Mistérios e O Último Beijo



No meio daquela “imensa” festa feita aos alunos do oitavo ano, Hermione chamou Harry Potter e Ranany Nichols. Havia um pequeno espaço entre as escadas para os dormitórios, e era lá onde Hermione se encontrava. Durante o caminho, Harry e Rany, que estavam voltando a se falar, viram que havia muita gente brincando e namorando. Havia garotos vomitando de tantas cervejas amanteigadas que bebiam, outros garotos brincando com os produtos “Wesley & Wesley’s”, garotas dando tapas nos rostos dos supostos namorados e Neville estava colado na parede meio triste.
- Neville, venha conosco! Você está tão sozinho aí! – Rany convidou-o.
- Certo! É porque eu gostaria de ficar com a Luna esta noite... – Ele explicou.
- Você está mesmo, “amarrado” nela, não é? – Harry perguntou sorrindo.
- ... – Neville só lhe deu um sorriso meio sem graça como resposta.
Então continuaram em direção àquele lugar a que Hermione estava chegando primeiro. Simas estava sentado no sofá com Parvati e Dino estava com Gina, o que deixava Rony, que estava na outra ponta conversando com um garoto do primeiro ano, com muito ciúmes.
Ao chegar no pequeno espaço designado por Hermione, ela viu que havia ali um casal no maior carinho no canto da parede. Hermione pediu para que saíssem, e eles saíram resmungando.
- Bom... Harry, Rany e Neville. Acho que isso o que tenho para falar seja muito bom! – Hermione parecia misteriosa e alegre ao mesmo tempo. – Achei algo muito... digamos... Interessante aqui.
- Humm... O que há aqui? Não vejo nada... – Harry falou.
- Bom, isso é o que os nossos olhos não vêem, por isso, é um feitiço. De invisibilidade! Vejam... – Hermione tentou explicar, mas os três fizeram cara de “não estou entendendo nada!”. Virou de costas para eles e apontou a varinha para um canto escuro e inferior da parede. – APARECIUM! – Uma fina brisa bateu sobre a parede, e lentamente, revelou-se um tipo de pequena porta marrom com várias pedras preciosas, de cores distintas como vermelho, semitransparente, azul, verde, amarelo e bronze. Havia uma pequena maçaneta embutida na própria porta. Era realmente muito estranho.
- O que é isso, Hermione? – Rany perguntou confusa.
- Bom, isso é uma pequena porta, e nela há uma coisa valiosa para nossos conhecimentos em BES! – Hermione falou radiante. – Vejam novamente... – Ela se abaixou e empurrou levemente a maçaneta e ela pulou para fora. Hermione lentamente abriu a porta, como se quisesse causar um pouco mais de suspense. E de lá, ela tirou um livro grosso e velho, cheio de teias e poeira. – vêem? Isso é um livro do...
- Hermione, eu sei que isso é um livro! – Harry falou sem paciência.
- Calma, Harry! Esse livro foi escrito por base nas anotações de Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore! Esse livro foi escrito quando ele estudava aqui neste colégio, Harry. E gostava muito de pesquisar sobre os Bruxos Escolhidos! Aqui tem todas as anotações e predições sobre, no caso, nós! Vai ser-nos útil! – Hermione falou. – Já o li várias vezes, e acho que posso lhes dar um grande resumo...
- Ótimo, vamos lá! – Harry falou se sentando no chão.
- Aqui, Harry? Todos podem ouvir... – Neville falou timidamente.
- E onde mais pode ser?
- Vamos para o banheiro das meninas, onde fica a Murta que Geme. – Hermione disse afinal. – Afinal, ninguém vai lá...
Então, os cinco, onde Rony também os acompanhou, saíram sem a percepção de todos, foram direto ao banheiro. Ao entrarem lá, ouviram gemidos altos, olharam todos os cantos e não a acharam. Hermione então começou a falar:
- Bem, pessoal. Aqui diz que devemos achar uma sala escondida em Hogwarts que é chamada de Sala Viva. Lá haverá um grande corredor de criaturas peludas onde leva a uma outra sala circular, e há uma esfera de cristal que faz a porta para o enigma abrir. Esse corredor e essa sala circular é protegida por uma criatura meio homem meio selvagem. Aqui não diz qual seria. Diz também, que o diretor da Escola Hogwarts deve guardá-la e mudá-la de lugar de ano em ano. Apenas o zelador, que no caso é Filtch, e o diretor são as pessoas que sabem onde é esse tal lugar. Lá devemos responder um enigma que irá destruir todas as origens do mal e dar mais uma chance aos mortos... – Hermione falou franzindo as sobrancelhas sem entender.
- Como assim: dar chance aos mortos? – Rany perguntou.
- Não sei!
- Certo, continue...
- Bom, aqui diz que uma das origens do mal não desaparecerá somente com o enigma resolvido, será preciso também o sacrifício dos filhos do sol.
- Filhos do Sol? – Harry perguntou sem entender.
- É. Mas não me pergunte que também não sei. Continuando... Quando o enigma for aceito, a origens do mal serão totalmente destruídas por mais de 200 anos. Mas uma origem maléfica será apenas temporariamente destruída. Voltará a atuar em apenas cinco anos.
- Acho que isso tem a ver com o Voldemort! – Neville falou.
- Eu também acho, Neville... – Harry falou encarando Hermione pensativa.

***

Faltava dois dias para a formatura. As garotas não sabiam com qual roupa iriam para o último baile. Mas os diretores de casas advertiam-nas que deveriam ir com brilho para se destacarem das outras alunas dos anos anteriores, enquanto isso as outras eram advertidas para não irem com roupa de brilho. Rany, Hermione, Diana, Luna e Gina se reuniram para combinar as roupas. Luna e Gina não terminariam o ano naquele, elas eram sétimo ano, mas mesmo assim foram para combinar. Então ficou claro que Rany iria com um vestido azul-bebê e uma fita da mesma cor nos cabelos amarrados num rabo-de-cavalo. Hermione iria com um vestido rosa claro, cabelos soltos e lisos, e claro, com seus brincos de ouro. Diana iria com um vestido azul-marinho e iria cortar os cabelos bem curtos. Gina iria com um vestido verde claro e com os cabelos presos num rabo-de-cavalo. Luna iria com um vestido laranja bem “destaque”, e iria com seus cabelos soltos ao natural.
Como sabemos, Rany, Draco e Harry fariam juntos, um trabalho de Transfiguração. Combinaram, no banheiro feminino, que iriam fazer uns números de transfiguração na teórica e na prática. Lloyd estava lá, ficava calado o tempo todo, e quando podia, arrancava uns beijinhos de Rany na frente de Harry, o que fazia ele se morder de ciúmes. Quando eles terminavam de se beijar, Lloyd o encarava e Harry rapidamente abaixava a cabeça muito corado.
Draco estava com Ray, que há alguns dias estava atrás dela e acabou conseguindo fisgar a garota cujo corpo sempre o atraía. Mas Draco sempre fora muito espontâneo e Ray era do mesmo jeito. Desde que chegara na escola, ela era difícil para com Draco, e ele adorava isso, gostava de mulheres difíceis. Só agora, no final do ano, ela se rendeu aos encantos de Draco, e ambos estavam muitos felizes por estarem juntos.
Quando terminaram Lloyd disse que precisava urgentemente dar aula para o terceiro ano, saiu correndo de lá. Draco e Ray saíram juntos. Apenas ficou Harry em pé junto a porta a observar Rany recolher papéis do chão. Rany não parecia ser incomodada pela observação de Harry. Não ligava para ele. Harry via aquele corpo escultural que já esteve em suas mãos. Os cabelos caídos pelos ombros... como ele queria aquela mulher no seu abraço no baile. Mas ele sabia que ela iria com seu novo namorado: Lloyd Conswan. Quando Ranany Nichols se levantou pronta para sair, Harry a segurou pelo braço da mesma forma que o fez no Salão Comunal da Griffinória.
- O que você quer dessa vez, Potter? – Rany perguntou sem alteração de voz, e o encarou lindamente. Seus lábios estavam molhados e refletiam um pouco da luz do banheiro.
Harry não resistiu aquela face olhando para ele: agarrou o outro braço dela e a beijou furiosamente, como se aquele fosse o último beijo deles dois. Rany tentava se desvencilhar daqueles braços fortes. Havia conseguido. Mas Harry dessa vez, sem soltá-la do beijo, havia segurado em sua cintura esbelta e morena. Rany estava com uma mini-blusa e as peles se tocaram. O corpo de ambos estavam fervendo, e então Rany não resistiu e acabou colocando as mãos espalmadas no rosto do seu amante, e retribuiu o beijo da mesma forma. Ficaram ali colados por algum tempo. Quando Rany se deu conta de si, se separou rapidamente de Harry, e ele não sabia o que tinha acontecido ali. Rany deu tempo do garoto se dar conta e lhe deu uma bofetada bem no meio da bochecha esquerda.
- UAU! Que é isso, Rany? – Harry perguntou com a mão na bochecha sem entender nada.
- Isso, é por ter se aproveitado de minhas fraquezas, Potter! – Rany falou apontando o dedo contra ele.
- Mas você estava gostando, Rany!
- Não me chame pelo meu apelido, Potter! Que nojo! – Ela falou passando o braço em sua boca, numa desesperada tentativa de tirar o beijo da boca.
- Rany, eu não vou desistir de você! Você é a mulher da minha vida! Eu te amo!
- Não, você não me ama! Você se encaixa direitinho com aquela Mendew! Você se lembra o que ela me fez naquele piquenique?
- Mas aquilo foi um acidente!
- Ah! Sei! Sai daqui, Potter!
- Rany, eu te amo!
- Tchau, vou em Hagrid para encomendar a nossa surpresa!
- Rany... – Harry gritou, mas Rany o deixou falando sozinho.
Harry, enquanto andava para o salão comunal, estava pensando: “Eu tenho que arrumar um jeito de reconquistar a Rany... mas o quê? Humm... Acho que já sei!”. Harry havia acabado de entrar no Salão Comunal, sentou numa mesa que ali ficava, pegou um pergaminho e uma pena e começou a escrever. Quando terminou, colocou o título como “Without Air”. E o guardou na sua mala para ter mais segurança.

***

David chegou uma tarde muito feliz de um churrasco que os pais de Hermione fizera. Nesse churrasco, Hermione, Diana, Rony e Rany foram convidados. Harry não quisera ir. Mas ele teve muitas surpresas.
- Harry, você nem imagina o que aconteceu nesse churrasco! – David falava sorrindo e aparentemente muito alegre.
- É, Harry! Você perdeu muita coisa! – dessa vez era Hermione alegre e pulando muito.
- Pois é! Nós fomos só para celebrar o aniversário da mãe da Hermione, mas você nem imagina quem eu vi lá! – David falava com um brilho no olhar igual ao de Hermione. – Eu vi meu pai lá, bebendo com o pai de Hermione.
- É e o melhor! Eu e David... – Hermione falou abraçando o loiro.
- Estão namorando? Mas e o... – Harry falou gravemente.
- Não! Deus me livre! – Hermione falou grave.
- Melhor, eu e Hermione somos irmãos bivitelinos!
- O QUÊ?! – Harry perguntou surpreso e ao mesmo tempo confuso.
- Sim, sei que é estranho! Mas, é uma longa história... – David falou incomodado. – Mas vou contar! Eu e ela fomos separados, pois meu pai, que não é meu pai, sempre quis Ter um filho, mas não conseguia, e quando a mãe de Hermione, que agora é minha mãe, nos teve, meu pai, que era médico deles na época, me pegou e disse que supostamente morri. Aí... – David falava isso numa disparada.
- Nossa! É muita informação... calma, respira! – Harry falou rindo muito.
- Certo, Harry... – Hermione se pôs a falar. – Fomos afastados, e depois a mãe de David teve seu primeiro filho, o Colin, e depois o Dênis. O pai de David ficou comovido e queria entregar meu irmão aos meus pais, mas não teve coragem. Somente hoje, quando nos viu juntos, ele teve coragem e contou tudo aos meus pais! Não é o máximo? – Hermione falou com seus olhos brilhantes.
- Nossa! E o Rony que vivia com ciúmes... – Harry falou suspirando admirado.
- Nem me fale, ele me pediu desculpas a todos os instantes... ficou envergonhado... – David falou sorrindo.
- Imagino... – Harry suspirou olhando Rany do outro lado falando com Diana.

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