Capitulo 15



Obs1: Capitulo dedicado a Mione03 pelo aniversário dela que foi no dia 17. Por favor, espero que você me perdoe por não ter postado no dia!!!Como eu sempre digo: "Antes tarde do que nunca" e como pode ver eu não esqueci de você!!!hehehe...Parabéns!!!!Bjux!!!


CAPITULO XV


Hermione andava depressa pela calçada, na direção da firma de Harry, sentindo-se tão leve que achava que seria capaz de voar. O dia estava lindo. Ela se sentia linda, com o vestido que comprara pela manhã. Era estampado, mostrando o verde da primavera, o azul do céu, o marrom da terra fecunda.
Harry ficaria surpreso, pois nunca a vira usando outra cor além do branco, ela refletiu, subindo os degraus de con­creto do edifício Putman. Atravessou o vestíbulo e caminhou para os elevadores. Entrou em um deles e, ao descer no andar de Harry, apressou o ritmo, ansiosa e feliz.
A secretária deixou-a entrar sem ser anunciada e ela abriu a porta devagar e sem ruído.
— Harry?
Ele se encontrava atrás da escrivaninha, mas afastara a cadeira e olhava pela grande janela, embora parecesse não estar vendo coisa alguma. Hermione percebeu no mesmo instante que alguma coisa não ia bem. Como ele não tivesse notado sua presença, ela entrou na sala.
— Não esperava que aparecesse aqui — ele comentou em tom frio, surpreendendo-a de modo desagradável.
— Não? — ela perguntou, parando. — Mas deixou um bilhete, pedindo que eu viesse e trouxesse uma resposta.
— Foi mesmo? Que coincidência! Já recebi um bocado de respostas, hoje. Para perguntas que eu nunca sonhei em fazer.
— O que está dizendo, Harry?
— Em primeiro lugar, Putman. Ele, um homem impassível, que dirige a firma com mão de ferro e evita revelar qualquer emoção, mostrou-se francamente satisfeito ao me contar que você é sobrinha de Herbert Granger.
— Posso explicar, Harry.
— Não precisa. Já sei de tudo. Assim que Putman saiu, liguei para o investigador e o homem contou-me várias coi­sinhas sobre você e seu tio. Herbert Granger convenceu pessoas a investir bastante dinheiro na sua "fórmula milagrosa de emagrecimento", por exemplo.
— Ele acreditava nos produtos com os quais trabalhava — Hermione declarou. — E queria ser rico, como tanta gente quer.
— E agora conseguiu. Minha secretária acabou de me comunicar que Helen Adamson e Herbert Granger casaram-se esta tarde, às duas horas. Decidiram aceitar os conselhos que você lhes deu. É essa sua função, nas falcatruas de seu tio? Juntar as pontas soltas?
— Não foi nada disso — Hermione defendeu-se. — Eu não disse a Helen para casar-se com tio Herb. Harry, eu não mentiria para você.
— Ora, vamos — ele murmurou com escárnio, apontando para o vestido colorido. — Não está mais usando a fantasia de anjo. Pode parar com a encenação.
— Não é encenação. Eu só aconselhei Helen a ouvir a voz do coração.
Harry meneou a cabeça, concordando.
— Bom conselho. Se Helen tivesse usado a cabeça, em vez de ouvir o coração, teria percebido quem eram você e seu tio. Como eu também perceberia, se não fosse estúpido.
Ele fez uma pausa, cravando o olhar duro no rosto dela.
— Agora entendo por que desapareceu tão depressa da universidade e também de Los Angeles, anos atrás. Sabia que seu tio estava andando numa corda bamba, não é?
— Não foi isso. Eu...
— Ah, tenho certeza de que pode inventar mil explicações plausíveis. Assim como inventou essa história de anjo.
Hermione levou as mãos ao rosto, desesperada.
— Harry, por favor, você precisa acreditar em mim!
Ele riu, mas foi uma risada oca, totalmente despida de humor.
— O mais engraçado de tudo é que acreditei —- declarou. — Achei que você estava com um problema qualquer e que realmente se julgava um anjo. E o tempo todo você me distraía com essa mentira deslavada para que seu tio pudesse trabalhar tranquilamente no seu novo plano para enriquecer.
— Não era mentira! — ela gritou.
— E pensar que no fim eu já estava achando que você era mesmo um anjo, mandado especialmente para mim — ele prosseguiu, como se não a tivesse ouvido.
— Fui mandada para você — ela afirmou, lutando contra as lágrimas. — Harry, você ainda quer que eu fique?
Ele a fitou com expressão gelada, sem responder. Hermione foi invadida por uma sensação dolorosa, que a percorreu da cabeça aos pés. Como fora idiota, esperando que Harry acreditasse nela e ainda a quisesse. Como fora ingênua, achando que ele a amava.
— Pensei que me amasse — murmurou. — E que por isso queria que eu ficasse. Mas você não me ama, porque amor significa confiança. Quem ama, acredita na pessoa amada, mesmo que todas as provas estejam contra ela. Mas reconheço que me iludi porque quis. Como você poderia me amar, se nem acredita no amor?
Ele abriu a boca para replicar, mas Hermione virou-se e saiu correndo. Passou pela secretária, na outra sala, sem despedir-se, e só parou no corredor, porque as pernas falharam. Descansou um pouco, encostada na parede, e depois caminhou para os elevadores, com a impressão de que an­dava em câmera lenta.
Não teve paciência para esperar o elevador e começou a descer pela escada.

Em sua sala, Harry ficou paralisado na cadeira, olhan­do para a porta que Hermione deixara aberta. Ignorou o olhar espantado de Evelyn, quando a mulher foi fechá-la. Procurava alguma coisa que acalmasse a dor que estava sentindo por dentro. Hermione mentira, sim. Escondera o fato de ser sobrinha de Herbert Granger. Isso, porém, não servia de alívio.
A dor cresceu, ameaçando sufocá-lo. De repente, ele soube que não podia continuar a enganar-se. Hermione estava certa.
As provas podiam estar todas contra ela, mas isso não im­portava. A despeito de toda lógica, acreditava nela, porque a amava.
— Hermione! — ele chamou, mas não obteve resposta. Saiu da sala apressado e correu até os elevadores. Os indicadores mostravam que os dois estavam subindo. Ela devia ter descido pela escada. Começou a descer os degraus, correndo, e logo ouviu as batidas dos sapatos de salto alto.
— Hermione!
Os saltos começaram a bater no granito mais depressa, sinal de que ela também começara a correr.
— Hermione! — ele tornou a gritar. — Não desça correndo! Você pode cair!
Ela não parou. Escorregou, mas segurou-se no corrimão de ferro e continuou a descer, cada vez mais depressa. Al­cançava o terceiro andar, quando ouviu Harry atrás dela. A escada parecia girar como um caleidoscópio feito de cores e sons, mas ela continuou a descer.
Fez a última curva, entrando no lance final da escada.
— Hermione! — gritou Harry, já atrás dela. — Eu te amo!
Percebendo desespero na voz dele, ela hesitou e olhou em volta. Escorregou. Por um breve instante, equilibrou-se na borda de um degrau.
Harry estendeu as mãos, tentando segurá-la. Não conseguiu.
Ela caiu e rolou para baixo... para baixo... para baixo...
E desapareceu.




Obs2:Oiii pessoal!!!Este é o penúltimo capitulo da fic!!!Espero que tenham curtido!!!!Até o final da semana eu posto o último!!!!Bjux!!!!Adoro vocês!!!!

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