Capitulo 8



CAPÍTULO VIII


Harry lutava por ar, enquanto sua virilha latejava a ponto de fazê-lo quase urrar. Ele precisava dela, ele a queria. Queria tê-la exatamente ali, no barco. Seus ouvidos tilintavam com os gritos suaves dela, e ele sabia que ela também o queria, que seu corpo estava quente e preparado, pronto para mais do que ele já havia lhe dado.
Repentinamente, o barco se agitou, deixando-o sem escolha. A névoa começava a se dissipar. Antes que a neblina os deixasse completamente expostos, precisavam se recompor.
— O que está acontecendo, Harry? — A voz dela estava fraca, mas notava-se o mesmo desejo que o atingia.
— O brinquedo. Está ligado de novo. A névoa acabou mais cedo hoje. Sabe Deus porquê... — A frustração o tomava. — Ou talvez o diabo.
Uma reclamação suave zuniu no ar noturno, acompanhado pelo som de roupas sendo repostas e arrumadas.
— Isso acontece com muita frequência, digo, a névoa se dissipar mais cedo?
— Algumas vezes no ano. — Ele passou as mãos pelo cabelo despenteado. — Me dê sua mão. — Harry a ergueu e sentou na bancada.
Ela se virou para ele, com os olhos brilhando, a face corada.
— Acha que alguém viu?
— Não. — Queria beijá-la novamente, mais do que qualquer coisa.
Quando o barco seguiu em frente, movendo-se pela água na direção do cais; seus olhares permaneceram paralisados. Ela queria saber como ele se sentia a respeito do que acabara de acontecer. Mas não iria perguntar.
Ele se afastou dela. Ao redor deles, a neblina sumiu. Mas sua partida não levou consigo o calor, o calor que podia sentir no corpo de Hermione, ou o gosto dela em sua boca, ou a música de seu gemido quando ela se soltou.
Estar com Hermione era diferente de estar com outras mulheres.
Ele a perseguiu, voltou para casa e fez, a oferta porque nunca em sua vida havia desejado ninguém como a desejava. Ela o havia seduzido em todos os aspectos, e isto o deixava louco. E sabia que, caso cedesse, e tomasse o que ela desejava lhe dar, teria de enfrentar um fogo incontrolável que ele não poderia apagar.
O barco atracou e foi ancorado. Harry pulou no convés primeiro, então ajudou Hermione a sair. Harry queria dar-lhe uma explicação concreta. Mas esta necessidade insana, de estar mais que fisicamente junto dela, o fazia correr na direção contrária.
Ela deslizou a mão pelo braço dele enquanto saíam do cais para o caos da feira.
— O que acha de uma partida de xadrez hoje à noite?
Em sua mente, sim e não travavam uma batalha. No entanto, um autocontrole ainda maior, aquele que o mantinha são e felizmente impassível, o comandou.
— Tenho de trabalhar.
Ela não disse nada por um momento, e tentou novamente:
— Tudo bem. E amanhã?
— Talvez. Tenho um projeto enorme para acabar.
— Alguém disse uma vez: "Muito trabalho e nenhuma diversão..."
— Sim. Talvez o segredo seja o equilíbrio.
— E é isso que acha que estamos fazendo, Harry? — Uma frustração transpareceu em sua voz. — Um ato equilibrado?
Bem, era um ato, isto era certo. Se a necessidade por ela não fosse tão grande, sua necessidade pelo trabalho não existiria. Ele mudou de assunto.
— Deixamos o urso no barco.
Parada na entrada da feira, ela se virou, olhando-o. O desafio faiscava em seus olhos.
— Talvez devêssemos deixar tudo no barco.
E como um verdadeiro idiota, ele não se mostrou à altura da situação.
— Talvez.
Ele observou os olhos dela repletos de mágoa e confusão, observou-a largar seu braço e dirigir-se ao carro.
Deixar tudo no barco. Como ele poderia achar que aquele dia era o último, que poderia simplesmente esquecer, deixar para trás, ignorar? Não podia.


— Você é meu garotão.
Sortudo bocejou, e espreguiçou-se no colo de Hermione. Havia amanhecido uma hora antes e Llandaron estava apenas despertando.
O sangue latejava nas têmporas de Hermione, arrastando-se vagarosamente por sua face. Harry a fez sentir-se feminina e desejada.
Mas quando a neblina se dispersou, ele se afastou levou-a para casa, desejou-lhe boa noite. Fizera tudo isso com um ar de fria indiferença.
Obviamente, ao lado de Harry, ela não tinha juízo. Visto que havia lançado sua precaução ao vento, acreditando que ele poderia se importar com ela.
Ela não havia evitado aquela situação, porque no fundo de seu coração acreditava que Harry não era um cafajeste.
Devido ao seu passado, durante a maior parte de seus vinte anos, seu detector de canalhas ficara ligado em um nível muito alto. Nenhum mau caráter poderia entrar. Nem caras legais tampouco. Iria realmente desistir, virar as costas, e fugir antes de confrontar Harry sobre o que havia acontecido na noite anterior?
— Olá.
Hermione levantou a cabeça. A luz ofuscante do sol atirigiu-lhe nos olhos, mal podendo distinguir a silhueta da pessoa que havia feito a saudação animada e feminina.
Levantando a mão para bloquear o sol, Hermione franziu os olhos.
— Sinto muito, não consigo vê-la.
A figura se aproximou, permitindo que o brilho intenso a iluminasse. Uma mulher esguia, provavelmente com sessenta e poucos anos, estava a alguns metros de Hermione com um vestido branco e prateado. Lembrava Audrey Hepburn, com algo como sapatilhas de bale e uma tiara de safiras e diamantes sobre os cabelos curtos grisalhos. Não havia dúvida de que ela era um membro da família real. Mas se era o caso, por que não a havia visto antes?
— Bom dia. — A mulher sorriu.
— Bom dia.
— Dra. Encantada, não é?
— Por favor, me chame de Mione. — Ela fez menção de se levantar, mas a mulher fez um sinal para que ficasse onde estava.
— Glinda se saiu extremamente bem, não é mesmo?
Hermione assentiu.
— Muito bem! São todos lindos. — E assim também era essa mulher, Hermione a contemplava.
— O rei me prometeu que poderia escolher um filhote. — O interesse iluminou os grandes olhos violeta quando ela localizou o pacotinho dormindo no colo de Hermione. — Quem é este?
— Chamo-o de Sortudo.
Aqueles olhos incríveis desvíaram-se para ela.
— É o que você salvou?
— Sim.
— Muito corajosa, Mione.
— Não. Esse é meu trabalho...
— Salvar os outros?
— As vezes.
— Há alguém que precisa ser salvo, Mione.
O olhar de Hermione estremeceu na direção da cesta. A mulher deixou escapar uma risada divertida.
— Não. Aí não.
— Desculpe-me — Hermione começou, sentindo-se totalmente intrigada. — Não entendo o que quer dizer.
— Irá entender, querida. — Com um sorriso rápido, ela se virou e dirigiu-se ao lugar onde o sol batia.
— Com licença — Hermione parou, visto que não soube o nome da mulher. — Majestade? Espere, por favor.
Mas não houve resposta.
E um momento depois, o sol se deslocou no céu, e a mulher se fora.


Trabalho.
Harry observava os números na página, tentando se concentrar.
Havia se distraído mais de uma vez na vida, e mesmo assim conseguira administrar tudo e concluir seu trabalho. Isto é, até que a Dra. Encantada chegou a Llandaron.
Que idiota. Mulheres não se tornam uma obsessão. Elas eram uma diversão.
O cheiro do rosbife que ainda não tocara espalhou-se pelo ar, misturando-se ao tempero do fogo e algo mais... algo não, alguém.
Passos suaves, perfeita essência floral.
Ele praguejou.
— Vai me contar o que há de errado, Harry?
— Como entrou aqui? — Tentou um tom frio, mas até mesmo um surdo poderia ouvir o calor, a emoção contida em sua voz.
— Os guardas me conhecem. — Ela parou ao lado dele.
Seus olhos permaneceram na escrivaninha. Se olhasse aqueles olhos e visse desejo, estaria perdido, ou melhor, a teria em sua cama.
— E a porta estava aberta — continuou. — Por alguma razão?
— Estava esperando uma encomenda.
Ela colocou a mão sobre a dele.
— Bem, aqui estou.
Um sorriso tocou-lhe os lábios. Mulher sensual, corajosa, irresistível. Ela o deixava louco. Sacudiu a cabeça, mas não retirou sua mão da dela.
— Achei que não nos veríamos hoje à noite.
— Porque você precisava trabalhar.
— Exatamente.
— Não caio nessa.
— Como? — Sem pensar, ele a olhou. Seu peito se contraiu, e o resto de seu corpo ameaçou seguir o exemplo. E não era porque ela estava em uma camisola transparente ou um sobretudo sem nada por baixo.
Ela não precisava de nada disso. Mesmo vestida com um suéter azul e jeans, e os cabelos presos em um coque frouxo, parecia linda.
— Olhe, Harry, se mudou de ideia sobre nós, não vou continuar aqui.
— Nada mudou.
— Então o que está havendo?
Caso ela não saísse dali, ele iria deixá-la nua e saborear cada centímetro do corpo dela.
— Lembra-se do dia em que nos conhecemos? Lembra-se de como conversamos sobre escolhas?
— Lembro.
Bem, Harry, neste exato momento precisava fazer uma escolha. O ar exalava tensão. Harry levantou-se, empurrou sua cadeira.
— Quer honestidade? Ótimo. — Cruzou a sala em quatro passos, agarrou-a pelos ombros e girou-a para encará-lo. — Preciso tanto de você que dói. Nunca precisei de nada, Hermione. Me entende? Nunca. — Ele a beijou com força. — Mas preciso de você.
Ele estava com medo da necessidade que sentia, assim como ela estava com medo de ter esperanças.
Olhando nos olhos dele, Hermione sabia que poderia entregar-se àquele homem e ir embora quando chegasse a hora. Ela havia desistido do autocontrole. Agora precisava desistir dos sonhos pela realidade.
Com todo o amor que sentia, ela enlaçou a mão no pescoço dele e puxou a boca dele contra a sua. Seus lábios roçavam os dele, dando-lhe beijos curtos, suaves, passando sua língua por eles até que abrisse a boca. E quando o fez, um fogo líquido emergiu de suas coxas.
Ele se afastou, ainda que sua boca permanecesse a apenas alguns centímetros.
— Meu futuro não me pertence, Hermione. Em uma semana e meia, durante o Baile de Máscara, preciso dizer ao meu povo...
— Não.
— Droga. Você precisa entender.
— Eu entendo. — Ela olhou em seus olhos, queimando de desejo. — Não sou boba, Harry. Em uma semana e meia estarei dando adeus a tudo que está aqui.
— Você não entende.
— Sim, eu entendo. — Suas palavras eram poderosas. — Nos restam dez dias. Vamos passá-los separados, trabalhando... desejando um ao outro? — Ela pressionou seu corpo contra o dele, sentindo a evidência do desejo dele. — Ou vamos passá-los juntos, em sua cama?
Ela ouviu o gemido que escapou dos lábios dele, e o som glorioso de sua derrota que se seguia.
— Dane-se isto, dane-se você.
Sua boca estava sobre a dela em segundos, os braços dele ao seu redor, apertando-a contra seu peito. Um delicioso tremor atingiu sua espinha, fazendo seus seios doerem. Tocavam-se mutuamente, enquanto Harry tomava a língua dela em sua boca, sugando, lutando, brincando, o coração dele batendo contra o peito dela, endurecendo-lhe os mamilos.
Seu corpo era dele, seu coração e alma também, se os quisesse. Sentindo-se tonta, agarrou-se a ele. Ela inclinou a cabeça, desesperada por um beijo mais profundo. Desejava vê-lo, sentir sua pele morna sob suas mãos. Com mãos desajeitadas, ela abria a fivela do cinto dele. Aberto o zíper, despido o jeans, Harry retirou o suéter dela e desceu a calça até os pés em cinco segundos. O som da respiração deles, ofegante, saturava a sala.
— Hermione, isto não será suave. — Ele agarrou seu traseiro, puxando-a contra seu corpo.
— Não quero que seja suave.
— O que quer?
— Só você, dentro de mim.
Com olhar penetrante, deslizou a mão pelo abdomen de Hermione, até que seus dedos encontrassem o vale entre sua penugem.
— Aqui? — perguntou, introduzindo um dedo dentro dela.
— Sim — ela murmurou.
Ele deslizou outro dedo para dentro dela.
— Mais?
— Sim.
Seu corpo se dilatava, sua mente desmanchava, enquanto ele ainda introduzia outro dedo em seu corpo.
— Hermione — ele sussurrou, quase desesperado.
— Você, quero você. Por favor, Harry.
Gentilmente, deitou-a sobre a cama. Ele esticou a mão até o criado-mudo, onde pegou um pacote laminado e o abriu.
— Deixe-me fazer isso. — Hermione sorriu, tirando a camisinha de suas mãos. Abaixou-se, sentindo cada centímetro do corpo dele, enquanto ele gemia, tornando-se inacreditavelmente mais rígido em sua mão.
Harry tornou-se selvagem, pressionando suas costas contra a cama, abrindo suas pernas com o joelho, enterrando-se dentro dela.
Um gemido escapou dos lábios de Hermione, e suas unhas cravaram-se nas costas dele. Suas investidas eram rápidas e profundas, e ela acompanhava cada uma delas. Erguendo os quadris, empurrando-os contra ele, ouvindo o som de seus corpos úmidos se chocando.
Resfolegando, ela lutava para resistir, mas ele a levou além do limite.
Penetrando-a como um louco, Harry estremeceu, jogando a cabeça para trás. Seus dedos cravaram-se em seus quadris, quando o gozo o atingiu também.
Após um momento, ele rolou para o lado, envolvendo-a firmemente em seus braços. Hermione sorriu delicadamente. Havia feito amor com o homem de seus sonhos.
Ela fechou os olhos, tentando não pensar em sua situação. Queria dizer a ele o quanto significava para ela. Sabia que precisava ser corajosa.
— Talvez devesse voltar para o meu quarto.
Puxando-a para bem perto, Harry sussurrou em seu ouvido:
— Não vai a lugar algum.
— À noite ou de manhã... alguém verá. — Com uma pequena manobra, ela se livrou do abraço possessivo dele, e sentou-se.
— E a proposta de passar o tempo juntos em minha cama? — Ela podia sentir o aborrecimento em sua voz.
Enrolando-se no lençol, ela levantou-se. Precisava acostumar-se a deixá-lo, caso quisesse sobreviver depois de perdê-lo.
— Passar o tempo em sua cama... fazendo amor. — Lembrou-lhe.
— Ame-o e deixe-o, não é?
Ela riu ao ouvir outro de seus ditados americanos.
— Ouviu esse no Texas?
— Kentucky.
— Ah.
Esticou-se, agarrou o lençol e puxou-o levemente:
— Volte para a cama, Hermione.
Seus olhos se derretiam, altamente sedutores. Estava lá deitado, nu, ereto novamente, com músculos de granito e sorrisos maliciosos. O desejo começou a palpitar entre suas pernas.
— Volte para a cama — ele repetiu, puxando-a para perto, até que ficasse a centímetros de distância.
— Para dormir? — perguntou, sem forças.
— Sim. — Com olhos faiscantes, livrou-a do lençol. E com mãos fortes, ele a levantou, encaixando-a sobre sua ereção. — Mais tarde. Muito, muito mais tarde.



Obs:Oiiii pessoal!!!!Capitulo postado!!!!Espero que tenham curtido!!!!Semana que vem tem mais atualização e fic nova!!!!Bjux!!!!Adoro vocês!!!!

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