Eu sou uma bruxa! :o
Hermione era uma garota normal, como outra qualquer, morava em uma casa normal, tinha um cachorro e vivia feliz com os pais.
Ela estava no computador quando ele parou de funcionar.
– DROGA! De novo!?
Ela ferveu em raiva, fechou os olhos e contou até dez, quando abriu os olhos tinha uma laranja em sua frente. Esla esfregou os olhos pra ver se estava enxergando bem.
– Mãe! Cadê o computador?
– Tá aí filha!
– Não tá não, só tem uma laranja aqui.
– Uma laranja?
– É...
Hermione se sentiu confusa e voltou sua atenção pra laranja que agora flutuava.
– Ela tá flutuando mãe!
– Quê ? - gritou ela da cozinha
– É, ela tá flutuando.
– Como? Coisa estranha, parece coisa de bruxa.
Quando ela falou a palavra "bruxa" a luz de um relâmpago invadiu o ambiente seguido de um trovão. Hermione olhou para a janela, viu um pássaro de asas muito grandes vir em sua direção. Era uma coruja. Hermione observou o bicho atentamente, reparou que ela trazia algo, estranhou, mas ainda sim abriu a janela. Ela trazia um envelope, selado com cera, com um brasão por cima. Ela abriu e leu em silêncio. A carta informava que ela era uma bruxa e que estava inscrita em Hogwarts. Ela não se cabia de alegria.
– Mãe! Eu sou uma bruxa!
– O quê?
– Eu sou uma bruxa mãe!
– Como?
– Não sei, mas recebi uma carta falando.
– E você acreditou?
Hermione abaixou o olhar, sua mãe tinha razão.
– Jogue isso fora Hermione.
A garota jogou a carta fora contra a vontade e ficou observando a coruja que continuava imóvel. Logo ela viu um batalhão de corujas chegando, todas com um envelope no bico, ela pegou mais um dos envelopes.
– Mãe! Vem ver!
A mãe da garota se aproximou e leu a carta
– Não é possível!
– Por que não? Olha mãe, todas as corujas trazem a mesma carta, e desde quando cartas são entregues a essa hora e por uma coruja?
– Tem razão, mas como você pode ser?
– Não sei
Hermione sorria, seria uma experiência fantástica. Subiu as escadas correndo e se jogou na cama, tirou um livro muito grosso de dentro do guarda roupas.
Era um diário, suas págnas estavam vazias, mas ela guardava aquele livro para um momento especial, era a única coisa que sua vó havia deixado para ela. Hermione pegou um caneta com uma pluminha rosa na ponta, abriu o livro e se deitou na cama balançando os pés.
3 de agosto, meu quarto
Bom, nunca fui de ficar escrevendo e diários mas acho que o momento realmente merece que eu o registre, quer dizer, não é só hoje, a partir de agora, vou escrever todos os dias.
Sabe, eu nem acreditei quando tudo aconteceu hoje. Bem, eu estava no computador, e como sempre ¬¬', ele travou, eu fiquei nervosa como nunca tinha ficado antes, nossa, fervi quase, ai eu fechei os olhos e contei ate 10, coisa muito normal pra mim. Ai quando eu abri os olhos, tinha uma LARANJA na minha frente. É, você leu certo, uma LARANJA, dá pra acreditar? Ai eu gritei pra minha mãe e ela falou que o computador tava aqui, só que num tava, só tinha uma laranja FLUTUANDO! É, FLUTUANDO. Eu fiquei assustada, e falei pra minha mãe, ela falou que parecia coisa de bruxa e depois que ela falou isso, deu um relâmpago, o céu escureceu e uma coruja veio na minha janela, ai ela tava trazendo um envelope. SIM, UMA CORUJA TRAZENDO UM ENVELOPE! Ai eu abri e adivinha o que ele falava...
Falava que eu sou uma BRUXA!
É, isso mesmo, que eu sou uma bruxa, a princípio não acreditei, mas tipo, por que uma coruja iria trazer uma carta em plenas 16:00? Não fez muito sentido, aí a minha mãe mandou eu jogar a carta fora, e mesmo contra a minha vontade, eu joguei fora. Ai um batalhão de corujas vieram voando na minha direção de novo, e todas traziam um envelope igual, ai eu mostrei um pra minha mãe e ela nem acreditou, eu realmente sou uma BRUXA! Talvez isso explique o fato de que uma vez eu cai e quebrei os dois dentes da frente, fiquei mais ridícula ainda, ai quando me olhei no espelho, eles estavam intactos, e nem eram mais tão grandes quanto antes... Ou quando eu botei fogo num papel que me deram falando que eu era feia...
ou até quando eu fiz uma menina ficar com a língua maior que o próprio corpo porque falou que eu era uma vadia. Eu realmente nunca pensei que fosse uma bruxa, pensei que fossem apenas... incidentes muito oportunos... Foi realmente um choque receber essa carta. E agora? onde eu vou comprar o material que eles pediram? São livros estranhos, caldeirão, varinha... VARINHA? Sempre quis ter uma varinha, quando era pequena tinha aquelas "varinhas de condão", que você acha em qualquer loja de 1,99... bem, também pediram um mascote, será que o meu cachorro serve? acho que não, falou que era um sapo, um gato ou uma coruja, acho que o jeito é arrumar um gato ou coruja... Ahn, ok, e... onde fica a estação king cross? E o plataforma 9/2? isso existe? Meu Deus, estou num mundo desconhecido... Bom, estou cansada de escrever. Vou dormir.
Hermione fechou o livro, passou uma fita de cetim em volta dele e o colocou no guarda-roupas de novo. Hermione tomou seu 3º banho do dia e colocou um baby doll branco. Desceu, deu boa noite para a mãe, beijou a testa do pai, pegou uma maçã e subiu para o quarto. Ficou assistindo Smallville, escovou os dentes e se deitou, aquele dia tinha sido muito chocante, muitas descobertas de uma só vez, agora tudo fazia sentido...
O dia amanheceu com um sol radiante brilhando no horizonte. Hermione pulou da cama animada
– Mãããe! Quando vamos comprar o meu material?
Ms. Granger fazia o café enquanto Mr. Granger lia o jornal na mesa.
– Do que essa garota tá falando? - perguntou o pai à mãe
– Ela é uma bruxa - respondeu ela com simplicidade.
O pai de Hermione caiu da cadeira.
– O que? Bruxa? Como assim? Você tá bem Jane?
– Claro amor, ela é uma bruxa sim, ontem transformou o computador numa laranja e recebeu uma carta de uma tal... Hog...
Hermione entrou na cozinha
– Hogwarts mãe... E sim pai, eu sou uma bruxa, precisamos comprar meu material...
– Mas Hermione, como é possível isso, bruxos não existem!
– Então como você explica o fato de eu ter transformado o computador numa laranja, ter feito a língua de uma menina ficar maior que o corpo dela e queimar um papel com os olhos quando me chamaram de feia? Ah, tirando que quando eu quebrei os dentes da frente, eu me olhei no espelho e eles estavam intactos e até menores...
– Não sei querida... Mas você não é uma bruxa e pronto.
Hermione subiu correndo e pegou a carta.
– Olha.
Ele leu a carta e esbugalhou os olhos
– Não é possível Hermione.
– Claro que é, porque uma CORUJA viria aqui as 16:00 pra trazer uma CARTA escrita em estilo medieval? Isso foi escrito com uma pena e isso é um pergaminho pai...
– Ok, ok, me convenceu, você é uma bruxa - falou ele revirando os olhos
– Ótimo, onde vamos comprar esse material?
– Sei lá, tem alguma dessas corujas aqui ainda?
– Todas elas estão no jardim, não quiseram ir embora, parece que estão esperando algo - respondeu Jane se intrometendo.
– Então mande uma carta pra mesma pessoa que mandou essa - falou ele levantando a carta de Hogwarts - e pergunta onde a gente compra isso
– Ok - respondeu Hermione subindo as escadas para escrever a carta
Ela pegou um papel azul que tinha em cima da escrivaninha, uma caneta preta e começou a escrever.
" Bem, eu sou uma bruxa, do contrário não escreveria pra você ou vocês, seja lá o que for, mas eu não tenho a mínima idéia de onde comprar o meu material, nunca acreditei que bruxas existiam e estou em choque ainda...
Obrigada
Hermione Granger"
Ela enrolou a folha e prendeu na pata de uma das corujas
– Leve essa carta pra pessoa que me mandou essa - falou ela levantando a carta de Hogwarts.
A coruja assentiu e levantou voo. Hermione saiu correndo pra tomar o café da manhã
* * *
Bem longe dali, uma certa coruja pousa na janela de uma sala redonda, do diretor de Hogwarts, Alvo Dumbleodore.
– Ah, olá June, o que você tem aí? - disse ele levantando o olhar de alguns pergaminhos e indo em direção a coruja parda.
Ele abriu a folha azul e leu com um sorriso discreto nos lábios.
– Minerva.
A professora surgiu na porta, havia acabado de chegar para falar com ele
– Sim professor, estava vindo agora mesmo falar com o Sr, o que houve?
– A menina precisa de ajuda para comprar o material.
– Quem?
– Hermione Granger.
– E o que nós vamos fazer?
– Ir até a casa dela.
Minerva o olhou com aquele olhar severo e repreendedor dela mas afrouxou a expressão quando Dumbleodore sorriu ternamente.
– Como vamos pra lá? - perguntou ela meio contra a vontade
– Pó de flú.
Ela entrou na lareira.
– Casa dos Granger!
Dumbleodore fez o mesmo.
primeiro cap, espero que gostem ok?
:*
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