Reencontro fatal



Hermione sentiu uma felicidade invadindo-a e imediatamente apertou a mão que lhe estava estendida.

Foi o próprio Lupin quem lhe apresentou o centro. Após saírem de sua sala, seguiram pelo corredor de onde Mionely veio, passaram pela recepção e foram para o lado de fora, onde parecia haver um pequeno estacionamento.

_ Até aqui você já conhece. _ ele disse.

Hermione balançou a cabeça afirmativamente. Lupin lhe apontou, então, um portão ao lado da recepção que ela não havia reparado. Ele pediu que ela o seguisse até este portão de ferro nobre. Ao atravessá-lo, Hermione sufocou um suspiro de surpresa. Atrás deste, estava um prédio enorme, de vidro. Bem na frente, em cima da porta de entrada, um letreiro enorme e imponente, prateado, anunciava: Ordem da Fênix.

Lupin pediu que ela o seguisse até a entrada. Ali parecia uma cidade, com pessoas apressadas por todos os lados, aparatando e desaparatando, chegando pelas lareiras. Na entrada, várias pessoas iam e vinham. Não havia recepcionista ali, aliás aquilo não era uma recepção. Elevadores por todos os lados e escadas de mármore mostravam que a Ordem da Fênix não estava de brincadeira. Lupin pegou um folheto em uma mesinha e deu á Hermione dizendo que aquilo lhe seria útil.

Neste folheto, encontrava-se o que era cada andar daquele prédio, um total de 20 andares.

_Bom, agora que você já conheceu o prédio 1, vamos ao pavilhão.

Ela o seguiu para fora do prédio. De lá, ela a levou para trás deste. Vários outros prédios menores se espalhavam por ali. Em um deles, estava o dormitório fMionenino. Após ele lhe apresentar a quadra de treinamentos, o arsenal 1 das armas, o refeitório, a piscina, Hermione começou a se perguntar onde seria a sala de controle. Lupin, respondeu essa pergunta.

Voltando ao prédio principal, ele a encaminhou para um elevador vazio. Lá, pressionou o botão Térreo, o que fez Hermione estranhar, pois já estavam no térreo. Mas, se enganou. O elevador começou a descer, até finalmente parar. Quando a porta se abriu, mais uma vez ela se impressionou. Diversas pessoas estavam ali, andando de um lado para o outro entre mesas cobertas com pergaminhos. Vários telões estavam espalhados pelo local. Mas parecia que a sala não se limitava à apenas aquele local, várias portas estavam nos cantos.

_Essa é a sala de controle. Suponho que passará a maior parte do tempo aqui. Haverá dias que ela estará assim, um caos. Porém, haverá dias que não terá ninguém.
Suponho que queira descansar um pouco, irei levá-la ao seu dormitório.

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Não muito longe dali, mais exatamente em um anexo da sala de controle em outro pavilhão, Gina aparece cheia de novidades.

_Diga logo, Gina querida. _ disse Rony sorrindo para ela.
_Você não vai acreditar em quem acaba de entrar na Ordem da Fênix? _ ela esperou que ele dissesse algo, mas como ele ficou no silêncio, prosseguiu. _ Hermione Granger!.
_O que? Ta louca, se essa menina pisasse aqui, Lupin a mataria.
_Acredite meu querido, fui eu quem a levou até o Lupin.
À essa altura, Ian e Neville, que também estavam na sala, já se juntaram aos dois para ouvirem a conversa.
_Mas o que ela pretende? _ disse Ian a si mesmo.
_Não sei, _ Gina respondeu. _ mas meu Lupin só pode estar louco se aceitá-la aqui.

-*-*-*-*-*-*-*-*-

A noite caiu rapidamente. Aproximava-se à hora do jantar, em que Hermione seria apresentada aos outros componentes da Ordem da Fênix. Ela se olhou mais uma vez no espelho. Não vestiu uma roupa muito formal, uma calça jeans preta com uma regata branca e estava perfeita. O cabelo, agora curto, estava solto e desarrumado propositalmente.

As oito em ponto ela saiu de seu dormitório e foi para o refeitório. Tentou entrar sem ser notada, o que foi um pouco difícil. Várias pessoas a olhavam e cochichavam. Ela pegou sua refeição (um arroz com filé de frango grelhado e alface) e procurou um lugar bem afastado entre as várias mesas espalhadas pelo local. Por sorte encontrou uma vazia, e se tivesse mais sorte ainda, ninguém sentaria nesta.

Ao perceber que ela já estava á mesa, Lupin levantou-se e pediu silêncio. Imediatamente o refeitório caiu em profundo silêncio. Ele pediu que Hermione se levantasse e disse:

_ Gostaria de apresentá-los à nossa nova membro, Hermione Granger. Alguns a conhecem, outros não, mas independente disso eu peço que tenham respeito e a ajudem a se sentir em casa como todos vocês se sentem. Não irei tolerar reclamações descabidas, rejeições ou algo do tipo. No mais, tenham um ótimo jantar.

Hermione sentiu todos os olhares voltados para ela, mas um em especial lhe chamou a atenção. Sentado em uma mesa ao centro, acompanhado de Gina e Rony, estava Harry. Ele estava impressionado com quem via e se segurou para não levantar e ir até lá e acabar com ela.

Eles trocaram olhares raivosos, e depois ela se sentou. Havia perdido a fome completamente. Imediatamente, ela se levantou e retirou-se do refeitório, sem notar que alguém a seguia. Ao chegar ao corredor de seu quarto, entrou e tentou fechar a porta, mas alguém a segurou. Hermione estava pronta para xingar a pessoa, mas ao ver Harry ali, parado na porta de braços cruzados, perdeu a fala.


_Posso entrar? Obrigado.
Sem esperar autorização, ele entrou e fechou a porta. Os dois ficaram frente á frente, se encarando sem dizer uma palavra. Até que ele quebrou o silêncio:

_Como é cínica!
_ Posso saber o por quê?
_Como tem coragem de pisar aqui depois de tudo?
_Tudo... O que?

Harry soltou uma gargalhada irônica e começou a caminhar observando o quarto. Ele havia planejado fazer tanta coisa assim que a encontrasse, mas agora que estava ali, ao lado dela, não tinha reação. Ele a observou novamente e disse:

_ Por que veio?

_ A pessoa a quem interessa essa resposta já sabe.

Ele parou de andar e se aproximou dela. Com uma raiva renascida, apertou o braço dela, fazendo-a soltar um gemido de dor.

_Tome cuidado, Granger, eu posso querer vingar aquele corte a qualquer momento. Se depender de mim, sua vida aqui não será nada fácil.

Mesmo com dor, ela sorriu maldosamente e disse com sarcasmo:
_Estou morrendo de medo, Potter.


Ele apertou o braço dela com mais força ainda, mas ao ver que ela suportava mais do que ele pensava, parou. Mas continuou segurando seu braço. Rapidamente sua mão subiu para o ombro dela, fazendo-a ficar um pouco arrepiada. Delicadamente, ele deslizou a mão para a nuca dela o que a fez soltar um suspiro.

O contato visual não se desfez em nenhum momento. Com a mão livre, ele a enlaçou pela cintura, trazendo-a para mais perto. Seus lábios apenas se tocavam, em uma doce tortura que ele mesmo interrompeu, empurrando-a para longe. Sem dizer mais nada, ele saiu do quarto, deixando uma Hermione frustrada, mas feliz. A reação dele à proximidade dela era um ótimo sinal. De repente ela sentiu seu coração disparado, suas mãos trêmulas... Estaria apaixonada?

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