A viagem a Hogwarts
Quando deu 9:00, Hermione pulou da cama, não deu nem bom dia aos pais, foi direto para o banheiro tomar banho. Se arrumou toda, passou perfume e colocou uma calça jeans surrada, uma blusinha cor de rosa e sapatinhos estilo boneca brancos. Estava linda, pelo menos era o que ela achava. O grande problema era seu cabelo, que como sempre, estava demasiado... Armado. Pensou, pensou e pensou, desistiu de pensar pois tanta indagação fez com que ela perdesse 10 preciosos minutos, pegou um secador e secou apenas a franja, de modo que a mesma ficasse caida sobre a testa, reforçando o ar de menininha que ela tinha.
Desceu saltitando e pediu ajuda para os pais com o malão, estava realmente pesado.
– Céus Hermione, o que você colocou aí?
– Ah pai, nada demais, só os meus livros
A expressão de James mudou de esforço para de surpresa.
– Seus livros? Aqueles que pesam 2 quilos cada um?
– Ah pai, eles não pesam tudo isso ok
Ele concordou e continuou descendo as escadas segurando o malão de um lado e Jane segurando o outro.
Eles chegaram na estação. Hermione se encaminhou para a famosa coluna que havia entre a plataforma 10 e a 11.
- Hermione querida, o que você vai fazer?
Ela segurou na mão do pai, e na da mãe. James empurrava o carrinho com a mão livre. Correu com eles e não pode conter o riso da expressão deles. Entraram na coluna e sairam na platafoma 9/2
Já se passavam das 10:30. Ela se despediu dos pais com um beijo estalado e subiu no vagão. Já estava cheio de alunos primeiranistas loucos pelo primeiro dia de aula.
Procurou um vagão. Acho um que tinha um garoto loiro, de olhos cinza, com cara de poucos amigos. Espere, ela conhecia ele, era aquele que tinha visto naquele lugar cheio de pessoas mal encaradas. Tratou de sair dali o mais rápido possível. Procurou outro vagão. Achou um onde tinha um garoto meio gordinho, muito desengonçado e que procurava o sapo por todo o vagão.
- Quer ajuda?
- Sim, por favor, meu nome é Neville, Neville Longbotton
- Hermione Granger, prazer. Como é o nome do seu sapo?
- Trevor
- Accio Trevor.
O sapo veio na direção da menina e pousou em sua mão
- Puxa, obrigado mesmo, onde aprendeu isso?
- Livros...
- Que garota esperta.
Neville estava vidrado nela, aquilo a incomodava.
- Eu.. É... Bem... Vou dar uma volta pelo trem, vou atrás daquela mulher que vende doces, estou com fome - falou ela arrumando uma desculpa para sair de perto daquele garoto que a secava como um cão seca um pedaço de picanha
Ok, foi uma tentativa inútil, pois nesse instante, a mulher bate na porta do vagão.
- Querem alguma coisa crianças?
- 2 sapos de chocolate - falou Neville ainda enfeitiçado por Hermione
- E você mocinha?
- Não quero nada, obrigada.
- Você não estava com fome? - pergunta Neville sem tirar os olhos dela.
- Estou, mas esqueci que meu dinheiro tá no meu malão.
- Eu te dou um sapo de chocolate.
Hermione fez cara de nojo e recusou.
- Vou conhecer o trem, daqui a pouco eu volto.
Neville concordou com a cabeça e a observou sair e a porta bater atrás de si. Balançou a cabeça como se tivesse acordado de um sonho e voltou a atenção para a janela do trem que agora movia-se.
Ela saiu andando pelo longo corredor do trem procurando um vagão que estivesse vazio ou que ela coubesse. Havia alguns lotados de meninas fofocando, outros de menino fazendo concurso de arroto, alguns com nerds de aparelhos nos dentes, outro somente de mal encarados, e outro de góticos. No fundo do trem, achou, o último vagão, era sua última esperança.
Abriu a porta e viu um garoto ruivo, de olhos azuis, magro e desengonçado, e outro, de cabelos negros, rebeldes, olhos verdes, magro e incrivelmente bonito.
- O-oi - falou ela tímida porque os dois garotos que na opinião dela eram incrivelmente bonitos a encaravam como Neville havia feito, mas de maneira mais controlada.
- Oi - falou Harry simpático
- Oi - falou Rony tentando esconder a insatisfação de ela ter invadido o vagão
- Posso ficar aqui com vocês? O menino do outro vagão é meio psicótico, fica me secando como se eu fosse uma aberração.
- Pode - falou Harry ainda a encarando, quase pior que Neville.
Hermione não se sentia incomodada, ela o achara lindo.
- Eu já entendi porque - falou Rony de modo que só ele escutasse, tinha achado Hermione linda. Embora um pouco antipática e com cara de poucos amigos.
Eles ficaram longos minutos em silêncio.
- Vocês estão ansiosos? - perguntou Hermione finalmente quebrando o silêncio e atraindo os olhares para ela.
- Sim - falou Harry voltando a focar a paisagem lá fora.
- Uhum - concordou Rony olhando para uma figurinha em sua mão.
- Já sabem em que casa querem cair? - perguntou ela ainda tentando puxar assunto com os bonitões.
- Casas? - perguntou Harry interessado.
- Sim, casas, lá, existem 4 casas, Lufa-Lufa, Grifinória, Sonserina e Corvinal.
- Dizem que os maiores bruxos das trevas sairam da sonserina - falou Rony entrando no clima - eu quero entrar pra grifinória, toda minha família pertenceu a ela, é a casa dos corajosos.
- Então acho que você não pode ficar nessa - falou Harry brincando com o mais novo amigo - pra quem acabou de dar um ataque por causa de uma aranha...
Hermione prendeu o riso.
- Nem nos apresentamos não é? - falou Hermione sorrindo - Meu nome é Hermione Granger
Harry a observou
- Meu nome é Ronald Weasley, mas prefiro Rony, Ronald me faz lembra Mc Donalds
Harry riu, adorava comer no Mc Donalds.
- Meu nome é Harry Potter
- Harry Potter? O famoso bruxo que matou Voldemort? - perguntou Hermione se curvando sobre os joelhos para observá-lo melhor.
- Até você? - pergunta ele desfazendo o sorriso de poucos instantes atrás.
- Me desculpe, não queria te chatear.
- Tudo bem, é que eu cansei de todo mundo querer ver minha cicatriz, querer pegar em mim, um autógrafo, isso porque eu descobri que ou bruxo há um mês.
- Sério? Eu também! - falou Hermione sorrindo.
Rony estava quieto em seu canto e morrendo de ciúme de Hermione, não sabia bem porque se havia acabado de conhecê-la.
- Como você descobriu? - perguntou Harry interessado
- Bem, eu tava no computador, aí ele travou, eu fiquei nervosa e ele virou uma laranja, ai a laranja flutuou e uma coruja trouxe uma carta pra mim, falando que eu era uma bruxa.
- Sorte sua que foi só uma carta.
- Não foi só uma, mas por que você falou isso?
- Na casa onde eu vivo, chegaram mais de 300, moro com meus tios, meus pais morreram, como o resto do mundo sabe, e eles me acham uma aberração. Chegamos a mudar de casa por causa das benditas cartas, mas nada adiantou, um homem, muito simpático e grande invadiu o casebre que eu tava e me contou toda a verdade, eu nem acreditei, mas ele me convenceu e fomos no Beco Diagonal comprar o material...
- Que interessante, mas por que tantas cartas?
- Não consegui ler nenhuma delas, e a cada dia que passava, o número dobrava.
Rony continuava quieto encolhido no canto, Hermione resolveu tirá-lo dessa situação completamente emo.
- E você Rony, como descobriu que é bruxo?
- Sempre soube, desde pequeno... Tem magia por toda minha casa.
- Que legal. Meus pais são trouxas.
- Ah, cuidado, pessoas como Draco Malfoy vão te chamar de sangue-ruim, nunca se deixe ser chamada assim, é o pior xingamento que um bruxo poderia receber.
- Quem é Draco Malfoy?
- Um loiro de olhos cinzas que vive rodeado de dois gordos folgados.
- Ah, eu sei quem é, eu vi ele no beco diagonal, saindo de uma loja em um lugar que só tinha gente mal encarada, com alguns embrulhos na mão e cara suspeita.
- Você viu ele na Travessa do Tranco. Estava sozinho?
- Não, com um homem loiro de cabelos loiros cumpridos.
- O pai dele, Lúcio Malfoy, dizem que ele é seguidor daquele-que-não-deve-ser-nomeado até hoje.
- Aquele-que-não-deve-ser-nomeado?
- Sim, é o nome que Voldemort é chamado pelos mais covardes - fala Harry observando a reação do amigo.
- Covarde é a vó ok - falou Rony emburrado e voltou a observar a paisagem lá fora.
Hermione segurou o riso novamente, achou Rony extremamente fofo. Queria ver quando o chegasse lá, iria escrever tanta coisa no diário. Estava feliz como nunca antes.
- Bem, já está escurecendo, deve tá chegando, vou me trocar.
Hermione pegou suas roupas e foi até o banheiro. Voltou já com as vestes pretas
- Vocês não vão se trocar?
- Já vamos
Harry saiu e quando voltou, Rony saiu.
Eles sentiram o trem parar e um burbulhinho intenso se formar no corredor. Um homem mais alto e ruivo passou no meio daquele monte de primeiranistas desesperados.
- Ele se parece com você - comentou Hermione
- Ele é meu irmão, Carlinhos.
- Ele é bonito - Hermione pensou muito alto.
Rony a olhou em total desaprovação.
- Sou mais eu.
Agora Harry que estava meio isolado, ele também sentia ciúme de Hermione, aquela garota o cativara de forma muito rápida. Seria aquele o princípio de uma longa amizade?
Eles sairam do vagão e foram empurrados pela multidão de alunos para fora do trem. Harry reconheceu aquele gigante
- Hey, aquele é o Hagrid, o guarda-caças.
Hermione sorriu e Rony quase se derreteu
- Primeiranistas aqui! - gritava Hagrid balançando um lampeão.
Uma fila de cotoquinhos se formou diante dele e todos foram em direção a um lago. Entraram em embarcações de 4 pessoas, no barco de Hermione estavam Rony, Harry, ela e Neville
- Você disse que só ia dar uma volta no trem - disse Neville quase fazendo bico.
- Desculpe Neville, mas entrei no vagão deles pra conversar e acabei me esquecendo.
- O Trevor fugiu de novo.
- Agora ele pode estar no lago se divertindo - falou Rony para o pânico do garoto
Hermione o fuzilou com o olhar e Rony ficou quieto.
- Accio Trevor - falou Hermione como antes e o sapo saiu da água e foi parar em suas mãos
- Obrigado Hermione, você será uma grande bruxa - falou Neville puxando sardinha
Ela sorriu orgulhosa e eles foram arrastados por algo invisível até a outra margem do lago. Hagrid usava um barco só para ele. Chegou primeiro que os alunos e se postou em pé para recebê-los e os ajudar a sair dos barcos.
Harry, Rony e Hermione tiveram uma atenção especial.
- Harry! - falou Hagrid acenando para Harry que estava lá no fim da fila dos alunos primeiranistas.
Harry acenou em resposta. O grandalhão largou aquele monte de crianças grudentas e foi cumprimentar seu aluno preferido.
- E aí Harry? - perguntou o grandão.
Rony e Hermione se aproximaram de Harry
- Oh, vejo que você já fez novos amiguinhos, quem são eles?
- Ronald Weasley e Hermione Granger
- Ah, claro, Weasley, com esses cabelos de fogo como pude me esquecer? - brincou o grandalhão arrancando um sorriso de Rony - Mas Hermione... Nunca tinha ouvido falar no seu sobrenome...
- Vim de uma família de trouxas - falou ela com simplicidade como se não fosse tão óbvio
O garoto loiro e mal encarado que passava por eles naquele instante implicou
- Ah, então quer dizer que temos uma sangue ruim no nosso meio... Que desgosto.
Rony cerrou os punhos e ameaçou dar um soco em Malfoy.
- Opa, calma aí pobretão, já arrumou uma namoradinha é?
As orelhas de Rony estavam vermelhas.
- Não a chame assim ou vai se ver comigo! - falou Rony com os dentes cerrados.
Malfoy deu de ombros e saiu seguido por Crabbe e Goyle.
- Rony, esquece ele, não vale a pena, eu não me importo - falou Hermione pousando uma das mãos no ombro do garoto - Nossa, você está quente.
Harry riu do comentário da garota e Hagrid os chamou para uma longa caminhada até o salão principal do castelo.
Um batalhão de primeiranistas marchava feliz para dentro do enorme castelo. A cada passo que davam, alguém suspirava ou gritava "Olha aquilo". Chegaram dentro do castelo e se depararam com quatro gigantescas mesas, já cheia de alunos e um tipo de "palco" mais a frente, onde haviam alguns professores, dentre eles, Dumbleodore no meio e McGonagall, que Hermione já conhecia. Hagrid os guiou para frente das quatro gigantes mesas e todos ficaram em fila.
Dubleodore se levantou
- Boa noite alunos, hoje, com um número absurdo de primeiranistas, eu desejo que sejam bem vindos. E agora nós vamos saber em que casa vocês cairão.
Minerva se levantou com um chapéu velho e enrrugado na mão, colocou um banquinho bem diante dos olhos dos primeiros da fila e postou-se ao lado do mesmo.
- Draco Malfoy
O loiro saiu daquele mundaréu de alunos e se sentou no banquinho. O chapéu quase de imediato falou Sonserina. A mesa dos sonserinos explodiu em vivas e ele se sentou ao lado de Flint, o capitão do time de quadribol.
Vários outros alunos se sentaram no famoso banquinho e as mesas sempre explodiam em vivas quando algum aluno se encaminhava a elas.
- Hermione Granger - falou a voz severa da prof. McGonagall.
"Calma Hermione, respira, você vai ficar na grifinória" pensou a garota inspirando e expirando rapidamente.
Ela se sentou no banquinho e a prof. colocou o chapéu sobre sua cabeça.
- Humm... Difícil essa escolha... Que tal... Lufa-lufa?
"Ah não, lufa lufa é pros bobos! Ok Hermione, pare com isso, sua preconceituosa!" pensou ela.
- Lufa lufa é para os bobos? - repetiu o chapéu fazendo varios alunos da lufa lufa fecharem a cara para a garota - então que taal... Sonserina!?
Malfoy a olhou feio, não gostaria de ter uma sangue ruim em sua casa.
- Não não, completamente fora das regras, melhor você ir pra grifinória mesmo.
Hermione sorriu e se encaminhou a mesa dos grifinórios que explodia em vivas e gritos.
- Harry Potter! - anunciou a professora
Vários alunos se entreolharam e fizaram os olhos no banquinho. Harry se sentou lá e passou no mínimo 5 minutos com o chapéu na cabeça resmungando coisas como "Você pensa demais, porque não te colocar na Corvinal? Fique quieto garoto! Vu te por na Sonserina heeim" Harry ficava cada vez mais desesperado.
- Ok, você venceu, fica na grifinória.
Rony se levantou e aplaudiu mais alto que qualquer um, até mais alto que Hermione que sorria radiante para ele.
- Parabéns Harry - falou Rony seguido de Hermione
- Bom, agora que todos já estão em suas devidas casas, que o jantar comece - falou o velhinho de longas barbas.
- Nossa, o Neville, aquele menino que ficou me secando o tempo todo caiu aqui também, eu mereço - comentou Hermione para Harry e Rony.
- Não é sem razão - falou Rony corando logo em seguida
Hermione enrubesceu furiosamente.
O jantar correu tranquilo. Dubleodore bateu em sua taça com a colher
- Um minuto de atenção.
Todos ficaram em silêncio
- Amanhã vocês poderão conhecer o complexo do castelo, hoje os monitores irão os guiar para seus dormitórios. Boa noite.
Dubleodore se retirou deixando alunos completamente curiosos para trás.
O garoto ruivo que Hermione achou bonito passou por ela e mandou que formassem uma fila.
- Primeiranistas em fila! - gritava ele enquanto baixinhos se enfileiravam.
Hermione se levantou e foi seguida de Harry e Rony.
- Nós vamos para os dormitórios, amanhã conheceremos a escola. Tomem cuidado com as escadas, elas costumam mudar de lugar.
Eles foram quase que marchando para as escadas que mudavam de lugar. Era possível escutar exclamações vindas de todos os lugares.
- Bem, vocês precisam aber uma senha para entrar na sala comunal, a dessa semana é olho de unicórnio.
O retrato da mulher gorda girou e os alunos entraram sorrindo e apontando para os cantos da sala.
Hermione deu boa noite para Harry e Rony e subiu correndo as escadas que davam acesso ao dormitório feminino, chegou lá e encontrou sua mala na frente de uma cama com uma cortina vermelha. Estava trancada com um cadeado. Ela suspirou
- Graças a Deus, tudo certo, não mexeram em nada.
Ela abriu a cortina e se deitou, a cama era macia.
- Hora de escrever no diário.
Ela saiu da cama, puxou o malão e o colocou ao lado da cama, como se fosse um criado mudo. Deu um toque com a varinha no cadeado e ele abriu. Ela tirou o grosso livro de dentro e puxou a fita de cetim.
1 de setembro, dormitório feminino, minha cama, 22:16
Bem, hoje foi um dia bem cansativo sabe, e muito emocionante. Conheci dois gatinhos que meu Deus, são lindos. Um é ruivo de olhos azuis, Rony Weasley, muito fofo, me defendeu de um outro gatinho, loiro de olhos cinza, mas um nojo de pessoa, Draco Malfoy. E também tem o Harry, ele é muito lindo, moreno, de olhos verdes, um amor. Ah, também conheci o Neville, ele ficou me secando como se eu fosse comida no meio de um monte de esfomeado :o
Foi perfeito o primeiro dia, já fiz amizades, conheci o Hagrid, ele é o guarda caças de Hogwarts, ele é gigaaante, literalmente. O prof Dumbleodore eu já conhecia, mas ele parece mais simpático ainda na frente dos alunos. A prof. Minerva é mais severa ainda quando está na frente do prof Dumbleodore.
Ah, eu cai na grifinória, junto com o Ron, o Harry e o Neville. Sabia. Ahnn... As escadas mudam de lugar! Sim, isso mesmo que você leu. Elas mudam de lugar! :o É tudo tão mágico aqui. Estou sem sono. Vou ficar lá na sala comunal, é lá onde os alunos ficam para fazer os deveres e outras coisas.
Hermione saiu da cama silenciosamente, porque algumas garotas já dormiam, foi um dia realmente cansativo. Ela dividia o quarto com Parvati Patil, Padma Patil e mais uma garota que ela ainda não sabia o nome, não era muito boa em decorar nomes sabe.
Desceu as escadas de pedra e viu as sombras da lareira que estava acesa bruxulearem na parede. Viu que havia alguém sentado na poltrona de frente para a lareira, só pode ver os cabelos rebeldes em pé. Ela se aproximou silenciosamente e se sentou em um sofá que ficava um tanto longe da poltrona. Era ele, Harry. Ele nem chegou a perceber a presença dela.
- Harry?
Ele quase pulou da poltrona e caiu de cara na lareira.
- Ah, é você... Que foi Hermione? - perguntou ele meio que acordando de um transe.
- O que está fazendo aqui a essa hora? - perguntou Hermione quebrando o silêncio que já passava de constrangedor.
- Não consegui dormir e bem... O Rony ronca muito.
- Ah... Quer fazer alguma coisa?
- Não sei...
- Que tal uma partida de xadrez?
- Ah não, to com preguiça de pensar.
- Nossa Harry... Não quer fazer nada mesmo? É tão chato ficar sem fazer nada...
- Pra falar a verdade, quero.
- O que? - Hermione abriu um sorriso discreto.
Harry se sentou no mesmo sofá que ela e pegou as mãos trêmulas dela
" O que ele vai fazer? Ai meu Deus, estou com medo. Ele... Ele vai me beijar? Hermione sua idiota, se enxerga. Vê se um garoto lindo desses vai querer te beijar? Você é louca!" ela pensou nos segundos que pareceram uma eternidade.
- Por que você está tremendo?
- Frio - mentiu ela.
- Então você precisa de alguém pra te esquentar.
Harry se aproximou mais dela. Um podia sentir a respiração do outro. Harry a olhava nos olhos fazendo com que ela ficasse completamente hipnotizada por aqueles olhos verdes.
- Harry... - ela sussurrou, não tinha voz para falar em alto e bom tom.
Ele pegou uma mecha daquele cabelo encaracolado, lindo, que estava cobrindo o rosto dela parcialmente, e colocou atrás da orelha dela. Ela estremeceu com o toque das mãos dele.
- Hey... Calma... - falou ele com o tom mais amoroso que conseguiu
- Não... Harry... - ela não conseguia mais falar algo com sentido.
Ele se aproximou mais. Agora se um dos dois se mechesse, os lábios iam se selar. Hermione fechou os olhos automaticamente. Harry colocou a mão em sua cintura. Cada movimento parecia durar uma eternidade, Hermione não queria que aquilo acabasse mais. Jamais fora tocada assim, ou jamais recebera algum tipo de atenção especial. Se sentia diferente naquele lugar. Era realmente mágico.
Ao que pareceram horas, apenas alguns segundos tinham se passado. Harry ainda encarou aquele rostinho angelical por alguns instantes, fechou os olhos e quando finalmente seus lábios iam se selar...
- O que estão fazendo? - pergunta a voz esganiçada e sonolenta de Rony
- Estamos jogando xadrez bruxo Rony - responde Harry sarcasticamente.
- Ah, mas nessa posição?
Hermione revirou os olhos, era impressionante como ele conseguia ser burro quando estava com sono.
- E o que você veio fazer aqui? - pergunta Harry mal humorado.
- Vou até a cozinha, estou com fome.
- Vai logo então - falou Harry quase empurrando o amigo retrato a fora.
Rony saiu cambaleando e Harry se aproximou de Hermione novamente
- Onde estávamos? - perguntou ele totalmente galante.
- Acho melhor não Harry, e se alguém nos pegar?
- Não vão nos dar detenção por um beijo
- Como pode ter tanta certeza? Hoje foi o primeiro dia
- Ah Hermione, é óbvio né. O que tem demais dois jovens se amarem?
- E desde quando você me ama?
- Desde... Bem... Eu não te amo...
- Então pronto. Espera, então isso foi o que?
- Er... Impulso...
- Ótima desculpa Potter, esperava mais de você.
Hermione subiu correndo as escadas que iam para o dormitório feminino e Harry só pode ouvir a porta batendo.
- Ela é estranha... - falou ele consigo mesmo.
Rony adentrou o local
- Ela quem?
- A Hermione.
- Por quê?
- Ah, estávamos prestes a nos beijar...
- Ah, então é isso que vocês estavam fazendo...
- É incrivelmente impressionante como você pode ser mais lerdo quando tá com sono.
Rony abriu a boca diversas vezes pra falar mas resolveu ficar quieto, o amigo estava irritado.
- Por que você tá tão irritado?
- Porque eu num consegui beijá-la. Se não fosse você, talvez tivesse conseguido ok.
Harry saiu bufando e subiu as escadas com Rony em seu encalço.
- Harry, escuta, eu... Desculpa, não sabia que você queria tanto...
- O problema num é esse, o problema é que agora ela tá com raiva de mim...
- Calma Harry, você vai ver, amanhã tá tudo bem de novo.
- Ok, ok - foi o que Harry se limitou a responder...
Hermione entrou no quarto bufando e se jogou na cama, quase arrancou as cortinas ao fazer isso mas quem se importava? Ela? Certamente não.
Hermione basicamente arrancou o diário do malão, puxou a fita de cetim com tanta raiva que ela quase arrebentou
1 de setembro, em cima da cama, 23:57
Parabéns Hermione, você foi IDIOTA o suficiente pra acreditar que ele realmente queria alguma cosa, ele não pode ser mais que um amigo. Sabe o que é né? AMIGO. A-M-I-G-O. Quem sabe nem isso. Argh. Eu fui idiiiiota ao ponto de acreditar Cara, isso é demais pra um dia só. Vou dormir que eu ganho mais...
Ela fechou o diário bruscamente e amarrou a fita de qualquer jeito, jogou o diário no malão e foi escovar os dentes. Se deitou e ficou algum tempo fitando o teto em forma de cúpula, logo depois adormeceu.
espero que estejam gostando, se tiver algum comentaário meu no meio num liga, eu peguei da comunidade porque ainda num passei essa fic pro word
N/A: fazer isso a noite *-*
comenteeem :D
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