Cápítulo sete
- Bom, e agora? – Ela perguntou me olhando profundamente.
Ela tem total noção de que me olhar desse jeito é golpe baixo. Ela sabe que se eu não me controlar e, simplesmente, agarrá-la no meio da rua, em frente ao Três Vassouras – que é onde estamos passando agora – a culpa será total e inteiramente dela.
- Tem um lugar legal, por alí, se você quiser ir…
- Um lugar legal? Tipo o quê?
Sorri de lado.
Provavelmente ela está pensado que eu vou levá-la para algum beco sem saída ou, quem sabe, um lugar escuro e deserto. Ou mesmo um beco sem saída, escuro e deserto.
Onde já se viu pensar uma coisa dessas de um ser tão puro e ingênuo como eu, James Potter. (A) Eu (quase) nunca faria isso com ela. Não estou desesperado a esse ponto. Sem falar que ela que me chamou para sair, até onde eu me lembro.
- É um lugar bacana. Vem por aqui. – E indiquei uma passagem estreita entre duas casas antigas.
Pelo olhar dela de “eu sei o que você pretende com isso, James” ela agora tem certeza que eu estou levando-a para o tal beco. O que não seria uma má idéia, mas julgando a situação, seria um belo jeito de desperdiçar minha primeira – e no caso, seria a ultima – chance com Lílian Evans.
- Ainda estamos longe? – Ela me pergunta quando faço menção de entrar entre algumas árvores.
- Talvez. – E sorri para ela. – Vamos, Lily. Vai valer a pena.
Ela pode ser Lílian Evans, pode ser ruiva, inteligente, engraçada e simpática. Pode ser a melhor de todas as garotas que eu jamais conheci, mas ela ainda cai nos truques do James. Sério. Alguém deveria ter fotografado ela nessa hora. A expressão dela mudou totalmente de “eu estou morta de cansada e quero ir pra casa” para um sorrisinho de leve entre os seus lábios.
Andamos por mais uns cinco minutos entre as árvores, quando eu parei de repente e ordenei para que ela fechasse os olhos, que dali por diante ela seria guiada por mim.
Não sei porque – ou talvez eu saiba muito bem – mas de inicio ela pareceu bem desconfiada, até ela ver que eu estava falando sério.
Então, a conduzi pelos ombros até chegarmos no lugar certo.
- Pode abrir os olhos, Lily. – Falei baixo, mas bem perto do seu ouvido.
Sei que eu que tenho que esperar que ela venha até mim e essas coisas todas que a Marlene me falou, mas acho que dar uma ajudinha não custa nada.
E esse foi o momento em que eu a vi mais bonita. Não é que ela estivesse especialmente produzida ou qualquer coisa do tipo, mas em menos de dois segundos um certo brilho (?) começou a irradiar dela. O seu sorriso foi a coisa mais linda que eu já vi, na vida inteira. Era como se eu estivesse vendo uma criancinha que acabara de ganhar o presente que andara sonhando durante todo o ano e, finalmente, seus pais lhe entregaram na noite de natal.
- J-James, é… incrível! – Ela falou com um sorriso de orelha a orelha.
Modéstia a parte era um bom lugar, não tinha nada demais, mas era realmente um achado.
Estávamos em uma clareira, não muito longe da cidade, que eu e os Marotos havíamos descoberto alguns anos antes. Nenhum de nós lhe deu muita atenção, afinal o que quatro caras iam querer fazer numa clareira? (N/A: não pensem besteirinhas, crianças. (6))
- É legal, né? – Comentei me sentando em uma pedra que realmente parecia um banco.
- Legal? – Ela olhou pra mim incrédula, e logo depois recomeçou a olhar maravilhada para o lugar. – É o lugar mais lindo que eu já vi!
Tudo bem, era realmente um lugar bastante interessante, e agora, olhando bem, parecia ter sido realmente feito por alguém. Afinal, eu não tenho visto árvores nascerem formando um círculo perfeito de, mais ou menos, uns quatro metros de raio. Sem falar nessas pedras que dariam bancos perfeitos.
- Você fez isso? – Ela disse apontando para umas flores num canto.
- N-não. Sabe, foi só um lugar que eu descobri.
Ela pareceu momentaneamente desapontada com alguma coisa. Mas logo recobrou o controle de si e resmungou algo do tipo “sabia”.
Ela continuou explorando a clareira. Olhou por todos os lados, admirou todas as flores que estavam ao seu alcance, até pegou algumas amoras, quando parou de repente.
- Tudo certo, Lily? – Perguntei me levantando e indo para junto dela.
Ela não me respondeu.
O que foi um fato bastante incomum, já que ela fala praticamente o tempo todo, então não responder a uma pergunta dirigida à mesma foi totalmente chocante.
Segui o seu olhar e ele estava fixo em algum ponto além de duas árvores.
- O que tem depois daqui? – Ela perguntou curiosa, me olhando bem nos olhos.
- Nada, eu acho. – Falei mais interessado nos lábios dela do que no que poderia haver depois das árvores.
- Hum. Parece ter alguma coisa, né? – Ela falou desviando de mim e se aproximando da passagem que ela tanto olhava.
- Sei lá, Lily. E qualquer coisa que esteja aí deve estar tentando ser escondida, não acha?
Tudo bem, eu sei que isso soou meio Remus, mas qual é? A garota me chama para sair, eu a trago num lugar legal e ela quer descobrir passagens pela floresta? Está além da minha compreensão.
- Então é isso que você faz quando vem a Hogsmead? – Ela me perguntou. – Descobre lugares novos pra trazer as garotas com quem você sai?
Tive que rir dessa.
Do quê ela está reclamando? Estou sendo um perfeito cavalheiro com ela, nem tentei agarrá-la.
- Mais ou menos. – E me aproximei dela. Mas antes de beijá-la (o que eu estava prestes a fazer) precisava contar uma coisa. – Lily, lembra da ultima vez que você veio a Hogsmead?
Ela se afastou de mim e ficou com uma expressão emburrada no rosto.
- James, não vamos falar disso, ok?
“Não vamos falar disso” ? Eu preciso falar disso.
- Nós temos de falar sobre isso, Lil. – Disse me aproximando dela.
Então eu segurei sua mão entre as minhas e fiquei encarando-a, até que ela pareceu convencida de que deveria me ouvir. Ou ela simplesmente não resistiu ao meu olhar sedutor. (H)
- Bom, naquele dia, eu realmente vim à Hosgmead… Me deixe terminar, por favor. – Pedi porque ela já ia me interromper. – Bom, eu vim à Hogsmead. Como já te disse, pensava até mesmo em estragar o dia dos namorados do John, só que… quando antes mesmo de chegar à cidade vi que não seria preciso.
- Como assim? – Ela me indagou com uma voz confusa.
Provavelmente ela ia me engolir/bater/esfaquear (?), mas ela tinha que saber disso. Quero dizer, tudo bem que ela já tinha superado toda essa história, mas ela continuava achando que tinha sido eu!
- É que quando eu estava chegando na cidade, eu vi dois sonserinos conversando. E, bem, eles estavam falando sobre azarar um cara então eu vi a que nível eu estava chegando e desisti de fazer qualquer coisa, então voltei para o castelo.
- Quem eram esses caras, James? – Ela perguntou angustiada. – Nós podemos entregá-los ao Dumbledore, porque o que eles fizeram foi grave. Eles talvez possam ir para Azkaban… Menores podem ir pra Azkaban? Anyway, nós temos de encontrá-los e…
Ela começou a tagarelar sobre as diversas maneiras que tínhamos de identificar esses dois “malfeitores” e outras teorias mirabolantes.
-… e pensando bem, uns dias depois daquilo eu ouvi dois caras num corredor deserto falando sobre alguma “coisa” que eles tinham feito e que estavam prestes a fazer de novo. Meu Merlin! Eram os mesmos dois que você viu! – Ela disse surpresa. – Eu não consegui ver seus rostos direito, mas uma das vozes me era muito familiar. Não entendo.
Fiquei calado.
Não queria jogar toda a verdade em cima dela.
- O que foi, James? – Ela perguntou levantando o meu rosto com suas mãos delicadas.
Ela estava preocupada comigo! E, tenho que confessar, que ela ficava tão linda com aquele jeitinho preocupado.
- É porque eu sei quem eram esses dois. – Disse ficando com a boca seca.
As chances dela acreditar em mim eram mínimas, sabe. Mas que outra opção eu tinha? Me entendam, eu não podia guardar um segredo desses da
- Era o Ranhoso e o Malfoy. – Disse tão rápido que ela passou alguns segundos para entender o que eu havia dito. – Severus Snape. Aquele cara estranho da Sonserina que é afim de você desde sempre.
Ela ficou me olhando com uma cara de espanto. Daí se levantou, me deu as costas e saiu andando de volta pra cidade.
- Lily! – Chamei antes dela sumir entre as árvores.
Mas a única resposta que obtive foi um olhar fulminante que ela lançou em minha direção.
Tudo bem, eu devia saber que ela nunca ia acreditar em mim, muito menos em mim dizendo que o amiguinho dela tinha atacado cruelmente o panaca do John.
Eu e minha enorme boca. Bem que eu podia ter ficado de boca fechada. Digo, não tão fechada assim, já que nós estávamos quase nos beijando quando eu tive a brilhante idéia de contar a ela toda a verdade.
Porque foi exatamente isso que aconteceu.
Flash back
Como a Evans pôde fazer isso comigo? Digo, ela recusar sair comigo todos esses meses, me desprezar, pisar nos meus sentimentos /quegay/, destroçar a minha alma /quegaay/[2] e fingir que está tudo perfeitamente bem é uma coisa que eu entendo.
Tudo bem, eu não entendo, mas posso suportar. Ou tentar mudar essa situação, sei lá. Mas aceitar sair com o John Adams ao invés de MIM? O.O’
Não que eu seja o cara mais hot/lindo/charmoso de toda Hogwarts, mas… o Adams?!
- Então você vai mesmo sujar as suas mãos por aquela sangue-ruim? – Quem ousa interromper o meu acesso de fúria?
- Não fale dela assim. – Resmungou uma outra voz mais arrastada. – E sim, vou fazer isso mesmo.
- Não acho que você deva correr esse risco por ela -- Disse a primeira voz que, agora eu sabia, vinha detrás de uma árvore antiga. – Mas se quiser mesmo…
- Já estou decidido, Lucius. Aquele Adams não devia ter se metido com a minha Lily.
Quem esse panaca pensa que é para roubar a minha idéia de fazer qualquer coisa que seja com o Adams para defender a minha Lily? Mas quem, diabos, é esse Lucius? Devem existir uns três Lucius, pelo menos, em Hogwarts.
As duas pessoas que até então estiveram escondidas à beira da estrada resolveram seguir o caminho para a cidade e eu fui obrigado a me esconder. Não sou do tipo que se esconde atrás da moita (N/A: 66’ OEOE), mas sabe como é, eles são dois e eu um, então estaria em desvantagem.
Fim do flash back
E foi aí que eu vi que as duas vozes eram o Lucius Malfoy e o meu querido amigo, Ranhoso.
Mas eu devia saber que ela nunca acreditaria em mim. Quer dizer, se eu confessasse agora que realmente eu tinha atacado aquele
Realmente devo ter nascido pra sofrer, ou algo do tipo. /momentoemooff/
Melhor eu ir embora logo daqui, afinal o que é que vão pensar se me encontrarem sozinho nessa clareira no nada? Pega mal, sacas?
Então, lá vou eu em mais um final de semana sozinho, graças à Lílian Evans.
Só ainda não entendo o que houve de errado na minha história, porque só ela mesma não consegue ver que o Ranhoso é louco por ela e está metido até o pescoço com as artes das trevas.
- Potter. – Alguém disse assim que eu pus meus pés numa rua.
Foi mais um anúncio, não estavam me chamando nem nada. Apenas indicando que eu estava lá. Estranho.
E antes mesmo que eu pudesse me virar para ver quem tinha falado comigo/de mim, senti como se estivesse levando um soco muito forte bem no meio das minhas costas.
Caí de cara no chão.
Tentei me levantar, mas uma dor dilacerante tomava conta do meu corpo. Era uma sensação de como se estivessem enfiando centenas de espadas em mim, ao mesmo tempo.
Estava em desespero e não conseguia nem pensar, de tanto que a dor dominava os meus sentidos. Então a única coisa que eu consegui fazer foi puxar a minha varinha e lançar no céu faíscas vermelhas.
Permaneci lúcido por mais uns dois minutos, nos quais delirei de dor. Não lembro se gritei, mas devo ter gritado.
- James! – Ouvi uma voz conhecida exclamar quando chegaram finalmente onde eu estava.
- Sirius. Socorro. – Foram as únicas palavras que eu consegui proferir, já que a minha cabeça só conseguia pensar em como aquela dor era insuportável.
- Remus, me ajuda. Pega as pernas dele. Um, dois, três e JÁ.
E a última coisa que eu me lembro de ter visto foi uma expressão de espanto e medo no rosto de uma garota ruiva.
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N/A: Antes de mais nada, eu quero pedir mil desculpas a todas as pessoas que eu fiz esperar durante esse mês (um pouco mais, eu sei), mas eu realmente estava sem conseguir escrever tudo o que eu queria no capítulo. Bom, acho que isso foi o que mais se aproximou dos meus planos.
Bom, agora vocês sabem quem tinha atacado o John, sei que um monte de gente defende toda aquela coisa do Snape ser bonzinho e tal, mas eu (particularmente) não gosto dele, então foi assim e ponto. :D
Sobre os futuros capítulos eles não irão demorar tanto quanto esse, lógico. E acho que só vão existir mais uns dois :// É, a fic está terminando, gente. Mas não fiquem tristes – ou alegres por se livrarem de mim – porque eu tenho mais duas fics encaminhadas “Falling in Love” , que é S/M – UA e “Hogwarts High School” que é J/L – UA também.
Acho que era só isso, amores.
Até a próxima, Beijos
Raah B. Potter
N/B: E a demora valeu a pena, podem dizer. AEAEAEA
Não quero que a fic acaaaaaaaabe :/ Como já disse, AMO betar as fics dela. Mesmo que eu demore litroz e faça ela ficar com raiva e deixar vocês esperando. Haha, te amo Raissano :D
Enfim, SNAPE NOJENTO, GAYDÁCU ;@ Só assim pra Lily perceber, ein ein? q
Uma coisa que amo nas fics da Raissa *preciso dizer* : não gosto da maioria das narrações. Sei que elas são absolutamente necessárias pro desenvolver das histórias, mas uma narrativa torna-se chata, um diálogo sempre ajuda a animar. Mas as fics dela, não. Se ela fizesse 100 capítulos narrativos, seriam os 100 capítulos mais perfeitos de todos. Claro que os diálogos são tudo, mas as narrações não ficam atrás. E quando ela escrever o primeiro livro e vender mais que a Bíblia e a tia J.K, eu vou estar na dedicatória AEAEAEA.
Viajei.
Isso ae, galere. Comentem muito *-* Até a próxima!
Lisa Prongs.
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