Capítulo 8.
Harry estava sentado na poltrona mais próxima à janela da Sala Comunal. Chovia fino e estava frio. Só queria o calor dos braços da sua namorada. Hermione estava na biblioteca procurando um livro de feitiços anti-mentiras há mais de uma hora, na Sala Comunal só estavam Rony e Harry, fazendo nada, e Lilá e Parvati, a primeira fazendo lição de Adivinhação, e a segunda lendo um livro sobre Magia altorizada por menores.
- Cadê a Hermione que não vem, hein? – perguntou para Rony, meio alto. Lilá abafou um risinho, Parvati fez expressão de mal-humorada.
Harry as olhou sem entender. Era meio óbvio que a dupla escondia algo que fosse bem terrível, e ele sabia que Parvati era a defensora e Lilá a "tiradora de sarro".
- Que foi? - quis saber, ameaçadoramente.
- Uma hora dessas, ela já sabe de tudo. – exclamou Parvati, ainda mal-humorada. – você não podia ter feito isso com a minha amiga!
Harry olhou para Rony que estava cabisbaixo, fitando o chão, fingindo não estar participando daquela falta de juízo das duas garotas imbecis.
- O q-que? - balbuciou, vendo Parvati se levantar e fechar o livro.
- Eu já sei Harry! – ela exclamou, batendo os pés enquanto subia as escadas.
Harry olhou para Rony, sem entender. Rony continuou o olhando como se estivesse pra explodir o que estava entelado na garganta, a mentira que Cho contara a Lilá à algumas semanas. Ao abrir a boca para falar, foi interrompido pelo próprio Harry:
- Você sabe do que elas estão...? – começou, mas neste momento Hermione entrou pelo quadro da Sala Comunal, brava.
Com lagrimas nos olhos e o rosto vermelho, entrou batendo os pés. Sua expressão transparecia o quanto a garota estava carregada de ódio e tristeza, e o quanto devia ter chorado fora dali. E Harry odiou e se praguejou por vê-la assim, mesmo que soubesse que nada tinha a ver com isso.
- Até que... – Harry se levantou para abraçá-la, tentando ignorar sua situação, mas ela desviou. - que foi? - quis saber, indignado.
- NÃO ADIANTA ME ENGANAR HARRY POTTER, JÁ SEI DE TUDO! – ela gritou, não contendo as lágrimas que escorreram teimosamente pelo seu rosto fino.
- De tudo o que? O que há com vocês, hein? – já estava ficando nervoso com a idéia de todos jogarem insultos em cima e ele nem sabia o motivo.
- AH! AGORA VAI ME DIZER QUE VOCE NÃO SABE! – Hermione continuou, expressando toda sua raiva – NÃO! NÃO ME FALE MAIS NADA, POR FAVOR! NÃO BASTA O QUE EU TIVE QUE OUVIR! – ela passou por Harry, derrubando em cima dele um monte de livros e um papel amassado. Saiu, batendo os pés, sentindo todos os olhares da sala comunal em si.
Harry olhou para os lados. Para ver se alguém entendera algo. Todos o olhavam com olhar acusador. Parvati, que voltara a poucos minutos de pijama, o olhava, como se metralhasse o amigo com os olhos brabos.
Harry arriscou subir a escada do dormitório feminino. Céus! Griffyndor tinha que saber que aquela era uma causa justa! Mas... ZUP! escorregou rapidamente pelo grande e estreito escorregador que a escada formou e caiu desajeitado no chão.
- Vem comigo. – Harry chamou Rony, passando rapidamente por todos que o olhavam assustados.
- Onde? É quase meia-noite! - o outro protestou, se levantando mesmo assim.
- Preciso falar com você.
- Eu ia te dizer. – Rony disse, apressado, chegando à companhia de Harry.
- O que? - quis saber, correndo os dedos pelos cabelos negros.
- O que estão falando. - ele murmurou, quase se azarando por não ter contado ao amigo. Afinal, era um assunto mais do que de seu interesse!
- O que estão falando?
- Que Lilá viu você beijando a Cho. - informou rapidamente, sentindo um grande alívio.
Harry sentiu algo quente por dentro. Era inexplicável como Hermione conseguia ser duas pessoas ao mesmo tempo! Primeiro era alguém que não suportava fofocas e sempre azarava alguém que tivesse começado uma sobre ela, e depois acreditava na coisa mais absurda do mundo, dita pelo namorado da garota mais fofoqueira de toda a escola!
- Quê? - exclamou indignado.
- Bem, eu tentei te falar, cara! Mas você sempre estava com a Hermione! - o ruivo se defendeu.
- Todos os momentos. - suspirou, fitando os pés.
- Então, o que vai fazer? - perguntou Rony, depois de alguns minutos torturantes de silêncio em que Harry procurou encaixar tudo o que estava acontecendo.
- Não sei. Aconteceu tudo tão rápido... - ele balbuciou, com uma vontade imensa de ter em mãos o vira-tempo de Hermione.
- Veja o lado bom. - começou Rony, esperando a aprovação do amigo.
- Qual?
- Ela nem disse “terminamos”. - ele murmurou, sentindo a besteira que formulara para tentar agradar e reconfortar o amigo.
Harry olhou para Rony com um olhar mortífero.
- Acho que terminou. - ele concluiu, sentando-se, afundando a mão nos cabelos.
- É... você... quer ficar sozinho? – perguntou o amigo, hesitante.
- É... é melhor. Obrigado.
- Falou. – e saiu.
Harry estava do lado de fora da cabana de Hagrid – o amigo guarda-caças estava em um chamado na França – e começou a pensar... pensar.
“Quem, com uma consciência sã, vai falar isso?”, pensou, horrorizado com a idéia de perder Hermione para sempre, “todos nessa escola sabiam que eu estava namorando com ela... e que eu amava Hermione mais que tudo... e eu ainda a amo mais que tudo”.
Harry não sabia em que pensava. Só algumas palavras rodavam em sua cabeça: “NÃO FALE”, “uma hora dessas ela já sabe de tudo!”, “NÃO ADIANTA ME ENGANAR, HARRY POTTER!”. Ela tinha que estar brincando, aquilo tinha que ser uma grande piada! Depois de milhares de juras de amor, carinhos, declarações explícitas e beijos apaixonados dobradamente correspondidos, o orgulho ferido de Hermione tomava conta da situação, por mais falsa e idiota que fosse!
Tentou esquecer tudo, “talvez tenha sido só um sonho, amanhã talvez eu acorde, e veja que nada disso aconteceu.” Era bem desconfortante ter recebido todas aquelas facadas de Hermione, mas ele preferiu pensar assim a ter que aceitar a real e verdadeira situação.
Estava com ódio de alguém, só não sabia quem era. Teria amanhã para falar com a namorada. Ela teria que falar com ele de qualquer jeito, afinal, a aula era de Feitiços (aula vaga, o professor estava na Itália e já tinha passado toda a matéria), e ele e Hermione sentavam na mesma carteira. E além disso, já tinham dado nome na “lista de casais” do baile. Não teriam permissão de entrar se não estivessem devidamente juntos.
No próximo dia a garota estaria mais calma e disposta a ouví-lo e julgá-lo, conforme fosse necessário. Mas só sentiu uma pesada e forte dor-de-cabeça.
Harry sentiu um vazio no peito, como se metade dele estivesse saindo. Metade do seu coração. “Amanhã, veremos.”
N/A: Gente eu suplikooooo!!!!!! Comentem !!!!! por favor!!!!!!! Beijaum. BBB, huahahuahuahuahuahuahuahauhauhauhau!
edit¹: eh... esse cap. tbm tinha fikado meio frakinho... nakela épok eu naum escrevia mtoo bem.. bem agora, mas axo q eu to tentando me valer a pena, sabe?? eu notei q to escrevendo melhor q antes, entaum eu to arrumando o estragado ¬¬ BBB =DD*
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