Os elementos



Iruvienne se estava adaptando bem ao ambiente de Hogwarts. Simplesmente adorava a comida que os elfos faziam. Na mesa da Grifinória, a comida era especialmente deliciosa, porque os elfos tinham simpatizado muito com ela quando ela os havia visitado.
Nas aulas, era uma das melhores, a ponto de quase competir com a Hermione. Esta, por sua vez, estava contente por ter alguém com quem competir. Frequentemente dizia que se Iruvienne tivesse frequentado Hogwarts desde o primeiro ano seriam iguais na sabedoria.
O professor Lupin voltara para a escola, pois todos os pais e membros do Conselho Directivo, menos Lucius Malfoy, tinham concordado que ele era um excelente professor , óptimo para preparar os alunos para os NIEM’s. Iruvienne ficara encantada quando Harry lhe relatara as aulas dele no Expresso e tê-lo como professor era incrível.
A professora McGonagall, que estava ao corrente da identidade do pai de Iruvienne, se esforçava por fazer dela uma verdadeira Grifinória. O professor Binns, de História da Magia, nem devia ter percebido que havia uma aluna nova naquele ano. Iruvienne espantava todos, pois estava extremamente atenta nessas aulas e, claro, bem acordada. O professor Flitwick, de Feitiços, gostava muito dela pois era uma aluna exemplar. O professor Snape, lhe dava desprezo total, pois ser Grifinória era um bilhete directo para o ódio do professor. A professora Sprout a considerava uma aluna igual as outras, embora extremamente inteligente. Hagrid a idolatrava. Só o facto de ser namorada de seu querido Harry já era o bastante. Iruvienne adorava as visitas a casa dele, especialmente aquele em que ele falou de uma visita aos gigantes. Optou por não frequentar Adivinhação, mas tinha aulas de Runas e Aritmância.
Iruvienne tinha feito muitos amigos, dentro das casas da Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal. Os de Sonserina lançavam alguns piropos quando ela passava, mas não mais do que isso.
Durante a primeira semana, Iruvienne tivera aulas de voo, mas depressa as abandonou, por ter um talento natural, reforçado pelos anos a voar com os irmãos. Harry era capitão da equipa de Quadribol da Grifinória e Iruvienne era chaser (N/A: não sei como se diz aí no Brasil. É o que atira as bolas para os postes de marcação). Se estava saindo muito bem.
Harry, Rony e Hermione passavam muito do seu tempo lhe mostrando todos os lugares de Hogwarts. Já haviam lhe mostrado as várias passagens secretas, a Cabana dos Gritos, a Sala Precisa e as cozinhas.
Passavam muitas horas na biblioteca também, fazendo os trabalhos para os professores. Iruvienne adorava ler e se perdia no meio de tantos livros. Harry e Iruvienne também passavam horas furtivas nos corredores de Hogwarts à noite, normalmente debaixo do Manto de Invisibilidade. Os treinos de Quadribol também ocupavam grande parte do seu tempo. Iruvienne ainda não contara a ninguém o seu sonho, por vergonhas e medo. Porém, raras vezes eram aquelas em que lembrava dele, pois estava demasiado ocupada para isso.

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Muito longe dali (conversa em ofidioglota)
- Mestre, trago informações – sibilou Nagini.
- Bem-vinda, Nagini. Pode contar tudo.
- Iruvienne, tal como Bella descreveu, tem cabelos ruivos e olhos azuis. No braço direito, tem uma marca que parece um dragão, prateada, que começa no seu dedo médio e se estende por seu braço. O Potter, o Weasley e a Granger estão sempre com ela e ao que parece ela e o Potter namoram. Ela está na Grifinória e parece ser uma feiticeira bastante dotada.
- Na Grifinória? Mas que vergonha! Então ela anda namorando com o Potter… Hum…

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Em Hogwarts, no Sábado de manhã…

Harry, Rony, Hermione e Iruvienne estavam tomando o café da manhã quando chegou uma carta, trazida por uma coruja da escola, endereçada a Harry e Iruvienne. Como estavam sentados lado a lado puderam ler a carta.

Caros Harry e Iruvienne
Espero que esse ano esteja sendo produtivo para você Harry, e que você, Iruvienne, esteja gostando de Hogwarts. Embora tenha noção de que estão muito ocupados, estudando, com os NIEM’s a porta e com outras coisas que eu também tenho conhecimento, peço-lhes que venham ao meu gabinete assim que terminarem o café da manhã. Têm permissão para contar tudo o que eu falar para vocês e também para mostrar essa carta a Rony e a Hermione, mais ninguém.
Atenciosamente
Alvo Dumbledore
P.S.: Eu gosto de Delícias Turcas.

Harry e Iruvienne entreolharam-se. Que quereria Dumbledore dizer com aquilo? Passaram a carta a Ron e Hermione.
- Delícias Turcas? Tudo bem que sejam muito boas mas porque é que ele escreveu isso aqui? – perguntou Rony, quando acabou de ler a carta.
- Deve ser a senha para entrar no gabinete dele. – disse Iruvienne.
- Vamos Iruvienne? Nós já acabámos o café. – disse Harry.
- Nos encontramos na biblioteca, gente. – disse Hermione.
Harry e Iruvienne deram as mãos e saíram do Salão Nobre. Se dirigiram ao gabinete do professor, que Harry sabia onde era e disseram a senha. A gárgula pulou para o lado e eles subiram a escada. Batera a porta e entraram.
Iruvienne estava encantada. O gabinete era amplo, com quadros de todos os directores e directoras de Hogwarts. Livros povoavam as paredes e vários instrumentos prateados se encontravam em cima de mesinhas de pernas finas. Iruvienne viu Fawkes, a Fénix, e lhe fez festas, que agradaram muito à ave mágica.
- Bom dia – disse Dumbledore.
- Bom dia, professor – disseram Harry e Iruvienne.
Dumbledore conjurou uma cadeira para Iruvienne e eles se sentaram de frente para ele.
- Muito bem. Harry, você conhece a professora Trelawney. Ela pode parecer incompetente, mas não o é, não de todo. Há quinze anos atrás, ela fez uma profecia, que irá mudar sua vida. Sempre pensei que o fardo que a profecia prenuncia recairia apenas sobre você, mas a cerca de duas semanas a professora Trelawney fez outra profecia, que a meu ver completa a primeira. Vamos ouvi-las.
Dumbledore se levantou e tirou a Penseira de um armário. A pousou em frente a secretária e moveu a varinha sobre ela, enquanto Harry e Iruvienne se entreolhavam. Uma professora Trelawney, que parecia ser feita de fumo, saiu da Penseira e começou a falar.
Aquele que detém o poder para derrotar o Lorde Negro se aproxima… nascido daqueles que três vezes o desafiaram, nascido quando o sétimo mês finda… e o Lorde Negro vai marcá-lo como seu igual, mas ele possuirá um poder que o Lorde Negro desconhece… e um terá que morrer as mãos do outro, pois nenhum pode viver enquanto o outro sobreviver… aquele que detém o poder para derrotar o Lorde Negro nascerá quando o sétimo mês findar…
Harry estava aterrorizado. Ele seria ou assassino ou vítima. Ele tinha uma grande responsabilidade. Olhou para Iruvienne do seu lado. Não conseguiria deixá-la. Ela estava olhando para o sítio onde a professora Trelawney antes estivera, de boca escancarada.
- Penso que ambos percebem o conteúdo da profecia. Harry, você será ou o carrasco ou o condenado. Também sabe qual é o seu poder: o amor.
- Sim, senhor.
- Mas você não vai dizer que o amor não o ajudará em nada? Já o disse antes… - disse Dumbledore, incrédulo.
- Dantes eu não percebia, mas agora sim. Eu… bem… eu amo Iruvienne e não consigo deixá-la, não dessa maneira. Quero construir um mundo em que ela possa ser feliz. E isso me dá alento para continuar em frente.
Iruvienne lhe sorriu e agarrou sua mão, comovida com as palavras dele.
- Mas, senhor, você falou em duas profecias. – disse Iruvienne.
Dumbledore repetiu os movimentos e outra professora Trelawney saiu da Penseira.
Revelar-se-á em breve aquela que aliviará o fardo do Eleito… nascida daquele que mais quer derrotar, guarda o rancor no seu coração… juntos serão guiados e juntos conseguirão lutar e vencer se conseguirem alcançar os elementos… raio e dragão juntos serão invencíveis… mas apenas juntos…
- Penso que percebemos quem é aquela que vai aliviar o fardo do Eleito. Recordem as palavras de Sibila: juntos. Mas penso que isso não será um problema.
- Senhor, eu não vou levar Iruvienne para essa luta! – disse Harry, decidido.
- Vai sim senhor! Você ouviu, juntos temos hipóteses que ele não tem! Mas apenas juntos! – disse Iruvienne.
- Mas eu não consigo te perder! – disse Harry
- E quem disse que perde? Eu estarei sempre do seu lado, enquanto me deixar ajudar você. – disse Iruvienne.
- Iruvienne tem razão, Harry. Vocês precisam um do outro, para serem um só. – disse Dumbledore.
- Harry não se preocupe comigo. Você vai ver que juntos conseguimos. – disse Iruvienne, segura de si. Sentiu Harry apertar mais sua mão, como um consentimento. – A professora Trelawney falou de controlar os elementos.
- Sim, falou. Eu vou ensinar isso para vocês. Vão controlar os cinco elementos e usá-los como puderem na batalha final. – disse Dumbledore. – Você conhece os cinco elementos, Harry?
- Só conheço quatro, senhor. Ar, água terra e fogo.
- Eu li num livro Trouxa que havia cinco, mas não sei se é verdade. É a carne, senhor?
- Sim, Iruvienne, é a carne. Será esse o primeiro que iremos trabalhar. Talvez já tenham ouvido falar de elfos – disse Dumbledore, olhando para Iruvienne.
- Sim, senhor. Seres do tamanho de homens, imortais menos quando assassinados. Orelhas pontiagudas, visão aguçada, rapidez sobrenatural, hábeis com a espada e com o arco, e capazes de ouvir o mais baixo dos sons.
- Exactamente. Eu tornarei vocês elfos, temporariamente, com essas qualidades excepto a imortalidade. Uma espécie de animagi, mas com outro nome: vanyaligi. A vossa aparência também mudará. Com algumas palavras que eu vos ensinarei, conseguirão assumir a vossa forma elfo e a vossa forma humana quando quiserem.
- Que fixe! – exclamou Harry. – Mas como isso nos ajudará na batalha final?
- Conseguiremos ouvir feitiços e oponentes se aproximando, desviar melhor dos feitiços, como veremos melhor conseguiremos fazer melhor pontaria e penso que imunidade a uns feitiços menores. – disse Iruvienne.
- Muito bem! Exactamente! – disse Dumbledore. – Seguidamente trabalharemos a terra. Vocês meditarão, tentarão entrar dentro das suas profundezas, falar com ela e deixar que ela voz ensine os seus segredos, de forma a conquistarem a sua confiança e a ela vos ajudar quando necessitarem. Depois, vira o fogo e com ele a concentração. Vocês aprenderão a suportar a dor, a concentrarem-se nas mais negras situações. Para isso, simularemos algumas situações de tortura e assassínio, em que terão que se livrar delas. Também treinaremos alguma magia defensiva avançada.
- Tortura e assassínio? – perguntou Iruvienne. – Isso não puderá causar danos irreversíveis?
- Não se preocupe com isso. Madame Pomfrey cuidara de vocês se necessário for.
Harry e Iruvienne entreolharam-se, um pouco assustados.
- Vocês treinarão de seguida o ar. Terão que ser livres como ele e tomar suas próprias decisões e consequentemente cometer erros, para perceberem a diferença entre o bem e o Mal, entre o que está certo e o que está errado. Finalmente, a água, que vos ensinará a usar o necessário e a sacrificar-vos, a serem fortes e implacáveis em todas as situações. Agora, podem ir. Eu enviarei uma carta avisando-vos das lições. Dúvidas no próximo encontro, por favor.
- Adeus senhor.

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O livro Trouxa que faz referência aos cinco elementos é “Eldest” de Christopher Paolini.
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