Capítulo 13



Capítulo XIII - Aquele do (quase) final feliz



Image and video hosting by TinyPic
Narrado por:
Lily Evans


- Ok, esse é o nosso plano.


Marlene continuava insistindo na mesma ideia idiota.


- Não mesmo, Lene. Não vou fazer isso.


- Por que não? – perguntou, pela milésima vez. Revirei os olhos pra ela.


- Katie, diga pra Lene que esse é um plano idiota, por favor.


- Não é tão idiota assim, Lily.


- Tudo bem, tudo bem. Dois contra um; não é muito justo. Vocês querem que eu simplesmente pegue o telefone e ligue pro Matt agora, a uma da manhã, e o convide pra sair?


- É! – responderam em uníssono.


- O mesmo cara que você deixou esperando sozinho, no meio de um encontro, enquanto agarrava Sirius? E que você disse que é um chato?


- Ele não é chato! Só tenha um assunto diferente de faculdades pra discutir, e ponto final. - Marlene disse.


- Um encontro não faz mal. Não é como se você estivesse propondo um casamento – completou Katie.


- Mas no que isso me ajudaria com James?


- A esquecer James – Katie lembrou. – É importante sair com outras pessoas, ver suas opções.


- E ele sempre gostou de você. Qual é, dá uma chance...


- OK! – Praticamente gritei, só para as duas calarem a boca. Sorriram, comemorando. Eu simplesmente não acreditava que realmente iria fazer isso.


- Não seria melhor esperar James revelar o que tem a dizer?


- Não! – As duas exclamaram.


- Se você concordou que não quer mais nada com ele, o que ele tiver a dizer não vai fazer muita diferença, certo? – Marlene argumentou.


- Liga pra ele, Lily!


Ainda sem acreditar no que estava fazendo, liguei para Matt, rezando para que ele não atendesse o celular. O som de sua voz, ao quarto toque, foi decepcionante.


- Evans? – perguntou, soando surpreso, como se estivesse esperando eu dizer que havia ligado errado, ou algo do tipo.


- Er... oi, Matt! Desculpa ligar a essa hora... estava dormindo?


- Não, eu... Evans, posso te ajudar em algo?


- Não, não... era só pra saber se você estava acordado. Que bom então, boa noi... ai, Katie! – protestei, quando ela me beliscou. Ele riu. – Ok, na verdade eu queria saber se você tem um tempo livre amanhã... mais ou menos às sete.


- Está me convidando pra sair? – perguntou, ainda meio desconfiado.


- Depende. Isso é um sim?


- Lily – disse, e suspirou –, você não está namorando o Potter?


- Quê? – praticamente engasguei. As meninas me olharam assustadas. – Não! De onde você tirou isso?


- Foi o que ouvi na escola hoje. Chelsea está dizendo a todos que Potter a trocou por você.


- Quê? – perguntei outra vez, sem saber o que dizer. – Deus do céu, essa garota é completamente louca!


- Então não é verdade? – perguntou, parecendo mais animado.


- Não! Quero dizer, acho que eles terminaram, mas não estou com James. – “Não mesmo!”, Marlene acrescentou.


- Tudo bem. Te pego às sete, então. Pra onde você quer ir?


- Seria melhor se você pudesse levar comida lá pra casa. Podemos ver um filme...


- Certo – respondeu, ainda em tom casual. – Até amanhã, Evans.


- Matt!


- Sim?


- Italiana, por favor.


Ele riu, e eu agradeci antes de desligar, já não achando o plano tão ruim assim. As meninas começaram uma espécie de dança comemorativa quando me viram rindo.


- O que eu não faria pra ver essa cena. Já prevejo um James morto de ciúmes – Lene fantasiou.


- Furioso – continuou Katie.


- Arrependido, frustrado, sofrido...


- Ok, chega, né? – eu disse, fazendo as outras rirem. Voltamos a ver o filme, comer e conversar. Fomos dormir quando o sol começou a nascer.


 


Acordei com a campainha tocando insistentemente. Katie e Marlene ainda dormiam, e a casa estava vazia. Desci as escadas, ainda trôpega, e abri a porta.


James me encarou de forma divertida. Não havia me dado conta de que ainda estava de pijamas e provavelmente muito descabelada.


- Já estou acostumado a te ver assim, mas juro que ainda é engraçado – disse, entrando na casa, mesmo sem convite.


- Ha, ha, ha – ri, sem humor. – O que você está fazendo aqui?


- Você não recebeu minha mensagem? Vim te buscar.


- Ok, papai, muito obrigada. Não poderia ter feito isso em horário de gente?


- Lily, já passa do meio-dia.


Soltei uma exclamação surpresa. Havia dormido a manhã toda, e ainda me sentia exausta. Pedi, então, para ele esperar, enquanto subia, escovava os dentes e juntava minhas coisas. Poucos minutos depois, estava outra vez lá em baixo, onde ele aguardava pacientemente.


- O que você tinha pra me falar de tão urgente? – “e que não podia esperar até as pessoas normais acordarem”, completei mentalmente.


- Quer almoçar em algum lugar enquanto a gente conversa?


- Não – respondi, prontamente. Queria mesmo era ir pra casa, tomar banho, e ficar bem longe dele pra sempre.


- Você está com raiva de mim? – perguntou lentamente.


- Hmm... não era pra estar?


Ele fez uma careta enquanto arrepiava os cabelos.


- Me desculpe.


- Claro – respondi casualmente. Ele me conhecia bem demais pra saber que eu não desculpava porcaria nenhuma.


- Eu atendi aquele telefonema porque era Chelsea terminando comigo... eu só queria terminar com aquilo de uma vez. Tentei te explicar ontem, mas você estava me evitando.


Não olhei diretamente para ele durante toda a conversa que estávamos tendo.


- Ainda está me evitando – completou.


- Ok, James, tudo bem. Era só isso?


- Lily, não entende? Eu e Chelsea terminamos!


- Que bom – respondi, sarcástica.


- Não era o que você queria?


Fiquei em silêncio durante os cinco minutos que passaram até chegarmos em casa. Desci do carro rapidamente, atravessando a sala e subindo as escadas de forma apressada. Ele me seguiu.


- Desculpa se atendi o celular enquanto estávamos nos beijando, mas foi por um bem maior. Estou solteiro, pensei que fosse o que você queria! – exclamou, com a voz meio alterada, me seguindo até o quarto.


- Não, James. Era o que você queria. Você não tem a menor ideia do que eu quero.


- Pois então me explique, Lily, porque estou tentando entender.


- Hey, que gritaria é essa? – Petúnia saiu do quarto ao lado, olhando de um para o outro, confusa.


- Vai embora, Petúnia – disse, e então me voltei para James. – Vou lhe explicar a parte que você não está entendendo, James. Algumas garotas querem ter a felicidade de expor seus sentimentos para o garoto que gostam e saber que eles são retribuídos. Outras gostam de saber que ele vai levar esses sentimentos a sério, ao invés de brincar com eles. Mas não eu.


Respirei fundo, tentando, sem sucesso, manter a voz calma. Petunia e ele me encaravam.


- Eu gosto de ser tratada como a outra por duas semanas inteiras, enquanto o garoto decide se vale a pena continuar com a namorada ou não. Gosto de esperar a namorada dele terminar o relacionamento para ele, então, se voltar pra mim. Gosto de ser tratada como opção por quem eu trato como prioridade.


James ia abrindo a boca pra responder, quando a porta de outro quarto abriu e minha mãe e tio Jason saíram, parecendo assustados.


- Quem está gritando? – minha mãe perguntou.


- Ninguém – respondi prontamente, antes de entrar em meu quarto e trancar a porta.


- Lily, ainda não terminamos de conversar. Por favor, abra a porta – James esbravejou, enquanto esmurrava minha porta.


- O que foi, filho? – ouvi tio Jason perguntar, sério. Eu estava furiosa. James estava furioso. Todos os outros estavam assustados. O clima era bem tenso, mas não me importei.


- Abre a porta, Evans – James insistiu.


- Vai embora – respondi.


- Filha, abre a porta – minha mãe pediu, de forma calma.


- Morram todos – retruquei, pondo meu fone no ouvido. Deitei na cama, enquanto a música alta me impedia de ouvir qualquer outra coisa. James podia ser tão burro. O que ele esperava? Que eu o beijasse assim que ele informasse que estava solteiro? Eu já havia tomado a iniciativa, agora era a vez dele de fazer algo, se realmente gostava de mim.


Eu podia até estar sendo boba ou infantil, no ponto de vista de qualquer um. Sei lá. Eu ainda tinha orgulho e amor próprio, e só porque estava apaixonada, não quer dizer que estava burra. Ao menos não completamente.


Assim que me acalmei um pouco, senti todo o cansaço de minhas horas interrompidas de sono me atingirem. Retirei o fone e, ao constatar que tudo estava silencioso outra vez, dormi.


*


Acordei com o celular tocando. Era Katie.


- E então, está pronta?


- Quê? Que horas são?


- Seis e meia! – exclamou.


- Fuck! Te ligo depois. – Desliguei e corri pro banho. Dormi demais. Naquele momento, atrasada era apelido.


Não demorou muito até minha mãe bater à porta do meu quarto. Eu destranquei, voltando para o espelho, onde finalizava minha maquiagem.


- Tem alguém esperando você lá em baixo.


- É o Matt! Diz pra ele entrar!


- Ele está na sala. Vão sair? – perguntou, curiosa.


- Não, ele trouxe o jantar.


- Hmmm... e James?


- O que tem James, mãe?


- Vocês não estão saindo? Não foi por isso que brigaram? Briga de casal?


- Não. Quem disse isso?


- Petunia disse.


- Certo. Vou descer, mãe. Se puder dizer as pessoas para ficarem longe da sala, seria ótimo. Obrigada.


Desci as escadas com pressa, me desculpando pelo atraso antes mesmo de poder vê-lo. Quando finalmente o avistei, percebi que ele estava realmente bonito. Porém, sentado desconfortavelmente ao seu lado, James me encarava. Não havia outra palavra pra lhe descrever além de incrédulo. Era quase como se seus olhos gritassem para mim: “você só pode estar brincando, Evans!”.


- Oi, Matt – cumprimentei-o e ele sorriu. Levantou-se e me entregou um pequeno lírio, minha flor preferida. Sorri com o gesto.


- Você está linda – disse, e eu agradeci, alegando que ele também estava muito bem. James ainda parecia duvidar de que aquilo fosse realidade.


- Você nos daria licença? – pedi a James, da forma mais educada que pude, enquanto Matt arrumava nosso jantar na pequena mesa de centro da sala.


Tratá-lo daquela forma não me dava nenhum tipo de alegria. Na verdade, era revoltante. Como eu queria que as coisas tivessem funcionado para nós. Como eu queria que eu tivesse me arrumado para ele. Como eu queria que fosse ele a pessoa a me dar flores, arrumar a mesa do jantar e elogiar meus esforços para parecer bonita.


Mas as coisas não funcionaram de acordo com minhas expectativas, e eu não iria mais ficar lamentando aquilo.


Matt estava ocupado com a mesa e não notou quando James e eu nos encaramos longamente. Em seu rosto não havia raiva, como eu supus, mas sim uma expressão de desapontamento que, mais uma vez, quebrou meu coração.


Esperei até ele deixar a sala para enxugar discretamente uma lágrima teimosa que insistiu em cair.


- E então, que filme você escolheu?


- Atividade Paranormal – respondi, lembrando que precisava pegar o DVD nas coisas de Petunia. Escolhera um filme de terror porque não queria criar nenhum clima romântico. Estava fazendo aquilo para seguir o plano maluco das minhas amigas, e eu não perderia isso de vista.


Matt e eu sempre fomos bons amigos. Distanciamo-nos um pouco desde que descobri que ele tinha uma queda por mim, já que eu tinha lá meus treze anos e não soube lidar com a situação, mas ainda conversávamos bastante nas aulas de Literatura, então a atmosfera tensa que a presença de James criara logo fora substituída por um clima agradável.


Falamos sobre todos os assuntos possíveis – exceto Faculdade – enquanto comíamos nossas lasanhas individuais, bebíamos Coca e ouvíamos a Playlist do iPod dele.


- Você conhece Kings Of Leon? – perguntou, quando cantei uma frase da música que estava tocando.


- Não realmente. Gosto das mais famosas, mas não sou, de todo, fã.


- Entendo – ele continuou. – Fui a um show incrível deles mês passado. Quando Sex On Fire começou a tocar, todo mundo virou de costas pro palco. Foi genial.


- Por quê? – perguntei, interessada.


- Os fãs mais antigos concordam, e eu me incluo nisso, que eles se venderam com esta música. Clipes para a MTV? Fala sério, não era do feitio deles. Foi uma forma de protesto.


- Legal! – exclamei – E o que a banda fez quando vocês simplesmente viraram de costas?


- Eles pararam de tocar... e saíram do palco. Mas depois voltaram, e continuaram com o show. Foi bem emocionante. Sabe quem está cantando essa música de agora?


- Quem?


- Muse. Outra banda que eu amo e que se vendeu por pouco. Essa é a história da minha vida – disse, em tom dramático, me fazendo rir.


- Pra quem eles se venderam? Ah... espera! Trilha sonora de Twilight, certo?


- Exatamente – comentou, revoltado. – É tão injusto que bandas boas sejam desperdiçadas com esses vampiros que brilham no sol!


- Hey, não fale mal deles!


- Você não...? Ai, Deus. O mundo está perdido! Até você gosta disso?


Não me incomodei. Na verdade, achei graça. Era praticamente a reação que todos os meninos tinham quando descobriam que eu gostava de vampiros brilhantes.


- Não é tão ruim assim. Preste atenção... se não fosse por eles, eu não cantaria com você agora a letra de Supermassive Black Hole – eu disse, enquanto colocava a dita cuja.


- Grande consolo – ironizou, mas cantou comigo mesmo assim. Eu ria mais do que cantava, já que ele parecia realmente revoltado com o fato de que aquela era a única música de Muse que eu conhecia.


- Amanhã vou te mandar todas as músicas deles – afirmou, quando a música mudou e Queen começou a tocar. – E você vai comigo no próximo show deles que tiver.


- Tudo bem – concordei, animada.


Assim que terminamos de jantar, subi para procurar o filme. Petunia anunciou que o havia emprestado para James, e que não podia pegar de volta naquele momento, pois estava atrasada para seu encontro.


Se o encontro era com o namorado ou com o amante, só Deus sabe...


Bati à porta do quarto de James com o coração palpitando. Ele pediu que eu entrasse.


- Sim? – perguntou, encarando-me com uma sobrancelha erguida. Tentei não perder o foco, mas ficou muito, muito difícil mesmo, já que ele havia acabado de sair do banho.


Foi impossível deixar de notar que ele usava apenas uma toalha ao redor da cintura. E que estava todo molhado. Era meio fascinante observar as gotas que escorriam de seu pescoço por seu tórax perfeito, até sumirem na maldita toalha que atrapalhava tudo.


- Lily? – tentou outra vez. Havia humor em sua voz, e eu desviei o olhar de sua toalha, corando.


- Você está com o DVD de Atividade Paranormal? Petunia disse que sim.


- Está aqui em algum lugar... deixe-me procurar. Por que vocês vão assistir a isso? Eu teria te levado para ver algo muito mais romântico em um primeiro encontro – comentou em tom casual, me fazendo corar outra vez.


- Avatar não é romântico.


- Aquilo não foi um encontro. Mais se você quiser, nós podemos...


- Tchau, James – interrompi-o, puxando o DVD de sua mão e me virando em direção à porta. Fui obrigada a voltar quando ele segurou meu braço.


- Você vai me fazer um favor – disse, e sua voz já não trazia humor algum. Ele não podia estar falando mais sério. – Vai assistir a esse filme ruim e se despedir daquele palhaço, e então vai bater à porta do meu quarto e nós vamos terminar de conversar. Sem gritos, como gente civilizada, ok?


Concordei com a cabeça. Aparentemente, havia perdido a capacidade de falar. Ele então, inexplicavelmente, abriu um sorriso lindo e beijou minha testa.


- Bom filme – desejou, e caminhou tranquilamente até seu closet.


Não consegui me concentrar na porcaria do filme. Era mesmo ruim, como James havia ressaltado. Entediante.


No momento em que terminou, agradeci Matt por tudo e praticamente o expulsei de casa, antes que ele tivesse a ideia de me beijar. Limpei a sala o mais rápido que pude, e corri escada acima. Estava realmente ansiosa pra falar com James. Só agora percebia o quanto.


Assim que bati à porta de seu quarto, ele abriu. Sorriu pra mim, confiante, e então entregou-me um pedaço de papel.


- O que é isso? – perguntei, insegura.


- Leia.


Fiz menção de abri-la.


- Não aqui. Vá para seu quarto, leia, pense... e então você me responde, ok?


- Tudo bem.


Dirigi-me até meu quarto, deitei em minha cama e abri o papel, desesperadamente.


“Lils,

você me impressionou todas as vezes em que nos esbarramos na escola. Não sei se foi sua beleza, ou seu sorriso. Talvez tenha sido o jeito como você sempre ficava quando estávamos próximos. Meio fora de órbita, falando sem parar (o que é associado ao seu nervosismo, como agora eu sei). Eu sempre acabava me apresentando outra vez. Achava que uma garota tão bonita quanto você, no mínimo, não se lembraria de um bobão como eu. Ou que tivesse um namorado.
Estava errado. Se eu soubesse quão errado eu estava em relação a você... e então eu comecei a namorar Chelsea, e você entrou na minha vida tão intensamente que
eu fiquei fora de órbita com sua presença – fosse brigando com ela no shopping center, no Halloween, na escola ou na nossa casa, você estava ali. Aos poucos, fui descobrindo a pessoa maravilhosa que você é, muito mais linda do que eu imaginava, tanto na aparência quanto na personalidade.
Conviver com você se tornou uma das melhores coisas dos meus dias. Aprender sobre você, seus medos, paixões, costumes, manias, foi mais fácil e prazeroso do que eu supus. Eu me peguei, várias vezes, entediado com a companhia da minha, então, namorada, e imaginando o que você estaria fazendo, com quem você estaria, o que você estaria pensando.
Demorei a entender que estava apaixonado por você. Foi mais ou menos quando Sirius me disse que
você era apaixonada por mim. A ideia me assustou. Ser seu namorado, Lils, é uma responsabilidade maior do que jamais assumi. Porque você merece o melhor. Merece alguém apaixonado, devoto e fiel. Alguém que vai te tratar do jeito que você merece ser tratada, com todo carinho e respeito do mundo.
Fiquei dividido. Uma parte de mim desejava, desesperadamente, ser o homem que você chamaria de “seu”. A outra parte, no entanto, duvidava da habilidade de ser a pessoa que você merece. Meu medo de fracassar e te magoar foi tão intenso, que eu acabei fazendo o que mais temia: fiz você sofrer. E peço desculpa por isso, Lils. Hoje vejo que, se eu tivesse ouvido a parte racional de mim, estaríamos juntos desde o Natal. Confesso que não fui homem o suficiente na época. Deixei Chelsea me manipular, caí em todas as chantagens emocionais dela... Mas não porei a culpa em outra pessoa. A culpa por toda a sua Via Crucis é minha.
E agora estou aqui, tentando expressar no papel tudo o que não consigo dizer quando seus olhos feios estão em mim. Acho que estou tentando dizer que o único motivo que me levou a agir assim foi o amor.
A verdade é que eu te amo, Lily Evans. Sempre amei.
Espero que um dia você possa me perdoar por tudo. E, quando esse dia chegar, você sabe onde me encontrar.


Assim que terminei de ler a carta, respirei fundo para me acalmar. Meu coração batia desesperadamente, e meus olhos estavam marejados. Minha cabeça rodava, e era difícil pensar em uma coisa só.


Ele me magoara tanto nos últimos meses...


Ele também sofria, enquanto travava uma batalha interna...


Não fizera nada com relação a Chelsea, mesmo sabendo dos meus sentimentos...


Estava com Chelsea, mas pensando em mim...


Eu já havia decidido esquecê-lo e seguir em frente...


É minha chance de viver um grande romance com a pessoa que amo...


Eu não precisava decidir agora...


...mas ele fora tão romântico na carta!


Antes que pudesse pensar em outra coisa, corri em direção a seu quarto. Ele levantou-se de um salto quando me viu, mas não teve tempo de dizer nada. Ainda correndo, atirei-me em seus braços, beijando-o da forma mais doce e apaixonada que consegui.


- Eu também te amo – confessei, entre beijos.


James me segurava como nunca fizera antes, sem receio algum, completamente entregue e totalmente feliz. Eu também me sentia assim, leve. Talvez aquele fosse meu final feliz, meu merecido final feliz, depois de tanta luta. Minha Via Crucis valera a pena, afinal. Não existia recompensa melhor.


Cerca de uma hora depois ele subitamente me soltou. Olhei pra ele confusa, enquanto ele retirava do bolso um pedaço de papel.


- Esqueci de te entregar o final da carta.


- Sério? – perguntei, abrindo o papelzinho que ele depositara na minha mão. Sorri ao reconhecer sua letra.


P.S: quer namorar comigo?


James”


*


 


N/B: Gente, mil perdões pela demora :~~ mil perdões, Elisa, mesmo. Aí está o capítulo, betadinho, bonitinho, limpinho e cheirosinho. :) E minhas notes sobre o dito cujo: não importa o quanto tentasse, James Potter jamais me comeria.


 


OH YES


 


Eu acho a Lily babaca pra caralho, e o James ainda mais babaca, e eles são o casal mais meloso da fic. E DAÍ, ADORO BABACAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Achei incrível que esse capítulo tenha sido todo narrado por ela, porque a gente finalmente pôde vê-la se expressando de verdade. Ela estava pensando e sentindo mil coisas e daí ela finalmente explodiu em emoções e ficou tudo claro. Eu amei, do início ao fim. Achei que foi absolutamente válido o James ter sido tão sincero depois de tudo. E essa é minha primeira N/B racionalmente escrita, hahaha, mas só porque eu achei que foi um capítulo bem forte. Ficou ótimo, Elisa :) Te amo.


 


E já é tarde pra quem decidiu não comentar, porque eu já desejei que você tenha acne na genitália. Felicidades.


 


Nanda.


 


N/A: oi genteeeeeeee!!!


Dessa vez a culpa não foi minha, escrevi rapidinho, mas a Nanda ta sem internet (: sem problemas... acho que esse é o último capítulo da fic até o enem, porque faltam exatos dois meses e estou oficialmente enlouquecida, e chorando todos os dias. Sou praticamente uma Cho Chang. Ew.


HEHEHEHE. Fiquei muito feliz com o que a Nanda escreveu (e quase morri de rir também, pra variar), e espero que vocês gostem também do capitulo da Lily! Foi escrito com todo amor e carinho, porque não tem nada que eu ame mais do que esses dois =)


E agora vou ali estudar mais, mas se der (e minha irmã liberar o computador), quero escrever um pouquinho hoje! Como vocês estão? Muito obrigada pelos comentários do ultimo capitulo, foram até um numero bom, considerando que metade ainda acha que o site ta morto pra sempre hihihih


Vejo vocês no próximo, e provavelmente último, capitulo da fic. BEIJINHOS!!


 


Lisa.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.