Cap6: Mão estilhaçada

Cap6: Mão estilhaçada



Cap 6: Mão estilhaçada.

Gina chegou em casa, as lágrimas agora congeladas no seu rosto. O seu rosto estava frio e a sua boca roxa, ainda pensando que não era normal estar tão frio, sendo que ainda estavam em outubro e que Gina foi tão burra de esquecer o casaco em cima da sua cama.

Na clínica onde trabalhava não era tão frio, mas no apartamento, a situação que na garagem já era ruim, ficava caótico.

Nem pensando direito, correu para o elevador, e apertou o botão que indicava o sétimo andar.

Ainda não acreditando que de manhã não percebeu a falta do agasalho, não percebeu que quase quebrou o salto da bota que usava e que correu do sétimo andar até o subsolo em quatro minutos.

Era realmente o recorde dela!

Quando viu que já estava no seu andar saiu, abriu a porta e pode ver a sua decoração.

De manhã a decoração estava ótima: toda creme, agora que chegou as paredes antes dessa cor estavam cinzas, não combinavam de nenhuma maneira com o apartamento.

Sabia que sempre que as paredes mudavam para cinza era porque não estava bem, sabia que o cinza era naquelas situações que estava realmente triste.

E ela estava REALMENTE triste, se lembra de Harry era deprimente, lembrar de que namoravam em frente à Toca naquela época. Lembrando que quase morreu uma vez, lembrando que estava no velório... Lembrando que não conseguiu de nenhuma maneira chorar...

E por fim, que no meio do seu desespero fora para um desses bares de Londres, fora aí que experimentara pela primeira vez...

Quando acordou sentia tudo rodando, sentia um horrível cansaço, mas não, não poderia lembrar-se disso, prometia a si mesma que não se lembraria da burrada que tinha feito...

Estava pensando nisso quando o telefone tocou, como estava distraída pulou de susto, atendeu rapidamente e disse:

-Alô?

-Weasley!-berrou Adam.

-O que você quer, Brody? Sabe que horas são?

-Sei, sim senhora! É meia-noite!-disse Brody.

-Então! Eu estou aqui na minha casa, estou de pijama! Eu estou quase dormindo.-disse Gina, sabia que era uma mentira, uma baita de uma mentira...

-Tudo bem! Mas quero que você venha aqui, agora.-ordenou Brody.-E não aceito não como resposta.

-Brody,eu realmente...-começou Gina, mas antes que falasse mais alguma coisa, Brody retorquiu:

-Eu não quero sabe, Weasley.-disse Brody e assim que tomou fôlego berrou no telefone:-SE VOCÊ NÃO CHEGAR AQUI EM MENOS DE 20 MINUTOS, VOCÊ ESTÁ DEMITIDA!

-Está bem, Brody, eu estou indo para aí.-disse Gina, desligando o telefone, mal desligara o aparelho e Gina Weasley xingou Adam Brody até a sua décima geração.

***

Draco sentia uma dor infernal.

Não estava naquele no seu quarto, estava em algum lugar que não conhecia direito. E pior...

Ainda estava vivo.

Não gostou nenhum pouco em saber que estava vivo. Que estivera todo aquele tempo respirando.Que seu coração ainda batia.

-Francamente, Draco! Por que você fez isso?-disse Zabini, com raiva.

-Draco, você está bem? Oh, Blaise, eu não deveria de maneira nenhuma ter deixado aquelas cartas na mala! Não devia mesmo!-choramingou Pansy.

-Não adiantar ficar assim, Pansy... Não adianta. Draco é bem mais culpado do que você. Bem mais...-dizia Zabini, Draco não escutou mais nada, nesse momento adormeceu...

***

-Weasley, se eu pudesse eu te demitiria, agora!-berrou Brody, com muita, mais muita raiva.

-Por que não me demite, então?-disse Gina de supetão.

-Ora, você sabe muito bem que o meu pai, ele... Você sabe como ele é, Weasley? Ele não gostaria de saber que a melhor psicóloga de Londres foi demitida...

-Nossa, fico lisonjeada com esse elogio, Brody.-disse Gina, rindo.-Eu sou a melhor psicóloga de Londres...

-Você não sabe, mas é sim.-disse Brody.-O fato é: Weasley você sabia que os quartos de número um ao cinco estão interditados! As janelas são de vidro! E estes quartos eram para aquelas pessoas que já estavam na fase final do tratamento!Não para o Malfoy que começará o tratamento agora!

-Eu...Me desculpe, Brody. Onde Malfoy está?-disse Gina, com uma certa repugnância o sobrenome Malfoy.

-Na enfermeira. Acho que você, como psicóloga dele, deveria ajudá-lo...-disse Brody, rapidamente.-Vá, Weasley!-disse Brody, literalmente a expulsando.

-Eu estou indo!Calma!-disse Gina, protestando, não queria de maneira nenhuma encontrar Draco Malfoy.-Brody, você tem chá? Eu realmente estou precisando tomar algo...

-Weasley! Tenho certeza que na enfermaria tem chá! Não se preocupe!Agora vá!-disse Brody, empurrando Gina e assim que a ruiva estava do lado de fora, fechou a porta com violência.

Gina vendo que fora expulsa, não pode fazer outra coisa, só pode ir a enfermaria.

Andando lentamente até o local, como se o mundo não fosse acabar, como se Draco Malfoy não necessitasse dela...

Mas quem disse que Malfoy precisava dela? Quem disse que ela era a melhor psicóloga de Londres?Poderia acreditar no que Brody dissera? Poderia?

Não... Saberia que não...

Mas assim que chegou na enfermaria, assim que abriu a porta, a expressão de Gina, simplesmente congelou, naquele lugar estava em desvantagem, três ex-comensais da morte, contra ela... Simplesmente ela.

-O que vocês... O que vocês estão fazendo aqui?-disse Gina.

-Weasley, parece que você ainda se lembra de mim.-disse Zabini secamente.

-E de mim também.-completou Pansy.

-Como poderia esquecer os dois comensais da morte que torturaram e enlouqueceram completamente os irmãos Creevey?

-Não diga o que não sabe, Weasley.-ameaçou Blaise, a face antes pálida estava corada, apenas não se sabia se era de puro ódio ou de vergonha.

-Digo sim!Eu sabia que tinha sido vocês! Eu nunca poderei me esquecer de quando eu encontrei Colin e Dennis! Nunca! Eu me lembro que eles disseram, foram eles, Gina, foram aqueles sonserinos imundos, mas eu não poderia fazer nada! Afinal foi comprovado que eles estão loucos! Mas quem os deixou assim? Eu não posso dizer que foram vocês! Eu não posso...-disse Gina, ela não estava nada bem.Estava descontrolada, as lembranças vinham na sua mente...

FLASHBACK.

Ainda se lembrara daquele dia... Um verão, faltavam poucos dias para o começo das aulas de Dennis, de Colin e de suas aulas, Gina sabendo disso fora na casa dos gêmeos, que haviam ficado órfãos quando a guerra explodira.

A guerra começara no seu quarto ano, ia para o sétimo e nada desse tormento acabar. Quantas pessoas já morreram? Quantas foram torturadas! Quantas choraram pela perda de algum ente?

Muitas, não poderia dizer quantas, Voldemort estava realmente dizimando os bruxos. Dizimava-os só por terem parentesco com os trouxas, dizimava-os só por não se aliarem com ele.

Gina sabia que não era seguro andar a noite até a casa dos Creevey¿s, pois, ia de pó de flú até o Caldeirão Furado em Londres, e depois caminhava um pouco até a casa dos Creevey¿s, eles não queriam morar em bairro bruxo, assim continuavam morando na Londres trouxa a poucos metros do Caldeirão.

Pois bem, Gina foi até a casa deles (que não verdade era um apartamento), os Creevey¿s não eram ricos, mas pela herança que sobrara dos seus pais, conseguiam viver de maneira confortável.

Assim que chegou até o apartamento, Gina não achou nada de estranho, como a ruiva tinha uma chave, ela abriu a porta, e não pode abafar o próprio grito.

O apartamento que sempre fora muito bem organizado estava um desastre completo. O sofá virado, todas as fotografias espalhadas pela casa, Gina pensando que seus amigos foram apenas roubados, começou a gritar:

-Colin! Dennis! Onde vocês estão?

Mas nada a respondeu... Apenas o silêncio... Aquele silêncio a estava deixando louca, a curiosidade a estava matando, ainda na sala Gina pensava se iria até os quartos ou chamaria ajuda.

Decidiu ir até os quartos, a ruiva andando na ponta dos pés, chegou no primeiro.

E, gritou novamente.

Podia ver, Colin Creevey desmaiado, desesperada a ruiva tentou acordá-lo, começou a sacudi-lo, mas parecia que Colin não queria acordar, parecia que Colin ria-se por dentro ao ver o desespero da ruiva.

Pensando que aquilo só poderia ser uma brincadeira Gina disse:

-Acorda, Colin, pára com essa brincadeira. Acorda porque não tem graça nenhuma.-dizia Gina, ainda sacudindo o amigo.

O desespero tomou conta de si, resolveu que procuraria Dennis, talvez ele não estivesse desmaiado.

Mas assim que foi para o segundo quarto, a ruiva gritou novamente.Dennis estava ali.

Estava desmaiado. Gina não tentou sacudi-lo. Percebeu que seria em vão.

Foi até a porta, saiu de lá. Chamou ajuda.

Estava tudo acabado.

FIM DO FLASHBACK.

-Weasley, o que você disse não é verdade! Você está me escutando, Weasley!-berrava Pansy, a cara de buldog berrava e sacudia Gina, a ruiva saiu ¿do transe¿ e também berrou:

-Ei! Tire essas mãos imundas de mim!

Mas Pansy não obedeceu, não quis obedecer.

-Largue-a, Pansy.Largue agora.-disse Zabini.

E novamente a mulher obedeceu.

-Bom, creio que vocês não precisam mais ficar aqui. Por favor, eu peço que saiam.-pediu Gina.

-Mas eu quero saber se o Draco está bem.-choramingou Pansy.

-Eu novamente, peço que saiam.-repetiu Gina.

-Tudo bem, nós sairemos. Vamos Pansy.-disse o loiro segurando a mulher pelos ombros e a levando dali.

Gina pela primeira vez olhou para Draco Malfoy e qual não foi a sua surpresa de vê-lo, deitado na cama a olhando com curiosidade.

Continua.

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