Na estação e no trem



Como eu ansiava o dia 1º de setembro, onde eu finalmente poderia rever o meu amor, o meu Harry. A gente se correspondia por correio coruja, todo dia eu recebia uma carta dele e todo dia eu mandava uma de volta. Mas era tão difícil ficar assim longe dele! Rony me falava que sempre que eles estavam juntos ele perguntava como eu estava e que ele não parava de falar de mim “e isso já tá me irritando! Parece que ele não tem outro assunto!” ele disse um dia desses. Eu também sempre perguntava ao Rony como ele estava, se ele estava se dando bem nos testes para auror...

- Sabe, vocês se correspondem todo dia, então por que não me deixam em paz e falam tudo o que querem por carta? Eu não sou coruja pra ficar levando e trazendo recado! – ele disse meio irritado e meio achando graça.

Mas o dia em que eu reveria o Harry estava próximo. Eu já não agüentava de ansiedade. Eu precisava vê-lo, beijá-lo e senti-lo perto de mim. Ver aqueles olhos verdes que me deixavam hipnotizada, sentir seu cheiro...

E então depois de tanta espera o dia finalmente chegou. Eu sabia que teria que me trocar no trem, mas coloquei uma das minhas roupas mais bonitas e fui para a estação rumo ao meu último ano em Hogwarts.

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- E aí Harry! O que você está fazendo aqui? Não terminou no ano passado? – ouvi um garoto perguntar a Harry enquanto eu me aproximava.

- Oi Harry. – eu sussurrei em seu ouvida por trás, ele se virou sorriu e me beijou.

- Esse é um bom motivo! – disse o garoto quando eu e Harry paramos de nos beijar, nós simplesmente sorrimos e ele disse que tinha que ir procurar uns amigos.

- Olá Harry querido! Como você está? – disse minha mãe indo abraçá-lo.

- Bem, obrigado.

- Bem querida acho melhor deixarmos esses dois se despedirem. – disse o meu pai com um sorriso.

Depois que ele saiu com minha mãe, nós começamos a conversar.

- Eu estava morrendo de saudade! – eu disse.

- Eu também tava com muita saudade. – ele disse me olhando nos olhos e depois me abraçou.

Aquele abraço era tão bom, eu me sentia protegida de tudo e de todos ali. Mas então meus pais me chamaram falando que o trem já ia sair.

- Promete que me escreve todos os dias? – eu perguntei.

- Prometo, mas você também tem que me escrever todos os dias e não se esqueça de me avisar quando houver um passeio a Hogsmeade. – ele disse sorrindo.

- Pode deixar! – e nós nos beijamos novamente.

- Eu te amo Gi! – ele disse quando eu já me afastava.

- Eu também te amo! – eu disse com um sorriso.

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Fiquei em uma cabine junto com a Luna e mais duas garotas que eu não conhecia.

- Oi eu sou Sara da Corvinal. – disse a garota de cabelos castanhos.

- Eu sou Samantha, mas pode me chamar de Sam e sou da Grifinória. Mas acho que a gente nunca conversou. – disse a garota loira.

- Ah! Oi! Eu sou Gina Weasley.

Elas fizeram cara de espanto enquanto Luna nem parecia escutar a conversa, só ficava lendo O Pasquim.

- Sério? Você é Gina Weasley? – perguntou Sam.

- A namorada de Harry Potter? – perguntou Sara, sendo bem mais direta.

- É, sou sim. – eu disse meio encabulada, elas me olhavam de um jeito.

- Uau! Deve ser muito maneiro namorar com ele! Quero dizer, o cara salvou o mundo bruxo! – disse Sara.

- E trouxa também. – acrescentou Sam.

- Sei lá! Pra mim é normal. – eu disse dando de ombros.

- Bem, você já está acostumada com ele, mas eu sinceramente quase pedi um autógrafo quando o vi na estação. – disse Sara.

- Eu acho que ele ia ficar muito sem graça se você fizesse isso. – disse Sam – Ele sempre me pareceu um garoto bem normal e até tímido.

Ficamos em silêncio algum tempo e quem iniciou uma conversa foi a Sam.

- E aí, o que vocês pretendem fazer depois de Hogwarts? Eu queria trabalhar no Controle de Criaturas Mágicas.

- Eu tava pensando em trabalhar no St. Mungus. – disse Sara.

- Eu tava pensando em ser auror. – eu disse (e acreditem não é só porque eu quero ficar perto do Harry, embora isso também conte, mas é que ele falava tanto disso que eu acabei gostando da profissão).

- E você Luna, pretende fazer o quê? – Sara perguntou.

- Acho que vou trabalhar n’O Pasquim com o meu pai. – ela disse e voltou a ler sua revista.

A viajem seguiu animada. Jogamos um pouco de Snap Explosivo e conversamos muito.

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