Kim versus Kevin
Não se falava em outra coisa a não ser as aulas do
professor Potter.Até mesmo os alunos da Sonserina que eram partidários de Snape
tinham de admitir que a matéria ficava muito mais interessante nas mãos de Harry.Alguns
alunos faziam questão de comentar como as aulas do professor Potter eram
divertidas, quando cruzavam com Snape pelos corredores.Depois,
instintivamente apressavam o passo com medo de uma detenção ou azaração,
dependendo do humor do professor.
Na manhã do dia seguinte às primeiras aulas de Harry, Kevin
ainda ouvia os alunos comentando o quanto ansiavam pela próxima aula de Defesa
contra as artes das Trevas.Ele tinha certeza de que faziam isso de propósito
porque sabiam que estava ouvindo.Se soubessem como isso era incômodo, pensava
Kevin, ouvir falarem do seu pai como se ele fosse um herói de quadrinhos.Em vão,
ele tentava ignorar os colegas e se concentrar em seu mingau de laranja.
- Estou pensando seriamente em por outro piercing na
orelha. – disse Marcel, distraidamente – vi uns bem legais em Londres.Talvez
Lupin possa me dar um de natal, fica mais fácil para ele comprar já que mora lá.
- De que planeta você veio, Marcel? – disse Kim – você já
tem um na sobrancelha, outro na língua e dois na orelha esquerda.Tá querendo
virar um mostruário?
- Como você é incompreensiva Kim – disse Kevin, em tom
sério – você deveria estar incentivando o seu irmão, ele quer seguir uma
carreira séria como satélite humano.Marcel pode ser um herói da comunicação.Hoje
em dia são poucas as pessoas que captam as rádios AM e FM.
Os três gargalharam gostosamente. Kim riu tanto que acabou
se engasgando com o suco de laranja e cuspindo um bom tanto na mesa.
- Vejam só, os Weasleys são mesmo geniais.Temos outro
prodígio na família, quem diria que Kim poderia ser um gêiser profissional? –
disse Kevin, rindo – Por falar em família, eu acho que alguém mandou uma carta
pra vocês.
Chantilly abriu caminho entre as outras corujas que
entravam pelas janelas e aterrisou graciosamente no ombro de Marcel.
- Ei, carta do papai – disse Kim, desamarrando a carta da
pata de Chantilly – deixa que eu leio.
- Se eu dissesse que não, não iria adiantar mesmo...-
respondeu Marcel, forçando um pedaço de torrada no bico da coruja – quer geléia
também, Chantilly?
- Vamos ver – disse ela, desdobrando a carta – que envelope
amassado.
Kim começou a ler e depois assumiu uma expressão de
espanto.
- Que horror! – exclamou, assustando Chantilly que levantou
vôo.
- O que foi?Noticias ruins? – perguntou Kevin, se
inclinando sobre a mesa, tentando ler a carta.
- Ruim é a letra do papai, credo que garrancho!Não dá pra
entender nada.
- Dá isso aqui – disse Marcel, tomando a carta das mãos da
irmã – Vamos ver...O papai tá dizendo que tá um loucura lá no ministério depois
que o tio Harry veio pra cá.Ele perguntou se a gente precisa de mais galeões pra
gastar em Hogsmeade.E...- foi a vez de Marcel fazer cara de espanto – Não...não
acredito, da ultima vez que isso aconteceu veio essa aí...
- Do que você está falando? – perguntou Kevin.
- A mamãe está grávida! – Marcel respondeu rindo – Não
acredito, mais dois Weasleys!
- Grávida?Dois? – perguntou Kim, atônita.
- É, escuta só – ele começou a ler – “Ontem, quer dizer,
dois dias antes de vocês receberem a carta, um dia antes de eu escrever.Bom,
como eu estava dizendo, ontem Gina e Katreena acompanharam Hermione ao St.
Mungus. Sua mãe foi contra a vontade, sabem como ela é, disse que já sabia o que
tinha.Eu ainda achava que ela foi contaminada por um vírus que está circulando
por Westchester.Gina e Katreena pareciam também saber o que Hermione tinha.As
três andavam por ai cheias dessa tal de superioridade feminina, mas como
disseram que era para me calar, foram ao hospital.O doutor Ulisses fez uns
exames e mostrou que Hermione está grávida de um mês e pelo visto são gêmeos!
Meninos, vou ser pai de novo! É, a dinastia Weasley predomina!”
Kim deu um gritinho agudo de alegria que chamou a atenção
de todos na mesa da Grifinória.
- Serão duas lindas menininhas e vão se chamar Melody e
Felicity! – disse ela.
- Que nada, serão dois meninos e se chamarão Legolas e
Aragorn! – disse Marcel.
- Fico muito feliz por vocês! – disse Kevin – Mas, sejam
meninos ou meninas, serão dois azarados por terem vocês como irmãos.Cada nominho
legal que vocês arrumam...
- Cala a boca Kevin, o que você entende de nomes? – disse
Kim.
- Eu?Bastante.- respondeu ele - O meu nome, por exemplo,
surgiu de um trocadilho que a minha mãe fez com o nome do meu pai e a palavra
“filho”.Bom, o segundo nome.O primeiro foi por causa do meu tio, Kevin Prescott
que morreu assassinado por um comensal da morte na época da guerra.Na verdade
meu nome era pra ser Sirius, mas minha mãe não quis.Essa foi a causa da primeira
grande briga entre meus pais.Por fim, Katreena A Grande venceu, mas por pouco eu
não tive que assinar “Sirius Kevin Harryson Potter”.
- Ah, ia ser legal, poderíamos te chamar de Sikehapo. –
disse Marcel, rindo – ou Pokarési, talvez Kepiruha ou Sonravirus, ou Terryvir...
Kevin balançou a cabeça negativamente e olhou para Kim.
- Você empurrou o Marcel de algum lugar alto quando eram
crianças, não foi?
O clima nas aulas estava agradável.Kevin, Kim e Joshua se
divertiram durante a aula de Herbologia brincando com as plantas insetívoras. Na
aula de História da Magia, passaram um bom tempo jogando forca e dando
risadinhas abafadas, até que o professor Binns percebeu e pediu que Kevin lesse
um trecho do livro em voz alta para toda a classe.Kevin estava achando que no
fundo, as coisas não estavam tão ruins assim.Com o tempo se acostumaria com as
comparações que faziam entre ele e Harry, quem sabe até tiraria alguma lição
disso.Quanto ao Quadribol, talvez Montgomery se enchesse do seu desempenho
medíocre e o expulsasse do time.E sábado, finalmente aconteceria o que tanto
sonhara nesses últimos dois anos, sairia com Eve Blackwell.Já imaginava o que
diria a ela, aonde iriam, o que fariam e principalmente como a
beijaria.Definitivamente, Kevin Potter estava numa maré de sorte.Mas a maré de
sorte poderia se transformar num Tsunami de azar, como ele pode constatar no dia
seguinte.
Dizer que a quinta-feira amanheceu chuvosa seria um
eufemismo.Um verdadeiro dilúvio desabava sobre Hogwarts, esse talvez fosse o
clima padrão já que todos os anos nessa mesma época começava a chover.Mas para
Kevin, isso soava como um presságio.
O Tsunami começara na aula de Poções.
- Porque três tempos de poções na semana? – disse ele
enquanto mexia cuidadosamente uma infusão de ervas no caldeirão – meia hora de
aula a cada seis meses estaria ótimo.
- Para de resmungar e mexe direito – reclamou Kim – se isso
entrar em erupção a culpa é sua.
- Como eu vou adivinhar quando essa coisa atinge o
ponto de ebulição?- disse ele, em voz alta.Mesmo se sussurrasse, Snape teria
ouvido já que estava atento, esperando uma oportunidade para afrontar o garoto.
- A estrela de Hogwarts deveria saber – disse Snape com
doçura – Seu papai deveria dizer a você como fazer as coisas corretamente.
Kim lançava a Kevin um olhar que parecia dizer “Por favor,
fique quieto”.
- Mas será que o nosso Potter acha que esta lição é muito
simples para o seu intelecto magnífico? – Snape examinou atentamente a poção de
Kevin – Eu acho que não. A poção deveria atingir a coloração amarela ocre, não
verde musgo.
- Bom, eu saberia fazer se o senhor parasse de rosnar atrás
de mim. – disse Kevin com raiva, já mexendo o caldeirão de qualquer jeito.
- Ora, vejam só agora vemos as suas garras – Snape sorria
friamente – Você pensa que eu engoli aquela desculpa esfarrapada de
sonambulismo?Se eu provar que você e a sua amiguinha estavam mentindo,
você já pode ir pedindo emprego ao seu papaizinho.Há tempos venho
querendo dar um fim à laia dos Potter.
Toda a classe parou o que estava fazendo para prestar
atenção na discussão.Kevin soltou a colher, ergueu as mãos em sinal de rendição
e disse desafiador:
- Está bem, pode fazer o favor de dizer qual é a detenção
que vou ter que cumprir essa noite? Porque imagino que o senhor não me dará
trégua, principalmente porque o meu pai está aqui, ocupando o seu lugar, fazendo
o que senhor faz e muito melhor.
Kim tapou os ouvidos, os outros alunos prenderam a
respiração horrorizados pela ousadia de Kevin.
- Fora da minha sala, Potter – disse Snape, sua voz soando
como uma chicotada.
Kevin encolheu os ombros, juntou os materiais, jogou a
mochila sobre as costas e saiu da masmorra de cabeça erguida, na verdade quase
assobiando.Snape se voltou para a classe.
- Vinte pontos a menos para a Grifinória e voltem ao
trabalho todos vocês! – disse ele, com uma espécie de fúria gelada.
Kevin foi arrastando a mochila pelo corredor até chegar à
sala da Professora McGonagall.Ao entrar na sala a professora parecia já saber o
porque dele estar ali.
- Problemas com o professor Snape, não é?- disse ela.Kevin
balançou a cabeça positivamente e sentou na poltrona em frente à mesa da
professora.
- Mais uma detenção...- continuou McGonagall – Suas notas
são ótimas Kevin, você seria um aluno perfeito se não fossem essas ocorrências
na sua ficha.
- E devemos agradecer ao professor Snape – disse Kevin,
melancolicamente – uma salva de palmas pra ele, hip-hip hurra...
- Você não deveria agir assim, esse é um problema entre
Severo e seu pai. – disse ela, exasperada – Eles nunca foram muito amigos e
agora é você quem passa por isso.
- Claro, claro, ódio genético e etecéteras...- Kevin
respondeu com desdém.
- Esse é o seu problema, falta de respeito! – disse a
professora furiosa, se levantando da poltrona com uma agilidade surpreendente.
- Me perdoe professora – disse Kevin, timidamente – É que
eu não agüento ficar quieto diante das provocações do professor Snape.
- Você é tão diferente do seu pai...- disse ela.
- Que bom que alguém vê isso.
- Ele teria se calado, sabendo que era apenas uma maneira
de Snape se vingar do seu avô.Mas você não, é tão explosivo, tão impulsivo...
- E aí está ela de novo, a nossa velha amiga comparação. –
disse Kevin, com sarcasmo.
McGonagall respirou fundo.Esses jovens...
- Muito bem, sua detenção será hoje a noite – disse ela,
anotando algo em um papelzinho em cima da mesa – mandarei o monitor da sua
classe te avisar o que deverá fazer.
- Certo. Desculpe pela chateação professora. – disse Kevin,
se levantando e pegando a mochila.
- Eu não deveria ser tão complacente com você, Kevin.-
disse a professora, voltando ao seu lugar e o encarando.
- Mas é, porque sabe que não tenho culpa. – Kevin
respondeu.E saiu da sala deixando a professora pensativa.
No almoço Montgomery avisou ao time que mesmo que estivesse
chovendo, haveria treino na sexta.Kevin perguntou se podia levar a sua bóia de
patinho e o seu óculos de natação. Montgomery o xingou até o sinal do fim do
intervalo tocar.
- Montgomery é um chato, como vamos treinar com esse
tempo?Sei lá, talvez ele aproveite para nos ensinar a jogar pólo aquático...-
disse ele quando subiam para a torre de astronomia.
Depois das aulas Kevin, Joshua e Tristtan se acomodaram na
biblioteca a afim de por em dia os trabalhos escolares.Madame Kruschenka nunca
passava muito dever, mas Snape por vingança passara mais matéria de tarefa do
que eles jamais veriam em um ano inteiro com a professora.Kim ficou encarregada
de pedir uns livros emprestados ao professor Flitwick, agora que estavam
montando um grupo de estudos.Quando ela voltava da sala dos professores, avistou
de longe um grupinho de garotas risonhas em frente às escadas.Ela reconheceu
imediatamente Eve Blackwell e Beverly Parker com mais duas garotas da Sonserina
que não conhecia.Elas davam risadinhas bobas de algo que Eve contava.
- Ele disse “Eve, estou apaixonado por você!” – ela dizia –
Então eu disse, “desculpe querido, mas não estou vendo a sua Ferrari ali fora!”.
Elas gargalharam histericamente.Kim foi andando mais
devagar fazendo o mínimo de barulho possível com esperança de que elas não a
notassem.
- Jeff ficou choramingando atrás de mim, então para
consolá-lo eu disse “Sabe querido, você precisa de algo mais para sair comigo.
Olhe para mim, já fui miss Floreios e Borrões e sou a modelo oficial da
griffe exclusiva da Wonderful Witchs!”- ela soprou a franja para longe
dos olhos graciosamente – então como se ele tivesse hipnotizado, sério mesmo,
quase pude ver a baba escorrendo da boca dele, ele disse “Eve você enfeitiçou o
meu coração!”.Gente que coisa mais brega!Mas num ponto eu tenho que concordar
com ele – ela apontou para o seu rosto - ninguém resiste a essa linda carinha de
anjo, não é?
- Ninguém mesmo! – disse Beverly – e agora ela está a um
passo de se tornar a senhora Potter!
- Ai Bevy, como você é apressada! – disse Eve rindo – só
seria a senhora Potter se me casasse com o Kevin.Mas eu acho que não vai durar
até lá.Kevin é lindinho e tudo mais, mas é apenas outro bobão que se apaixona
por mim.Mas enquanto durar, ótimo, será muito bom ter um nome famoso na minha
lista.
Kim parou bruscamente ao ouvir isso.Impulsivamente foi até
o grupinho, disposta a estrangular Eve, cheia de ciúmes.
- Isso é o que você pensa! – disse Kim – Kevin não está
apaixonado por você!
Eve olhou para Kim dos pés a cabeça com uma expressão de
nojo.
- E por que ele estaria além de mim?Por você?Não me faça
rir!
- Não sou de ficar brigando por ninguém, nem por Kevin nem
por qualquer outro garoto, mas vou deixar uma coisa bem clara; se eu tiver que
escutar Kevin me enchendo com lamurias por sua causa, você terá sérios
problemas! – As palavras saiam sem pensar, Kim queria fazê-la se calar, queria
tirar aqueles olhos violeta com as próprias mãos, queria arrancar fio a fio
daqueles lustrosos cabelos loiros.Queria que ela ficasse horrorosa, que nenhum
garoto jamais voltasse a olhar para ela.Mas ficaria só na vontade, se ousasse
tocar em Eve, seria odiada por toda a população masculina de Hogwarts.
- Isso é uma ameaça, Weasley? – disse Eve.
- É! – Kim estava a ponto de perder o controle – Você é uma
interesseira e eu vou fazer de tudo para que Kevin veja quem você é!
- Muito bem, faça-o então – disse Eve, sorrindo com
arrogância – E vejamos em quem ele vai acreditar. É melhor que não se esqueça
disso, queridinha eu sou Eve Blackwell e você não é ninguém!
- Está certo, agora tenho que ir, ao contrário de umas e
outras, tenho o que fazer – disse Kim – Até logo, acho que você e suas amebas
têm muito que conversar sobre nada. – e saiu sem dar atenção às vaias das
garotas da Sonserina.
- Você não vai deixar ela falar assim você, vai? –
perguntou Beverly, depois que Kim saiu.
- Não minha cara, agora mesmo vou por as coisas em seu
devido lugar! – Eve sorriu maldosamente e saiu rapidamente em direção à
biblioteca.
Joshua precisou olhar duas vezes para ter certeza de que
era Eve quem entrava na biblioteca.O que era totalmente estranho, já que
raramente era vista por lá, ela fazia mais o tipo “Amor, tenho um trabalho super
difícil, se importaria em fazer por mim?”.
Ele cutucou Kevin discretamente.
- Ahn? – ele murmurou vagamente, com os olhos vermelhos
pelo esforço da leitura.Eve se abaixou ao lado dele e sussurrou:
- Quero falar com você.
- Pode ser depois, Eve?Agora eu tô no meio de um trabalho
complicadíssimo.
- Não, tem que ser agora! – ela respondeu, com uma
expressão preocupada.
Kevin e Eve saíram da biblioteca sob os olhares invejosos
dos outros garotos.
- Algum problema? – perguntou Kevin, temeroso.
- Sim. – disse ela, fingindo uma expressão de pesar – eu
acho melhor não sairmos sábado.
- Porquê? – ele gritou, depois olhou para os lados
preocupado e baixou a voz – Porquê mudou de idéia?
- Não mudei de idéia, é só...não quero criar um problema
entre você e Kimberly, vocês são amigos a tanto tempo e...
- O que a Kim tem a ver com isso? – ele a interrompeu.
- Ela foi me procurar agora pouco e brigou comigo, disse
coisas horríveis.- disse Eve, dissimuladamente - Ela disse que era pra mim me
afastar de você, que eu era uma interesseira, que eu só estava atrás da sua
fama.Na verdade até estranhei isso porque ela sendo sua amiga não deveria falar
desse jeito.Do jeito que ela falou, deu a entender que se você não fosse famoso
ninguém gostaria de você.
Kevin estava atordoado com o que escutou.
- Você tem certeza?Kim jamais faria isso, ela pode ser meio
intrometida, mas não é do feitio dela falar desse jeito.
Eve balançou a cabeça e passou a mão delicadamente pelo
rosto de Kevin.
- Você é tão ingênuo Kev...Uma amiga ciumenta pode perder o
controle às vezes.E Kimberly é tão possessiva!Imagine que ela disse que fazia o
que queria com você, que era sua dona e que se quisesse, você nunca mais falaria
comigo.E é por isso que eu não quero ficar entre a amizade de vocês.Acho melhor
terminarmos tudo antes que eu me apaixone mais por você.
Kevin não estava mais escutando, foi tomado por uma intensa
raiva da amiga.Como ela podia se meter desse jeito na sua vida?
- Não ligue para o que ela disse Eve – disse ele – Vou
resolver isso agora mesmo.O nosso encontro ainda está de pé?
- Claro meu anjinho...quer dizer, se você me garantir de
que Kimberly não vai mais se meter entre nós.Como eu disse, não quero criar
problemas...
- Kim é quem tem problemas agora. – disse Kevin se
afastando – até depois, Eve.
Kim estava ajudando Amanda, Hazel e Mabel a confeccionar os
bilhetes de aviso para o grupo de estudo que estavam montando, quando Kevin
entrou como um furacão na sala comunal, que àquela hora estava cheio.
- Vem aqui – disse ele pegando Kim bruscamente pelo braço e
a arrastando para o canto da sala.
- Kevin, você está me machucando – disse ela, assustada com
a brutalidade do amigo – Ai seu estúpido! O dia que você virar gente me avisa
tá?
- Eve veio cancelar o encontro comigo por sua culpa, sabia?
– disse ele, soltando o braço dela.
- Bom, isso significa que ela tem mais na cabeça do que
apenas os fios que seguram as orelhas...- disse Kim, com sarcasmo.
- Então você foi mesmo falar com ela! – disse ele alterando
a voz – Eu ainda tinha duvidas!Dessa vez você passou dos limites.
- Claro que falei!Ela estava contando vantagem dizendo
que...
- Você não podia ter feito isso! – ele a interrompeu.
- Mas você tinha que ter ouvido!Ela falou como se você
fosse um dos sapatos dela, que te usaria e...
- Não quero saber o que ela disse, quero saber o que
você disse! – Kevin estava gritando e chamava a atenção de alguns alunos que
estavam nas poltronas próximas a eles – Nunca pensei que você fosse tão falsa!E
eu pensando que podia confiar em você, que você era sincera, mas no fundo você
pensa igual a todo mundo!
- Para de gritar comigo! – Kim gritou, dessa vez atraindo a
atenção geral – Eu acho que eu tenho o direito de me defender, não é?Nem sei do
que estou sendo acusada!
- Não me fale de direitos!Você não tem o direito de
se meter na minha vida, já tenho bastante gente pra fazer isso, muito obrigado,
não preciso de mais uma.
- Mas o que foi, afinal que aquela idiota disse pra você
ter ficado assim tão nervosinho?
- Eve não é idiota, ela pelo menos sempre foi sincera
comigo.
- Oh, puxa como ela é boazinha! O idiota nessa historia é
você que acredita mais numa estranha do que na sua amiga que você conhece há
tanto tempo.
- Eu pensava que te conhecia! – ele gritou – Você
teve a coragem de dizer que ela estava interessada em mim só porque eu sou filho
do Harry Potter, logo você!
- Eu nunca disse isso! – Kim gritou – Você esta ficando
neurótico!Vamos chamar a sua namoradinha aqui e pedir que ela repita isso na
minha frente.
E o Tsunami varreu tudo de vez.Eve tinha conseguido afinal,
ela acendeu o estopim que desencadeara a explosão.
- Não fuja do assunto, Kimberly! – vociferou Kevin – Eu não
sou o seu brinquedinho que você pode manipular a hora em que quiser.A minha vida
não gira em torno da sua, tenho o direito de escolher com quem me envolvo
independente da sua aprovação!
- Agora é você quem está passando dos limites, Harryson!
Não faço idéia do porque desse seu ataque, só sei que não preciso ficar ouvindo
isso!Você é um idiota que acredita em tudo o que aquela lambisgóia diz, fica
cego e surdo perto dela.Se você quer fazer papel de bobo na frente de todo
mundo, ótimo, só não venha chorando atrás de mim “Kim a Eve me deu um fora!”.
A sala comunal estava quieta e só se ouvia os gritos de Kim
e Kevin, os dois berravam a plenos pulmões parecendo se esquecer de que não
estavam sozinhos.Vários alunos já presenciaram brigas entre eles, mas nunca os
viram discutindo daquela maneira.
- Então você acha que eu não sou capaz de perceber quando
alguém está mentindo?Você também acha que não sou capaz de fazer nada sozinho?
- Não ponha palavras na minha boca, Harryson!
- Não serão palavras que vou por na sua boca e sim uma
rolha bem grande!Por sua culpa quase perco a única oportunidade de conquistar a
garota que eu gosto!
Kim ficou violentamente pálida, como se tivesse acabado de
levar um grande susto.Ficou quieta por um momento que parecia durar uma
eternidade para os que assistiam a briga.Então, sem aviso ela foi até a mesa,
pegou um tinteiro e jogou com violência contra Kevin.Ele se abaixou bem a tempo,
o tinteiro explodiu na parede respingando tinta preta para todos os lados.Mas
ela não parou por aí, foi pegando tudo o estava pela frente e atirando em Kevin.
- Você é um cretino!Um cínico...Babaca...Nojento...Imbecil!
– ela gritava enquanto atirava coisas nele.Vários alunos correram para a
extremidade oposta onde Kevin estava para se desviar dos objetos que voavam.Kim
estava numa espécie de fúria cega e ignorava os gritos de Amanda e Mabel para
que parasse.
- Para com isso, sua louca! – Kevin gritava enquanto
tentava se proteger.Vários rolos de pergaminhos voavam pela sala e quase sempre
o acertava já que Kim tinha uma excelente pontaria de batedora.
- É, estou louca sim!- ela gritou, com os olhos faiscando
de raiva - Você começou essa discussão absurda, agora agüenta!
- É melhor eu interromper antes que alguém se machuque –
disse Amanda para Mabel.Ela tirou a varinha do bolso e utilizando o feitiço
congelante fez todos os objetos pararem no ar.
- Esse não é o melhor lugar para vocês brigarem – disse
Amanda, séria – Terminem essa briguinha infantil lá fora.- com um aceno da
varinha, ela fez os objetos caírem no chão.
- Não se preocupe Amanda, isso já acabou. – disse Kim,
subitamente envergonhada.
- É, pra mim já chega. – disse Kevin, vermelho de raiva
voltando-se para Kim – Eu fiquei muito chateado por você ter ido falar com Eve
como se eu não fosse capaz de me cuidar sozinho.Você sempre foi mandona e
autoritária, Kimberly. Eu sou culpado, até certo ponto, de me fazer de cego
diante dos seus caprichos. Mas agora acabou.
- É acabou mesmo. – respondeu Kim.Grossas lágrimas rolaram
pelo seu rosto contra a sua vontade.Ela correu para a escada que dava para o
dormitório feminino enquanto tentava em vão secar os olhos com as costas das
mãos.
Kevin ficou parado vendo ela se afastar, seu rosto queimava
de raiva.Sabia que tinha ido longe demais, que deveria ter deixado Kim se
explicar, que logicamente ela nunca teria dito nada daquilo nem para Eve nem
para ninguém.Isso era o que a razão dizia, mas como era a emoção que
predominava, na sua mente Kim queria que ele se afastasse de Eve, sei lá porque
razão.A sala comunal tinha ficado repentinamente silenciosa, já que os gritos
cessaram.Amanda olhou friamente para Kevin e subiu para o dormitório feminino,
certamente para consolar Kim.Kevin percebeu que todos o observavam.
- O show acabou, senhoras e senhores, autógrafos na saída.-
ele gritou.Transtornado, chutou um dos pufes que estavam no seu caminho e saiu
da sala comunal tentando ignorar a dor que sentia no pé e a culpa que latejava
em sua cabeça.
Kim estava deitada em sua cama, agarrada ao seu unicórnio e
chorava convulsivamente quando Amanda entrou no dormitório.
- Me-me deixa so-sozinha. – soluçou Kim.
- Eu vou deixar, não se preocupe – disse Amanda, calmamente
– Só quero aliviar um pouco o que você está sentindo, depois eu vou embora.
- Kevin na-não-escutar-amigo-idiota-sozinha-nunca-mais!-
ela dizia palavras desconexas por causa do choro e dos soluços.
- Calma, não estou entendendo nada – disse Amanda, sentando
ao seu lado – Respira fundo e me conta o que aconteceu porque eu não entendi
nada, aliás, ninguém entendeu.Quando vimos vocês já estavam lá, gritando um com
o outro como dois malucos.
- E-eu tam-também não sei!- Kim chorava copiosamente – Só
nã-não quero falar com ele nunca mais!
- Nunca mais é bastante tempo, Kim – disse Amanda, se
levantando para pegar água na jarra sobre a mesinha no canto do quarto.Ela
serviu um pouco de água e ofereceu a Kim, que aceitou agradecida e tomou tudo de
um gole só.
- Vocês gritaram um com o outro e no fim não resolveram
nada – continuou Amanda – Parecia que os papeis estavam invertidos, você era o
irmão ciumento e ele a namorada indefesa.Foi totalmente estranho, nunca vi você
furiosa daquele jeito.Além de parecer que vocês estavam desenterrando algumas
mágoas antigas.
- Ele desenterrou você quer dizer.- Kim respondeu.Ela já
não chorava mais, mas os seus olhos estavam vermelhos e inchados e o rosto
estava manchado pelas lágrimas – Não acho que eu seja autoritária, nem mandona,
nem caprichosa.
- Não sei, você não deveria ter falado nada para Eve
Blackwell – Kim abriu a boca para protestar, mas Amanda a interrompeu – mesmo
que você não tenha dito nada, ela distorceu e provocou essa briga infantil. É,
eu sei, Kevin não devia dar ouvidos a fofocas, mas você sabe como ele é, ele se
preocupa demais com a opinião dos outros.
- Dos outros, menos a minha! – gritou Kim e tornou a
chorar.
Amanda balançou a cabeça.
- Kim, não sei se você já se deu conta de que é apaixonada
pelo Kevin.
Kim imediatamente parou de chorar e ficou ainda mais
pálida.
- Some daqui, Amanda – ela gritou furiosa –A ultima coisa
de que preciso é você dizendo bobagens!Me deixa sozinha!Sai!
- Tá bom, me desculpe – e Amanda tratou de sair rápido
antes que Kim começasse a atirar coisas novamente.
As noticias em Hogwarts corriam mais rápido do que rastilho
de pólvora.E com a noticia da briga do “casal maravilha” não foi diferente.Na
hora do jantar todos já sabiam do acontecido e esperavam para ver se haveria
replay, mas apenas Kevin tinha tomado o seu lugar na mesa da Grifinória.Até
mesmo os professores sabiam, Snape já queria distribuir detenções, mas foi
contido pela McGonagall que alegou ser problemas pessoais entre alunos, portanto
eles que resolvessem.Harry, porém não pensava dessa forma, tanto que foi falar
com Kevin depois do jantar.O que pode ser considerado com uma proeza, o garoto
andava evitando todos desde que saíra da sala comunal.
- A atuação de vocês foi digna do primário – disse Harry –
“Professora, a Eve disse que a Kim disse que eu não sou mais amigo dela”.Uma boa
discussão à la briga no playground, isso é o que eu chamo de
maturidade...Ao invés de conversarem como pessoas civilizadas, vocês discutem e
jogam coisas um no outro como dois adultos responsáveis.
- Perdão, mas quem tem que ser irônico aqui sou eu.- disse
Kevin,monotonamente - Não há lugar para dois sarcásticos aqui em Hogwarts, pai.
- Que bom que você entendeu – disse Harry – Se Kim fez
alguma coisa, foi pensando no seu bem.Hermione era igualzinha quando tinha a
idade dela.Lembro que quando ganhei a Firebolt ela fez os professores
desmontarem a vassoura inteira para que tivessem certeza de que não estava
enfeitiçada.
- Pai, eu já conheço a história da Firebolt – disse Kevin
com impaciência – Só que eu estou cheio de todo mundo dizer o que eu tenho
fazer.E a Kim foi longe demais tentando impedir o meu encontro com a Eve.Como
minha melhor amiga ela tinha que me apoiar, não me atrapalhar.
- Você não está sendo compreensivo Kevin – disse Harry –
Acho que você deveria pedir desculpas a ela.
Kevin chamou Harry com o dedo indicador para que ele se
aproximasse mais.Quando Harry estava perto o suficiente, Kevin disse com um tom
de voz confidencial:
- Vou revelar uma coisa, pai...Não se mete!
Como Kim não desceu para jantar, Amanda e Mabel levaram um
pedaço de torta de maça da sobremesa para ela, que ainda estava deitada em sua
cama, coberta até as orelhas.
- Fazer greve de fome nunca deu muito resultado Kim – disse
Mabel – trouxemos um pedaço de torta de maça, está ótima!
Como resposta, Kim puxou a coberta até a cabeça, virou para
o outro lado e disse:
- Vão pro inferno!
- De nada Kim, quando precisar...- disse Mabel,
chateada.Elas se entreolharam, encolheram os ombros e saíram do quarto.
Kim também não desceu para o café da manhã no dia
seguinte.Kevin esquadrinhou toda a mesa da Grifinória com os olhos mas não a
encontrou.Não que estivesse sentido a sua falta, é claro, só não queria
encontrar com ela.Kevin sabia que estava tentando se enganar, mesmo estando
furioso com Kim, ficar longe dela era como se faltasse algo muito
importante.Isso era estranho e incomodo, ele não queria ser dependente de
ninguém, muito menos de uma garota mimada e egoísta como ela.Mas tinha Kim ao
seu lado desde que podia se lembrar e conhecia cada canto da mente da amiga ou
pelo menos pensava que conhecia.
Marcel se sentou ao lado de Kevin, serviu um grande copo de
leite e olhou para o amigo com um olhar inquisidor.
- Cadê ela?
- Ela quem?- Kevin perguntou inutilmente, já sabia que ele
estava falando de Kim.
- O pequeno dragão vermelho da Grã-Bretanha que eu chamo de
irmã.
- Sei lá – disse Kevin com fingido desinteresse – Não vejo
ela desde o...incidente de ontem.
- O incidente que todos os Grifinórios podem chamar de
terceira guerra mundial, ou algo parecido. – Marcel bebeu o leite pausadamente -
Só estranho ela não estar aqui.
- Nós estamos nos evitando – disse Kevin – é quase
inacreditável que há vinte e quatro horas atrás estávamos aqui fazendo
brincadeiras.
- Vocês são dois idiotas – disse Marcel, se levantando –
Vão se ver em todas as aulas além do treino também.
- Ah é, o treino! – disse Kevin com voz chorosa.- E a
detenção!Tomara que seja bem na hora do treino!
- Sinto lhe dizer mas a detenção será após o treino – disse
Harry se aproximando dos garotos – e você terá que lavar os vidros vazios do
laboratório de Poções com Snape te inspecionando.
- Fabuloso. – disse Kevin, com voz morta.
- A boa noticia é que eu vou poder assistir ao seu treino
hoje! – disse Harry, radiante.
Kevin olhou para Marcel com desespero, baixou a cabeça até
encostar na mesa e se deixou ficar assim.
- Se eu me beliscar, será que acordo? – disse ele com voz
abafada.
Kevin e Kim se ignoraram durante todas as aulas.Kim ficou
na primeira carteira, em uma direção totalmente oposta a dele.Joshua abandonara
o amigo no fundo da sala e foi ficar ao lado de Kim, coisa que ele esperava
fazer há muito tempo.Kevin escreveu “Traidor” em um pedaço de pergaminho,
colocou dentro do estojo e jogou para Joshua.Ele leu o bilhete, escreveu algo no
verso e atirou o estojo de volta para Kevin.”E você esperava que eu fizesse o
quê?Ficasse do seu lado fazendo carinho?Imbecil”. Kevin ficou possesso.Pegou
outro pedaço de pergaminho e escreveu “Trasgo Montês miserável!”, colocou
novamente no estojo e o atirou com toda a força, atingindo em cheio a nuca de
Joshua.Ele nem se deu ao trabalho de ler, devolveu o estojo com um olhar
feiíssimo e voltou a sua atenção para Kim que copiava em silencio um trecho do
livro.Sempre que Joshua arriscava olhar para trás, Kevin mostrava o dedo anelar
em um gesto ofensivo.
E as coisas não ficaram melhores no treino.Para começar, a
garoa fina caia incessantemente sobre o campo de Quadribol que já estava
bastante lamacento.Kevin ficou com o cabelo todo molhado assim que entrou no
campo e a toda hora tinha que jogá-lo para trás, já que as mechas insistiam em
cair sobre seus olhos.Isso dificultava bastante, se com o tempo seco já era
difícil focalizar alguma coisa no ar, agora com a umidade piorava.Depois,
Montgomery parecia estar empenhado em irritar Kevin lembrando a toda hora de que
a Grifinóra estava a um passo da derrota por culpa dele.E Kim não o olhava e
sempre se referia a ele como “aquele garoto ali” ou “o Potter” ou simplesmente
“aquela besta montada na Firebolt”.Não que ele se importasse, é claro.Havia
ainda o fator principal: Harry Potter entrando no campo com um apito de treinador.
- Olhem o que Madame Hooch me emprestou! – gritou Harry
alegremente apontando para o apito.
O time aterrisou e todos correram para ver Harry.
- Bom, não é muito importante mais já ajuda.– disse ele.
- O senhor vai treinar com a gente? – perguntou Leo
Rooster.
- Vim só para matar a saudade mesmo – disse Harry lançando
um olhar nostálgico pelo campo – E talvez dar umas dicas, a Grifinória está em
desvantagem. A nossa única chance é que a Corvinal perca para a Sonserina no
próximo jogo.
- Vai perder – disse Kevin com convicção – Eve é de longe
melhor apanhadora do que Venable.
Kim revirou os olhos com impaciência.
- Eve é uma maldita prima donna – disse ela com
desprezo – ela espera o adversário localizar o pomo e no momento final ela o
rouba do outro apanhador.Blackwell definitivamente não sabe jogar Quadribol.
- É, já que sabe tudo porque não faz melhor do que ela? –
disse Kevin, exasperado.
- Faço melhor do que ela e você junto – gritou Kim – Tenho
uma ótima sugestão Potter, pega esse pomo e enfia no...
- Chega! – disse Harry se colocando entre os dois que
pareciam que iam pular um no outro – Quero ver toda essa agressividade apenas no
campo.Mostrem-me o que vocês têm!
Kevin e Kim trocaram um olhar fulminante antes de montarem
em suas respectivas vassouras e levantarem vôo.
Kevin estava voando melhor, nada muito animador e sem
apanhadas espetaculares, mas bem o suficiente para se desviar dos balaços e não
bater em nenhum outro jogador.Rooster era um bom goleiro, Montgomery um
artilheiro excepcional, Peterson e Schneider eram muito velozes, Kim e Marcel
tinham uma pontaria certeira, Harry observava.O time tinha tudo para ser
campeão, mas Kevin era o elo fraco da Grifinória e invariavelmente era alvo das
criticas, desde as mais severas até as mais ofensivas.
- Eu sou o goleiro Kevin, sai de perto do aro! – gritava
Rooster.
- Índio quer que homem branco saia da frente! – reclamava
Marcel.
- O pomo tá do outro lado seu vesgo! – bradava Montgomery.
O treino terminou sem muitos avanços.Com exceção da
depressão de Kevin que avançou em um nível alarmante.Com o corpo todo dolorido e
espirrando a torto e a direito, Kevin desceu direto para o laboratório de
Poções, onde cumpriria a sua detenção.Pelo visto, a noite ia ser bem longa.
***
Aniversário de Kevin Potter: 18 de abril
Aniversário de Kimberly Weasley : 17 de setembro (dia do meu niver tbm!)
Aniversário de Marcel Weasley: 8 de agosto
*.* Não tem jeito, a tag rompeu relações com
a autora.Hoje elas não se cumprimentam mais na fila do supermercado e
a autora cortou a tag da sua lista de cartão de natal.Obrigado.*.*
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