"O que houve com Rany, medi-br
Rany, logo após de ser socorrida, depois de ser atacada por Diana, foi deitada, inconsciente na sua cama. Harry caminhava de um lado à outro, muito preocupado. Rony, vez em quando, tentava acalmar o Harry, porém nada mudava. Até que chegou o médico que foi chamado. Harry ficou logo todo eufórico, reclamando da demora do medi-bruxo. Mas os outros tentavam dizer que ele não demorou quase nada.
Então o médico entrou no quarto junto com Melissa. Eles demoraram quase meia hora para avaliar Rany inconsciente. Harry gostaria de entrar, mas o médico não permitiu. Foram meia hora de muita perturbação mental por parte de Harry, ele pensava inúmeras atrocidades que poderiam ter acontecido com Rany. A toda hora Diana pedia desculpas pelo que fez. Mas Harry não queria saber. Queria saber de Rany.
Quando o médico saiu junto de Mel, o que ele viu foi uma cara de choro. Mel levava a mão à boca, como se não tivesse nada a dizer. Estava arrasada. Isso aumentou muito a preocupação de Harry. Harry morria de perguntar a Mel o que houvera com Rany. Mas Mel nada falava. Então perguntou ao medi-bruxo com as lágrimas a cair.
- O que houve com Rany, medi-bruxo? – perguntou Harry.
O médico, muito paciente, fechou os olhos de cabeça baixa, e falou:
- Meus pêsames, meu jovem. A senhorita Rany... gostaria de falar com você. – falou o medi-bruxo em direção de Harry, depois levantou a cabeça olhando para os demais e falou: - somente ele.
Harry não esperou nem mais nem meio mais, correu ao encontro de sua amada.
Rany estava sentada na cabeceira da cama, olhando uma parede. Sem olhar para Harry, falou para ele se sentar. Harry se sentou com as lágrimas a escorrer.
- Tenho uma péssima... e boa notícia... para contar para você. Ai... não sei como começar... – ela também chorava, mas agora olhava para ele.
- Comece como preferir. Vou lhe entender... – disse Harry.
- Ai! Harry... eu... estava... grávida! Perdi nosso filho!!! – desabafou Rany, caindo nos braços dele.
Harry não acreditou naquelas palavras. Estava paralisado, ali, ouvindo o choro de Rany. Estava com vontade de chorar. Mas ele não conseguia soltar as lágrimas. Nesse instante, veio-lhe à cabeça, um turbilhão de pensamentos. Não queria fazer sua amada sofrer. Agora ela perdeu o filho, que naquele momento, passou a amar. Então depois de pensar nisso tudo, derramou a primeira de muitas lágrimas que sucedeu-se.
***
Naquela tarde, Harry não comeu direito. Rany não podia sair da cama por pelo menos uma semana. E quando saísse, estaria bem na hora de ir ao colégio. Harry só vivia em algum canto, chorando ou pensando.
Um certo dia, Harry entrou no quarto para visitar Rany. Ela estava sentada escrevendo algo no caderno. Harry chegou perto e lhe deu um beijo, seguido da fala dela:
- Ai! Harry, depois de toda essa confusão, estou ficando tão poeta...
- Como assim? – perguntou Harry.
- Veja! – tornou Rany passando o caderno para as mãos de Harry.
Harry pega e lê o seguinte:
"Em seus lábios há palavras
Que deslizam pela alma
E os seus olhos azuis
como um raio de luz quase como um carma.
Em seus lábios há indícios
De que existe um paraíso
E sua pele é um mar
Que quero navegar sem um rumo fixo
Minha Filosofia e Religião
É buscar viver em seu coração
Minha Filosofia e Religião
É na teoria ganhar seu amor
Em seu abraço encontro um rumo
Para Desafiar o mundo
E sua voz me faz bem quando se tem alguém,
Tudo é mais seguro.
Me dá uma chance de te amar, Me dá apenas um sinal,
Me dá um pouco de fé, a vez que foi a primeira.
Me dá a metade e a parte inteira.
Me dá uma chance de te amar, Me dá apenas um sinal,
Me deixa te aprisionar, Me deixa te libertar,
Me dá o céu e as estrelas.
Me dá um pouco de você,
Que eu dou um pouco mais de mim,
Me dá um pouco de você,
Me dá um minuto pra te fazer mais feliz"
- É lindo, Rany! – exclamou Harry, surpreso.
- Obrigada! – agradeceu Rany.
- Hãã... Rany? – perguntou Harry.
- Diga Harry. – disse Rany guardando sua poesia na bolsa.
- Nós, lhe deixamos presa essas noites. – falou Harry.
- Eu sei... – falou Rany sem nenhuma surpresa.
- Você sabe? – quem se espantou agora foi Harry.
- Claro, nas manhãs que seguiam destas noites, eu via marcas nas minhas mãos e tirei a conclusão de que eram quando estava presa , por causa da maldição do lobisomem. Entendeu? – perguntou Rany, respondendo tudo à Harry.
- Poxa! Você sabia de tudo?
- Sim.
- E...
- Pára aí... – interferiu Rany com o dedo indicador e continuou: - Você já falou demais. – nisso ela lhe dá um beijo. – até eu melhorar continue me prendendo. Eu me mataria, depois de saber que eu lhe matei pelas minhas próprias mãos. – e cai uma lágrima.
- Tudo bem! Meu anjo! – e dessa vez Harry que lhe dá um beijo.
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