Mais longe, mais perto
Na manhã seguinte, aproveitando que as meninas ainda não haviam descido para tomar café, o que era bastante anormal mesmo para um domingo, os meninos discutiam os acontecimentos da véspera.
- Não acredito, Aluado! Assim você me decepciona, cara! – dizia Sirius, inconformado.
- É, Aluado! Duas chances no mesmo dia e você desperdiça! – concordou Tiago.
- Calem a boca, vocês dois! Elas estão vindo aí! – sibilou Lupin, ao ver Isabelle e Lilian entrando no Grande Salão. Tiago, nervoso, mexeu nos cabelos, deixando-os mais bagunçados do que já estavam.
- Bom dia, meninos. – disse Isabelle.
- Bom dia, meninos. – disse Lilian, olhando para os próprios pés.
A ruiva havia relutado ao máximo em deixar o dormitório naquela manhã. Não desejava encarar Tiago tão cedo.
- Bom dia. – responderam Sirius, Remo e Pedro ao mesmo tempo.
- Bom dia, Charmant. – disse Tiago – Bom dia, Lily.
- Evans, Potter. – respondeu a ruiva, sem erguer os olhos.
- Achei que já tínhamos superado essa fase... – disse Tiago. Lilian manteve o olhar fixo no prato à sua frente e não respondeu.
- Ih, vai começar tudo de novo... – disse Sirius, baixinho.
- Tava durando. – concordou Pedro.
- Bom dia, meninas! – cumprimentou Alice, sorridente, aproximando-se do grupo – Chegaram bem a tempo de pegar o correio. – disse ela, apontando as corujas que começavam a entrar no Salão.
- Eu não estou esperando... – começou Isabelle, mas foi interrompida pela queda de um envelope à sua frente.
Assim como ela, Lilian, Tiago, Pedro, Remo e Alice receberam correspondências, que foram imediatamente abertas. Isabelle, porém, apenas deixou sua carta ao lado do prato, intocada.
- Merlin! Vocês viram isso? – perguntou Alice, que desenrolara seu jornal, e agora lia a primeira página.
- O que houve, Lice? – perguntou Lilian.
- Houveram novos ataques de bruxos das trevas seguidores do tal Voldemort. – respondeu a outra, muito séria, correndo os olhos pela página.
- E aí? – perguntou Tiago, que não fora rápido o bastante para pegar seu jornal, agora nas mãos de Sirius.
- Casas destruídas, gente ferida, mas felizmente nenhum morto dessa vez. – respondeu Alice.
- Graças a Merlin. – disse Lilian, com alívio.
- Não vai abrir a sua carta, Charmant? – perguntou Sirius, ao ver o envelope, ainda fechado, perto da mão da garota.
- Não agora. Eu leio depois. – respondeu Isabelle, fitando o lacre de cera negra no envelope sobre a mesa. Ela era capaz de sentir um par de olhos verde-esmeralda cravados nela.
- E aí, gente? – perguntou Tiago, após ler sua carta e passá-la para Sirius – Já sabem o que vão fazer nos feriados?
- Eu vou pra casa. – responderam Remo, Pedro, Lilian e Alice, ao mesmo tempo.
- Nossa! E você, Isa? – perguntou Remo.
- Ainda não sei ao certo. – respondeu Isabelle, inexpressiva – Bom, gente, se não se importam, eu vou indo nessa. – disse ela, apanhando a carta sobre a mesa – Boa aula, Lil.
Ela levantou-se e começou a andar em direção à saída do Grande Salão, sob os olhares curiosos dos Marotos e de Alice.
- O que tem naquela carta? – perguntou Tiago para Lilian – Ela ficou esquisita...
- É do pai dela. – explicou a ruiva, esquecendo por um instante a birra com o garoto – E eu tenho certeza que não há nada de agradável escrito nela. – concluiu ela, observando a amiga se afastar.
Lilian foi para a aula de História da Magia – entre os seis, era a única que havia continuado com a matéria – enquanto os Marotos foram para os jardins, jogar conversa fora. Isabelle também estava nos jardins, sentada à beira do lago, com a carta ainda fechada na mão. Após algum tempo observando a lula gigante nadar pelo lago gelado, ela finalmente rompeu o lacre e abriu o envelope.
"Se dependesse apenas da minha vontade, não voltaria a ter qualquer tipo de contato com você. Porém, há algumas coisas que devem ser resolvidas, antes que eu possa simplesmente esquecer que você existiu um dia. Você agora é maior de idade, portanto não tenho mais qualquer responsabilidade por você. Eu a tolerei em minha casa até hoje apenas porque não tinha escolha. Fiz o Voto Perpétuo com sua mãe, no qual jurei abrigá-la até que atingisse a maioridade. Pois bem, cumpri meu voto, e agora estou livre de qualquer compromisso. Você também já é responsável pela herança que sua mãe lhe deixou. Tudo o que é seu, os valores, os documentos, tudo, está em seu cofre no Gringotes. A chave já está com você. Caso tenha alguma dúvida, pode procurar o Dr. Sawyer. Você o conhece, ele é meu advogado, mas se colocou à sua disposição, caso precise de alguma orientação. Quero que saiba que não a considero minha filha. Tudo o que era seu já foi remetido à casa de Londres, onde imagino que irá viver, assim, não vejo nenhuma razão para que volte à minha casa. Espero sinceramente não voltar a vê-la. Não me procure, pois certamente eu também não a procurarei.
Phillip Charmant”
Apesar de já esperar por uma atitude como esta, vinda do pai, Isabelle ficou bastante abalada com a carta. Sirius a viu atravessar os jardins, andando rápido, e entrar no castelo. Lembrando do comentário feito por Lilian à mesa do café, deixou os amigos conversando e foi atrás da garota. Porém, ao entrar no castelo, não a viu em parte alguma.
- Ei, Vance! – chamou ele, ao ver Emmeline um pouco mais adiante, conversando com Marlene.
- Hã? Ah, oi, Sirius. – cumprimentou a garota.
- Viu a Charmant passar por aqui?
- Oi, né, Sirius?! – disse Marlene.
- Oi, McKinnon. – cumprimentou ele, distraidamente – Então, Vance, viu ela ou não?
- Não sabia que ela fazia seu tipo, Sirius... – comentou Marlene, azeda.
- Pára, Lene! – repreendeu Emmeline – Vi sim, Sirius. Acho que ela tava indo na direção da torre da Astronomia. Parecia meio triste... – comentou ela.
- Tá. Valeu. – disse ele, já dando as costas às duas meninas. Sirius procurou o caminho mais curto até a torre da Astronomia, e, de fato, lá chegando, encontrou Isabelle, olhando para os jardins e cantando em voz baixa. Hesitou em chamá-la, e por alguns momentos se permitiu apenas ouvi-la cantar.
“They can say
Anything they want to say
Try to bring me down
But I will not allow
Anyone to succeed
Hanging clouds over me
And they can try
Hard to make me feel that I
Don't matter at all
But I refuse to falter in what I believe
Or lose faith in my dreams”*
- Charmant? – chamou ele, por fim.
Ela virou-se rapidamente, surpresa com a presença do rapaz.
- O que faz aqui, Black? – perguntou.
- Vi você vindo pra cá. – respondeu ele – Tá tudo bem?
- Tá. – ela respondeu, de forma pouco convincente, voltando-se novamente para olhar os jardins.
- A Lily disse que a carta era do seu pai. – disse ele, se aproximando – Más notícias?
- Não exatamente. – respondeu ela, inexpressiva – Pode ler, eu não me importo.
Sirius pegou, hesitante, a folha de pergaminho que ela lhe oferecia e começou a ler, a indignação crescendo a cada frase. Ao acabar, devolveu a carta à garota, enojado.
- Pelo menos ele me poupou o trabalho de ter de ir buscar minhas coisas. – disse Isabelle, irônica. Porém, pelo tom de voz dela, Sirius percebeu que ela não estava tão bem quanto queria aparentar.
- Eu conheço essa história. – disse ele, debruçando-se também na balaustrada, ao lado da garota – A superioridade do sangue.
- Sim, mas não é apenas isso. – retrucou Isabelle – Ele me odeia. Sou sua fonte oficial e permanente de desgosto. – disse ela, com um sorriso triste.
- Como assim? – perguntou Sirius.
- Primeiro, cometi a enorme afronta de nascer mulher. – disse ela – Ele esperava um homem, para dar continuidade ao nome da família. E depois de mim, mamãe jamais conseguiu engravidar novamente, para dar o filho varão que ele tanto desejava.
Sirius observava Isabelle atentamente, enquanto ela falava, sempre olhando ao longe.
- Então eu cresci, apenas para dar-lhe mais desgosto. Entrei para Hogwarts, e me tornei uma grifinória, e para piorar, arranjei como melhor amiga uma nascida trouxa, ou como ele prefere chamar, uma sangue-ruim. E, pra finalizar, rejeitei o noivo que ele escolheu, numa tentativa de me domar. Foi a gota d'água.
- Quem era o cara? – perguntou Sirius.
- Lestrange.
- Rabastan? – espantou-se ele – O cunhado da Bella?
Isabelle assentiu.
- Papai achava que um homem mais velho fosse capaz de me controlar. – disse ela – Rabastan nem teve chance de tentar.
- Eu... não sabia de nada disso... – disse Sirius.
- Você não sabe muita coisa sobre mim. – disse ela, ainda sem olhar para ele.
- É, eu não sei. – disse ele, em voz baixa. Isabelle percebeu que fora ríspida demais.
- Mas você entende como me sinto, afinal, teve mais ou menos os mesmos problemas com sua família, e saiu de casa pelos mesmos motivos. – disse Isabelle, tentando consertar – E os Potter o acolheram em sua casa.
- É. Tia Dorea foi demais. – disse Sirius.
- Tiago disse que você é como um filho pra ela.
- Eu sei. E ela é como uma mãe pra mim também. A mãe que eu queria que a minha tivesse sido. – disse ele, abaixando novamente o tom de voz – Graças a ela, e ao Pontas também, eu não fiquei sozinho.
Isabelle suspirou. Sozinha... era exatamente como se sentia desde a morte da mãe. Seu único consolo era ter Lilian sempre por perto. Sirius percebeu que seu comentário perturbara ainda mais a garota.
- E você também não vai ficar. – disse ele – Tem a Evans, e nós Marotos também. Você não tá sozinha, Isabelle.
Pela primeira vez desde que Sirius chegara, Isabelle o encarou; não lembrava de já tê-lo ouvido chamá-la pelo primeiro nome antes. Ela sorriu fracamente.
- Valeu, Sirius. Mesmo. – foi a vez dele se surpreender pelo uso de seu primeiro nome.
Um silêncio constrangedor se abateu sobre eles. Os dois ficaram um longo tempo apenas observando o movimento nos jardins.
- Sabe o que eu costumo fazer quando estou muito chateado? – perguntou Sirius, de repente.
- Não. – disse Isabelle – O quê?
- Gritar. – respondeu ele – Gritar bem alto, como se a minha vida dependesse disso.
- Não posso gritar do alto da torre da Astronomia. – disse ela.
- Pode sim. Vem cá. – disse ele, sacando a varinha. Isabelle hesitou – Não se preocupa, eu não vou azarar você. – ele apontou a varinha para a garota – Silêncio.
Depois, Sirius apontou a varinha para si mesmo, lançando o mesmo feitiço. Os dois se entreolharam e acenaram com a cabeça; então gritaram, embora nenhum som saísse de seus lábios, gritaram até cansar, até que suas gargantas estivessem muito doloridas para continuar. Algumas lágrimas teimosas encheram os olhos de Isabelle, que escondeu o rosto e limpou-as rapidamente.
- Então, como se sente? – perguntou Sirius, após remover o feitiço de si mesmo e de Isabelle.
- Melhor. – admitiu ela – Isso funciona mesmo.
- Eu sei. – concordou ele – Bom, a Lily já deve estar saindo da aula. Vamos descer?
- Aham. – disse ela – Vamos sim.
E os dois voltaram juntos para os jardins, onde ficaram junto com os outros Marotos, conversando enquanto esperavam Lilian sair da aula.
Os dias foram passando, e os feriados de fim de ano se aproximavam. O assunto principal entre os alunos na escola inteira era o que fariam durante a semana de folga, e todos estavam bastante animados. Lilian voltara à sua rispidez habitual com Tiago, e as aulas particulares de Poções haviam sido canceladas. Novamente os gritos de “É Evans, Potter!” podiam ser ouvidos, a cada vez que Tiago tentava se aproximar da ruiva. Após aquele beijo, no passeio em Hogsmeade, os sentimentos de Lilian estavam uma enorme confusão, e isto não estava agradando-a nem um pouco.
- Ei, Lilian! – chamou Tiago – Eu posso falar com você?
- Evans, Potter. Pra você é Evans. E não, eu não posso falar com você agora. – disse ela, sem olhá-lo.
- Mas... – começou ele, mas ela já havia dado-lhe as costas, voltando a falar com Isabelle.
- Tem certeza que não quer ir lá pra casa, Isa? – perguntou Lilian – Meus pais não iriam se importar, você sabe.
- Sei disso, Lil, mas eu tenho certeza, sim. – respondeu Isabelle – Além disso, a Petúnia ia surtar se, ao invés de uma, fossem duas aberrações pra casa dela.
- Isa! – exclamou Lilian, pondo as mãos na cintura.
- Tá, eu tava só brincando. – disse a morena, erguendo as mãos em sinal de rendição – Mas falando sério agora, eu tenho mesmo que ir dar uma olhada na casa, ver como está tudo e... ah, não faz essa cara, Lily! – disse ela, ao ver a expressão preocupada da amiga – Eu vou ficar legal.
- Mas você vai passar o Natal sozinha... – argumentou a ruiva.
- Como se eu já não estivesse acostumada com isso. Não precisa se preocupar, ok?
Mas Lilian não conseguiu fazer o que Isabelle dissera. Preocupava-se em deixar a amiga ir sozinha para um lugar que lhe trazia tantas lembranças tristes. Foi pensando nisto que ela foi procurar Sirius. Encontrou-o aos amassos com uma garota que reconheceu como sendo da Sonserina.
- Ei, Sirius!
- Hã? – ele virou-se ao ouvir seu nome – Ah, oi, Lily.
- Eu... posso falar com você um instante? – perguntou a ruiva. A sonserina encarou-a, irritada.
- Claro. Só um minuto, Julie. – disse Sirius, afastando-se junto com Lilian – O que foi, Lily?
- Ahn... a sua coruja é bem rápida, não é? – perguntou a garota.
- É sim. Acho que a única coruja mais rápida do que a Dina é a Amy, a coruja da Charmant. – disse Sirius.
- Não, a da Isa não serve... ela não pode ficar sabendo... – comentou Lilian, distraída.
- Sabendo do quê? – perguntou ele, interessado.
- Nada, nada. – desconversou Lilian – Você... me empresta a Dina, então?
- Claro. Mas você vai ter que me contar o que tá aprontando.
- Sirius, eu... – começou Lilian.
- Ou conta ou nada feito. – disse ele, cruzando os braços.
- Ok, você venceu. – disse a ruiva, resignada – Vem comigo até o corujal e eu te explico tudo.
- Tá. Deixa eu só falar com a Julie, rapidinho.
Sirius dispensou a sonserina, prometendo compensá-la mais tarde e acompanhou Lilian para fora do castelo. Os dois foram andando até o corujal, e enquanto isso, Lilian explicou ao amigo o que pretendia fazer.
- E é isso. Eu simplesmente não podia deixar ela ir sozinha. Então decidi que vou junto.
- É, você tá certa. – disse Sirius, pensativo – Vai... vai mandando a sua carta aí, eu lembrei que tenho uma coisa meio urgente pra fazer. – disse ele, apontando para o castelo. Lilian estranhou a atitude do amigo.
- Tá. – disse ela, de cenho franzido – A gente se vê mais tarde.
- Até depois.
Sirius voltou correndo para o castelo, e foi imediatamente contar a novidade aos Marotos.
- A Lily vai mesmo fazer isso? – perguntou Tiago – Tem certeza, Almofadinhas?
- Bom, foi o que ela me disse. – respondeu Sirius, dando de ombros.
- E ela tá pensando em nos deixar de fora dessa?
- Como assim, Pontas? – perguntou Pedro.
- A gente vai junto com elas. Dããããã!!!
- Nós quem, cara-pálida? – perguntou Remo.
- Nós quatro, é claro. – Tiago explicou o óbvio – Você vai poder ver a Charmant no habitat natural, Aluado.
- Ei, Pontas, me exclui dessa. Minha mãe faz questão de ter a família reunida nos feriados de fim de ano. – disse Pedro, amuado.
- Bom, mas nós três vamos. – disse Tiago, decidido – Vou mandar uma carta pra mamãe, Almofadinhas, e uma pra sua mãe também, Aluado. – avisou ele – Uma semana fora de Hogwarts com a Lily...
Logo chegou o dia da partida, e novamente os Marotos invadiram a cabine das meninas logo após o início da viagem, e ficaram por lá a maior parte dela. No entanto, bem antes de chegarem em King's Cross, eles voltaram para sua cabine, e na hora do desembarque, as duas garotas estavam sozinhas.
- Eu nem vi os meninos saírem do trem. – comentou Lilian – Estranho... foram embora sem se despedir.
- É... estranho mesmo. – concordou Isabelle, olhando ao redor sem, no entanto, localizar os quatro garotos – Mas, Lil... cadê os seus pais? Eles nunca se atrasam.
- Eu sei. Eles não vêm. – respondeu a ruiva, calmamente.
- Como assim, não vêm? – perguntou Isabelle.
- Eu não vou pra casa, Isa. Eu vou com você.
- Mas, Lily... – começou Isabelle.
- Não tem mas, nem meio mas. Tá decidido, Isa. – disse Lilian, em tom de quem não aceita contestação – Eu não vou deixar você passar o Natal sozinha.
- Nem nós! – disse Sirius, surgindo de trás de Lilian e assustando as duas garotas.
- Hã? – fez a ruiva, confusa – Como assim?
- É claro que nós vamos junto. Ou você achou que a gente ia ficar fora dessa, ruivinha?
- É Evans, Potter. – disse Lilian, automaticamente.
- Vamos ter o melhor Natal de todos os tempos! – disse Sirius.
Isabelle percebeu uma leve expressão de pânico formar-se no rosto de Lilian.
- Calma aí, Marotos! – Remo chamou a atenção dos amigos – Vocês esqueceram de perguntar se a Isa deixa a gente ir pra casa dela.
- Eu... claro que deixo. – disse Isabelle, ainda surpresa – Mas, vocês não querem ir pra casa, ficar com a família de vocês?
- A gente faz isso todos os anos. – disse Tiago – Vai ser legal fazer uma coisa diferente.
- Nossa, Lil, meninos... valeu mesmo. – disse Isabelle, comovida – Vocês são demais, todos vocês.
- A gente sabe. – disse Sirius, fazendo pose.
- Bom, gente, vamos então? – perguntou Lilian, que já se conformara à idéia de passar uma semana na mesma casa que Tiago – Já tá escurecendo.
- Vamos sim. – concordou Isabelle – Acho que como vocês meninos não sabem onde fica, vamos ter que aparatar em conjunto.
Remo e Sirius se entreolharam e foram postar-se ao lado de Isabelle, que entendeu na hora.
- Bom, o Remo e o Black vão comigo. – disse ela – Lil, você leva o Tiago.
Lilian não encontrou voz para responder, e apenas assentiu com a cabeça. Sentiu o conhecido arrepio percorrer seu corpo quando Tiago segurou sua mão. Sirius e Remo seguraram-se em Isabelle.
- E lá vamos nós! – disse Sirius, animado, quando Isabelle acenou com a cabeça, indicando que estava pronta para partir.
E com leves estalidos, os cinco “desapareceram” da estação, para em seguida “aparecerem” diante de uma casa, situada em um bonito bairro, fora do centro de Londres. Por sorte, não havia nenhum trouxa na rua naquele momento.
- Bem, aqui estamos. – disse Isabelle, observando a fachada. Sentiu Lilian ao seu lado, segurando sua mão, como que para dizer “Tudo bem, eu estou aqui”. Esta atitude da amiga reconfortou-a.
- Tá frio! – disse Tiago – Vamos entrar?
N/A: Mais uma capítulo. Rewiews: zero. Tudo bem, eu tô levando de boa.
Ah, antes que eu esqueça, aí vai a tradução da música que a Isa tava cantando.
O nome é "Can't take that away", Mariah Carey.
"Eles podem dizer o que quiserem
Tentar me deixar triste
Mas eu não permitirei
Que ninguém consiga
Colocar nuvens sobre mim
E eles podem tentar muito me fazer sentir
Que não significo nada
Mas me recuso a duvidar
No que acredito
Ou perder a fé nos meus sonhos"
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