Pensamentos
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contem conteúdo nao recomendado para menores de 17 anos.
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“Você perdeu um ano de sua vida”.
As palavras de Harry ainda martelavam na sua cabeça, atormentando – a. ela não conseguia pensar em outra coisa.
Um ano de vida. Um ano...
“Você perdeu um ano de sua vida”.
Como era possível? Mais importante ainda, porque acontecera com ela? Como era possível alguém perder um ano inteiro de sua vida? Como era possível um acontecimento varrer 365 dias da vida de alguém. Como?
- Não! – Gina desabafou em voz alta, inconformada, tentando afastar os demônios do medo e do pânico, que pareciam espreitar escondidos nas sombras.
Acordada no escuro Gina socou o travesseiro num acesso de frustração e impotência. E agora o que faço? Tinha de fazer alguma coisa. Estava curada dos ferimentos causados, pelo acidente, mas não podia viajar.
Para onde iria?
“Não precisa se preocupar – se”. A doutora Greene disse num tom irônico, “O senhor Potter tem tudo sob controle”.
- E agora Harry para onde eu vou? – Gina perguntou mal deixando Harry entrar.
- Eu já estou providenciando isso. – respondeu ignorando olhar raivoso dela.
- Há você esta providenciando. Que tal perguntar para mim. Se eu queria você se intrometendo em minha vida. – desafiou – o de cabeça erguida e nariz empinado.
- E como exatamente acha que estou fazendo isso? – ele quis saber.
A pergunta fria inflamou – a mais, assim como o olhar indolente que percorreu seu corpo de alto a baixo.
- como esta fazendo? – exasperou - se erguendo as mãos sobre a cabeça – me responda você.
- Eu assumo minhas responsabilidades. – ele se defendeu.
- Assume suas responsabilidades, e no caminho esmaga as pessoas sob seus pés. – ela provocou.
Harry respirou fundo como que a procura de paciência.
- Então Harry eu quero uma resposta. O que o futuro me reserva?
- Vou leva – lá para minha casa ate você poder viajar. Então poderá voltar para a Inglaterra.
- Harry eu não posso.
- Não, por quê?
- Eu... Você.
Gina hesitou, sem conseguir articular o pensamento. Ele devia saber ao que ela se referia.
- Então vai se explicar ou não? – Harry cobrou bruscamente.
Meu Deus será que ele não percebia a atração entre eles? Não percebia a carga magnética, como aquela que enche a atmosfera antes da tempestade? Se a tempestade não caíra ainda, era mais por acaso do que por falta de clima. Em outro ambiente a historia ia ser bem diferente. A idéia de mudar para a casa dele deixava – a tensa.
- Sem coragem de ser honesta? – Gina resolveu responder afinal não tinha nada a perder.
- Esta bem. Eu sinto um grande clima entre a gente e não tente negar.
- Eu nem pensaria em negar – Harry interrompeu – a em um tom bem categórico, o que a fez suspender a respiração. – Porque negaria uma verdade tão obvia? Seria uma grande tolice da minha parte.
A voz dele assumiu um tom suave, macio, sensual, parecendo aquecer o ambiente.
- Gina você é uma linda mulher. Quando estou com você me sinto arder de desejo. Desde que a revi tive um único pensamento.
- Pensamento? Que pensamento?
- No momento que a vi nesta cama, compreendi que não descansaria enquanto não a abraçasse e a beijasse, assim...
Harry agiu de acordo com suas palavras, envolvendo – a num abraço apertado mantendo – a cativa junto ao corpo. Quando ele inclinou a cabeça, ela prontamente ergueu – se na ponta dos pés, preparando os lábios macios para um beijo suave.
Entretanto, o beijo, foi tudo menos suave. Foi selvagem, impetuoso e exigente. Gina sentiu como se um fogo se espalhasse por todo o seu corpo, turvando – lhe os sentidos, atingindo o mais profundo de sua alma.
Sua mente mergulhou num inferno ardente de sensações, tornado – a incapaz de formular qualquer pensamento coerente. Cada fibra retesada do seu corpo foi inundada por um desejo crescente, estendendo – se ate o mais intimo recanto de sua feminilidade. Num ímpeto incontrolável ela se apertou contra ele, comprimindo os seios intumescidos de paixão.
Com um gemido Harry segurou – a pelos quadris ora acariciando a maciez das nádegas, ora alisando a cintura delgada, puxando – a firmemente contra seu corpo.
Fantasias loucas e selvagens invadiam a mente de Gina, ela se via de camisola vermelha, puxando – o pela mão em direção a cama, levando aquele homem, deitando – se sobre ela aprisionando – a sob o peso daquele corpo magnífico, viu sua camisola ser rasgada com impaciência e ser atirada para o lado, viu o desejo estampado naquelas íris esmeraldas, mas não viu somente isso viu algo mais como, ela não sabia bem identificar aquele sentimento nos olhos dele.
- Harry...
- O que foi mulher.
- Nós já fizemos isso? – segurou a beirada da camisa dele. – Me responda? Eu vi aqui na minha cabeça. - ele não dizia nada. – Fale Harry, já fizemos isso?
Harry abraçou Gina pela cintura e apoiou sua cabeça em seu peito.
- Sim já fizemos.
Ela sentiu seu desejo pulsando nas veias. Eles já tinham se amado. As mãos dele buscavam novamente suas nádegas a fazendo ficar suspensa na altura de sua cabeça e voltou a beija – lá. Gina esqueceu do mundo era só sentidos, a boca as mãos de Harry sobre seu corpo puxando sua camisa para fora da saia e insinuando suas mãos sob o fino tecido, acariciando a pele das costas, descrevendo círculos eróticos, movendo – se lentamente. As mãos dele deslizaram ate a curva de seu seio apossando – se de um deles.
- Harry... - Gina murmurou em tom abafado, calando – se sob a pressão de outro beijo, mais impetuoso ainda.
Em resposta ao desejo que a dominava, colocou a mão entre seus corpos e desabotoou sua camisa que ele usava, acariciando o peito vasto. O contato com a pele quente, produziu nela um longo e abafado suspiro de satisfação, que foi sufocado por um gemido de prazer quando a mão dele voltou a acariciar seu seio. O gemido transformou – se em lamento quando com o polegar, ele friccionou o mamilo, descrevendo movimentos circulares, lentos, de fazer qualquer mulher enlouquecer de prazer.
Pelos sons que vinham do corredor, Gina sabia que a porta não estava totalmente fechada. Então uma voz soou junto à porta, fazendo – a despertar do que poderia ser definitivamente um transe sexual.
- Acho que o senhor Potter está ai dentro. – alguém disse lá fora. Ouvindo seu nome Harry levantou a cabeça bruscamente e olhou na direção da porta, na posição de predador que defende sua presa, ouviu atentamente. Só depois que ouviu a pessoa que falava se afastar, foi que ele olhou para Gina, observando – lhe o rosto, onde devia estar estampada a mais completa confusão.
- Este não é o momento apropriado, nem o lugar. – comentou libertando – se da sedutora prisão.
Foi ate o banheiro e quando voltou a aparência estava perfeita novamente, o cabelo continuava despenteado, mais a camisa estava perfeitamente no lugar. Naquele momento, ele dava a impressão de que apagara até o mínimo vestígio do que aconteceu com os dois, de maneira muito fácil, tão fácil como foi limpar a mancha de batom que lhe ficara na boca.
- Harry... – Gina murmurou, aproximando – se, mas silenciou ao vê-lo mover a cabeça negativamente. O ardente exigente e carinhoso amante desaparecera. Diante de Gina estava novamente o homem formal e frio, homem esse que ela não conhecia que lhe era inacessível.
- Não aqui, não agora – ele decretou com frieza, quebrando definitivamente o clima. – E nem nunca, se eu tiver juízo.
Nunca? Gina ficou chocada, sem acreditar no que ouvia seu corpo ainda tremia de excitação. A inflexível formalidade das suas palavras, a expressão fria de seu rosto golpeou-na duramente, mas tinha que tentar.
- Por quê? – foi mais um gemido do que um pergunta.
- Não tenho o direito de toca – lá.
- E se eu te der esse direito? – ela perguntou, mesmo sabendo a resposta.
Com um gesto negativo da cabeça, ele rompeu o ultimo fio de esperança que restava.
- Não pode haver nada entre nós até que você recupere totalmente a memória. Isso é tudo.
Geladas, inflexíveis, as palavras dele eram como um golpe de lamina afiada.
- Venho buscar você amanhã às 10h30min.
- 10h30min – Gina repetiu mecanicamente.
Quando ele se virou, tomando o rumo da porta, ela percebeu que não podia voltar atrás em sua direção. Os sentimentos que ele desperta nela retornaram com toda a força.
- Harry!
Ele virou nos calcanhares abruptamente.
- O que foi?
- Você disse... Você disse que enquanto eu não recuperar a memória, nada pode haver entre nos, mas... Mas e se tudo mudasse. Como vai ser?
Ele ficou um pouco pensativo, naturalmente considerando o assunto. Dentro dela uma sensação quase de pânico apertou-lhe o coração.
- se isso acontecer... – ele começou a responder pausadamente, hipnotizando – a com seus grandes olhos verdes. – se você recuperar completamente a memória, tudo será resolvido.
Saiu deixando Gina mais confusa, “Tudo será resolvido”. Tudo o que?
Harry parou olhando a porta fechada. – Até lá Gina, vou apenas cuidar de você. - falou baixinho como que para si mesmo.
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