A Decepção



Sophie olhava os barcos cortando o lago escuro abaixo delas, via as ondas que se formavam quando passavam, mas nunca tirando os pensamentos daqueles olhos cinzentos, ela pegou a manga do casaco e cheirou, sentiu o perfume dele, era um perfume inigualável, seco e profundo, nunca esqueceria aquele cheiro.

Antes que pudesse pensar em algo mais, sentiu que o barco tinha batido em algo duro, a outra margem do lago, tinham ido rápido, elas saíram do barco e seguiram o meio gigante Hagrid, que já aparentava tem sessenta e poucos anos, ao chegarem em um salão enorme, apareceu um professor gordo com roupas manchadas de terra.

-Meu nome é Neville Longbottom, e eu sou seu professor de Herbologia.

E então começou a falar coisas sobre hogwarts e o que deviam fazer, mas Sophie já sabia disso tudo, seu pai lhe contara, logo depois de um tempo de faladeira, ele os levou até o salão, haviam velas flutuantes e o céu com algumas estrelas estava La em cima, ela sabia que era um feitiço, as quatro mesas estavam dispostas pelo salão e havia uma central, Neville mandou eles ficarem ali, Sophie olhou para a pessoa ao centro da mesa, Minerva, a diretora de Hogwarts, tinha os olhos presos nos novos alunos e falava com os outros professores do modo normal.

Neville apareceu com um banquinho e um chapéu velho, os colocou na frente dos alunos, tirou de dentro de seu casaco um pergaminho e olho para o chapéu, que cantou sua musica e logo começou a seleção.

-Chennol, Corbin- Ele começou a chamar e o chapéu dizia as casas.
-Potter, Albus – Um menino pequeno de cabelos castanhos e olhos castanhos esverdeados subiu e se sentou no banquinho.
-Grifinória! – O chapéu bradou e Albus se apressou para ir até a mesa que o aplaudia.
-Potter, Sophie – Ela olhou para todos e foi em direção ao banquinho, olhava todas as mesas, até que viu aquele que procurava, Scorpios a fitava e via que ela ainda usava seu casaco.
-Hum...- O chapéu começou- Anda apaixonada é menina? – Ele falava baixo para apenas Sophie ouvir.
-Pare de fuçar meus pensamentos.
-Igual ao pai, mas você quer ir para a Sonserina não é?
-Não sei, seja rápido com isso.
-Já sabia que casa você iria ao te olhar, mas você nunca iria se dar muito bem na Sonserina, não tem maldade o sufuciente. Grifinória!

Ela tirou rapidamente o chapéu e correu para a mesa que estava aos gritos, sentou em um lugar do banco em que atrás dela estava Scorpios, ela sentia que ele olhava para ela. Ela abaixou a cabeça e continuou a ouvir a seleção.

-Malfoy, Isabelle – Neville chamou, assim que a menina subiu e se sentou no banquinho, ouviram os meninos cochichando, mesmo tendo só onze anos, ela tinha um corpo de quinze, mentalidade e sensualidade. O chapéu mal encostou-se a sua cabeça e bradou:
-Sonserina!

Ela se levantou sorridente e foi andando até a mesa da sonserina, se sentando na frente de Scorpius, e notou que ele olhava para Sophie de vez em quando, ficou com raiva porquê queria a atenção de todos os meninos.

-Antes de o banquete começar, quero lhes dizer algumas regras, se não as seguirem serão punidos severamente. É terminantemente proibido entrar na floresta Proibida e usar feitiços nos corredores ou fora das aulas. Agora, antes de mais delongas, que comece o banquete!

Em um piscar de olhos, todas as travessas de outro se encheram de comida e todos começaram a se servir, Sophie olhou para trás e se surpreendeu ao ver que Scorpius a Olhava e que Isa tentava chamar a atenção dele de qualquer jeito, corada, ela se voltou para o pequeno prato de comida a sua frente e comeu quieta.

Ao terminar o banquete vieram as sobremesas, ela nada comeu, apenas olhava os outros pensava se Scorpios a olhava, mas praticamente tinha certeza que isso acontecia pois escutava Isabelle falando cada vez mais alto.
Minerva deu suas ultimas palavras e boa noite para todos, as pessoas começavam a sair, todas barulhentas, Sophie se levantou e ficou esperando, olho para trás e viu Scorpios a fitando, então começou a andar e encontrou seu irmão.

-Então Sô, feliz com sua casa? – Ele sorria e a abraçou. – Papai vai ficar orgulhoso de você.
-Sim. – Ela o abraçou. – Mas agora acho que a gente tem que ir para nossas casas.
-Você tem que ir com um inspetor, a Clarisse é sua inspetora, ela está ali, boa noite Sophie.
-Boa noite Colai. – Ela sempre o chamava assim, desde que ela era pequena.

Sorrindo, foi seguindo a inspetora e finalmente viu um quadro com uma mulher vestida de rosa, Clarisse parou e disse a senha.

-Rabo de unicórnio. – A mulher do quadro sorriu e o quadro girou e deu em uma entrada para um salão com as cores da grifinória, Vermelho e Dourado.
-Os alunos do primeiro ano ficam no primeiro andar, suas malas já estão lá. – Clarisse disse.

Todos os alunos do primeiro ano se empurraram para ver quem chegava primeiro, Sophie quando viu uma brecha da Inspetora se esgueirou até a entrada e empurrou o quadro, saindo pelo corredor escuro, escutando seus passos e o de mais duas pessoas que conversavam alegremente indo para o salão da grifinória, quando viu quem era se escondeu atrás de uma armadura.

-Você vai ver, eu vou ficar com a Potter, custe o que custar – Thiago andava gloriosamente ao lado Lucien.
-Chega Weasley, você está passando dos limites. – Lucien olhava para Thiago com cara de poucos amigos.
-Que é isso Malfoy, não é só porquê você gosta dela que eu não posso pegar não é? E outra não tenho medo de você. – Thiago saiu andando mais rápido que Lucien e entrou no salão comunal.

Sophie apenas olhou para eles entrando e ao sair de trás da armadura olhou em volta para ver se não vinha mais ninguém, e continuou andando sem rumo, apenas pensando se Isabelle iria mesmo a trair daquele jeito, finalmente desistiu e voltou para o salão comunal, foi até o quarto, colocou o pijama olhando as outras meninas dormindo, deitou-se e dormiu.


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