Primeira batalha



No dia seguinte, todos os que participariam da missão levantaram muito cedo. Hermione passou a noite pensando em Rony, mas não podia negar que ao ver Harry de manhã seu coração disparou. Inutilmente, porque ele nem lhe deu atenção pelo contrário, preocupou-se em se despedir de Gina.

Mas, Hermione não ficou sozinha por muito tempo. Rony logo apareceu lhe desejando o bom dia mais animado que já havia recebido. Pouco tempo depois, Lupin apareceu dizendo:

_Bom dia a todos, não temos muito tempo por isso vamos aparatar logo.

Ao chegarem no destino, foram apresentados ao diretor da base, um jovem chamado Bill Karter.

_Quem bom que vieram, a coisa ta feia aqui.

Lupin o acompanhou até a sala de reuniões deixando seus acompanhantes um pouco perdidos. A base era enorme, pergaminhos rolavam pelo chão, aurores aparatavam e desapartavam. Uma imagem em um dos pergaminhos chamou a atenção de Hermione. Ela se aproximou dele imediatamente. Era um uma representação em 3 d da base Delta B. Mas...

_Essa imagem está errada.
Quando ela disse isso, um silêncio quase imediato se fez. Um rapaz veio até ela rapidamente e perguntou o por que. Hermione ficou um pouco nervosa, sabia que para eles era muito importante que aquela imagem estivesse certa.

_Bom, ali não se localiza o portão e a sala de controle não fica ali.
_E aonde fica então?

A pergunta de Harry a deixou mais nervosa ainda. Sem responder de imediato, ela arrastou uma cadeira para perto e sentou-se. Sem pedir permissão, ela começou a alterar o desenho no pergaminho. Não foi difícil se lembrar da base. Quando terminou, aumentou o tamanho do pergaminho e o fez levitar no ar, para que todos vissem. Um murmúrio se iniciou e alguém foi chamar o diretor.

_ Se isso for verdade, nós teremos que mudar todo o nosso plano de ataque. _ disse Bill assim que viu a imagem.
_Foi por isso que eu trouxe a Hermione, para nos ajudar. Ela conhece a base Delta muito bem, confio nela.
Hermione se levantou e disse decidida:
_Quero ajudá-los a mudar o plano de ataque.
_Sua ajuda é muito bem vinda minha cara. Venha conosco. Você também Mike. _ disse Bill.
Hermione os seguiu até a sala de reuniões ainda um pouco apreensiva. Harry soltou um riso irônico e disse:
_Era só o que me faltava!
_Acho que não custa nada confiar um pouco nela Harry.
Ao ouvir Rony defendendo Hermione, Harry sentiu uma coisa esquisita no peito, um certo... Ciúme.

Uma hora mais tarde, estavam todos reunidos na sala de reuniões. O plano era atacar naquela tarde mesmo. Como Hermione havia dito, era um horário no qual eles nunca imaginavam serem atacados.

Enquanto se organizava, Hermione observava os olhares que Harry lhe lançava. Na certa ele estava desconfiado. As duas em ponto, todos já estavam prontos. Quando caminharam para fora da base, ela respirou fundo. Seria a primeira vez que lutaria contra aqueles que lhe ensinaram tudo o que ela sabia.

Sua missão ali, era entrar na sala de controle e pegar Alan Strandford, o diretor da base. Por isso, 10 soldados a escoltavam, entre eles Harry. Rony estava na linha de batalha, como ele mesmo disse “meu lugar preferido. Ação!” . Quando todos se posicionaram, um silêncio mortal tomou conta do local. Hermione e seus “defensores” ficaram afastados. No meio daquele gelo uma luz vermelha intensa cortou o ar em direção a Basse Delta.Este, ao chegar ao seu destino, mostrou que a batalha estava iniciada.

Hermione apenas acompanhava de longe. Ao ver toda aquela movimentação, ela disse:

_Acho que dez soldados vão chamar muita atenção.
_Concordo. _disse Harry, para o espanto de Hermione. _ Sugiro irmos apenas nós dois.
_Sim, o resto nos dá cobertura.
_Vocês têm certeza disto?_ perguntou um deles.
_Sim. _ os dois responderam em uníssono.
Todos concordaram e voltaram à atenção à batalha. Vinte minutos depois, Harry disse:
_Acho que já podemos ir.

Hermione o olhou confirmando. Como combinado, os soldados lhes deram cobertura enquanto eles se escondiam pelos montes de neve. Na porta da base, eles não hesitaram e entraram imediatamente. Lá dentro, o silêncio reinava. Eles se esconderam atrás de uma porta para Hermione poder desativar alguns feitiços existentes ali.

Harry a observou um pouco impressionado. Durante a reunião ela dava idéias brilhantes, impunha sua opinião. E agora, encarava aquela batalha com seriedade e firmeza.

_Acho que... Já podemos ir.

Ela disse observando o relógio de pulso. Eles recomeçaram a caminhada com cautela. Qualquer movimento, eles arrumavam um jeito de se esconderem. Chegar a sala de controle foi fácil.

_Entre lá e faça o que tem que fazer, eu vou ficar aqui de guarda. _ disse Harry.

Sem demora, Hermione entrou na sala. Alan estava sentado perto da lareira, fumava um charuto com calma e seriedade.

_Faça o que veio fazer Granger.
_Vai se render tão facilmente.
_Há algum tempo venho querendo isso. Depois que vi que o que Voldemort queria não coincidia com minha idéias eu perdi a vontade de lutar.

_Fiquei sabendo que ele matou sua família...
_Sim.

Hermione o observou jogar o charuto na lareira e levantar-se. Sem demora ela lhe lançou o feitiço mordaçus. Agora ele estava amarrado e amordaçado. Retirou do bolso o pó de flu e lançou na fogueira.

_Nos vemos daqui a pouco. _ ela disse.
O empurrou para as chamas e disse o destino. Depois, foi até a porta e a abriu.

_Já podemos ir?_ Harry perguntou ancioso.
Hermione ia responder, mas uma pessoa parada atrás dele lhe chamou a atenção.Imediatamente ela sacou a varinha e atingiu a pessoa. Harry permaneceu petrificado. Ela se aproximou um pouco e perguntou:

_Você está bem?
_Acho que sim.
Ela o ajudou a si levantar. Quando já estava recomposto, ele disse:
_Você atira muito bem.

Hermione apenas sorriu e o chamou para saírem dali.

Às 17h a batalha já havia terminado. Como previsto, a Ordem da Fênix havia vencido. Hermione esperava Rony ansiosa.
_Tome, um chocolate quente vai acalmá-la.
Harry lhe estendia a caneca de porcelana fumegante. Desde que ela salvou sua vida, ele parecia estar mais atencioso. Hermione agradeceu.
_Por que ele está demorando tanto?

_ O Rony gosta de contar os mortos.
_Tem tanta certeza assim de que ele está vivo?
_Claro! È um dos nossos melhores atiradores.
Hermione não se sentiu confortada com aquele comentário, mas se acalmou um pouco. Estavam em uma salinha praticamente vazia. Harry se sentou em um sofá ao lado do dela e disse:
_Muito obrigado.
Hermione o olhou surpresa e perguntou:
_Por quê?
_Por ter salvado minha vida.

Hermione sorriu. Não sabia o que responder afinal ele olhava de uma forma tão penetrante que a deixava sem palavras. Ela ia dizer algo, mas foi interrompida por alguém que entrou na sala de forma estrondosa. De início, ela ficou com raiva, mas quando viu quem era praticamente pulou nos seus braços.

_Rony!

Ele a abraçou com força, sentiu seu coração disparado. Não resistiu quando encontrou os lábios dela e a beijou. Foi um beijo intenso, que transmitia tudo o que um sentia pelo outro: ele - paixão; ela - carinho. A essa altura, Harry já havia saído da sala com raiva. Quando se separaram, ambos estavam ofegantes e sorriam feito bobos. Ele ainda a mantinha em seus braços.

_Fiquei preocupada, pensei que você tinha...
_Shh, não fale mais nada. Deixa-me admirar você. Fiquei com medo quando soube que apenas você e o Harry haviam entrado lá dentro.

Hermione o abraçou novamente. Estava feliz por ver que ele estava bem e sentia-se segura ao lado dele. Mas, uma coisa a incomodava. Ela se afastou um pouco dele e olhou ao redor: estavam sozinhos.

_O Harry..._ ela murmurou mas Lupin entrou na sala interrompendo.
_Sinto interromper, mas aviso que partiremos ao amanhecer.
_Obrigado Lupin. _ Rony agradeceu um pouco envergonhado.
_ Daqui á alguns minutos virão para mostra-lhes os dormitórios.
Lupin saiu e fechou a porta. Hermione sentou-se no sofá no qual há poucos minutos Harry estava. Rony sentou-se ao seu lado e disse:
_ Por que está tão séria?
_Não, estou apenas... Me recompondo.
_De quem foi a idéia de vocês entrarem lá sozinhos?
_Minha.

Rony se posicionou melhor no sofá e fechou os olhos. Hermione o observou por um momento e percebeu como ele estava cansado. De repente seus pensamentos foram para Harry, como ele devia estar agora? È claro que não se importava muito com ele, mas não podia negar que ele foi gentil lhe oferecendo chocolate quente. Uma batida na porta interrompeu seus pensamentos. Instantes depois, um rapaz com espinhas na cara lhes chamou para mostrar os dormitórios.

Ao entrar em seu quarto minúsculo (só tinha uma cama simples e um criado mudo), Hermione jogou-se na cama, estava exausta! Mas, apesar de seu corpo não querer se mover, sua mente trabalhava inquietantemente. Ela achava que aquela batalha havia sido muito fácil, conhecia o ALFA e principalmente o esquadrão, aquilo havia sido uma batalha para crianças. Talvez eles não se importavam muito com a base Delta B, por isso aceitaram a derrota. Mas o futuro ainda reservava algo pior, ela sentia.

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