Recomeço



O dia estava chuvoso e as ruas vazias. Porém, passos apressados ecoaram pelos becos. Em um deles, Hermione resolveu se abrigar daquele temporal. Cansada, ela encostou-se à parede e deixou-se cair ali mesmo, sentada como uma mendiga. Quem a visse naquele momento correria para longe. Ainda cansada, ela revirou o bolso da calça com dificuldade e só parou quando encontrou um pequeno cartão de memória, do tamanho de uma moeda, metalizado. Sorrindo, Hermione voltou a guardá-lo no mesmo bolso, mas se arrependeu logo quando fez isso. Desconfiada, ela olhou para a perna e se assustou ao ver um grande rasgo na sua calça, na altura da coxa esquerda, e, além desse rasgo, ela podia ver o enorme corte que sangrava sem parar.

Aflita, ela recostou a cabeça na parede e fechou os olhos como se esse gesto fizesse tudo desaparecer. “Preciso fazer alguma coisa ou vou morrer!”, ela pensou desesperada. Neste momento uma ventania forte soprou e a chuva parecia estar aumentando. Isso não assustava Hermione Granger, pelo contrário a confortava bastante, estava acostumada com o barulho da chuva e o frescor do vento que ela trazia isso lhe trazia boas lembranças... Lembranças de quando era feliz.

Enxugando uma lágrima que teimava em rolar na sua face, ela abriu os olhos na esperança de que, com este ato, uma idéia brilhante se materializasse na sua frente. Mas, para seu azar, o que apareceu foi apenas um folheto caído em sua perna. Sem o que fazer, ela o pegou e leu. Neste folheto estavam as fotos de cinco rapazes, todos muito sérios, e, logo abaixo, uma frase bem grande:

"Qualquer informação sobre esses infratores, informar à polícia mais próxima."

Após essa frase encontravam-se os dados de cada um. O primeiro da lista, um rapaz de cabelos escuros bem penteados, se chamava NevilleLongboton; logo após vinha um jovem muito bonito, cabelos castanhos, olhos muito negros, mas que faziam um belo contraste com a pele morena, chamava-se Rony; depois vinha um rapaz mais sério ainda, cabelos bem curtos e olhos misteriosos, este era o Adam; após vinha um rapazinho de feições simpáticas, loiro de olhos azuis, cabelo muito liso, chamava-se Ian O’niel; por fim, vinha o mais bonito, de cabelos muito negros, atrapalhados de forma rebelde, olhos esverdeados e pele clara, chamava-se Harry Potter.

Hermione ficou observando aquelas fotos durante um tempo, tentando imaginar como aquilo lhe poderia ser útil. De repente outra foto apareceu ao lado de Harry. Ela se assustou ao se ver ali, sorrindo maldosamente. Logo abaixo vinham as inscrições: Hermione Granger, foragida recentemente. “Droga!”, ela pensou. Afinal, aquilo não era um bom sinal, não poderia sair na rua, qualquer um a reconheceria. Com dificuldade, ela se levantou e começou a tatear os bolsos, tanto da calça como do casaco, procurando sua carteira. Ao encontrá-la, fuçou até achar um cartão com um endereço muito útil. Voltou a guardar a carteira e junto desta, o folheto eletrônico. Seus olhos esquadrinharam o beco à procura de mais algo que pudesse ajudá-la, mas nada veio. Observou as paredes, cada canto. Soltando um suspiro, Hermione fechou o casaco e, a passos determinados, foi atrás da única pessoa que poderia ajudá-la naquele momento.

-*--*-
Rony caminhava decidido até a sala do diretor, segurando nas mãos um folheto que acabara de chegar. Ao chegar a seu destino, ele parou e admirou mais uma vez a foto de Hermione Granger.

_Vai entrar ou eu vou ter que ficar esperando você se resolver.

A voz séria o tirou da distração. Ao virar-se, viu um Harry impaciente que o olhava com raiva. Rony pediu desculpas e bateu à porta à sua frente.

_Entre. _ ordenou o chefe.

Os dois entraram e se acomodaram em uma das cadeiras ao redor da grande mesa de vidro, onde vários companheiros já se encontravam.

_ Acho que podemos começar. _disse Lupin.
Harry o observou falar, mas sua mente estava longe. O roubo do chip do ALFA foi uma grande perda daquela guerra sem fim entre a Ordem da Fênix e o resto do mundo. È claro que a Ordem da Fênix possuía importantes aliados mundo a fora, era uma organização bem grande e a cada dia crescia mais. Mas, se tivessem aquele chip, poderiam progredir mais. Quem teria roubado o chip? Alguém muito inteligente. De repente, lhe veio à mente a imagem de uma jovem de cabelos longos, castanhos e ondulados, lábios delicados e avermelhados, uma pele mais delicada ainda, clara como um leite, bochechas rosadas naturalmente, olhos verdes, corpo delicado, cada curva em seu devido lugar... Era incrível como ele descrevia a mulher que quase lhe tirou a vida! Hermione Granger, esse nome não lhe saía da cabeça e ele ansiava pelo dia em que vingaria aquele corte que ela havia feito em seu pulso direito. Involuntariamente ele tocava a cicatriz em seu pulso, hoje era apenas um relevo reto, mas no dia era uma cachoeira que jorrava sangue e doía. Mas, apesar de tudo, ele dizia a si mesmo que antes de matá-la a beijaria como da última vez.

_VOCÊ CONCORDA SR. POTTER?

Harry se assustou e rapidamente tentou reverter a situação, mas já era tarde.

_ Se quiser sair, fique à vontade meu rapaz. _ disse um Lupin sorridente.

- Não senhor, me desculpe.

_Pois bem, como eu dizia, o roubo do chip nos trouxe prejuízos, vocês sabem, mas agora devemos nos focar na batalha do oeste da Inglaterra. O comandante de lá já me passou as coordenadas...

Mais uma vez, Harry não presta atenção ao que o chefão dizia. Sinceramente estava cansado daquela guerra, já havia pensado em desistir várias vezes, mas o que lhe motivava eram as injustiças cometidas pelos poderosos à inocentes. Lupin era um cara determinado a fazer justiça. Esses “poderosos” haviam liquidado sua mulher e seus dois filhos enquanto estes faziam piquenique na praia do Caribe. O motivo? A suspeita de que eles estavam ali apenas para espionar a família do governador ryan Lewis, que passava férias ali. Detalhe: Ryan era fiel seguidor do maior inimigo do mundo naquele momento, Lord Voldemort. Isso fez Lupin sair do exército, mas antes de fazer isso, ele lançou maldições e destruiu arquivos importantes do ministério da magia. Isso ativou a ira dos poderosos e agora todos queriam sua cabeça. Após estes acontecimentos, ele se juntou a vários outros rebeldes do mundo e se uniram à Ordem da Fênix. Esta havia crescido muito desde a morte de Dumbledore e da primeira derrota de Voldemort, bases militares estavam espalhadas pelo mundo. Paralelo à Ordem da Fênix, existem várias outras organizações com o mesmo objetivo. Hermione Granger era parte do esquadrão A do Alfa. O que era a Alfa? A principal força aliada de Voldemort. Era a melhor entre eles, fora os boatos de que teria um caso com o diretor Mike Stanbs. Nas festas dos poderosos, era sempre a mais esperada, a mais linda... Harry balançou a cabeça tentando tirar esses pensamentos da cabeça.

A reunião havia terminado quando Harry voltou à realidade. Ele se preparava para sair quando Rony o impediu e disse:

_Fique, você vai gostar disso aqui. _ Ele acenou para um papel em branco em cima da mesa e depois disse. _Senhor, tenho uma coisa que pode interessá-lo.

Lupin sentou-se novamente e esperou os outros saírem para perguntar:

_Diga meu rapaz.

_ Prefiro que o senhor mesmo veja.

Dizendo isso, Rony caminhou até a ponta da mesa onde Lupin se encontrava e lhe deu o papel. Lupin fez uma cara e riu espantado. Harry foi até o chefe rapidamente e se espantou também quando viu a foto de Hermione Granger ao lado da sua na lista de procurados.

_ O que será que ela fez hein? _ perguntou Lupin ficando sério novamente.

_ Talvez se negou a ir à um dos bailes que seu namoradinho oferece. _ disse Rony sarcasticamente.

_ Ou, roubou o maior tesouro do ALFA.

Todos olharam Harry espantados.


A chuva havia parado um pouco e isso contribuía e muito para Hermione. Ela parou de andar quando chegou a uma casa grande, totalmente branca de número 225. Sem demora ela correu até a porta de entrada da casa e bateu esperançosa. Uma senhora de idade a atendeu sorridente.
_ O que deseja senhorita?

_ Preciso ver o Sr. Granger. Diga que é Hermione Granger.

A velhinha a analisou dos pés a cabeça, mas acabou pedindo que ela esperasse ali. A porta se fechou delicadamente. Hermione ficou ali parada, seu coração estava disparado. De repente sua perna voltou a doer, uma dor aguda que a fez agachar-se involuntariamente. Neste momento a porta voltou a se abrir e a velhinha disse:

_ Acha que consegue entrar srta.?

Hermione fez que sim com a cabeça e se levantou. A velhinha lhe pediu para que a acompanhasse. A casa era linda por dentro, bem aconchegante. Ao chegarem em frente à uma porta de vidro fume a velhinha disse:

_ Ele está esperando.

Hermione agradeceu e entrou em uma sala quentinha por causa da lareira. Parado, olhando a janela, ela um homem que aparentava ter uns 38 anos, seus cabelos já tinham uns fios brancos. Sem se conter, ela disse emocionada:

_ Senti sua falta... Richard.
Richard virou-se imediatamente. Ao vê-la, não sabia se sorria ou se chorava ou se corria até ela lhe dava um grande abraço. Entre tantas, ele ficou com a terceira opção.

_ Querida! Minha menina! _ ele dizia com a voz abafada.

O abraço foi apertado e longo. Ambos choravam sem parar. Quando se afastaram, ele a levou até o sofá próximo à lareira. Hermione sentiu um alívio ao sentar-se ali.

_ Tive tanto medo ao ver sua foto hoje naquela lista. _ Richard dizia, ainda emocionado. _ Olhe para você! Tão linda, já é uma moça! Seu pai sentiria tanto orgulho!

Hermione sorriu encabulada. De repente outra pontada em sua perna e dessa vez ela não pode deixar de soltar um sonoro “Ai!”. Rapidamente, Richard se apressou a chamar um médico de confiança. Durante uma hora, eles ficaram por conta de cuidar da jovem. Roupas quentes, um lanche reforçado, curativo na perna. Hermione se sentia em casa novamente! O olhar do tio, sempre carinhoso e atencioso. Após ser bastante paparicada, ela achou que estava na hora de conversar com Richard.
A passos lentos, ela foi até seu escritório. Richard abriu um enorme sorriso ao vê-la.

_ Querida, volte para a cama. Não ouviu o médico? Você estava com febre alta.


_ O Senhor Disse bem, eu estava. Não estou mais.
Ela sentou-se em frente à escrivaninha do tio. Os dois ficaram se olhando durante um tempo, matavam a saudade pelo olhar. Afinal, foram sete anos se correspondendo apenas por cartas e e-mails.
_Bom, _ ele quebrou o silencio. _ me conte tudo.
_Eu preciso da sua ajuda... Novamente.
_Sabe que sempre irei ajudá-la.
_Sim, eu sei e agradeço.
_ Mas que tipo de ajuda você quer?
_Não posso sair às ruas! Preciso de um disfarce.
_Bom, o nome você já mudou...
_Não, eu retomei o original. Preciso mudar meus documentos por isso.
_ Estamos voltando ao passado então?
_ Acho que sim.
_Já pensou em alguma coisa?
_Sim, primeiro quero mudar meu visual. Sei lá, cortar o cabelo, colocar lentes.
_Isso é fácil.
_ Mas preciso do Senhor Em outra coisa. Quero entrar no esquadrão Ordem da Fênix.
_Isso não é fácil. Você quase matou um dos membros mais importantes.
_ Ele me atacou primeiro! Além disso, haviam câmeras por todos os lados, eu tinha que disfarçar.
_ Não dava pra cortar com cuidado?
_ Eu nem percebi o que estava fazendo. Olha, eu preciso entrar lá. Já estou sendo procurada mesmo.
_ Aliás, por que você está sendo procurada? Não informaram nada.
_ Devem ter vergonha de admitir que a grande Hermione Granger, suposta namorada do chefe, tenha roubado o Pergaminho Maximus.
Richard parou de rodar a caneta entre os dedos e a observou sem acreditar no que havia acabado de escutar.
_Você o roubou? E eu achando que havia sido alguém do Ordem da Fênix...
_ Pois é perfeito não?
_Não imagina o risco que correu mocinha!
_ Sem sermão tio! Esse é o lado bom de ser órfã: livre de sermões.
Os dois riram calorosamente. Neste momento, a velhinha entrou trazendo chocolate quente com biscoitos.
_Hermione, essa é minha segunda mãe, a Sra. Margaret Stevs. È ela quem cuida de tudo aqui.
Margaret soltou mais um de seus doces sorrisos e retirou-se. Richard a observou partindo e se serviu de um pouco do chocolate quente. Depois, olhou a sobrinha com piedade.
_ Gosto de ver como você lida com a morte deles.
_Bom, acho que chorar e me descabelar não irá trazê-los de volta.

Ela sorriu novamente e voltou a se concentrar no chocolate quente. Richard não se esquecia do dia em que encontrou aquela menina chorando desesperada sobre os entulhos daquilo que havia sido sua casa. "Cautelosamente ele se aproximou dela, mas ao ficar poucos metros longe dela, parou. Não sabia o que dizer, mas ela disse pelos dois:
_Por que eles fizeram isso?
_Eu não sei minha querida.
Imediatamente, a jovem Hermione se virou para ver quem lhe falava. Richard sorriu e foi até ela, sentou-se ao seu lado. Os dois ficaram um tempo olhando os entulhos, até que ele disse:
_Você não deve me conhecer, mas eu ouvi falar muito de você. Chamo-me Richard Granger. Sim, sou seu tio.
Hermione o olhou sem entender. Sua cabeça estava tão confusa!
_Sou irmão de seu pai. _ ele continuou. _ Moro nos EUA, por isso você não deve me conhecer.
Hermione não se sentiu mais confortada ao descobrir que não estava totalmente sozinha. Sua cabeça borbulhava.
_Por que mamãe e papai nunca me falaram de você?
_Bom, eu e seu pai tivemos algumas brigas ao longo de nossas vidas, você não entenderia. Mas agora estávamos nos dando bem, tanto é que...
Ele parou de falar imediatamente. Como explicar a uma criança que acabara de perder os pais que ele sabia o que ia acontecer e poderia ter impedido? Mas Hermione não gostou nada daquele silêncio:
_Termine de falar.
_Olhe, por que você não vem comigo? Deve estar com fome e sede, eu lhe pago um sorvete...
_Não tente me comprar.
Essas palavras assustaram o experiente tenente do exército americano.
_Bom... _ele começou encabulado. _ Tanto é que você ia viajar comigo hoje. Isso! Seu pai confiou você a mim.
_Ele me disse que eu iria para a casa da minha avó no Texas.
_Que, por um acaso, é minha casa.
Os dois ficaram um tempo se encarando. Depois, ela se levantou e disse determinada:
_Eu sei quem os matou e quero vingança.
_Hermione...
_Sei que foi o governo de Voldemort, quero vingança!
_Como sabe?
_ Ouvi meus pais conversando outro dia sobre isso.
_A vingança não lhe levaria a nada.
_Você não vai poder me impedir. Ou me ajuda ou não atrapalhe.
Ela parecia madura de mais para uma adolescente de apenas 17 anos. Mas, a dor amadurece as pessoas, ele pensou."

Daquele dia em diante, eles se tornaram parceiros nessa vingança. Richard com seus contatos, conseguiu colocá-la na AcadMionea Frishburn, um centro de treinamento de futuros soldados do exército da Alfa, afinal se ela queria se vingar, deveria aprender a lutar, manejar armas, mexer com feitiços poderosos, armar e desarmar bombas. E a melhor vingança ocorria quando se conhecia o inimigo de perto. Hermione estudou na acadMionea 7 anos, tempo suficiente para se tornar a queridinha do todo poderoso Ian MacBread Stanbs, o chefão da acadMionea. Seu filho, Mike Stanbs, era diretor do local e se apaixonou pela jovem. Mike era um rapaz novo, se tivesse 25 seria muito, por isso Richard não se preocupou muito com o fato.

Durante esses 7 anos, Hermione se comunicou sempre com o tio. Para todos, Richard Granger era um dos mais respeitáveis aliados de Voldemort. Mas, na verdade, ele era uma espécie de espião, pois levava informações importantes ao amigo Lupin, o chefe do Esquadrão Ordem da Fênix.

_Então? _Hermione disse, despertando o tio de seus devaneios. _ O Senhor Acha que consigo entrar no esquadrão?
_Bom, se eu pedir ao Lupin...
_Ah! Ele é seu melhor amigo, não negaria um pedido seu.
_Ele não, mas no esquadrão não existe apenas o Lupin, é toda uma equipe...
_O que me importa é a aprovação dele.
Richard tomou o último gole do chocolate e disse enfim:
_Eu verei o que posso fazer. Agora, volte para o quarto mocinha! Já está tarde.
Hermione sorriu e, antes de ir para seu quarto, deu um beijinho de boa noite no tio.

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Tá aí o primeiro capitulo dessa fic maluca que surgiu não sei de onde mas parece ser legal. rsrs
Comente gente por favor, preciso saber se estao gostando ou não!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Bjoks
=*

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