Lloyd e Louise.



Naquela noite, Harry não conseguiu dormir direito. Não parava de pensar em Rany. Ele não sabia se ficava com raiva ou desejar o perdão dela. Mas em sua cabeça quem ganhava era sempre a primeira opção.
Ele estava deitado em sua cama olhando fixamente para as cortinas vermelhas dela. Olhou para um lado e havia um relógio, viu que eram quatro horas da manhã. Voltou a olhar as cortinas. Vinha em sua cabeça muitas idéias para esquecê-la. Até passou por sua cabeça em matá-la, mas isso não ajudaria em nada: viveria com essa culpa pelo resto de sua vida. Voltou a pensar em alguma coisa. Veio uma imagem em sua cabeça, como poderia ter acontecido essa tragédia. “Talvez o Draco seja inocente... ela poderia muito bem ter agarrado ele só para ela... ou talvez, eles já se encontravam há muito tempo... ela só esteve comigo por causa do meu dinheiro... Ahh! Cretina! Mas como farei para esquecê-la? Ela roubou meu coração... Não consigo esquecê-la!” Quando Harry terminou de pensar tudo isso, ele olhou para sua direita e viu o sol nascer lentamente, derramando pelo seu redor sua luz quente e suave. Harry ficou ali olhando tudo e sem pensar em nada. Quando o sol saiu por completo do lindo horizonte, ele decidiu: “Vou arrumar outra pessoa que me ame melhor que ela!”

***

Naquela manhã, Harry se sentou ao lado de Hermione. Ela ao vê-lo não disse nada, apenas fechou a cara. Alguns minutos se passaram, Rony chegou e deu um bom dia bem fraco para Harry, e deu um beijo em Hermione. Logo após isso, Rany chegava. Mas, havia apenas um lugar em toda a mesa da Griffinória. O jeito era ficar na frente de Harry Potter. Comeram olhando para os lados.
A primeira aula seria adivinhação, mas como era o último ano deles em Hogwarts, haveria uma seleção de profissão por parte dos alunos. Harry foi chamado por Minerva dentro do salão. Harry a seguia durante um corredor bastante iluminado, com um tapete enorme das cores vermelha e amarela. Até quando ela parou numa porta que Harry sabia ser a sua sala.
- Entre Harry! – Minerva convidava-o a entrar.
Harry entra muito acanhado e senta-se na cadeira a frente da mesa. Minerva senta logo em seguida.
- Harry, na última vez em que nos encontramos com aquela Dolores, você me disse que queria ser um Auror... você ainda quer o ser? – Minerva perguntou calmamente.
- Sim, senhora! – Harry falou com muito interesse.
- Então, você de agora em diante... – Minerva pegou sua varinha e fez um feitiço, nisso apareceu um pequeno crachá com a foto de Harry e seu nome ao lado. Havia também um “Estagiário: AUROR” enorme debaixo de seu nome. Harry ficou admirado. – será um novo estagiário de Auror.
- Obrigado, senhora... – Harry não conseguia se conter de felicidade.
- Tudo bem, Potter... Vá agora, tenho que atender mais alunos do oitavo ano. Boa Sorte! – Minerva falava sorrindo e dando força a Harry.
Harry se levantou e deu as costas para Minerva e antes de abrir a porta deu mais uma olhada para trás e viu-a dando mais um sorriso de segurança. Abriu a porta e Hermione estava encostada na parede, quando o viu, entrou imediatamente na porta. Harry a olhou com um grande sorriso, mas ela não prestou atenção. Continuou a andar pelos corredores escuros da escola e acabou topando com Severo Snape. Snape o olhou dos pés a cabeça.
- Estava o procurando, Harry Potter... – Snape falou enquanto o analisava. – Humm... Estagiário em Auror?! Impressionante... Como você tem coragem? Seu pai o queria ser... e veja o que aconteceu...
- Não me interessa! Por que estava me procurando? – Harry falou ameaçadoramente.
- Ahh! Desculpe-me... Como você é um dos monitores da casa Griffinória, você tem que receber um estagiário de outra escola. Na verdade, é uma contratada do Profeta Diário... Albeforth lhe escolheu para esse cargo... Siga-me. – Snape deu as costas e começou a caminhar. Harry o seguia.
Depois de muito andar, Harry e Snape estavam num corredor com muitas pilastras, e havia à frente uma estátua parecida com uma fênix toda negra. Snape o colocou nela e falou: “Trevas na Escuridão”. A estátua começou a subir circularmente. Parou de frente a uma porta. Harry a abriu lentamente. Albeforth estava bebendo um vinho numa taça grossa e muito chamativa. Alguém estava sentado na poltrona de frente a mesa do grande diretor. Harry caminhou e Albeforth o tinha visto.
- Ahh, Harry Potter! Até enfim você chegou! Acho que já deve saber para quê está aqui, não? Quero lhe apresentar a Contratada de Jornalismo do Profeta Diário, Louise Mendew da Escola de Magia e Bruxaria Entarkis. – Albeforth a apresentou, e ela virou a poltrona para Harry poder vê-la. Ela estava com um bloquinho de notas com uma Pena de Repetição Rápida sobrevoando em sua mão aberta. Era uma garota muito bonita, em comparação à Rany, tinham o mesmo corpo e altura. Mas Louise tinha um rosto de felicidade, não demonstrava preocupação. Seu cabelo central era voltado para trás e presos por um prendedor. Tinha olhos azuis. Estava vestida com uma blusa rosa sem mangas, e o colarinho bem felpudo. Usava uma calça jeans azul comprida. Sapatos normais e bem marcantes. Depois dessa análise, que levou em média uns dez segundos, ela se levantou e o cumprimentou.
- Então você é o famoso Harry Potter? – ela apertou sua mão e depois lhe deu um beijo na bochecha. – Estarei aqui em Hogwarts até terminar o oitavo ano, senhor Potter, e farei várias matérias sobre você e a escola! Muito prazer, Louise Mendew.
- Prazer! – Harry falava com muita dificuldade. – Entarkis fica em qual lugar?
- Na Espanha! Nunca ouviu falar? – Louise perguntou.
- Desculpe, mas não! Para uma espanhola, você fala muito bem o Inglês... – Harry elogiou.
- Obrigada, estou aprendendo desde que entrei na escola. – Louise lhe deu um sorriso. – Bom, Harry, mostre-me a escola que estou louca para lhe fazer perguntas.
- Claro! Vamos! – Harry saiu junto com ela.

***DEPOIS DE DEZ HORAS***

Quando estava caindo a noite, Rany foi chamada para saber qual o seu cargo no oitavo ano. Ela saiu de lá, para dar lugar a Rony, quase de dezessete horas da tarde. Aquele dia era dia de lua cheia. Correu para a floresta proibida. Como ela era uma Bruxa Escolhida, ela até poderia controlar-se enquanto lobisomem, mas mesmo assim, era muito perigoso. A noite caiu depressa. Era a primeira vez, antes de se transformar em lobisomem, que não havia jantado. Ficou com fome. Quando a lua apareceu, ela começou a se transformar, toda noite de lua cheia era muita dor. Suas costelas se deslocavam, a cabeça trincava para o crescimento do focinho. Ao terminar do processo, o instinto selvagem não resistiu, começou a correr pela floresta e acabou matando um cervo que corria da fera. Ela se alimentou daquele cervo. Mas não tinha acabado, quando apareceu dois lobisomens juntos, e queriam a caça dela. O instinto mais uma vez não deixou por menos. Ela atacou os dois. Ambos caíram no chão. Porém não deixaram-na em paz. Ela atacou um que estava na esquerda e o golpeou várias vezes. O lobisomem que estava apanhando saiu correndo. O outro que viu tudo comendo o cervo, se levantou e golpeou Rany fazendo-a bater com a cabeça no tronco de uma árvore. Ela caiu inconsciente. O lobisomem parecia que iria aproveitá-la para comer também. Afiava suas garras na árvore junto dela e bafejava muito. Quando ele correu para junto dela com o intuito de devorá-la, algo desceu de cima da árvore e uma luz vermelha-sangue atacou o lobisomem, fazendo-o correr. Foi a última coisa que Rany viu quase desacordada.

***NO OUTRO DIA***

Rany acordava toda dolorida. Estava com outras roupas, e elas não eram suas. Levantou-se lentamente e sentou-se na beira da cama a qual estava deitada. Olhou ao redor, era uma casa meio sombria, tinha esta cama, uma cômoda, uma pequena mandrágora nela. Havia alguns materiais todos mal-organizados: parecia a casa do Hagrid. De repente, algo pula em cima de Rany, e ela cai na cama novamente junto com essa coisa.
- Charmy! – Rany grita de alegria. O “gato” mia para ela, e ela, por sua vez, sorri.
- Então esse Amasso é seu? – Uma voz masculina entrava pelo quarto. Depois de um breve tempo, uma sombra entrava pela casa. Rany ficou com medo. – Não precisa ficar com medo... dá pra sentir sua adrenalina sendo liberada... Não se preocupe... meu nome é Lloyd! Lloyd Conswan!
Rany o viu: era um garoto aparentemente mais velho que ela uns dois ou três anos. Era ruivo e tinha olhos verdes parecidos com os de Harry. Tinha um sorriso singularmente preciosos e característicos. Era forte mas não era largo. Alto e aparentemente simpático.
- Humm... Qual é o seu nome, senhorita? – Ele perguntou com um lindo sorriso, vestido com uma camisa laranja, com jeans e uma bata estranha com detalhes laranja.
- Ohh, meu nome é... Ranany Nichols, mas me chame de Rany. – Rany respondeu acariciando a Charmy. Ela acabou por pensar: “Esse rapaz não é mau. Se fosse, a Charmy já estaria o estranhando! Acho que é seguro!” – O que estou fazendo aqui?
- Encontrei-a na floresta, quase morta! Você foi atacada por dois lobisomens! – Ele respondeu calmamente.
- É mesmo! Agora eu me lembro... Você é de Hogwarts? – Rany perguntou.
- Não! Eu sou apenas um estagiário de Trato de Criaturas Mágicas vindo da Escola de Magia e Bruxaria de Candron, na Romênia. Cheguei aqui ontem... mas não conheci a minha colega que vai me ajudar aqui em Hogwarts... Espera aí! Você disse que é a Ranany, não é mesmo?
- Sim!
- Ai! Que maluquice! É você a minha “guia”!
- Não acredito! É mesmo?
- Sim, mas para começar... nunca deixe seu Amasso solto nos dias de lua cheia, pois ele pode ir atrás de você e poderá matá-lo, já parou para pensar nisso, Rany?
- Não! Mas você tem razão...

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