The Potters Parte I
*.*Aiaiai!!!Eu tava com saudade da minha fic queridaaaa!Finalmente posso voltar a trabalhar nela com calma, só que até eu pegar o ritmo da história de novo...Bom, o importante é que ela tá aí, mal editada e talz, mas é só como se fosse um incentivo pra que eu possa continuar escrevendo.O sistema da F&B mudou e eu ainda estou me adaptando a formatação nova, perdi meus queridos amigos itálico e negrito,mas ainda tenho esperanças de reeencontrá-los.O bom é que não preciso mais discutir com as tags de parágrafo, porque francamente elas eram muito chatas.Então, ai está o novo capitulo, a primeira parte da historia da familia de Harry e vajmos como a historia vai ficar dai por diante.Desculpe a demora pessoal, mas muito obrigado aqueles que voltavam aqui sempre pra ver se tinha capitulo novo!Então tá, sem mais enrolação!*.*
O Audi de Rony estacionou em frente a uma bela casa de três andares no estilo pós-moderno com colunas de pedra e grandes janelas de vidro cognac.A placa em frente ao pesado portão de ferro dizia “Residência dos Potters”.Harry achava a sua casa um total exagero, porém Katreena e sua exasperante mania de grandeza o convenceram a construir aquela mansão.
Rony buzinou duas vezes antes de Katreena e Hermione aparecerem na varanda do segundo andar.Um instante depois elas apareceram quase correndo sobraçando mapas e livros.A barriga de três meses de gravidez de Hermione já era bem visível sob o pulôver azul.Aquela menina dentuça e um tanto desajeitada dera lugar a uma mulher de beleza clássica e segura de si, um fato que Rony gostava de lembrar a ela quando brigavam.
- Achamos que vocês demorariam mais! – disse Hermione ao olhar para os quatro rostos para fora da janela – Kevin, você cresceu mais desde a ultima vez que te vi!
Kevin riu e saiu do carro para abraçar a tia.Ele tinha um carinho especial por Hermione, que parecia ser a única que não se importava com o fato dele ser tão diferente de Harry.Ela sempre o presenteava com os livros que ele queria e dava todo apoio a Kevin não querer participar do time de Quadribol.
- Talvez ele tenha usado o engorgio sem que a gente saiba, esse menino tem aprontado muito ultimamente. – disse Katreena, despejando os mapas no lugar vago de Kevin no carro – Duvido Kate – disse Rony rindo – ele teria ficado do tamanho de Hagrid se tivesse tentado.
- Ah, valeu por ter me chamado de incompetente tio – disse Kevin – Pra quê todos esses mapas?
- Trabalho, querido, trabalho – respondeu Hermione – seu pai já contou sobre a nova encrenca em que nos metemos?
- Não, eles não querem nos contar nada! – respondeu Kim, se esticando pela janela – Tem medo de que a gente siga o exemplo de vocês.
- Todo cuidado é pouco – disse Harry, tirando o malão de Kevin de dentro do carro.Lilith se divertia explorando o porta-luvas de Rony.
- Acho que não temos com o que nos preocuparmos – disse Rony – Nossos filhos não são como nós na idade deles, que farejávamos confusão à distancia.
- E devemos ficar felizes por isso – disse Hermione – não quero ver meus filhos e meu sobrinho correndo risco de vida por aí.
- Mione, um pouco de aventura não faz mal a ninguém! – disse Rony.
- Concordo, passamos por todo o tipo de risco e estamos vivos, não? – disse Harry.
- Kate! – Mione exclamou – Olha o que esses dois irresponsáveis estão dizendo!Crianças ignorem esses doidos!Não queremos ninguém arriscando o pescoço só por diversão!
- Deixa eles Mione, quero ver se eles vão achar engraçado quando acontecer alguma coisa de verdade.- disse Katreena enquanto enlaçava o filho.
- Vocês são pessimistas demais – disse Rony – Agora vamos embora, ninguém quer ficar aqui fora congelando.
- Nos vemos mais tarde – disse Hermione – E Kate, não precisa dizer nada ao Harry.
- Acho melhor dizer – respondeu Katreena.
- Do que vocês estão falando? – perguntou Harry.
- Conto lá dentro.
Harry sempre permitiu que seus filhos tivessem tudo o que ele não pode ter quando tinha a idade deles.Kevin e Lilith sempre puderam transitar livremente pelo mundo dos trouxas, ter acesso a tudo o que eles tinham.Harry e sua família viviam com relativo luxo, mas isso não era o que importava para ele, só o fato de ter uma família já o fazia sentir-se um homem realizado.
Quando entraram em casa, Katreena o chamou para a biblioteca.Kevin disse silenciosamente “lá vem bronca, boa sorte” para Harry, e subiu correndo para o seu quarto arrastando o malão, antes que Katreena o chamasse para conversar também.
Katreena fechou a porta da biblioteca e encarou Harry.
- Pode me explicar porque permitiu que Rubi Marlowe escrevesse todos aqueles artigos sobre você, e principalmente, sobre Kevin?
- É o que estou tentando entender Kate – disse Harry, acomodando-se na sua poltrona preferida – Mas mesmo assim, não acho que Rubi seja motivo para tanta preocupação.
- Pois eu acho que temos motivos de sobra pra nos preocuparmos – respondeu Katreena – Você não viu nada porque está dentro de Hogwarts.Lá no Ministério, muita gente tem me parado para perguntar se você está se descuidando da sua posição como auror e virando uma figurinha carimbada em tablóides sensacionalistas.E o que é pior: estão achando que você está abusando da fama.
Harry revirou os olhos com impaciência.
- Katreena, são coisas sem importância, sabe que vão falar de mim sempre, você não pode simplesmente conviver com isso?
- Ah, posso, mas acho que o nosso filho não – disse Katreena – Harry, ele está sendo muito superexposto por essa mulherzinha, sabe que Kevin já tem problemas demais com o fato de ter o pai famoso.Os colegas dele não o deixam em paz, as pessoas cobram direta ou indiretamente que ele seja igual a você, agora aparecendo nos jornais tudo o que acontece com ele será...cansativo.Ele vai se cansar de tudo e vai passar a agir como um rebelado.
Harry riu.
- Ora Kate, que exagero!Kevin está levando tudo muito bem, ele tem amigos, uma namorada bonita, é apanhador do time, um excelente aluno...é tudo o que eu queria ser na idade dele.
- Ele enche de socos o melhor amigo, leva uma detenção atrás da outra, briga com a melhor amiga...- completou Katreena sarcasticamente – é ele vai muito bem mesmo.Chamei você aqui porque quero deixar bem claro que a celebridade aqui é você, portanto, cuide para que seu filho tenha pelo menos essas semanas de descanso, afaste a mídia de cima dele pelo menos no feriado.Quero saber porque ele ficou tão rebelde já que sempre foi bem comportado.
- Marlowe está apenas frustrada porque agora que entrei em Hogwarts ela não pode escrever mais nada sobre mim já que estou afastado dos olhos de lince dela – disse Harry, tranqüilizador – Ela não tem capacidade para se infiltrar em Hogwarts.Ela pediu que eu a deixasse entrevistar Kevin, mas como eu...
- Quando foi que você falou com ela Harry? – perguntou Katreena com a sobrancelha arqueada.
- Ah, nos encontramos em Hogsmeade. – ele acrescentou rapidamente – foi casualmente.
- Ahan – disse ela se aproximando de Harry – Estavam sozinhos?
- Era o fim de semana dos alunos, Kate – disse Harry – não um encontro.
- Harry!Sabe que não gosto dela!Essa mulherzinha não perde uma oportunidade de dar em cima de você!
- Devo confessar que é difícil resistir...- Provocou Harry.Ele adorava ver Katreena com raiva, era quase como um combustível perto do fogo.
- Por favor! – exclamou Katreena com a sua pele translúcida vermelha de raiva – O que você e Rony vêem nessa mulher?Rubi tem tanto silicone que se você encostar um alfinete nela pode ter certeza de que ela sairá voando...
Harry gargalhava enquanto Katreena o golpeava com as almofadas das poltronas e gritava “pare de rir!”.Ele a puxou fazendo-na sentar em seu colo e a beijou.
Kevin estava na sala que ficava no andar de baixo mas ainda assim podia ouvir as risadas dos seus pais. Sorrindo, apanhou um retrato de Harry e Katreena quando ambos tinham dezoito anos. Estavam abraçados, essa era a fotografia do primeiro dia dos namorados que passaram juntos...
***
Aquele assustador relógio antigo de madeira de lei não parava de fazer barulhos estranhos.
Ou talvez, estranho estivesse aquele ar pesado que baixava sobre a sua casa.Só o que Katreena tinha certeza era de que não queria abrir aquela carta.Parecia que estava pressentido o que estava para acontecer.Queria adiar o máximo possível, embora já soubesse o conteúdo daquela carta.
No envelope estava endereçado: Katreena Prescott, Nova York 79 Park Avenue.Era de Tonks, da Grã Bretanha. Nynphadora Tonks era namorada de Kevin Prescott, seu irmão mais velho.Kevin, sempre tão bravo e heróico.Ela esticou o braço tremulo para a carta e por fim decidiu abri-la.Fazia seis semanas que não via Kevin, ele fora recrutado pelo Ministério da Magia Europeu para ajudá-los na guerra contra Voldemort e o seu exercito.As coisas estavam se agravando e Katreena, ou Kate como era chamada pelos mais íntimos, temia pela vida do irmão.E agora tudo parecia se resumir àquela carta.
Ela desembrulhou a carta e os seus olhos pousaram nas letras espremidas e hesitantes de Tonks;
Kate, Kevin era um herói, o nosso herói.Nesses tempos frios e calculistas, Kevin se mostrou ser um verdadeiro príncipe encantado.Ele era tudo o que eu sonhava, um verdadeiro cavaleiro de armadura brilhante com o seu cavalo branco.Ele sempre dizia que nós duas somos as mulheres que ele mais amava no mundo.Kevin foi o ser mais maravilhoso que poderia existir, aliás sempre tive duvidas se ele existia mesmo.
Katreena não se deu conta de que chorava, suas lágrimas borravam a carta.
Kate, não sei como escrever isso, não sei como dar essa noticia quando na verdade nem eu mesma acredito.Kevin se foi.Seu pai está cuidando de tudo, espero que ele saiba cuidar também da dor que você está sentindo, que com certeza é maior do que a minha.
Nos vemos quando formos entregar Kevin de volta ao paraíso de onde ele veio.
Amor - Tonks
Entregar Kevin de volta ao paraíso de onde ele veio?Que metáfora perfeita!Perfeita vindo de uma carta melosa e piegas. Katreena riu.Um riso desesperado e cheio de angustia.Katreena soluçava descontroladamente olhando para a porta, como se Kevin pudesse aparecer por ela de repente.Ela estava sozinha em casa, seu pai se encontrava na Europa,sua mãe estava trabalhando na escola na qual lecionava e os empregados de folga.E Kevin voltava de onde veio.Katreena caiu de joelhos, chorando e se deixou ficar assim por horas.Tentando fazer a dor física superar a emocional.
Estava tudo monocromático no dia do enterro de Kevin Prescott.Todos de preto, tempo nublado, rostos inexpressivos.Katreena olhou um a um tentando adivinhar o que pensavam realmente.Seus pais, nobres aristocratas americanos, reduzidos pela dor à um casal de meia idade na porta de um hospital.Tonks, não estava usando as cores alegres no cabelo que costuma transformar, ela usava os cabelos naturais, castanhos na altura do ombro e parecia uma vela prestes a se apagar.Kevin havia tido milhares de namoradas, algumas só se aproximavam dele por interesse, pelo dinheiro, fama, status.Mas Tonks foi a escolhida, a única que o amava de verdade.
Quando as solenidades terminaram, os presentes se adiantaram para prestar os pêsames a família.Os Ministros da Magia Americana e Européia estavam presentes, Alvo Dumbledore e Percy Weasley que havia conquistado o cargo de relações-públicas do seu ministério.
Percy cobiçava além do cargo de Ministro, o posto de noivo de Katreena que era irrestivelmente filha de Benet Prescott, General das forças mágicas americano.Toda vez que Percy fixava o olhar em Katreena, ela desviava sem forças até para despreza-lo como sempre fazia quando ele se aproximava.
Ela não queria ver o irmão naquele momento.Na sua mente ele ainda estava vivo, brincando com ela e repelindo todos os garotos que se aproximavam dela.Kevin era muito jovem, tinha vinte anos apenas, três a mais que Katreena.Mas ele a protegia, já que seus pais passavam a maior parte do tempo fora de casa, ele era a única pessoa com alguma autoridade sobre ela.Katreena cresceu com muita liberdade, sem regras nem alguém que lhe impusesse limites, ela era voluntariosa e mimada e sempre causava problemas nos colégios onde estudava.Kevin era o único a quem ela ouvia, quando ele a mandava parar, ela parava.Mas agora ele não estava mais ali.Katreena podia fazer o que quisesse que nada traria seu irmão de volta.
Katreena estava sentada num canto do salão enquanto os presentes diziam aquelas palavras inúteis e frias “sinto muito por Kevin”.Ela se distraiu apenas quando Dumbledore se aproximou de seus pais.Ele usava vestes negras com estrelas de seis pontas prateadas.Ela não pode deixar de se admirar pela figura imponente daquele senhor.Katreena não queria se vestir de preto, queria estar de azul, cor preferida do irmão.Algumas pessoas chegavam a estranhar o amor que Katreena sentia por Kevin, mas nunca poderiam entender que uma pessoa sozinha se apega a quem lhe é mais próximo.
Katreena se levantou e começou a andar pelo salão onde estava sendo realizado o serviço fúnebre.Ela ouvia os comentários das pessoas sem prestar atenção a nada, até que parou ao ouvir Percy conversando com um desconhecido.
- Foi lamentável, lamentável...- dizia Percy balançando a cabeça negativamente – Estavam numa busca, a Ordem da Fênix inteira com exceção de Dumbledore, até que encontraram uma abadia onde se reuniam os Comensais da Morte.Foi um pandemônio, feitiços atirados a torto e a direito.Lúcio Malfoy encurralou Harry Potter e estava prestes a matá-lo quando Kevin interveio e o paralisou.Quando Kevin foi ajudar Potter e se levantar, Malfoy se recuperou e...foi um Avada Kedavra em cheio nas costas, um golpe baixo.Mas Harry Potter sobreviveu e nos livrou do Lord...bem, dele.Ainda não consigo dizer seu nome.Potter ainda está se recuperando mas os médicos estão otimistas de que ele não sofrerá conseqüências mais graves.Ele livrou o mundo bruxo de mais catástrofes como essa.
- Então foi isso? – perguntou Katreena em voz alta, chamando a tenção de todos – foi assim que meu irmão morreu?Ele salvou esse Potter não é?Mas o que esse garoto estava fazendo lá?Ele pôs a vida dele e a de muita gente em risco!Meu irmão morreu por esse irresponsável?
- Kate, querida...- disse Benet a pegando pelos ombros, mas ela se desvencilhou e continuou a falar cada vez mais alto.
- O herói de vocês está vivo, mas e o meu? – as lágrimas escorriam pelo seu rosto – Vocês tratam esse Harry Potter como se ele fosse um cristal valioso!Ele vive metendo os pés pelas mãos, eu sei que o padrinho dele morreu por sua culpa!Agora meu irmão se foi por culpa dele!
Sua mãe, Cybill Prescott tentou intervir:
- Kate, sabemos que você está muito triste, todos estamos tristes, mas Harry Potter não teve culpa!Vamos querida, vamos tomar um calmante e...
- Não quero nada! – Katreena gritou – Todos vocês estão muito satisfeitos porque seu maldito heroizinho está vivo, claro, Harry Potter salvou o mundo de Lord Voldemort.Dane-se ele!Eu quero meu irmão de volta!Será que o maravilhoso Harry Potter pode fazer isso?
Todos observavam Katreena horrorizados, ela estava transtornada deixando toda a sua dor fluir como um rio.
- Era...era típico de Kevin, ele se arriscaria para salvar até um total desconhecido – ela gritava – só que Harry Potter não tinha que estar lá, ele é só um garoto!Ele tem a minha idade, então eu podia estar lá também não é?
- Katreena, já chega!- disse Benet a pegando pelo braço para tira-la do salão mas ela se desvencilhou novamente e foi até o caixão onde Kevin estava.Ela olhou para o irmão por um momento, todo o salão ficou silencioso.Ela correu os olhos encarando os rostos que a observavam.
- Isso não vai ficar assim – ela gritou – vou acertar as contas com esse garoto metido a herói.Eu odeio Harry Potter! – e saiu correndo empurrando quem estivesse pela frente.
Cybill se aproximou de Benet com lágrimas nos olhos e sussurrou:
- O que faremos com ela Benet?
Katreena aparatou em casa, no meio do hall de entrada.Aquela mansão cinematográfica em que morava parecia com uma casa velha e abandonada sem o mínimo resquício de vida.Como um autômato, Katreena subiu as escadas em direção ao quarto dos pais.Passou pelo quarto, até chegar ao banheiro.Parecia saber exatamente o que fazer como se alguém estivesse sussurrando instruções em seu ouvido.Abriu o armário onde Cybill guardava os remédios e procurou por aquele vidrinho marrom trouxamente mágico do qual ela tirava pílulas mágicas que faziam passar todo o stress que vivia nas salas de aula.Katreena encontrou o vidro de tranqüilizantes que sua mãe usava e sem pensar duas vezes despejou várias pílulas na boca.Se funciona com a mamãe duvido que não funcione comigo.Katreena abriu a torneira e encheu a boca de água, logo em seguida tornou a engolir mais tranqüilizantes.Ela nem sequer pensava nas conseqüências, tomou todo o vidro de tranqüilizantes.Enquanto fazia isso, ela esquecia de que agora estaria sozinha, que estaria perdida naquela casa enorme, que tinha pais totalmente ausentes e que a única pessoa que se importava com ela havia morrido.O vidro vazio de tranqüilizantes caiu da pia e rolou até a porta.Katreena secou a boca com as costas das mãos e se olhou no espelho.Estava medonha.Seus olhos estavam vermelhos e inchados, os longos cabelos castanhos desgrenhados como se não vissem pente há dias.O rosto sempre tão caprichosamente maquiado estava pálido e inchado.Era apenas uma sombra da bela garota que era.
As cores do banheiro marfim e dourado estavam começando a ficar borradas.Katreena resolveu sair de lá porque as paredes pareciam se fechar sobre ela.Ela cambaleou até o terraço, certamente um pouco de ar me fará bem.
O brilho da lua lançava sombras assustadoras pelos corredores.Parecia passar uma eternidade até que Katreena chegasse ao terraço.A piscina logo abaixo do terraço parecia um lago, Katreena já alterada pelo efeito dos tranqüilizantes via tudo difuso e embaçado.Eu deveria me sentir calma, não atordoada!
Ela se apoiou na grade do terraço, olhando para baixo e por um instante pode ter certeza de que vira Kevin nadando na piscina.Sua visão começava a escurecer e ela quis gritar “Kevin, mamãe não gosta que você nade a noite!”, mas sua voz não saia.Entorpecida, ela não conseguia distinguir o que era real das visões provocadas pelo calmante. Katreena se inclinou sobre a grade para que Kevin pudesse ouvi-la, mas ele não estava mais lá.Ela se inclinou mais para procurar o irmão quando resvalou por cima da grade.Katreena já estava inconsciente antes do seu corpo bater na água gelada da piscina.
Katreena entrou em coma no exato momento em que Harry recebeu alta no Hospital St. Mungus
No momento que Harry saiu do hospital o mundo se abriu como um leque de oportunidades.Estava enfim livre da ameaça constante que pairava sobre a sua cabeça, não precisaria mais morar com os Dursley e tinha toda uma fortuna a sua disposição.Era maravilhoso.Era assustador.
- Você pode morar conosco se quiser! – disse Rony.
- Acho melhor Harry continuar morando com os Dursleys – disse Hermione.
- Porquê?- perguntaram Harry e Rony ao mesmo tempo.
- Harry, está uma loucura lá fora, todo mundo quer entrevistar você, seu fã clube quer uma foto nova para o seu pôster e o ministério que construir uma estátua para você e já tem um projeto circulando para o novo feriado “Dia de Harry Potter”- disse Mione – precisa de mais motivos?Acho que quanto mais tempo você passar longe do mundo mágico, melhor será.
- Ah Mione, Harry está há semanas confinado aqui, ele precisa curtir a fama dele um pouco! – protestou Rony.
- Você está exagerando Mione – disse Harry.Hermione balançou a cabeça negativamente e mostrou a manchete do Profeta Diário.Na foto, havia uma multidão em frente ao St. Mungus com flores e faixas nas mãos.A Manchete dizia “Povo quer saudar o Menino Que Sobreviveu”.Parecia um grande tumulto, pessoas se acotovelavam tentando entrar no hospital.
- Isso encerra a questão Harry?- perguntou Hermione secamente.- De qualquer modo, é melhor você esperar Dumbledore chegar antes de tomar qualquer decisão.
- Onde ele está agora?- perguntou Harry, ansioso.Rony e Hermione trocaram um olhar pesaroso.
- Dumbledore está em Nova York no funeral de Kevin, Harry.- disse Rony.
Harry baixou a cabeça e ficou em silencio por uns instantes.Hermione pôs a mão sobre o ombro do amigo.
- Harry, você sabe que não foi culpa sua – disse ela – Lúcio Malfoy está preso agora, ele tentou matar você e Kevin o protegeu, infelizmente as coisas são assim.
- É – disse Harry levantando-se bruscamente – Malfoy está preso e Kevin está morto.Vocês sabem qual seria a minha prioridade.- ele encarou os amigos – Essa não é a primeira vez que alguém morre por minha causa, sabem como eu me sinto?
- Harry, pense em quantas pessoas você livrou de Voldemort! – disse Rony – Também sentimos muito pelo Kevin, ele era fantástico, mas você não deve ficar se culpando, não foi você em lançou aquele Avada Kedavra.
- Você tem muito com o que se preocupar no momento – disse Hermione apanhando a mala de Harry e a estendeu para ele – Você está livre agora Harry!
Harry pressionou hesitante a campainha da casa dos Dursleys.Demorou alguns minutos até Tia Petúnia atender.Ela abriu a porta e o seu rosto se congelou numa expressão de choque.Harry estava com o braço enfaixado, vários hematomas pelo rosto e nos pulsos mal ocultos pela jaqueta jeans.Fazia um ano que Petúnia não via o sobrinho, que mesmo estando visivelmente machucado, era notável que se tornara um belo rapaz.
- Você?O que você...como é que...- ela engasgou – afinal, o que aconteceu com você?
Quando Harry abriu a boca para responder, Tia Petúnia esticou o pescoço pela porta, olhou para os lados e puxou o sobrinho para dentro de casa resmungando “imagine se os vizinhos te vêem?”.
- Senta aí – disse ela apontando para o sofá e em seguida correu para o pé da escada e gritou – Valter, temos visita!
“Porque ela se recusa a me chamar como uma pessoa normal?” pensou Harry, aborrecido.
Harry se sentiu um tanto abobalhado ali sentando esperando, aquela casa havia se tornado, se é que isso era possível, ainda mais estranha.Duda desceu de mãos dadas a sua namorada igualmente loura, robusta e rosada chamada Peggy Sue, que Harry apelidara carinhosamente de Peggy Suína.A namorada de Duda era mais velha do que ele e trabalhava como garçonete numa lanchonete barata no subúrbio de Surrey.Harry achava que Peggy parecia com uma dançarina de cabaré, usava sempre aquele vestido de lycra vermelho que parecia ter sido pintado em seu corpo voluptuoso.Quando Harry passava as ultimas férias de verão na casa dos tios era constantemente alvo de cantadas pouco sutis de Peggy.
Tio Valter desceu a escada mancando, estava em casa devido a um acidente de trabalho no qual um rolo compressor amassou a frente de seu carro com ele dentro.Olhou para Harry com a mesma expressão de choque que Petúnia e sentou-se no sofá examinando atentamente o garoto.
Duda e Peggy aparentemente esqueceram de que estavam de saída, e ficaram em pé no meio da sala encarando Harry junto com tio Valter e tia Petúnia.
- E então, a que devemos a honra? – perguntou Tio Valter rudemente.
- Eu...vim me despedir.- disse Harry.
- Despedir?- repetiu Petúnia incrédula.Ela voltou-se para o filho – Dudinha, talvez seja melhor que você leve Peggy para tomar sorvete não é querido?
- Porque?Quero ouvir porque Harry vai se despedir!- disse Peggy com sua voz aguda.
- Assuntos de família meu anjo – disse Petúnia com aspereza.
Depois de muito resmungarem, Peggy e Duda saíram.Ele deu uma olhada intrigada para o primo.
- Espero que ele não venha pedir dinheiro – disse Duda, antes de fechar a porta.
- Duda, vá antes que fique tarde.- disse Tio Valter enfaticamente.Ele esperou ouvir o som do motor da Harley Davidson de Duda antes de prosseguir - Agora pode desembuchar.
- Bom, vim avisar que não vou mais precisar morar com vocês – disse Harry um tanto sem jeito.Ele explicou toda a história aos tios que ouviram tudo anormalmente quietos.
- Então você não corre mais perigo? – perguntou tia Petúnia – Não precisaremos mais vê-lo nas férias?
Harry balançou a cabeça negativamente.
- E aonde como você vai viver agora garoto? – perguntou tio Valter desconfiado – Não vá esperando que vamos bancar as suas despesas.
- Não é preciso e acreditem, mesmo se fosse eu não os procuraria – disse Harry friamente, aborrecido consigo por acreditar que os tios ainda poderiam se interessar por ele – Ainda tenho ouro nos cofres de Gringotes e ganhei um emprego no Ministério.
- Hum...ouro?- disse tio Valter trocando um olhar significativo com tia Petúnia. – O que você herdou dos seus pais?
- É, herdei também a propriedade em que meus pais moraram – Harry levantou-se e tirou um pedaço de papel de dentro do bolso da jaqueta – Se precisarem de mim, o que duvido muito, podem me encontrar nesse endereço, ou podem ligar nesse numero aqui, que é da casa da Hermione, os pais delas são trouxas também e pode ser mais fácil...
Tio Valter pegou o papel e o examinou.
- Bom, então é só – disse Harry caminhando em direção a porta – De qualquer jeito, obrigado por tudo ou por nada, tanto faz.Agora vou refazer a minha vida e podem seguir com a de vocês.Até qualquer dia.
Tia Petúnia continuava muda como se algo estivesse entalado na garganta.Harry deu um sorriso pálido aos tios e saiu para a tarde ensolarada.Petúnia torceu as mãos no avental e correu para a cozinha para que o marido não a visse chorando.
Paz era uma palavra estranha para Harry, que desde que ingressara no mundo bruxo nunca mais deixara de viver com ameaças pairando sobre a sua cabeça.Aos poucos ele foi juntando os pedaços da sua vida e começava a enxergar o mundo com outros olhos.Era jovem, bonito, famoso e havia uma fortuna a sua disposição, o que mais podia querer?
Quando Katreena despertou do coma em que havia estado presa por vinte e três dias, a realidade a atingiu antes mesmo que abrisse os olhos.Com a visão turva, ela viu Cybill e Benet ao lado da sua cama, chorando abraçados.Quase que imediatamente Katreena desejou ainda estar dormindo.
- Kate, meu anjo! – exclamou Cybill, tomando as mãos da filha – eu não perdi a esperança minha querida, nem por um momento!
- Se a tivéssemos perdido também Kate...- disse Benet com a voz embargada.
- O que aconteceu? – perguntou Katreena com a voz fraca. Na realidade queria se desculpar com os pais, mas as palavras não saíram.
- Devemos a sua vida a Percy Weasley, querida – disse Benet – Ele nos disse que não achava seguro deixá-la sozinha em casa e saiu do enterro para te fazer companhia.Ele chegou em casa instantes depois de você cair na piscina.Você bebeu um pouco de água, mas se Percy tivesse se atrasado mais um pouco...
- Teríamos te perdido também, Kate – disse Cybill – Não poderíamos suportar, sabemos que você não soube lidar com a morte do seu irmão querida, mas você tem que entender que fatalidades como essa podem acontecer a qualquer momento, comigo ou com seu pai.Prometa que não tentará se matar de novo Kate.
- Eu, eu não...Pai, eu...- os olhos de Katreena passavam de Cybill para Benet, sem saber o que dizer – Aquele maldito Harry Potter é o culpado de tudo! – disse ela por fim.Seus pais trocaram um olhar sombrio.
- Katreena! – disse Benet com firmeza – Não vou brigar com você agora porque acabou de sair do coma e está transtornada, mas...
Ela sentou-se bruscamente na cama, ignorando a dor lancinante que sentia na cabeça.
- Estou lúcida o suficiente para me lembrar o que aconteceu, Harry Potter quis se aparecer como sempre e acabou com a vida do meu irmão!Pai, será possível que você não compreende?Lembra quando o senhor Fudge nos visitou naquela vez e contou tudo o que esse desequilibrado mental inventou!
- Katreena, já chega! – disse Benet com energia – Cybill, chame o doutor Hives e peça para que ele dê um sedativo para Kate, agora!
- Nossa, como vocês parecem ter superado rápido a morte do Kev não é? – ela gritou – Ah, agora me lembro, vocês não ficavam em casa para saber como ele era, nem tiveram tempo de sentir falta dele!Não, papai, não me olhe assim, não estou exagerando!Quando passar o tempo de manter as aparências, você me deixarão sozinha novamente e eu...
Katreena não pode terminar a frase, o doutor Hives entrou correndo no quarto com a enfermeira e brandindo a varinha, imobilizou a garota.Habilmente a enfermeira forçou um pouco de poção sonífera pela garganta de Katreena para que ela dormisse.
- Ela vai superar Cybill – disse Benet conduzindo a esposa para fora do quarto – Algum dia ela vai superar.
Um ano depois, Benet Prescott fora convidado para ministrar o curso de aurores no Ministério Europeu.Ele pensara seriamente em recusar mas Cybill fora contra.Quanto mais cedo voltasse a Londres, mais cedo exorcisaria o fantasma da morte do filho.Eles mantiveram escondido de Katreena essa viajem o máximo de tempo possível, mas faltando um dia para a partida de Benet, eles se viram forçados a contar.
Katreena estivera absolutamente incontrolável nesse ultimo ano, vários professores em Wicca Institute se queixavam do comportamento da menina.A gota d’água foi quando ela fugira da escola para assistir a um show de Heavy Metal em Chicago e os diretores acharam melhor manda-la de volta para casa.
Quando Benet foi para Londres, Katreena achou que ficaria bem sem ter seu pai a vigiando o tempo todo, porém passado um mês, ela mudou de idéia.Sem avisar nem aos pais, como toda boa bruxa rebelde, Katreena arrumou suas malas e aparatou direto no hotel em que Benet estava hospedado.Esquecendo-se da rotina de vinte e quatro horas de trabalho de seu pai, Katreena ficou esperando por Benett o dia inteiro no hotel. Por fim cansou-se e saiu a procura do Ministério da Magia atravessando as ruas a esmo aparentemente ignorando a diferença de direção do transito britânico para o americano.
A garota levou um bom tempo para achar a entrada do prédio do Ministério, até que se lembrou de Percy , pavoneando-se como sempre, dizendo que era o único a saber o numero da cabine telefonica de entrada que dava direto para a sala do ministro.
Katreena abriu a porta da cabine com um chute, já irritada por dado voltas no quarteirão a toa e a entrada para o ministério estar bem na sua frente.
- Esses britanicos são tão esquisitos, não podem fazer um prédio com portaria como em qualquer lugar do mundo? – ela olhou para o painel do telefone – Vamos ver...
Katreena teclou uma sequencia de quatro numeros sem pensar, quando uma voz feminina fria e metalica encheu a cabine.
- Serviço de atendimento do Ministério da Magia, por favor tecle a sequencia correta.
- Como se eu soubesse qual é a droga da sequencia! – bradou Katreena.
- Acesso aos visitantes apenas com aviso prévio de funcionarios do Ministério.
- Escuta aqui sua lata velha – disse a garota com arrogancia – meu pai é Benet Prescott, super intendente da ordem dos aurores e ele não vai ficar nada satisfeito em saber que a filha dele foi barrada por uma maldita cabine com complexo de superioridade!
- Sinto em lhe dizer, suposta senhorita Prescott, mas que a senhorita vá catar ficha – disse a voz – Tenha um bom dia.
Os olhos de Katreena se arregalaram de indignação.
- Como ousa falar assim comigo! – e ela começou a chutar a cabine e a dar socos no telefone – abre isso agora!
Harry cruzava a esquina em direção ao Ministério, pensativo. Recebera uma coruja de Benet Prescott dizendo que sua filha havia fugido de casa, que provavelmente estaria no hotel a sua espera e pediu para que Harry fosse encontrá-la. Mas quando Harry chegou ao hotel, só encontrara a mala da garota e uma recepcionista histérica dizendo que Katreena era um verdadeiro furacão. Essa atitude não combinava em nada com o anjo de garota que Kevin havia dito que a irmã era, pensou Harry. Ele trabalhava como assistente do auror agora, era a sua primeira posição privilegiada no ministério. E como diria a Benet que a sua filha estava perdida em Londres?
Um barulho de vidro estilhaçando fez Harry emergir dos seus pensamentos. Uma bruxa de longos cabelos castanhos e vestes fúcsia lançava feitiços e gritava com o telefone, chamando a atenção dos cidadãos que passavam por perto. Harry murmurou um “era só o que me faltava” e correu para deter a garota.
- Accio Varinha! – disse Harry, entrando na cabine apanhando a varinha da garota em seguida – Por Merlin! Pode me dizer o que raios está fazendo?
- Essa...esse...não posso entrar! – disse Katreena, com a respiração ofegante – Faz horas que eu estou andando por essa cidade maluca e agora que encontro o que estava procurando sou barrada por essa lata velha!
- Ei!Calma aí! – disse Harry segurando os braços dela – Está chamando a atenção dos trouxas!
- Ah, olha só a minha cara de preocupada! – ela voltou-se para o telefone e gritou – você está é com despeito porque foi substituida por celulares menores e mais magros!Conheço muitos Motorolas que dão de dez a zero em vo...- Harry tapou a boca dela com a mão e a encostou na parede da cabine.
- Vai ficar quieta sozinha ou vai precisar de ajuda? – disse ele entre dentes.Ela era uma garota sem duvida alguma, insuportável – Você pode parar de gritar com o telefone?Ele só está cumprindo ordens, está apenas protegendo o ministério de malucas como você.
Katreena mordeu a mão de Harry que a soltou imediatamente com um grito de “Ai!”.
- E você quem é?Faz parte da sociedade protetora dos telefones abusados? – perguntou Katreena.
- Não, sou da tropa anti garotas loucas – respondeu Harry com selvageria – recebi um chamado e aqui estou com uma legitima desequilibrada!
- Recebi um chamado e aqui estou com uma legitima desequilibrada...- ela repetiu com desdém – Escuta aqui quatro-olhos, quero falar com o meu pai e se você não vai me ajudar, então, não me atrapalha ok? – ela estendeu a mão - Agora, pode fazer o favor de devolver a minha varinha?
- Não, até saber quem é você e o que quer aqui. – disse Harry.
- Ah, então temos um problema, por que também não me identifico se você não se identificar. – Katreena cruzou os braços encarando Harry – Se bem que...você não me é estranho...
- Me conhece?- perguntou Harry, mais intrigado por ela não o reconhecer do que pela possibilidade dela conhece-lo.
- É, tem muitos circos em Nova York...quem sabe né? – disse ela com um sorriso cinico.
Harry rangeu os dentes “Hoje não é o meu dia...”. Suspirou desanimado e teclou algo no telefone. Um cartão metálico saiu por uma extremidade do telefone e Harry rapidamente o passou por um vão, fazendo a cabine descer como um elevador.
- Vamos entrar?- perguntou Katreena, animada.
- Vamos, assim posso me ver livre de você e voltar ao que eu estava fazendo. – resmungou Harry.
- Ah, obrigado, vejo que foi bem treinado...- respondeu Katreena enquanto olhava as unhas.Harry revirou os olhos com impaciência e balançou a cabeça negativamente “essa maluca faz Hermione parecer a garota mais simpatica do mundo...”.
Enquanto o elevador-cabine descia terra adentro, Katreena observava Harry com o canto dos olhos “Ele até que é bonitinho, olhos verdes, fisico atlético...mas deve ser outro nerd chato como o Percy Weasley.Será que ele tem namorada?”. Harry não pensava em garotas desde que terminara o relacionamento com Gina no intuito de protege-la e ela se apaixonou por um artilheiro do time de quadribol Liverpool League e até falava em casamento com ele.Para Harry, a única prioridade em sua vida agora era a sua carreira de auror que crescia vertiginosamente.Até aquele momento.
O elevador parou com um solvanco, fazendo Katreena se desequilibrar e cair sobre Harry.Um olhar de apenas três segundos foi o suficiente para fazer os dois ficarem ligados para sempre.Mesmo depois das praticamente interminaveis brigas que viriam a seguir.
A porta do elevador se abriu, e Katreena já ia saindo quando foi segura pelo braço por Harry.
- Calma aí, vou levá-la ao departamento de segurança e só então veremos o que vamos fazer com você. – disse ele.
- Ah é? Ver o que vão fazer comigo?- repetiu ela em tom desafio – pois eu sei muito bem o que vou fazer com você – Katreena golpeou Harry com uma joelhada na barriga fazendo-o se dobrar de dor e arrancou a sua varinha das mãos dele saindo rapidamente para o saguão se misturando entre o fluxo frenético dos funcionários do ministério.
- Ai droga! – gemeu Harry massageando a barriga – perdi ela de vista!
Ele saiu a procura da garota entre o movimento apressado de bruxos aquela hora da manhã e por fim avistou suas vestes rosa berrante entre o preto predominante, em frente a famosa fonte que ficava no centro do hall.
- Ei, parada! – gritou Harry realmente não querendo enfeitiça-la. Mas Katreena não parecia estar com a mesma disposição de Harry.
- Expelliarmus!
- Protego! – gritou Harry.
A confusão chamou a atenção de Benet que saia de seu setor a procura de Harry e chegou no saguão bem a tempo de ver a filha estendendo a varinha, gritando “Refugo”, feitiço contrário ao Protego que lançou Harry dentro da fonte, molhando quem estivesse passando por perto.
- Katreena! – Benet rugiu furioso.
- Papai? – Katreena fitou o pai assustada.
- Sr. Prescott? – perguntou Harry tentando se levantar, com as vestes encharcadas e ajeitando os óculos sobre o nariz.
- Potter! – disse Benet ajudando Harry a sair de dentro da fonte – O que está acontecendo aqui?
- Essa maluca é sua filha?- perguntou Harry impulsivamente lançando um olhar mortífero a Katreena.
- Esse idiota é Harry Potter? – perguntou Katreena encarando Harry com fúria.
***
Kevin colocou o retrato de volta ao seu lugar ainda sorrindo. Seus pais brigaram muito até enfim se acertarem, talvez fosse para esconder a forte atração que um sentia pelo outro. Kevin se perguntou se a historia não estaria se repetindo com ele e Kim.Ele balançou a cabeça para afastar esse pensamento e correu para o seu quarto gritando para que todos se apressassem, queria chegar cedo n’A Toca, quem sabe ainda teria tempo de participar da anual guerra de bolas de neve promovida por Fred e Jorge?
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!