Capítulo 2
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Conforme haviam combinado Johny foi encontrá-la em sua casa, logo após a aula. Sua mãe ficou tagarelando, no que pareceu horas, falando como Johny estava tão bonito, quão belo casal ele e Gina formavam..
Quando sua mãe foi buscar um refresco, parou para observá-lo.
Ele estava lindo como sempre, com aquele bronzeado, totalmente artificial, aquela camisa colada, doía olhar pra ele, mas ela sabia que era igualmente, se não mais bonita, então não se importou muito.
Se sua mãe enchendo o saco estava ruim, pirou quando ele pediu para subirem para seu quarto, para conversarem; parecia nervoso, o que a deixou também nervosa. Gina logo pensou que vinha merda, mas lembrou-se que sempre que iam para seu quarto eles apenas davam uns amassos, e dessa fez não seria diferente. O fato a acalmou. Pelo menos um pouco.
Eles iriam rir do boato ridículo que tava rolando. Ele nunca teria coragem de largar Gina, muito menos traí-la. A idéia disso acontecer era simplesmente ridícula.
- Gina.. – Ele tentava falar entre os beijos, mas foi ignorado.
- Gina, para. Eu vim aqui.. pra gente conversar.. lembra?
Ops. ‘Fudeu, fudeu, fudeu’ – pensava.
- Certo... – Ela sorriu, mas não chegou aos seus olhos e sentou na cama.
- Pelo jeito você fico sabendo do boato que tá rolando.
- Impossível não saber quando tá todo mundo perguntando se eu ‘tô bem.
- Er.. Então.. eu vim aqui pra esclarecer as coisas.. sabe? – Johny olhava em seus olhos, deixando-a desnorteada.
Ela apenas concordou, às vezes se admirava com a suposta ‘inteligência do namorado.
- Eu acho que a gente meio que.. acabou...
‘ O QUÊ? QUE MERDA ELE TÁ FALANDO?’
Após alguns minutos sem resposta Johny tentou de novo.
- Gina.. tipo, a gente pode..
- Não me venha com essa de que ‘podemos ser amigos’ ou ‘ela veio pra cima de mim, eu não tive culpa’ - Cortou a ruiva que agora estava de pé olhando para o moreno com superioridade, resgatando do fundo o pouco orgulho que tinha sobrado depois desse pé na bunda.
- Gata, não fique puta comigo. E sim, a culpa foi dela..
- Putaquepariu, você ainda me fala que eu fui corna? Quer saber? Foda-se. Agora some do meu quarto.
- Porra Cara! Vai ser assim?
Ela respirou fundo.
- AGORA! – Tentou segurar as lágrimas, mas se ele ficasse ali por muito tempo sabia que ia desabar e não queria que ele visse isso, não ia dar esse gostinho.
- Ok, tudo bem. Mas depois não.. – Ele viu o olhar que ela lançava, suspirou, então saiu do quarto batendo com força a porta.
- APROVEITA E SUMA DA PORRA DA MINHA VIDA, SEU IDIOTA! – gritou antes de se atirar na cama e espremer seu rosto no travesseiro, abafando os gritos que soltava de raiva.
Não, não seria possível. Gina não conseguia acreditar que aquele bando de filhos-da-puta estavam certos. Estava mesmo na merda. Sua vida era a porra de um filme ridículo, e o pior de tudo, clichê. Muito clichê! Ela odiava clichês! Putaquepariu! Aquele idiota, gordo do caralho estava ferrando com a sua vida!
‘Quer saber? Você vai se foder na minha mão! eu vou acabar com a porra da tua vidinha de merda. QUERO VER. Ah,vai ter vingança! Pode crer, vai ter troco seu viadinho de merda.’
Com esse pensamento a ruiva adormeceu com a cara enfiada no seu travesseiro molhado pelas lágrimas que ainda insistiam em cair. Típica atitude de gente corna mesmo. Só faltava agora comer que nem uma porca, mais do que no dia anterior, tomar um porre, também pior. Mas definitivamente ela não desistiria de ir ao baile de formatura. Isso nunca ia acontecer e com absoluta certeza ela se vingaria. Mesmo não sabendo como faria isso, ainda.
Acordou no meio da noite com sede. Abriu levemente os olhos, mas não enxergando realmente. Lembrou-se do sonho horrível que tivera. Que merda havia sido aquela? Havia sonhado que tinha levado um pé-na-bunda do Johny, e que ele tinha até perguntando se podiam ser amigos! Vê se pode, nunca que uma merda dessas aconteceria com ela, nunca. Depois de ver que a sede realmente não passaria decidiu levantar-se e ir atrás de alguma coisa para beber e percebeu que seu rosto estava inchado.. muito inchado.. até parecia que ela havia chorado....
Ela havia chorado? Por quê? Amanhã estaria com a cara do tamanho de um melão e não haveria maquiagem alguma que conseguisse escondê-lo. Já em seu quarto deitou-se na cama e sentiu seu travesseiro molhado. Ela havia chorado. Então começou a lembrar-se do sonho.
"Sonho que coisa nenhuma, era tudo verdade. Sou uma corna." -
Pensar nisso fez seus olhos ficarem novamente marejados. Não se deixaria chorar novamente, não queria, mas as lágrimas ainda insistiam..
Era uma manhã estranha. A casa estava silenciosa, o que era estranho com a sua mãe, sendo.. a sua mãe. Não foi acordada aos berros, seria férias? Já? Impossível! Estava quase no final do ano letivo, ainda. Espreguiçou-se e bocejando foi ao banheiro fazer a sua higiene. Ao sair desceu as escadas e viu que o sol já estava alto, estranhou, e seguiu em direção à cozinha, aonde finalmente encontrou sua mãe, fazendo sabe-se lá o quê no fogão.
- Queriiiiida, que bom que acordou! Está com fome? Quer um pouco?
- Mãe, eu não quero parecer mal agradecida nem nada assim, mas porque eu não fui pra escola mesmo? – Perguntou ignorando a pergunta anterior, a idéia de comer alguma coisa que sua mãe fazia, ainda mais usando o fogão estava definitivamente fora de cogitação.
- Filhinha! Contaram pra mamãe o que aconteceu, então resolvi te dar um dia de descanso.
- O que exatamente te contaram? –Será que descobriu havia transado com Johny na cama dela? Ou na piscina? Fudeu.
- Ora, sobre ele.. sabe? - Merda. Se fez de burra, afinal até que se prove ao contrário era inocente.
Não fez nenhum sinal de entendimento, fazendo a ruiva mais velha suspirar.
- Johny! Lembra? Vocês terminaram!!
Inferno, ela sabia disso. Estava tentando esquecer isso. Obrigada mamãe, agora vai perder alguns potes de sorvete e pode dando adeus pra tua vodka, que por sinal é muito amada. Com um resmungo foi até o freezer, pegou o sorvete e voltou para seu quarto, ignorando-a.
Céus, e agora? Vou comer até virar uma ogra?
Não.
Não..
Nãaao!
Precisava pensar em uma forma de acabar com ele, mas como? Ele era o gostosão da escola e aquele era seu último ano. Precisava achar alguém que fosse popular o bastante para ajudá-la a recuperar a sua imagem, levemente abalada. Mas quem? Quem era popular o bastante? E obviamente alguém extremamente bonito?
Em uma folha de papel começou a fazer uma lista. Em toda a escola havia apenas cinco pessoas populares do sexo masculino, afinal virar lésbica não estava em seus planos. Tsc, estando na sua posição deveria parar de ser tão exigente não?
Johny-filho-da-puta; Capitão do time de futebol, sabe se lá o nome da criatura; Harry; Marcus; Malfoy.
Capitão do time de futebol? Johny odiava ele e era popular o bastante, alguém possível. Porém faltava inteligência. O garoto era lento, muito lento. Até ele sacar que deveria terminar com a namoradinha e levar Gina ao baile, esse já ia ter passado.
Harry era quase um irmão. Assim como Rony, eram nerds, mas com essa moda geek eles incrivelmente haviam se tornado popularzinhos, mas seria inútil a ajuda deles.
Ela queria causar ciúmes no idiota e não fazê-lo sentir pena dela por ser levada ao baile pelo melhor amigo do seu irmão, então estava fora de questão.
Marcus era músico. Ele era lindo de morrer, mas totalmente viajado. Se chegasse pra ele e negociasse a sua ida ao baile, esse iria rir da sua cara. Era descolado, lindo, gostoso, possuía os olhos azuis lindos e penetrantes.. mas não exatamente ‘o popular’. Que triste.
Malfoy. Rico, bonitinho, popular, rico, rico, rico.. já mencionei rico? Mas nem fodendo faria um acordo com ele. Não mesmo. Era rico o bastante para ser popular, e seu sarcasmo e toda aquela pose iria dar trabalho... mas poderia ajudar..
Nãaaao! Tá louca Gina? Conviver com ele seria impossível!.. além do mais que não saberia como convencê-lo a colaborar. Se bem que assim como ela, ele se importava com a vidinha social dele, era só fazer uma ameaça e bum, tava feito! Seria assim tão fácil? E ia ameaçá-lo com o quê exatamente?
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N.A.: whats uuuuuup, hi. (:
desculpa a demora gente, nunca me senti tão nerds na minha vida que nem nesse final de semana, juro pra vocês, nunca me matei tanto pra um trabalho e nunca odiei tanto meu professor de português. viadinho. ):
voltando ao foco, HDOISHOIAHDASOID, tá aí o cap. (:
hm, vocês poderiam comentar né galera? me insentivar um pouquinho D: DHASOIDHASOIDHASODH sem brinks, to falando sério. :C , não interessa se for bem ou mal. só pra saber se eu continuo escrevendo ou paro por aí :S
hi, ok gente. beijinhos :*
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