_Você sabe o que faz? – Quim perguntou sério.
_Sim – Tonks respondeu se desvencilhando de Quim e ficando de pé, a varinha agora fortemente empunhada – Não percam tempo.
Todos decidiram seguir em frente, o caminho que eles percorriam era assustadoramente escuro, haviam postes de iluminação, mas eles estavam apagados, e as casas estavam soturnas, a maioria ocultas por árvores altas e assustadoras.
A rua estava vazia, apenas algumas folhas voavam com a corrente de ar, que estava definitivamente forte.
_Aqui – Tolkien disse antes de parar em frente a uma casa de madeira, alta e bonita, com uma grande porta de entrada e árvores por todos os lados.
Havia um caminho de pedra e muitas janelas, todas fechadas.
_Nefas mora aqui? – Rony perguntou olhando para a maior janela de todas, que parecia sombria aquela noite.
_Sim – Moody falou antes de abrir o pequeno portão e adentrar, em seguida prosseguindo sob o caminho de pedras. - Ele não sabe quem eu sou.
_Mas a mim sim – Tolkien disse e rapidamente foi até a porta de entrada, aonde apanhou a sua varinha e fez um movimento triangular. Hermione parecia intrigada agora.
Do movimento surgiu a figura de um mapa, aonde havia um borrão nele, vermelho, parecendo um pingo de tinta, que se movia dentro de um cômodo.
Tolkien levou sua varinha até o borrão e tocou.
O mapa chacoalhou e desapareceu, no mesmo instante que uma voz aguda e velha perguntou:
_Quem é?
_Sou eu professor, Tolkien Jolie Remo.
_Tolkien? – a voz repetiu parecendo surpresa.
_Sim, não nos vemos há anos, mas preciso muito falar com o senhor.
_Ah sim rapaz, entre.
A porta se abriu bruscamente, revelando uma entrada que fez Hermione e Rony se entreolharem. Era um hall circular, com um globo ao centro, flutuando, com um anel de ouro girando por todos os lados. As paredes estavam cobertas por mapas de todos os tipos, todos abertos e com borrões, nomes, e coisas se movendo, revelando o paradeiro de vários bruxos.
O chão estava coberto de sinais que pareciam ter sido feitos a tinta, e estavam gastos.
Havia uma nova porta dupla ao fundo, dourada e bonita.
_Tolkien? – a mesma voz aguda disse antes de abrir a porta aos fundos e um bruxo baixinho, de olhos azuis pequenos, de cabelos brancos espetados, vestes douradas e azuis, óculos redondos e sapatos de madeira surgiu diante de todos.
Ele olhou para Quim, Moody, Rony e Hermione bastante surpreso, mas quando seus olhos caíram sob Harry, ele paralisou.
Harry sempre fora acostumado com a reação das pessoas ao ficar diante dele, o Menino-Que-Sobreviveu, mas depois de tantos anos, era estranho encontrar alguém que ainda se impressionava.
_Professor! – Tolkien disse em um breve sorriso estendendo sua mão, Nefas a apertou rapidamente. – Quim Shacklebolt, Alastor Moody, Rony Weasley e Hermione Granger, eles estão conosco. – Nefas não parecia ter prestado atenção nesse momento, ele estava olhando para Harry por entre o anel de ouro que girava, as mãos dele, pequenas e enrugadas lembravam a Dobby, e o olhar também, às vezes. – E Harry Potter! – Tolkien terminou.
Nefas deu a volta no globo e estendeu sua mão para Harry apertar, seus olhos estavam tão fitados nos de Harry que ele parecia um maníaco neste momento.
_Prazer meu jovem – ele disse com a voz aguda, mas sombria.
_Prazer – Harry disse apertando a mão.
_Imagino que seja algo realmente importante Tolkien – Nefas falou se virando – Você não me visita há seis anos, da última vez tentou roubar um dos meus mapas e nunca mais voltou.
_Eu era muito levado naquela época professor – Tolkien falou sorrindo – Mas eu acredito que nesse momento, quem vai lhe explicar sobre a situação acaba de chegar. – no momento em que Tolkien terminou de falar, a campainha tocou.
Nefas, que era tão pequeno quanto o Prof.Flitwick, correu até a porta e com o aceno de sua varinha, que era pequena e fina, abriu as portas.
Dumbledore estava mais a frente, parecendo calmo, mas notavelmente na luta para controlar sua raiva sobre o acontecido.
Mais atrás estavam Tonks, Lupin e Arthur Weasley.
_Alvo? – Nefas murmurou.
Dumbledore olhou para o pequeno bruxo e estendeu sua mão. Nefas cumprimentou, parecendo ainda mais surpreso.
_Podemos entrar? – Dumbledore perguntou e Nefas apenas balançou a cabeça positivamente, saindo do caminho de entrada.
_Percebo que é algo realmente interessante - ele falou agitando sua varinha para a porta, que se fechou rapidamente. – Alvo, quanto tempo, eu jamais pensei que fosse vê-lo novamente. Meus serviços lhe parecem vitoriosos?
_Sim – Dumbledore respondeu enquanto Nefas caminhava até a porta ao fundo do hall e a abrindo pediu, com um movimento da mão, que passassem para o próximo cômodo.
Harry foi um dos primeiros, pois estava próximo da porta.
Estavam em uma sala gigantesca, que parecia uma biblioteca na realidade, haviam escadas de ouro por todos os lados, que levavam a andares e mais andares com estantes cheias de livros. Mesas redondas com cadeiras confortáveis estavam por todos os lados, lareiras em cada um dos andares e lustres tão grandes que chegavam a ser assustadores.
O chão, de madeira e reluzindo todas aquelas luzes bonitas, estava apenas com um longo e belo tapete, aonde havia a figura de uma águia, a mesma usada no escudo de Corvinal.
_Sentem-se por favor – Nefas pediu limpando os óculos e guardando uma série de pergaminho enrolados em um armário cheio de objetos de ouro que Harry jamais vira antes.
Assim que todos se acomodaram, ele se virou e olhou para Dumbledore.
_No que posso ajudá-lo?
Dumbledore levou sua mão direita até as vestes e puxou o velho e surrado Mapa da Loucura.
Nefas, que estava ao lado de uma mesa, se apoiou nela no mesmo instante. Ele parecia ter ficado tonto, quase desmaiado, ao ver o mapa.
Ele retirou os óculos, deixando sob a mesa, e caminhou pela sala em direção a Dumbledore, até apanhar o mapa e o encarar.
_Há séculos que nenhum registro é encontrado. Todos pensam que foi destruído.
_O Mapa estava sob domínio de Voldemort há anos - Nefas fitou Dumbledore chocado. - Conseguimos o recuperar está noite. Voldemort enfeitiçou o mapa com uma magia negra poderosíssima, e que precisa ser finalizada, por isso, temos que destruir o mapa.
_O Mapa dos fundadores! – Nefas exclamou com os olhos saltados – Um dos mapas mais importantes da história, um mapa que abriu caminho para a maioria dos que existem hoje e foi crucial no desenvolvimento do Departamento de Aurores, um mapa que está acima de muitas coisas que prezamos.
_É necessário! – Dumbledore disse calmo, mas firme – Esse mapa, enquanto fechado, não representa perigo algum, mas então, ele se abre e revela à Voldemort e seus Comensais aonde está o paradeiro de quem o segura.
_Voldemort vai vir aqui?! – Nefas gritou parecendo confuso.
_Podemos agir para que isso não aconteça – Dumbledore falou – Eu sei que você, em sua juventude, depois que saiu do Império, ficou ao lado de Voldemort por obsessão ao dinheiro, à riqueza, ao controle material sobre importantes coisas do mundo da magia.
Mas eu também acredito que isso seja passado, você sabia que o que fazia era errado, quando lecionava em Hogwarts era um dos mais justos, inteligentes e ágeis.
Depois que conseguiu a riqueza, aproveitou a queda de Voldemort para se afastar dele.
Graças a ele – e Dumbledore desviou um olhar à Harry – Você conseguiu se separar de Voldemort, sendo que ele já descobrira que você estava ao seu lado apenas por dinheiro e o mataria em questão de poucos dias. Harry derrotou Voldemort naquela noite de Halloween, e assim ele te deu uma chance para viver até hoje, e sabendo como você é, e sobre como você vê os mandamentos da magia que os rituais puros pregam, se Harry o pedir que o faça, você terá de fazer.
_Rituais puros? – Nefas repetiu apavorado – Como ousa citar isso em uma conversa civilizada!
_Porque um dos mais poderosos rituais puros está aqui, nesse exato momento!
Nefas não encarou Dumbledore, ele deixou o mapa cair de suas mãos no mesmo instante que cobriu a boca com as mãos e olhou ao redor, apavorado, como se estivesse sendo cercado por cobras.
_A Lenda de Midna – Dumbledore continuou em meio ao silêncio – Foi encontrada por Harry, o escolhido não somente para abrir a Arena das Almas Perdidas, mas também para tomar o orvalho do ritual.
Nesse momento Harry pensou que Nefas fosse cair no chão, morto.
Ele ficou realmente pálido, as mãos tremeram e os braços balançaram, moles, ao lado do corpo pequeno, os cabelos ficaram ainda mais arrepiados e os pequenos olhos, apenas fitavam o chão.
Um silêncio incômodo permaneceu por alguns segundos, até que ele falasse algo.
_O quão perigosa a guerra está?
_Muito pior do que naquela época – Dumbledore respondeu calmo, quase em tom paterno - Voldemort não está mais agindo aos poucos, ele já tem todas as armas, e está tentando colocar tudo a baixo, do seu modo.
Nefas não olhou para ninguém, ele se abaixou até o mapa e o apanhou.
_Sem isso destruído Voldemort não morre, certo?
Dumbledore assentiu com a cabeça.
_E quem me garante que ao destruir isso não estarei correndo risco de vida, que não serei morto ainda hoje?
_Você virá conosco – uma voz falou adentrando a sala e assim, assustando a todos, que imediatamente puxaram sua varinha, Louis adentrou o cômodo – Desculpa entrar desse jeito velho Nefas, mas você sabe como sou.
Nefas olhou para Louis Armstrong com os olhos ainda mais saltados.
_Seu velho ousado! – ele exclamou antes de apertar a mão de Louis com um grande sorriso – Pensei que estivesse morto, os bruxos daqui inventam demais.
_Você não correrá riscos Nefas – Louis continuou – Porque o Império da Fênix está de volta.
Nefas se virou para Dumbledore por um momento.
_Agora percebo o quão grave a situação está. Quando formamos o Império, há muitos anos, foi quando a magia mais precisava disso, os Cavaleiros da Morte estavam destruindo tudo, e apenas nós conseguimos impedir que a guerra se alastrasse.
_Seis bruxos de poderes e habilidades distintas - Louis falou em tom sonhador, lembrou à Harry, um pouco de Sirius, com seu espírito jovem.
_Todos estão vivos? – Nefas perguntou indo até a mesa e colocando seus óculos de volta.
_Betrayal não – Dumbledore falou e Nefas nitidamente ficou abalado. – Dos seis, três estão juntos nesse momento, os outros dois – e Harry pode perceber que por algum motivo Dumbledore não queria citar os nomes. – Ainda devem estar vivos, sempre foram os melhores nisso.
_Você tem certeza que querem isso? – Nefas perguntou com a voz baixa, ainda parecendo abalado pela morte de Betrayal – É Realmente necessário?
_Sem dúvida – Dumbledore respondeu – O Império da Fênix deve atuar em um último golpe, mesmo que Betrayal faça falta por sua forma de agir e persuadir, nós cinco estaremos de volta.
Nefas olhou para o mapa em suas mãos e depois desviou um olhar à Tonks.
_Nymphadora, imagino que ainda saiba quais as regras e os encantos para a sala vermelha não?
Tonks sorriu, seu cabelo estava meio alaranjado agora.
_Por favor, traga-nos o necessário, os mais poderosos por favor, e não se esqueça dos frascos, há sim, imagino que ainda saiba fazer isso...
_Como ninguém! – Louis concordou imediatamente.
_Vamos destruir o mapa – Nefas disse ansioso, olhando de Dumbledore para Louis – Mas antes ele nos dirá aonde está o próximo membro do Império, um último desejo.
_O risco vale a pena. – Louis falou antes de sentar em uma bela e confortável poltrona perto da lareira e levitar com sua varinha, um grande copo com conhaque.


PS: Antes de fazer as considerações finais, eu gostaria de revelar algumas coisas. Aos poucos vou dando mais detalhes sobre a fic, assim como fiz quando postei o Cap.5 e revelei que a fic teria 30 capítulos.
O Império da Fênix foi criado, na primeira vez, para combater uma possível guerra que abalaria o mundo bruxo. Esse Império era formado por seis bruxos, todos com a mesma faixa de idade, mas muito diferentes, cada um com características únicas e muito poderosas. Até agora, 4 membros foram revelados: Betrayal, Dumbledore, Louis e Nefas. Os dois últimos serão revelados aos poucos, assim como esse quatro foram. Os seis bruxos do Império estudaram em Hogwarts e deram aulas lá depois de muito tempo.
Louis e Dumbledore pertenceram à Grifinória, Nefas à Corvinal, Betrayal à Sonserina e os dois últimos (que até agora são segredo) à Lufa-Lufa.
Quando Nefas deixou de dar aulas de Feitiços em Hogwarts, ele começou a dar aulas particulares para seletos grupos de alunos em sua casa, Tolkien e Tonks foram alunos deles, por isso eles sabem como entrar na casa e os cômodos aonde estão guardadas as coisas mais preciosas.
Harry nunca fará parte do Império da Fênix, posso adiantar isso, e caso o Império volte novamente (o que vou guardar segredo) vocês teão uma enorme surpresa com o que irão ler.
Sobre o próximo capítulo, o 7, vai começar emocionante e depois vai ter muitas revelações, vai ser um capítulo excelente.
Espero que tenham gostado desse capítulo, eu adorei ter criado o Nefas e algumas cenas.
PEÇO QUE COMENTEM E VOTEM, por favor!!!!
Deixo um grande abraço e agradeço por lerem minha fic, logo teremos capítulo novo.

Fernando Cesar, autor.

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