Cap5: Passados nem tão distant
Cap5: Passados nem tão distantes.
-Weasley? O que você está fazendo aqui?-perguntou Draco horrorizado.
-Eu pergunto o mesmo, Malfoy! O que você está fazendo aqui?-disse Gina, com desprezo.
-Ora, Weasley, aqui é uma clínica de drogados, você acha que eu estaria aqui apenas para doar alguma coisa e vier conversar com uma faxineira igual você, Weasley? Você está bem enganada.-disse Draco, ele estava realmente fulo da vida, teria que descontar em alguém, a escolhida foi a coitada da Gina, mas quem disse que a ruiva deixou barato?
-Malfoy, aqui é uma clínica de drogados, sim. E se você está aqui, nessa sala, significa que você usou as malditas drogas e agora não consegue livrar delas! Você não tem nenhuma autoridade sobre isso daqui!E eu acho que essa clínica não precisa de um dinheiro sujo como o seu. E para a sua informação eu sou a psicóloga daqui.-falou Gina.
-Meu sangue não é sujo, Weasley! O seu que é!-berrou Malfoy descontrolado.
-Não! Agora faça o favor de calar a boca! Eu tenho que realmente conversar educadamente com você, o que para mim é realmente impossível.-disse Gina, sentando no sofá de frente ao de Draco.-Agora, vamos esquecer esse início de conversa.Você esqueça da Gina de antes, eu me esqueço do Malfoy do passado também, agora, me conte porque você entrou nas drogas, senhor Malfoy?
-Ora, isso é pergunta que se faça, Weasley?-resmungou Malfoy impaciente.
-Não, Malfoy, é pergunta que se diz. Agora faça o favor de me responder.-disse Gina, um tanto mais grosseira que o normal.
-Ora, parece que conversar educadamente não deu certo, não é Ginevra Weasley?
-Já disse para não me chamar desse nome, Malfoy.-disse entre dentes a ruiva, tentando se controlar.
-Quando que eu te chamei assim, Weasley?-retorquiu Malfoy.
-Eu ainda me lembro disso, Malfoy. Se você não se lembrar, não serei eu que te lembrarei.-disse Gina um pouco mais grosseira, suspirou e disse tentando manter a calma.-Voltando a pergunta, Malfoy, quando que você entrou nesse mundo das drogas?
-Não tenho vontade de te responder.-disse Malfoy.
-Ótimo, então vou chamar o enfermeiro e você vai para o seu quarto. A conversa está encerrada.-disse Gina, indo até um telefone, discou o número e disse calmamente:- Daniel venha aqui, ajude o senhor Malfoy, explique onde ele vai ficar por alguns meses.-assim desligou o telefone e dirigiu-se novamente ao Malfoy - Creio que alguém trará as suas roupas. Esperarei Daniel com você.
Assim que Daniel chegou, Gina saiu e disse calmamente:
-Boa noite, Daniel.
-Boa noite, Gina. Até amanhã.-disse o enfermeiro calmamente.-Mas, Gina?
-Sim,Daniel?-disse Gina tentando parecer a pessoa mais educada do mundo.
-Qual seria o quarto do senhor Malfoy?
-Ah, sim, que bobagem a minha! Esqueci de dizer o quarto. Leve-o até o de número 03.
-Gina? Você tem certeza?-perguntou Daniel preocupado.Draco ao perceber a hesitação do ¿armário¿ resolveu ficar em alerta.
-Claro, Daniel. Nunca estive com tanta certeza na minha vida. Mas agora eu tenho que ir embora. Vejo você amanhã.
-Até logo.-disse Daniel, ainda temeroso, o mesmo balançou a cabeça e voltando-se para Draco Malfoy disse: -Senhor Malfoy, queira me acompanhar.
***
Draco ainda pensava no que acontecera, estava realmente atônito, estava internado e pior, justamente na clinica que Ginevra Weasley trabalhava.
Ainda pensando nisso, Draco andava calmamente até o seu quarto, nem pensava mais em fugir, também se pensasse estaria novamente ferrado, porque o seu ¿querido¿ enfermeiro era o dobro dele, bem mais forte e alto.
Chegou no seu quarto. Observou-o e o achou entre uma nota de 0 a10 ele estava no 5, afinal, o quarto não tinha um DVD, uma TV de último modelo e um micro-computador.
Apenas tinha uma cama que para ele não era boa, afinal o que adiantava dormir numa cama que nem King Size era?
Havia um criado mudo e um armário.
E uma porta em anexo era o banheiro. Realmente a vida dele estava muito boa.Agora sentia um desejo louco, uma vontade de mandar o mundo se ferrar, uma vontade de sair daquele maldito lugar e comprar um pouco de maconha, pu de cocaína, ou de ecstazy.Mas como fugiria?
Pode ver que no quarto tinha uma janela, afastou as cortinas, pode ver que a janela não era tão grande, mas poderia sair daquele lugar por ela, tentou abrir, mas estava trancada, repousou a face na janela, a maldita ainda por cima era de vidro, ficou um bom tempo pensando nas suas drogas que não escutou alguém batendo na porta tanto que levou um susto enorme quando uma mão encostou-se ao seu braço. Nessa hora gritou.
-Acalme-se senhor Malfoy. Eu trouxe apenas a mala que a senhorita Parkinson trouxe.-disse Daniel.
-Ah, tudo bem então.Pode deixar a mala em cima a cama. Eu arrumarei.-disse Draco não se importando.
Daniel apenas acenou em sinal de aprovação e saiu do cômodo.
Draco vendo que teria que desfazer a sua mala, foi-se em direção da cama e começou a tirar as roupas.
Depois de um bom tempo, viu que sobrara apenas duas cartas.
Pegou a que parecia mais grossa e começou a ler:
¿Caro Draco,
Estou de escrevendo pela última vez,meu filho, a sua mãe está sendo ameaçada.
Eu realmente estou muito triste, desde que seu pai se fora, eu me sinto realmente solitária, ainda me lembro de como fora feliz.
Sim, meu filho eu fui muito feliz, na minha infância eu fui feliz, eu, Bella e Andy fomos realmente feliz. Sirius sempre estava perto de nós.
Na minha adolescência eu também fui feliz, até um certo ponto.
Apaixonei perdidamente pelo seu pai, sofri durante um bom tempo. Eu, uma sonserina que era conhecida como fútil, seu pai um dos sonserinos mais disputados de toda Hogwarts.
Eu realmente amei, na verdade, amo o seu pai, mas sinto realmente que ele nunca me amou, apenas uma vez na minha vida me desejou.
Seu pai agora se foi Draco, você está preso, essa carta eu entreguei para Pansy, sei que um dia ela irá lhe entregar.
Dizem que os Malfoys não amam, nunca acredite nisso, meu filho.
Como todo o amor,
Narcisa Malfoy¿.
Draco se já estava atônito, ficara mais ainda.
Nunca pensou que a sua mãe, Narcisa Malfoy, algum dia amou o seu pai.
Pensara que era tudo por dinheiro, puro oportunismo.
As coisas estavam realmente insanas, de repente se vê internado em uma clinica, Ginevra Weasley é a sua psicóloga e a sua mãe um dia amou muito o seu pai!
Ah, merda! Não diga que não é real, apenas não diga isso...
Draco realmente no desespero pensou em apenas uma coisa: fugir, fugir para algum lugar.
Mas como iria fugir?
Draco pensou um bom tempo, até achar uma solução, seria arriscado, mas era necessário, ou fazia isso, ou ficaria naquele lugar...
Sem hesitar, socou a janela, não berrou de dor, podia ver a mão banhada de sangue, os cacos entrando na sua mão, na mão que um dia fora branca...
Não conseguiu pensar em mais nada, a dor latejante, a adrenalina a mil, quando ia pular a janela, uma forte pancada na cabeça recebera.
Seria esse o fim?
***
Gina saiu bufando da clínica, os sapatos fazendo um eco enorme pela garagem. Abriu o carro e bateu a porta com violência.
Ligou o rádio e começou a dirigir.
Ainda estava nervosa, sabia que não era certo sentir tanta raiva de Malfoy, mas o que poderia fazer? Nada... Realmente nada, estava encurralada, o ódio que sentia era maior do que a razão que pensava ter.
Aumentou o radio, estava realmente não se importando mais com Malfoy, estava relembrando de como fora feliz, mas a felicidade durou pouco, pouco tempo.
Se lembrara de como Harry fora atencioso, amoroso com ela.
E de como isso tudo acabara e pior de que depois que acabara ela sentiu falta dele, ele a amava e Gina nunca pensou que o que sentia era o amor!
Afinal o que é amar? É você se preocupar com outra pessoa? É você se pudesse morrer no lugar dela?
This is the air I breath, this is the air I breath
Este é o ar que eu respiro, este é o ar que eu respiro
Your holy presence living in me
Sua presença abençoada vivendo em mim
This is my daily bread, this is my daily bread
Este é o meu pão diário, este é o meu pão diário
You were very worried spoken to me
Você estava muito preocupado falando comigo
Ainda se lembrara do que Harry dissera naquele dia, oh, aquelas lembranças mesmo passado tanto tempo ainda a atormentava!
Ele realmente estava preocupado com ela.
E nesse dia...
And I, I´m desperate for you
E eu, eu estou desesperada por você
And I, I´m lost without you
E eu, eu me perco sem você
Nesse dia ele descansaria em paz, depois de passar por tantas batalhas, depois de tanto sofrimento, depois de tantos machucados.
Ele finalmente descansaria em paz.
Gina estava desesperada, desesperada por saber que ele nunca mais voltaria, Harry para ela sempre fora o porto seguro.
Ela novamente estava perdida.
E dessa vez, pensava ela, para sempre.
This is the air I breath, this is the air I breath
Este é o ar que eu respiro, este é o ar que eu respiro
Your holy presence living in me
Sua presença abençoada vivendo em mim
This is my daily bread, this is my daily bread
Este é o meu pão diário, este é o meu pão diário
You were very worried spoken to me
Você estava muito preocupado falando comigo
Ela não gostava de lembrar disso. Não gostava de lembrar que por causa dele quase morrera. Não gostava de lembrar que queria ter morrido.
Pelo menos assim a dor se afastaria.
Gina nesses momentos chorava, era um choro triste, que dava pena. Muita pena.
Não se sabe como que Gina Weasley conseguiu chegar com segurança em casa...
Quem sabe um anjo a salvou de todos os perigos? Pena que não salvou de uma coisa: a dor de perder o amado.
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