Capítulo um



Capítulo um





Não dormi essa noite, e tudo por culpa dela.

Afinal de contas, quem ela pensa que é para falar comigo daquele jeito? E ainda mais me acusar de ter feito aquilo com o namoradinho imbecil dela.

Eu nunca iria me meter na vida amorosa dele. Bom, talvez eu já tenha me metido algumas muitas vezes, mas tentar matar? Não, obrigado. Principalmente porque ele é um bundão e nunca iria, sequer, agüentar um feitiço meu.

Se o cara tivesse sido encontrado em algum armário de vassouras ou até na floresta proibida até que poderia ter sido coisa minha, ou, digo, nossa: dos Marotos. Mas não isso, não mesmo.

Sabe o que deve ter acontecido? Eu vou dizer o que deve ter acontecido. Aquele mané cara deve ter se empolgado demais por estar saindo com Lílian Evans, uma das, se não a mais, garotas mais bonitas de Hogwarts. Aí ele deve ter tentado tirar alguma onda com um dos muitos pretendentes da Evans (eu que o diga, como essa menina tem pretendentes, viu?), o cara ficou bravo e fez aquilo com ele. Simples.

Enquanto eu, como o bom garoto que sou, estava aqui, curtindo a minha fossa. Adivinha por quem? Isso aí, por causa da Evans. Como eu fui capaz de ser tão idiota? Ela nunca me quis, nunca, mas eu sempre estive lá, como um otário, me declarando e tentando agradá-la de todas as formas possíveis.

Não mais. Nunca mais, diga-se de passagem.

Ela despreza meus sentimentos. E naquela cabeça dura parece que não entra nada do que eu falo. E nada do que eu fiz nesse ultimo ano parece que contou para ela, só às vezes em que eu ‘brinquei’ com o Ranhoso, que eu devo dizer que mereceu cada uma das ‘brincadeiras’.

Mas não vamos mais falar de Evans, ok? Estamos oficialmente brigados e agora voltarei à minha antiga vida.

- Hei, Pontas qual o seu problema? – Ótimo jeito de começar o dia Almofadinhas: com a pergunta que eu quero evitar.

- Ah, nada demais. – Falei enquanto trocava de roupa. Mas acho que não fui muito convincente, ou nada convincente para ser mais especifico. – Desisti da Evans, só isso.

O Sirius ficou meio… bom, perplexo é a única palavra que me ocorre, já que ele está me olhando meio desconfiado/assustado, quase como se esperasse eu começar a rir da cara dele e dizer ‘HÁ! Te peguei, primeiro de Abril, dia da mentira!’ ou algo assim. Mas hoje nem é primeiro de Abril nem nada, ainda é quinze de Fevereiro, então isso não é uma pegadinha de primeiro de Abril.

- ‘Cê tá falando sério? – Agora ele está quase rindo na minha cara. Valeu pelo apoio moral.

Eu apenas balancei a cabeça afirmativamente. E ele, finalmente, pareceu entender que eu não estava brincando e que eu desisti da Evans.

- Uau. – Grande frase de consolo que expressa profundamente o apoio e a dor que o meu melhor amigo partilha comigo. ¬¬ -- Que notícia, cara.

Eu gosto muito do Sirius, e ele é um irmão para mim, mas eu preciso dizer que ele não é o melhor conselheiro do mundo. Onde já se viu falar uma coisa dessas a alguém que perde um braço? Bom, não que a Evans signifique tudo isso pra mim. Não agora.

- Já estava na hora de mandar ela pastar, né? Ela é legal e tal, mas, entre nós, que garota complicada! E, pensa bem, agora você vai ter todo o tempo do mundo para curtir as garotas de Hogwarts. – Retiro o que eu disse sobre ele.

Qual o melhor jeito de curar um amor? Não, não é se afogar em lágrimas e, muito menos, comer chocolate até engordar uns cinco quilos. A resposta correta é: muitos amores!

- Até que não é uma má idéia.

E então ele começou uma longa lista de possíveis ‘curas’ para o meu mal. E que curas. Não sabia que meu ibope estava tão alto. Afinal, depois de tanto tempo ouvindo as ‘delicadezas’ da Evans, você meio que acaba se acostumando com isso, sabe.

- Bom dia, Anne. – Cumprimentou Almofadinhas quando passamos pela mesa da Corvinal.

E não só essa ele cumprimentou, claro. Eu tenho que reaprender como se faz isso.
- Oi, Sirius. Oi, James. – Loirinha, magra, mas daquelas que sabem provocar um homem.

- Bom dia. – Respondi forçando um sorriso amigável.

Não estava muito a fim de falar com ninguém, mas onde já se viu deixar uma garota dessas falando sozinha, não é?

- O que vocês vão fazer mais tarde? – Ela perguntou sorrindo de um jeito, bom, sorrindo do jeito que a gente entende o que quer dizer.

- Nada demais, por enquanto. E vocês? – O Sirius não perde tempo.

Como já disse, não estava muito empolgado. Não estava até ver que uma cabeleira ruiva, sentada à mesa da Grifinória, olhava insistentemente para nós quatro.

- Mais tarde a gente podia se ver, o que vocês acham? – Direta, pelo menos assim me poupa trabalho.

- Claro. – Respondi bem mais empolgado. – Na beira do lago umas três horas?

Elas confirmaram e se despediram da gente sorrindo empolgadas.

Tinha me esquecido como isso era fácil. E com alto custo – beneficio, se é que você me entende.

- Bom dia, Lene. Bom dia, Emmy. Bom dia, Dorcas. – Cumprimentei enquanto me sentava no lugar de sempre.

- Bom Dia, Jamie. – As três responderam em coro.

A Lily Evans apenas colocou mais uma porção do sei-lá-o-quê que ela estava comendo na boca e fingiu não perceber a minha presença. Fiz o mesmo. E se ela esperava por um dos meus ataques matinais de “eu te amo” ela quebrou a cara.

- O que vocês vão fazer hoje de tarde? – Remus perguntou às meninas.

- Eu e Emmy vamos fazer umas tarefas que estão atrasadas, né Emmy? – Marlene respondeu quase ameaçando a Emmeline.

- E você, Lily? – Sabe, nunca entendi porque todo mundo, absolutamente todos sempre puderam chamá-la assim, menos eu.

Ela deve ter algum distúrbio, só pode.

- Vou visitar o John na enfermaria. Ele ainda está muito mal pelo que fizeram com ele ontem. – Ela respondeu seca, para me atingir.

O resto do café da manhã transcorreu normalmente, a Evans insinuando sempre que possível que eu era um monstro que tinha atingido covardemente seu querido e indefeso John, enquanto eu e o Almofadinhas falávamos com todas as garotas possíveis. E devo acrescentar que eu nunca tinha visto muitas das garotas com as quais falei.

E como o passatempo preferido desse bando de fofoqueiros que são abrigados pelas muralhas do castelo – e que não têm vida própria, diga-se de passagem – é falar da vida dos outros, parece que todos já sabem que eu não estou mais naquela de “eu amo a Lílian Evans”. Nunca antes tantas garotas vieram falar comigo, não desse jeito.

Não que eu esteja me achando, nem nada (ou talvez eu esteja mesmo), mas o que deu nessas meninas? Elas se multiplicaram? Porque eu já vi o mesmo grupo de garotas umas três vezes, desde que saímos do café da manhã.

- Oi, James. – Uma corvinal, bem bonitinha até, me cumprimentou com aquele sorriso.

- Oi. – Respondi, depois perguntei baixinho para o Almofadinhas: -- Quem era essa?

- Luiza Bynes. – Ele respondeu com a maior naturalidade.

Não sei como ele decora tantos nomes. Deve ter alguma técnica, feitiço, alguma coisa. É impossível ele lembrar de todas essas garotas. Impossível.

- Como você decora tantos nomes? – Não me contive.

Ele riu, e depois falou:

- Um talento, meu caro James. Eu tenho que lembrar, pelo menos, do nome delas, não? – E piscou.

Grande Sirius. Então estava explicado, essa Bynes tem história.

Continuamos seguindo para o salão comunal. Quando chegamos lá o Peter estava sentado e, para variar, comendo. Cara, alguém precisa avisar pra ele que comendo assim ele vai virar uma bola.

- Hei, Rabicho. O que é… isso? – Sirius perguntou apontando para algo, que só pode ser definido como nojento.

- Afanei lá da cozinha. Não sei bem o que é, mas é gostoso. – E ele mordeu mais um pedaço da gororoba (?) – Querem experimentar?

Não mesmo.

Como alguém rouba comida do colégio tanto quanto ele? No mínimo já devem saber que metade da comida do castelo é desviada para a torre da Grifinória.

- Onde ‘tá o Remus? – Perguntei.

- Com a Dorcas, onde mais? – Respondeu o Peter.

- Eles estão juntos, né? – Grande Sirius.

- Como você é observador, cara. – disse.

O que não é muito surpreendente, já que todo mundo sempre soube que eles, um dia, iam ficar juntos. Menos ele, pela demora que foi.

Mas falar do rolo (entendam o que eu quis dizer) dos outros não é coisa do nosso feitio, então fomos falar de Quadribol.

Uma meia hora depois da nossa conversa sobre o campeonato nacional, três garotas entraram no salão comunal. Não preciso nem dizer que fiz questão de não falar com a Evans.

- Oi, Lene. Oi, Dorcas. – Cumprimentei com o meu melhor sorriso.

Não que eu esteja tentando causar uma boa impressão em ninguém. Não mesmo. Definitivamente. Não depois do que ela me falou ontem.

Ela também não pareceu se importar muito. E com toda a pose de arrogante que ela tem disse:

- Com licença, tenho que subir. – E saiu.

E nós continuamos conversando, os cinco. Afinal, quem liga se a Evans nem olha mais na minha cara?


_____________________________________________________________


N/A: Senhoras e senhores, garotos e garotas, mães e pais, filhos e filhas, papagaios e papagaias(?) eis aqui o capitulo um! /aplausos/ Desculpem pela demora, mas eu não estava conseguindo escrever nada e toda vez que eu relia eu apagava um pedaço. Então o capitulo estava diminuindo ao invés de aumentar.
Mas tudo bem, aqui está. É, eu sei, não está graaande coisa (tanto o tamanho quanto o conteúdo), mas eu prometo dar o meu melhor no próximo. Comentem *_*
Beijos:*
Raah B. Potter





N/B: Iae, galere? RAISSAAAAAANO, que capítulo perfeitoso! O James tá certinho, né, povão? Ele pode ser até meio retardado, às vezes, mas assassino? NUNCA! Lily devia ter certeza antes de julgar os outros, u_u’
Enfim. Quem gostou do capítulo levante a mão! \õ Vamos comentar bastante pra Raissa ficar feliz e nunca esquecer que a fic dela é perfeita! Te amo, Raissano. Don’t forget! ♥
É tão lindo estar betando essa fic *-* Vejo vocês na próxima, amigos. Beijinhos, beijinhos.
Liisa Prongs.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.