Visita à casa da Família Wesle
Harry voava depressa pelas nuvens. Não parava de chorar. Muitos pensamentos invadiam-lhe a cabeça. “Por que a Rany fez isso comigo? Será que eu não dou o amor o suficiente? Por que logo com o Draco? Será que ela encontra em mim somente um divertimento e futuramente se casar com Draco pelo seu dinheiro? É verdade... Sua família não tem tanto dinheiro assim... Apesar do Draco ser extremamente apaixonado por ela... desde o primeiro dia em que ela pôs o pé em Hogwarts. Ele estava sempre a espreita. Acho que nunca deveria ter largado a Cho... Ela sim me amava... Será que dá tempo de recuperar o tempo perdido? Por que a Ranany Nichols pôde fazer isso comigo? Por quê?“. Harry não sabia no que pensar. Aterrizou num lugar onde Sirius colocou sua casa para morar, entrou e deitou em sua cama sem se preocupar com sua roupa meio úmida. Olhou para a sua esquerda e Biguço olhava para ele sem entender nada.
- O que é? – Harry falou com raiva para o bicho.
Biguço sem responder, abaixou a cabeça e voltou a dormir. Harry olhou para a sua direita e havia um aparelho trouxa chamado Relógio Digital onde pôde ver as horas: 21:00. Olhou para o teto escuro, viu imagens assustadoras nas sombras. Olhou novamente para a direita, agora em direção da janela, e viu que era árvores se mexendo lá fora. Olhou a lua que estava quase cheia, talvez no dia seguinte seria lua cheia. Lembrou-se de Rany novamente e caiu de seus olhos uma lágrima. Tornou a cabeça para o teto novamente. Olhava aquelas imagens. Tanto até que adormeceu.
Nos seus sonhos, estava tudo escuro e apenas ouvia choros. Talvez eram choros de quem ele conhecia muito bem.
***
Rany olhava pela janela que ficava em cima da sua cabeceira, acariciava a Charmy que estava em baixo da palma de sua mão. Não parava de pensar em Harry. Olhou a lua que estava linda, parecia que ela ria ali, somente para ela. Sorriu. Deitou sua cabeça no travesseiro. Charmy se enrolou na barriga de Rany e ali mesmo adormeceu. Rany olhava o teto do seu quarto, não havia sombras nenhuma.
- Está melhor? – Everlyn perguntou no meio da penumbra.
- Ainda estou com a ferida no coração, mas exteriormente estou bem... – Rany respondeu.
- Sinto muito pelo que aconteceu...
- Não! Você não fez nada, Everlyn...
- Mesmo assim. Poderia ter impedido.
- Não. Isso estava para acontecer. Harry parece que nunca confiou em mim. Eu tinha que ler os pensamentos dele para saber o que ele estava sentindo... Nunca me dizia da boca...
- Ahh! Então você gosta de adivinhação?
- Ahh! É uma das matérias que mais gosto. Sou uma fera nessa matéria.
- Quando era mais jovem, amava essa matéria... eu sabia das coisas mesmo antes de dizerem...
- Pois é!
- Depois que me formei em Adivinhação, não encontrei mais emprego...
- Nossa! Não faço mais adivinhação! Acho que farei para Auror.
- Auror é bom... Bom, devemos dormir, se eu conheço bem a Mel, ela levantará amanhã bem cedo, e poderá até usar a força bruta...
- Nossa! Mas acho que isso não irá acontecer, porque ela hoje está dormindo com Remo Lupin...
- É mesmo... Mesmo assim, vamos dormir.
- Boa noite!
- Boa noite...
Rany continuou a olhar o teto. Sabia que no dia seguinte sairia para a casa dos Wesley. Avisada ainda naquela noite.
***FLASHBACK***
Rany continuava chorando com seu vestido e ao seu lado estava Hermione. A porta é batida duas vezes e entra Rony por ela.
- Rany? Preciso falar com você...
- Rony... Agora não! – Hermione tentava tirá-lo dali.
- Não, Hermione... deixe-o! – Rany falou removendo as lágrimas.
- Rany, venho aqui te avisar uma coisa... – Rony falou coçando a cabeça.
- Fale Rony! – Rany falou terminando de tirar as lágrimas.
- Minha mãe te convidou para passar o dia amanhã conosco... sei que você está muito deprimida, mas ela disse que é muito importante. – Rony.
- Tudo bem. Diga a ela que irei. – Rany.
- Posso ir, Rony? – Hermione perguntou interessada.
- Poder... pode. Mas você não iria viajar com sua família? – Rony perguntou.
- Ahh! É mesmo! Mas eu cancelo. – Hermione.
- Tudo bem... vejo vocês amanhã de manhã. – Rony falou fechando a porta.
***FIM DO FLASHBACK***
Com essa recordação, Rany acabou dormindo profundamente.
No dia seguinte, acordou com uma leve dor de cabeça. Se levantou foi ao banheiro, tomou seu banho matinal, vestiu sua calça e blusa de cooper, e pôs-se a caminhar. Toda a casa ainda dormia. Andava pensando naquele ingrato do Harry Potter que acabou com sua festa de aniversário depois de mais de cinco anos. Pensou muito e traçou uma decisão.
***
Harry acordou um pouco mais tarde. Estava com uma ressaca das bravas, pois tinha tomado muitas cervejas amanteigadas naquela maldita noite em que teve a péssima experiência de ser traído. “Aquela maldita! Tanto amor que lhe dei!”, Harry pensava consigo. Levantou lentamente e olhou para sua esquerda e estava Sirius sentado numa poltrona ao lado de Biguço, roncando feito um porco. Harry se espreguiça, pega um cobertor e cobre seu padrinho. Desce as escadas lentamente para não fazer barulho. Vai na cozinha, pega uma assadeira e coloca dois ovos para fritar junto com dois pedaços de bacon. O aroma delicioso estava por toda a parte da cozinha. Enquanto fritava mais, colocou um prato na mesa, alguns talheres, guardanapo, entre outras coisas. Sentou-se junto de seus ovos com bacon, e olhou as horas. Eram exatamente 08:23 horas da manhã. Olhou seu café da manhã e começou a comer.
***
Acabado o cooper, Rany chegou em casa toda suada. A casa naquele momento estava acordada, mas todos olhavam para ela, davam um sorriso triste, e prosseguiam o que estavam fazendo. Rany entrou em seu quarto apressada e indignada. Pega roupas limpas e vai tomar um banho. Ao sair, encontra todos sentados na mesa, exceto Draco. Ela caminha para a cozinha e Draco sai correndo do quarto e acaba topando com ela.
- Desculpe, Rany! – Draco se desculpa de cabeça abaixada e segurando a sua vassoura. Ele estava vestido de azul e preto. - Estou apressado para ir a um lugar.
- Certo! Draco, não se preocupe, mas... já tomou café? – Rany perguntou apontando a mesa.
- Já! Mas estou com pressa... Tchau! – Draco deu um beijo rápido na bochecha dela fazendo estalar os lábios. Logo após ele sai correndo, vai aos terrenos e sai voando com sua vassoura.
Então ela caminha novamente para a cozinha sorrindo. Quando chega, todos estão em silêncio. Ela senta, e deseja um bom dia. Todos respondem sorrindo.
- E então, Hermione? Vai viajar com seus pais? – Diana perguntou.
- Não... Nós cancelamos... Então, Rany, se não se importa vou com você para a casa do Rony. – Hermione falou séria.
- Claro, Hermione! Vamos sim! – Rany devolveu à ela um grande sorriso alegre. Ela olha para o relógio e diz. – São oito e quarenta e cinco. Estamos quase na hora! Vamos Hermione, se não me atraso! E você sabe que não gosto de me atrasar.
Às nove horas em ponto as duas já estavam voando por cima das nuvens cada uma em sua vassoura.
- Rany, posso te fazer uma pergunta? – Hermione perguntava temerosa.
- Você já está fazendo... pode! – Rany falou sem tirar o horizonte de vista. Ele estava lindo, bem azul, nuvens fofas, algumas montanhas...
- Você já está melhor hoje... Você e o ...
- Não diga o nome dele! – Rany falou ameaçadoramente.
- Certo! O Potter terminaram ontem a noite! Como pode estar tão bem hoje?
- Ahh! Hermione, quero vida nova! O Harry, digo... o Potter, é muito ciumento, sem falar que ele não se abre comigo... Ele guarda tudo com ele... Não dá para continuar assim, Hermione...
- Certo... entendo...
- Hermione... pelo que eu saiba, você não gosta de voar...
- Não gosto mesmo! Mas para ver meu “pequeno Rony”, eu faço tudo!
***
Harry tinha acabado de lavar os talheres e pratos em que acabara de comer, e iria começar a lavar a assadeira, quando ouviu um barulho de pouso de vassoura no seu quintal. Foi à janela e olhou por uma brecha. Viu um indivíduo vestido de azul e preto. Quando ele virou para frente, deu para se ver nitidamente que era ele: Draco Malfoy. Ele andou até a porta e a bateu. Harry a abriu de súbito, e foi logo o empurrando.
- Quem você pensa que é, Malfoy? – Harry ameaçava Draco que estava se levantando do empurrão surpresa.
- Harry, calma. Vim aqui explicar o que aconteceu ontem à noite. – Draco queria se explicar estendendo as mãos na direção de Harry. – Vim em paz...
- Veio em paz uma ova! – Harry acabava de dar um belo de um soco bem na bochecha de Draco. Ele cai no chão com a mão no rosto, tira-a da boca e vê que está sangrando. Ele olha para Harry, e Harry por sua vez cai em cima de Draco e lhe dá outro soco no outro lado. Para se defender, Draco protege com os braços. Enquanto Harry o bate, ele fica falando:
- Harry, não aconteceu nada entre mim e a Rany! – Draco continuava se defendendo dos vários socos que Harry lhe lançava. – Eu apenas estava sofrendo com a perda de meus pais. – Quando Draco falou isso, Harry se levanta de súbito e se afasta lentamente de olhos fixos em Draco. – Você sabe bem como é isso, Harry! Bem como a Rany, sabe também. Ela estava tentando me ajudar! – Draco se levantou avançando lentamente com a mão na boca ensangüentada. – Tente compreender!
- Saia daqui, Malfoy! – Harry deu as costas pela primeira vez.
- Mas Harry!
- Nada mais! Me deixe sozinho! Saia daqui! AGORA! – Harry gritou e Draco obedeceu lentamente.
***
Tinham acabado de pousar nos terrenos da casa dos Wesley. Quem veio recebê-lo foram Gui e Arthur. Arthur abraçou Hermione e Rany brevemente, e começou a acompanhar Hermione em direção da casa. Gui abraçou Rany fortemente, ela estranhou. Depois ele pegou nas mãos dela e olhava fixamente em seus olhos. Rany o afastou com as mãos espalmadas no seu peito forte. Ela começou a caminhar atrás de Hermione, mas Gui não desistia, continuava a segui-la ao seu lado. Entraram. Molly estava acabando de pôr o último prato na mesa junto com Gina.
- Olá queridas! – Molly falou animadamente.
- Bom dia! – As duas falaram animadas.
- Está melhor, Rany? – Gina perguntou.
- Melhor de quê? Eu não estava doente... – Rany falou como se não fosse nada.
- Da briga com o... – Gina gesticulava.
- Não fale o nome dele, por favor! – Rany pedia.
- Tudo bem...
- Onde está o Rony, minha sogra? – Hermione brincava com Molly.
- Ele saiu, há pouco de tempo, junto com Fred e Jorge. Daqui a pouco estarão de volta. – Molly falou colocando o último talher na mesa. – Vocês já tomaram café?
- Já, sim. Obrigada. – Hermione agradeceu.
- Molly, desculpe perguntar, mas estou morrendo de curiosidade... O que a senhora quer falar comigo? – Rany se mostrou curiosa.
- Bom, para isso, devemos ficar à sós.
- Tudo bem. Onde poderemos fazer isso?
- Vamos ao meu quarto!
Rany e Molly saíram.
A manhã passou rápido. A tarde chegou monótona. Todos estavam sentados na cozinha sem dizer nada. Gui não tirava os olhos de Rany. Ela já estava ficando sem graça.
- Vamos jogar quadriboll? – Uma idéia foi lançada por Rony.
- Boa idéia Rony! – Jorge falou alegre e correu para seu quarto para pegar sua vassoura.
Quando menos se esperava, Rany, Fred, Jorge, Gui, Rony, Gina e até Arthur, estavam voando num campo improvisado. Rany estava na posição artilheira, Fred e Jorge rebatedores, Gui o goleiro, Rony o adversário misto, Gina ficou como apanhadora. Foi um jogo emocionante, mas o que mais impressionava era Rany fazendo rodopios e evasivas em pleno ar, eram perfeitas. Ao acabar o jogo, Rony chegou perto de Rany e falou:
- Incrível! Aquelas piruetas! Rany, você precisa entrar no time da Griffinória! Você é demais! – Rony falava muito animado.
- É... Quem sabe... – Rany respondeu com um sorriso maravilhoso.
- Rany, já vai começar a anoitecer! Temos que ir! – Hermione falou.
- É mesmo! Já vamos!
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