Boom!

Boom!

Por Sirius Black:

- Sabe... eu não to muito a fim de ir pra escola hoje. – eu disse quando já estávamos chegando perto da entrada da escola. Afinal os nossos jogos já haviam acontecido, e nós já tínhamos ganhado modéstia parte, mas já era esperado...

- ‘Tá bom, pode ir pra casa... Mas eu vou ver... Não vou perder o futebol feminino.

- Pourra, James! Eu tinha esquecido! - falei dando um murro no ombro dele. – Legal estar na escola! - falei entrando todo animado, o pessoal ficou me olhando estranho. Acho que é a convivência com esses doidos que eu chamo de amigos.

Eu e James demos a volta nos prédios da escola pra chegar ao campo. Boa parte da escola estava lá, dias de jogo contavam presença na diretoria, por isso ninguém queria levar falta.

Quando chegamos perto das arquibancadas, Dora e Remus estavam conversando e rindo. Putz! O Remus não agarra logo ela! ‘Tá na cara que os dois se gostam e não dão logo o passo seguinte! Um ano de embolação, nem eu agüento!

Cumprimentamo-nos e ficamos na parte mais alta da arquibancada. Olhei para o campo e nas proximidades encontrei as meninas se aquecendo.

- Sirius? SIRIUS? – Dora gritou no meu ouvido.

- QUE FOI? – eu respondi fechando a cara.

- O que você tava olhando? – ela perguntou.

- Apreciando a Marlene se aquecendo por quê? – eu respondi com um sorriso.

- Ah, tá! Ei, você sabe se a Lily vai jogar?

- Ela disse que ia... – e voltei a apreciar a “paisagem”.

Quando eu ia perguntar uma coisa pro James, um sorriso apareceu na cara dele. Olhei de volta no campo, uma coisa ruiva apareceu e começou a se aquecer. Atrasada. Novidade...

A Dora como sempre doida começou a gritar e chamar por ela.

- LILY! LILY! - e a pular também. Ninguém olhou por que já estavam acostumados com ela.

A Lily nos viu e sorriu, depois deu um pequeno aceno com a mão.

De repente meu olhar se encontrou com o da Lene. Dei uma piscada pra ela e ela levantou as sobrancelhas e depois sorriu. O que o Remus me disse tava dando certo! Eu parei de ficar com garotas na frente dela e evitei ficar olhando para outras garotas, o que realmente é difícil, devo acrescentar.

(...)

O jogo começou e as meninas iriam jogar contra um dos times do primeiro ano, um dos melhores times femininos. Essa era a semifinal e nem eu sei como elas chegaram, tem umas frescas no time que correm da bola. u.u’


O começo foi bem tenebroso, as meninas do outro ano estavam na frente com o placar de 2x1. O jogo tava me deixando aflito! Eu e o James começamos a xingar o outro time, depois que a Lene quase quebrou o braço. O povo olhava pra gente, espantado. O cabelo do James tava mais bagunçado do que um pinto no lixeiro (?).

Quando o primeiro tempo acabou o Remus e a Dora correram pra buscar água pra nós dois. Quando eles chegaram, o segundo tempo já tinha começado e eu e o James voltamos a gritar. Quando me deram a água, bebi a metade e o resto eu joguei na cabeça, James fez a mesma coisa. Nós dois acabamos nos molhando um “pouco”, o que fez o público feminino na arquibancada babar.

Remus e Dora não sabiam o que fazer então esqueceu e começaram a assistir ao jogo de novo.

Faltavam dez minutos para acabar e o placar estava 3x3, eu já tinha derramado três garrafas de água em mim.

- Porra Juiz! A Lene não tava impedida! – eu disse isso gritando, mas releva.

A coisa tava ficando feia uma das jogadoras do time das meninas teve que ser substituída. Jogo de mulher sempre sai briga durante ou depois. *-*’ Ah nem vem briga de mulher é legal. Ok não é...

Uma hora James e eu não agüentamos e sentamos. Eu já estava quase sem voz e a minha voz estava super rouca.

- AAAAAAAAAAAAHH! – eu e James nos levantamos imediatamente.

A ruiva começou a gritar e a pular no meio do jogo, logo depois que viu algo no celular. Pegou a bola da menina do time adversário, deu uma bicuda nela – na bola - e fez gol do meio do campo. E pra completar, jogou-se em cima de uma inocente Marlene assustada.

- O que deu nela? – eu perguntei assustado.

- Eu não sei, mas... AAAAAAAAAAAAAAAAAH! A LIL FEZ GOL!

Depois disso eu e ele começamos a gritar e a comemorar, e olha que o jogo nem tinha acabado ainda. Faltavam uns cinco minutos.

- Por que ela levou o celular pra jogar? – a Dora disse depois que parou mais de gritar.

- Não sei. – e o juiz apitou o final do jogo.

A única coisa que eu lembro antes de abraçar a Lene foi que nós quatro descemos as arquibancadas correndo, afastando quem tivesse na frente. Daí ela olhou pra mim, eu olhei pra ela, e nos abraçamos. E até agora eu to assim com ela. Mesmo suada ela ta cheirosa. *-*

- Que demais! Vocês estão na final! – a Dora disse. Eu vi o James e a Lily conversando, mas não deu pra ouvir direito.

- Aah, nós não vamos jogar a final... – Marlene respondeu depois que se separou de mim.

- Por quê? – James perguntou.

Por Lily Evans:

- É o seguinte: as melhores jogadoras do nosso time tinham se machucado no outro jogo e eu e a Marlene a substituímos. E como elas já se recuperaram vão voltar! E a gente foi excluída. - eu disse meio mal-humorada, mesmo tendo aceitado o pedido de desculpas do Jay.

- Ei, isso não vale! A gente vai falar com aquelas... – disse a Dora já indo na direção do resto do pessoal do nosso time. Putz, é melhor alguém fazer alguma coisa, se não vai rolar peia. E eu to dentro.

- Calma ae, Dora! – o Remus estragou tudo...

- É melhor a gente ir, ta um saco mesmo, nem to querendo que a gente ganhe! – todos olharam pra mim assustados. – Sério. Aquelas meninas são muito competitivas e só sabem discutir!

- Isso é verdade gente. – Lene concordou comigo.

- Ok, então ta decidido, que tal o shopping? – já estávamos nos afastando do campo quando o Sirius disse isso.

- Sim! – todos responderam.

- Eu e Lily vamos nos trocar vocês nos esperam aqui! – Marlene falou e me puxou.

- Mas ei! Como a gente vai sair da escola? Ta tudo fechado, só sai e entra com autorização! – nisso eu posso dar um jeito Lene.

(...)

Eu já estava com James andando devagar, íamos sair pela saída de trás da escola a menos movimentada e a menos protegida, não me pergunte como eu sei.

O plano estava todo certo. O cara do portão tinha saído, depois que colocamos o Sirius para vigiar. Os outros quatro estavam dando a volta por trás do ginásio de vôlei/basquete.

- Você acha que vai dar certo, Lily? – James me perguntou quando chegamos no portão.

- James, não perca tempo! Vai logo! O cara já-já chega! – eu disse e ele se assustou com a minha reação, apenas sorriu e se voltou para o cadeado.

- Ah... Esse vai ser fácil... – pegou o grampo que a Lene arranjou e começou a tentar abrir.

- Ele tá vindo, ele tá vindo! – eu pulava que nem uma doida, quando ouvi alguns passos.

- Se acalma ruiva louca! – Potter ainda mexia no cadeado.

- Eu não sou louca! E se nos pegarem estaremos encrencados. – droga! Pensa, Lily! Pensa, Lily!

- Vai ficar tudo bem!

- Tenho uma idéia! Levanta. – ele vai enlouquecer com o que vou fazer. - AGORA!

E então ele se levantou e eu fui em direção dele, na verdade próximo demais o que fez James tomar um susto. Fui até o seu pescoço e o beijei, ele passou as mãos em volta da minha cintura e quando nós dois íamos nos beijar...

- COF, DOF! – tossiu o cara super magro com um boné maior do que a cabeça. – Será que os senhores poderiam ir a outro lugar?

- A foi mal, a gente já ta indo... – e ele puxou e nós dois já estávamos atrás da quadra, Sirius, Marlene, Dora e Remus já estavam lá.

- E ai? – disse Sirius.

- Consegui abrir, mas o cara ta lá! Espero que ele não perceba! – James disse bagunçando o cabelo.

- Ok! Lene, você vai lá e diz que a Minerva ta chamando ele urgentemente e que ela ta louca da vida. – Dora disse meio que pulando. Ela parece mais bêbada do que o normal...

- Por que eu tenho que ir? – Lene falou fazendo uma careta.

- Por que você é a mais boazuda aqui! Vai logo! – eu disse a empurrando. Os outros ficaram rindo do meu comentário.

Minutos depois vimos o cara passando correndo.

- Corre, gente! – Lene disse aparecendo.

Nós seis corremos em direção do portão e saímos.

- Peraí! Gente o quando o cara perceber que a Minerva não o chamou e ver o portão aberto, vai suspeitar da Lene! – eu disse fazendo uma careta.

- Putz, é verdade! – falou Remus batendo na testa.

Antes que eu pensasse mais um pouco Sirius voltou e trancou o portão.

- TU TÁ DOIDO, SIRIUS? – ótimo Lene, acaba com meu ouvido.

- CALMA AE! QUE EU JÁ VOU!

Passaram alguns segundos e nada, mas para a Lene foram minutos.

- Ai meu Deus! Será que pegaram ele? Espero que ele não se ferre por nossa causa e...

- Nossa você ficou tão preocupada assim? – Sirius disse e Lene se virou e deu de cara com ele. Ela ficou imediatamente corada. Onw, que fofo os meus amiguinhos juntos! (quegay 9:)

- Se vocês não forem se agarrar e melhor irmos logo! – disse Remus rindo. E Lene se afastou do moreno.

Por Remus Lupin:

Aqui estamos nós seis perto de um pub, e vamos encher a cara e ficarmos bêbados até cair e vamos passar direto por que somos de menores e é proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores.

É, eu sei que to bem doido hoje. (y) Na verdade nem sei por que, é como se eu quisesse curtir bastante. Superei o lance da Dora, acho que se ela já tivesse namorando com o cara tinha contado para a gente, certo? Errado, por que eu não sei de nada.

- A gente bem que podia roubar umas cervejas! – disse o Sirius que estava mais a frente ao lado de James e Lily.

- A claro, e vamos fazer o que então depois? – falou Marlene ao meu lado.

- Er... Beber? – eu disse. E ela arqueou as sobrancelhas para mim, ops, Remus calado. Mulheres odeiam passar por isso...

- Eu queria dizer, para onde vamos?

- Que tal o shopping do centro da cidade? É um dos maiores de Londres, se não o maior daqui. – Dora disse animadamente.

- Ei, é uma boa idéia, a gente aproveita pra comer alguma coisa! – eu falei concordando e a loira aumentou o sorriso.

- Beleza, mas e o Money? – comentou Lily – Todo mundo tem?

- Quem não tiver, eu pago... – Sirius comentou.

- E A MÃO SE LIBERTA, SENHOR! ALELUIA! (N/A: Meu amigo sempre fala isso para minha outra amiga, que não costuma gastar dinheiro. :B N/B: Eu ri, q) – James caiu de joelhos no meio da rua com as mãos abertas para o alto. O.o Foi engraçado, o povo achou que a gente é doido.

Sirius deu um pedala na cabeça do James, que já ia começar mais uma daquelas briguinhas de menino. Meio gay eu sei, mas o que eu posso fazer?

- Nem pensem em começar aquelas briguinhas de meninos, e então vamos de metrô? – a Dora lê a minha mente. PQP, será que ela já leu na aula de Matemática? :$

- É claro! – Marlene concordou e viramos a esquina.

O céu de Londres como sempre com aquele ar de que vai chover. Aquelas nuvens negras me deram um aperto no coração... Estranho.

Como sempre o metrô tava cheio. Pessoas apressadas são as mais comuns é claro. E eu e meus amigos estávamos até calmos, conversando sobre coisas nada haver e sem sentido, às vezes. A Lily soltava umas risadas escandalosas, mas daquelas contagiantes, sabe? James babando por ela é claro. O Sirius tava até quieto demais, e evitava da umas olhadas nas bundas das mulheres. (6) A Marlene tava conversando com a Dora e foi contar algo pra Lil...

- Er... Remus? – disse uma voz doce e calma, nomeio daquele barulho todo. Foi quando os meus olhos encontram com os delas. Sabe aquela coisa de que o mundo todo para? Pois é, isso aconteceu.

- Sim Dora?

- Você ultimamente anda tão calado. Aconteceu alguma coisa? – nós dois já descíamos na escada rolante.

- É que...

- GENTE ANDA LOGO QUE O METRÔ JÁ TA CHEGANDO! – e então eu e Dora corremos para se encontrar com os outros que já tinham comprado as passados. Parece que todo mundo ficou mão aberta. (y) Eu quero um carro.

Graças a Lil que puxou ela pro seu lado, eu me livrei de responder a pergunta.

Marlene estava meio quieta do meu lado e eu a perguntei:

- Algum problema, Lene?

- É que eu to sentindo um aperto no coração...

E como em um filme de ação depois da voz de Lene, só escutei o barulho do metrô que freava, virei de vagar a minha cabeça e observei... E foi ai que a primeira bomba explodiu:

BOOOOOOOOM

E em uma fração de segundos, ninguém se mexeu, o barulho foi meio distante, mas bastante assustador. E ai vem a segunda...

BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM

Foi quando o pânico aconteceu. Eu não sabia o que fazer por que uma poeira que aparentava vir das paredes estava começando a invadir o lugar. Minha primeira reação foi agarrar o braço da Lene que estava ao meu lado e correr com ela... Só que ai veio a terceira e última...

BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM

A estação toda tremeu como um terremoto, de alguma forma eu não conseguia ouvir os gritos, mas sentia que estava sendo empurrado. Avistei James um pouco atrás de mim e puxei Lene que ia ao meu lado, James estava com Lily. A poeira estava aumentando e eu corri para a saída mais próxima, umas escadas que saiam na rua que cruzava a que a gente tinha vindo.

Subi correndo, tomando cuidado para não cair e nem pra Lene tropeçar. Quando finalmente avistei o céu foi quando pensei que estava a salvo e foi ai que eu comecei a escutar.

- AH MEU DEUS! O QUE FOI ISSO? – Lene berrava e tremia dos pés a cabeça enquanto eu a fazia sentar no chão e longe das pessoas que corriam desesperadas.

- VOCÊS TÃO BEM? – James tinha que berrar, por que as outras pessoas gritavam e o barulho das ambulâncias, bombeiros e policiais próximos.

- EU ACHO QUE TÔ! – eu gritei. – E VOCÊ, LENE?

Ela apenas balançou a cabeça que estava entre as pernas. Sirius que apareceu em segundos depois que chegamos estava tossindo e segurando o braço.

- SIRIUS! O QUE TEM TEU BRAÇO? – James disse puxando o amigo que sentou mais perto da Lene.

- ACHO QUE MACHUCOU FEIO, E MINHAS COSTAS ESTÃO MOLHADAS. – quando ele virou para mostrar, ela estava coberta de sangue. O que ta acontecendo? Ou melhor, o que aconteceu?

- AAAAAAAAAAAAAAAAH! – Marlene começou a gritar e chorar.

- Calma Marlene. Eu vou ficar bem! – ele disse tentando consolá-la.

Lily estava quieta...

- AI MEU DEUS ONDE ESTÁ A DORA? – eu gritei. Isso não ta acontecendo... É UMA PORRA DE UM PESADELO!

- REMUS NÃO FAZ ISSO! – James gritou, mas era tarde demais, eu já estava voltando por onde tinha vindo.

- DORA? DORA? – comecei a gritar e de longe eu a avistei. Ainda havia pessoas ali, mas muito longe, não conseguia nem ver direito. Só a garota deitada no chão.

- Dora. Fala comigo! Dora?! – disse depois de tirar um pedaço de concreto que havia caído em cima do seu braço, ela estava coberta de fuligem e poeira.

- Remus... – ela falou com a voz baixa e fraca, antes de cair inconsciente no meu colo.

Foi quando os bombeiros, médicos, policiais e outras boas pessoas apareceram.

- PELO AMOR DE DEUS ALGUÉM A AJUDE! – eu berrei para as pessoas ali.

Por Dora Tonks:

 A última coisa com clareza que eu lembro era de que Lily estava perto de mim, mas depois dos barulhos terríveis eu caí e a poeira invadiu a minha visão. Depois de um tempo senti uma forte dor na minha perna e não conseguia me mexer.

- DORA! DORA! – escutei a voz de Remus longe. Não acredito que ele voltou.

- Remus... – sussurrei e tudo escureceu.

(...)

- A pulsação está voltando ao normal... – escutei a voz de uma mulher ao meu lado, enquanto eu me sentia deslocada.

- Ela está abrindo os olhos! – um homem disse, quando uma luz forte invadiu a minha visão, provavelmente eu estava em um hospital.

- Você não pode entrar agora! É algum parente? – escutei a mesma mulher da pulsação dizer.

- Er... Não, mas... – era Remus e disso eu tinha certeza.

- Então não pode ficar aqui! – a mulher respondeu. Mas por que não?

- Mas... Eu sou o namorado dela. – isso me assustou um bocado, e eu acabei desmaiando de novo.

(...)

Eu mexi um pouco a cabeça para o lado e abri os olhos devagar, e vi Remus ao meu lado mudando de canal. Ele estava um pouco arranhado e tinha faixas ao redor das mãos, parecia preocupado.

- Remus... – e ele virou e sorriu pra mim, aquilo fez o meu dia melhorar muito, ver o Remus ali.

- Ei Dora, você ta se sentindo bem? – ele me olhou preocupado se inclinando um pouco mais pra frente, para ver melhor o meu rosto. OMG! Se controle dona Tonks.

Então resolvi dar uma olhada em mim. Minha cabeça tava um pouco enfaixada, uma das minhas mãos também, e ah eu to com a perna quebrada pra completar.

- Er... Acho que eu to. Eu acho que vou voltar a andar, eu falo, enxergo, escuto e sinto. É to bem!

Ele riu.

- Só você pra ser tão Poliana em um momento desses! [N/A: E não sou eu! :D N/B: (?) UHAUAHAUH]

- Tem que ser né?

- Bom, eu acho que sim... Possivelmente vamos entrar em uma crise agora... – ele falou virando pra TV.

- Ei! E o pessoal? Eles estão aqui? – falei tentando me sentar, mas não foi muito bom pro meu quadril.

- Calma ae, se não você se machuca mais. – ele preocupado é tão fofinho. - Bom... Eu falei com as meninas, elas estão em algum outro hospital, acho que mais ao norte.

- E elas estão bem? – perguntei aflita.

- A Lene se machucou na mão esquerda. E a Lily teve um pequeno corte profundo na testa, levou ponto e logo vai levar alta.

- Que bom! Mas e... Eu? – perguntei meio aflita.

- Sua perna quase quebrou, foi apenas deslocada. E você bateu a cabeça e teve um leve corte. E boa: as suas mãos logo vão sarar. Acho que talvez amanhã ou depois você levará alta. – ele me disse com um sorriso fraco.

- Acho que isso é bom... E os meus pais?

- Eu tomei a liberdade de ligar para eles. Logo estarão aqui e seu irmão também.

O silêncio ficou chato, e ele ali me olhando nos olhos. Não foi nenhuma surpresa que meu coração disparou, devo ter até ficado corada.

- Obrigada. – e sorri pra ele.

Então o barulho da manchete nos assustou e voltamos a olhar para a TV.

- “Para piorar a situação tivemos a informação que minutos depois das explosões que ocorreram no metrô... 

Por Marlene McKinnon:

“... um ônibus foi atacado, matando mais vinte pessoas, dentre eles estudantes de uma escola próxima. Seria um dejavú do dia 7 de julho?”

- Ai meu Deus, será que é da nossa escola, Lily? - perguntei a ruiva que estava quieta ao meu lado.

- Não sei Lene. Espero que não...

Closer, closer (8)

- SIRIUS! COMO TU TA? – eu gritei disse para a pessoa do outro lado do telefone.

- Ei, Lene, é o James! E a gente ta bem, bom eu acho que sim.

- COMO ASSIM “ACHA QUE SIM”?

- Senhorita, se você não fizer silêncio, vamos ter que tira-la daqui. – falou uma enfermeira com um olhar severo.

- Ain, desculpa...

- Ainda bem que apareceu alguém, quase fiquei surdo! Mas e a ruiva? - disse James.

- Ela ta aqui do meu lado! Mas e o Sirius ta bem? Ai meu Deus ele tava sangrando muito! – falei quase chorando, que meleca odeio esse meu lado sentimental, isso deveria ser coisa da Dora.

- Eu sei que você me ama, morena! Não chora! Se não eu choro. - escutei aliviada a voz do

- Cachorro, sem-vergonha, filho-da-mãe! James como tu coloca na viva-voz?

- Tava o tempo todo, coloca ai também!

Clic!

- Ruuiva! Ta bem? Tem algum machucado? O que o médico disse? - preciso dizer quem falou isso?

- James eu to bem, nada demais. Só uns arranhões e tivemos que dar uma olhada nos nossos pulmões. A Lene machucou a mão também. Mas e vocês? – acho que a Lil é a que ta mais abalada.

- Eu me dei mal! O corte nas minhas costas foi um pouco feio, no braço vai ficar uma cicatriz, mas posso dizer pras gatas que foi em uma briga de bar... - Sirius não terminou por que o James deu um pedala nele.

- Valeu, James! – eu falei.

- Mas mudando de pessoa, só que no mesmo assunto (?). Vocês souberam do ônibus? - falou James um pouco baixo.

- Aham, tinha até estudantes...

- Era da nossa escola cara!

Depois do que Sirius disse olhei para Lily que olhou para mim, nós duas arregalamos os olhos. Engoli seco e senti a minha pressão baixar cada vez mais. Impossível ser da nossa escola. E se for alguém conhecido? Mesmo não sendo, muita gente morreu, quer dizer foram assassinadas...

- Meninas? - a voz de Sirius me tirou do transe.

- Tinha alguém conhecido? – saiu quase como um sussurro a voz de Lily.

- Não sabemos ainda... - Sirius respondeu.

O silêncio ficou por um tempo, até que James interrompeu.

- Ei! Vocês tiveram notícias do Remus e da Dora? Quando a gente saiu os dois ainda ‘tavam La dentro!

Contamos a eles que Dora foi a que ficou pior entre nós seis, e que planejávamos encontrá-la o mais rápido possível. Remus tinha machucado as mãos tentando tirar a perna da Dora debaixo de alguma coisa que caiu em cima dela, achamos que é concreto, mas se fosse machucaria muito.

Depois de várias conversas sobre o assunto e de que tinha aparecido na TV, que as autoridades encontraram os responsáveis e que eles iriam ser presos, os pais de Lily chegaram e tivemos que desligar, depois de tudo resolvido, nós fomos embora para o hospital onde Dora estava. 

Por James Potter:

 

 

Eu não escutava direito o que o tio do menino do terceiro ano dizia; apenas fragmentos...

“...que os amigos amavam...”

“Queria fazer Direito para ajudar as pessoas...”

“...amava sua vida...”

Não sabia se era verdade ou mentira, mas que a pequena capela estava lotada, estava... Hoje era o último enterro dos quatro alunos que morreram na explosão do ônibus. Nós conhecíamos um pouco Adam Hanks, e certamente era uma boa pessoa.

Lily estava ao meu lado quieta e concentrada no que o homem de meia idade dizia. Ao seu lado estava Remus que consolava Dora que chorava mais que qualquer um de nós seis. Sirius e Marlene também choravam.

A ruiva encostou a cabeça em meu ombro e passou o braço em volta do meu...

- O pior da morte não é você deixar sua família ou amigos, mas saber que eles sofrerão... – ela me olhou com os olhos marejados.

- Pelo menos eles estão orgulhosos dele, não? – e dei um leve sorriso pra ela, que ficou mais perto de mim.

O enterro foi como todos os enterros, nós deixamos flores no túmulo de Adam e esperamos nossos pais chegaram.

E choveu. O que não era surpresa na nossa cidade...

Lily e Lene dividiam o guarda-chuva enquanto eu me virava com o Sirius com um pequeno. Depois de um tempo Lene e Dora foram embora, Dora ainda estava engessada, mas logo estaria melhor.

Corri na chuva e fiquei no mesmo guarda-chuva que Lily, ela deu um sorriso fraco para mim.

- James... – ela começou, mas eu coloquei meu dedo indicador em sua boca.

- Lily, eu sei que essa não é uma boa hora, mas acho que aprendi que se nós deixarmos para depois as coisas, talvez certas coisas importantes nunca sejam ditas ou feitas.

Ela continuou atenta em mim.

- Sabe naquele dia em que você me deu um fora? Agradeço por isso até hoje... Se não eu não teria me interessado tanto por você, a ponto de... – parei e olhei para a capela.

- A ponto de que James? – e voltei a olhar para ela.

- A ponto de te...

E a buzina do carro de meu pai chamou. Ótimo.

Beijei sua testa e depois fui ao seu ouvido.

- De te amar, Lily Evans. – e corri pela chuva densa para o carro.




N/B: AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHH, QUE FRASE MAARA. *-* ‘de te amar, lily evans’
Gamei .
Foi tão bonitinho o final do capítulo, a melhor parte, UI. Que bom que a Dora se recuperou, seria chato (?) se ela morresse, obg.
Polie, eu não sei se eu betei aquele código enorme que tava depois da narração do James, então se der algo errado na hora de postar foi mal, ;)
FELIZ ANIVERSARIO ATRASADO, amiga. (L

- julie padfoot. ;#

N/A: JUUUUUUUUUH! *-* Tava com tantas saudades de ti! Brigada por betar amore!  E obrigada pelos parabéns! *-* Pra quem não sabe meu niver foi ontem e foi maravilhoso! *-*
Espero realmente que vocês gostem, eu fiz um drama nesse cap, mas os próximos vão ser bem melhores! *-*

Beijãão e obrigada pelos comentários antigos e desculpa pela demora! *-*

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