Um



Já caia a noite quando Hermione leu pela terceira vez as linhas de seu livro. As lembranças dos últimos acontecimentos não deixavam que as informações entrassem em sua mente.

Um trovão alto soou, fazendo o vidro da janela tremer. Ela ergueu os olhos do livro e focou a chuva forte do lado de fora. Agradeceu mentalmente pelo calor confortante de sua casa. Os fins de tarde passaram a não ter a menor vida desde que as nuvens de chuva começaram a tomar conta do céu ocultando o brilho do sol.

Tomou um gole de chá quente e sentiu seu corpo esquentar. A campainha tocou e ela fechou o livro pondo-o em cima da mesinha ao lado da poltrona onde estava sentada, juntamente com a xícara de chá. Levantou-se e foi atender a porta.

A capa preta de um homem alto do outro lado da porta esvoaçava com o vento forte e os olhos extremamente verdes era a única parte do rosto ao qual a sombra do seu chapéu não era capaz de ocultar.

Hermione deu espaço para que o homem entrasse e ele assim o fez.

- Imaginei que viesse... – disse ela num tom triste enquanto fechava a porta e via o homem despir a capa e tirar o chapéu, pendurando-os em um pedestal próximo a porta.

Harry sentiu o calor o receber. A casa de Hermione sempre fora seu melhor refúgio.

- Eu tentei vir o mais cedo que pude. – disse enquanto dava um abraço demorado na amiga.

Hermione parecia não querer soltar-se tão cedo dele, afinal, ele era o único que lhe restava agora. O único a quem poderia dar atenção. Harry sempre emanara um calor diferente, um calor confortante. Sentia-se segura, confortada, depois de tudo, apesar de saber que ele sofria tanto quanto ela.

- Você quer um pouco chá? – ela perguntou soltando-se dele.

- Obrigado. – disse ele, simplesmente.

Rumaram para a cozinha e Harry se sentou em uma pequena mesa de quatro lugares, enquanto observava Hermione encher uma xícara de chá quente.

- Você recebeu a carta do ministério? – ele perguntou, apesar de saber a resposta.

Ela confirmou com a cabeça empurrando a xícara até ele enquanto se sentava a sua frente na mesa. Harry a pegou e tomou um gole sentindo o corpo esquentar, perguntou-se como havia agüentado a ventania fria da tempestade.

- Eu ainda não acredito que a Sra. Weasley está brigando com o Sr. Lovegood para ficar com Sophie. Ela precisa de ajuda agora, não de ser tratada como um troféu. – ela abaixou a cabeça. – Rony e Luna certamente não iriam querer isso para a filha deles.

Harry concordou com a cabeça fitando o chá dentro da xícara repousada na mesa. Suspirou. O silêncio dava um ar de velório ao cômodo e ambos pareciam não se importar com isso, afinal, era o clima em que estavam vivendo.

- O ministério quer que os padrinhos fiquem com Sophie enquanto não decidem com qual dos avós ela deve ficar. – Harry disse em tom baixo, ainda fitando o chá. Hermione assentiu com a cabeça.

- O que você pensa sobre isso? – perguntou ela.

Harry suspirou. Tomou mais um gole de seu chá e repousou vagarosamente a xícara na mesa como se, sem motivo, não quisesse fazer barulho algum.

- Eu tenho o meu trabalho, Mione. – começou ele em tom baixo. – Você também tem o seu. Nós somos responsáveis por nós mesmos e se fossemos cuidar dessa criança, nós certamente teríamos que basicamente agir como uma família. Eu acredito que não esteja preparado para cuidar de uma criança, mas eu adoro Sophie, ela tem apenas cinco anos e eu não quero deixá-la só agora que ela não tem mais Rony e Luna para cuidarem dela com amor e carinho. – ele olhou para Hermione, sua expressão triste. – Meus pais morreram quando eu tinha apenas um ano. Eu tive uma infância terrível, fui tratado como um empregado durante anos. Não recebi um abraço sequer, nenhuma demonstração de afeto. Quando soube que tinha um padrinho vivo e quando ele me ofereceu moradia eu não me cabia de felicidade, mas ele morreu, e eu ao menos desfrutei do afeto que ele podia me dar por muito tempo. Eu... Eu não quero isso para Sophie.

- Ela não vai ficar naquele orfanato a vida inteira. É só até decidirem com quem ela vai realmente ficar. Weasley ou Lovegood. – Hermione falou.

Harry sorriu tristemente e abaixou a cabeça para o seu chá. Passou os dedos pela borda da xícara e maneou a cabeça.

- Diga-me, Hermione. Isso pode levar anos? Semanas? Dias? Meses? – ele indagou.

- Não se sabe. Pelo sistema altamente burocrático do ministério, é possível que mais de um ano.

Fez-se um silêncio.

- Mais de um ano... – repetiu Harry mais para si mesmo. Um trovão soou ao longe e a chuva do lado de fora da casa se intensificou. Harry ergueu os olhos e olhou para Hermione. – Você quer?

Hermione o observou por alguns segundos. Desviou seu olhar para a janela ao lado deles. As gotas de água no vidro ofuscavam a visão do seu jardim bem cuidado, o vento era tão forte que chegava a dar medo.

Harry, como conhecia Hermione mais do que ninguém, sabia exatamente que sua mente estava trabalhando rapidamente.

- Eu adoro Sophie. Não vou deixá-la só nesse momento. – Hermione voltou-se para Harry. – E o que você tem a me dizer sobre isso?

- Eu adoro Sophie. Não vou deixá-la só nesse momento. – Ele repetiu o que ela havia dito.

Hermione suspirou e apertou os dedos nervosamente em cima da mesa. Harry soltou uma de suas mãos da xícara e a estendeu para pegar uma das de Hermione. A mão dela quase se perdeu perante a enorme mão de Harry, porém, sua mão estava quente devido ao tempo em que permanecera segurando a xícara de chá aquecido.

O coração dela apertou e uma lágrima escorreu pela sua bochecha rosada. Ela enxugou rapidamente com as costas da mão livre. Prometera que não iria mais chorar, seus olhos estavam fundos e seu rosto inchado devido as informações assustadoras das últimas 24 horas. Ela sentia-se cansada, exausta e sem forças. Precisava apenas se distrair com algo, mas isso era quase que algo impossível depois de saber do terrível incêndio na casa dos Weasley que tirou a vida de dois de seus melhores amigos. Rony e Luna. Nunca se esqueceria do dia em que o encontrou no trem de Hogwarts tentando mudar a cor de seu rato e nunca se esqueceria do dia em que a viu lendo o seu “O pasquim” de cabeça para baixo em um dos vagões mais distantes.

- Nós vamos superar isso juntos. – disse ele em tom baixo. Sua voz saiu rouca e falha.

Hermione foi quase capaz de ler os pensamentos de Harry. Rony era seu melhor amigo, quase seu irmão. Era quase impossível os ver separados. Eram como Fred e Jeorge. O que será de Fred sem Jeorge? E o que será de Jeorge sem Fred?

- Juntos... – ela sussurrou para si mesmo.

Um trovão estrondoso fez a janela tremer e a luz acabar. Ambos imergiram na escuridão do cômodo, no entanto ninguém teve forças para acender sequer a varinha, quanto menos importaram-se com a escuridão. Apenas ficaram em silêncio.

_****_

O piso xadrez do saguão do velho orfanato de Valente Morgana no vilarejo de Viallegre estava silencioso. Um antigo projeto do ministério em tornar a área completamente restrita a bruxos, no entanto os abortos começaram a dominar a maioria da população trazendo vez ou outra trouxas, que acabaram por transformar o vilarejo em um local bastante misto. Trouxas, bruxos e abortos.

Harry e Hermione estavam de pé, de frente para uma escada grande que dava ao andar de cima, de onde era possível se ouvir murmúrios e cochichos.

Passos que estavam distantes, no andar de cima, começaram a se aproximar. Não demorou muito tempo e Sophie já havia aparecido no topo da escada. Seus cabelos loiros na altura do ombro, que lembravam Luna, eram extremamente lisos, o que lembravam os de Rony. Os olhos azuis lembravam o céu. Um vestido surrado num tom de cinza parecia bastante com um uniforme usado do orfanato. Era a cota certa do corpo de Sophie que tinha os olhos inchados e vermelhos. Segurava um casaquinho fino de algodão de cor vermelha e ao ver Hermione e Harry correu escada abaixo.

Hermione se abaixou para receber um abraço forte de Sophie que quase se pendurou em seu pescoço.

- Vocês vão me tirar daqui, não é? – soluçou Sophie em sua voz fina de criança. – Por que meus pais não vieram? Por que eles me deixaram dormir aqui? Eu quero ir para casa! Eles disseram que meus pais morreram! O que é morrer?

Hermione lançou um olhar duvidoso para Harry por cima do ombro de Sophie.

- Nós vamos te explicar tudo. – Harry disse hesitante.

Sophie largou o pescoço de Hermione e abraçou a perna de Harry. Harry abaixou-se e a pegou no colo enquanto observava a diretora se aproximar. Sophie lançou um olhar mal à diretora e passou os braçinhos em volto do pescoço do padrinho como se ele fosse a proteger.

- Espero que saibam das ordens impostas pelo ministério para poderem... – começou a diretora ao aproximar-se.

- Levar a criança? – terminou Hermione cortando a mulher. – Sim, nós sabemos.

- São casados? – perguntou a mulher.

- Amigos. – respondeu Harry. – Melhores amigos. – acrescentou.

- Preciso ver as condições da casa que vão a criar. – disse a diretora do orfanato. O óculos quadrado que estava bem na ponte de seu nariz escorregou até a ponta e ela o puxou de novo. Por um instante seus olhos pararam na cicatriz na testa de Harry. – Espero que estejam preparados para um longo tempo.

- Nós estamos. – Hermione respondeu logo. – Harry vai ficar em minha casa, é maior, eu, de certa forma, gosto de lugares espaçosos, meu trabalho não me toma muito o tempo. E ele, por causa do trabalho mora em um lugar pequeno. Digamos que eu o conheça o suficiente para saber o que ele não compraria uma casa grande para lhe dar trabalho.

Harry sorriu balançando a cabeça.

Sophie parecia perdida no assunto, também não fazia questão de saber. Queria apenas ir embora dali. Foram as piores noites de sua vida estar ali naquele lugar sem saber dos pais ou de qualquer outra pessoa que pudesse lhe dar um abraço, fora as roupas que lhe emprestaram, surradas, e, na maioria das vezes, remendadas, e os olhares que recebia das outras crianças curiosas. Não queria nunca mais voltar para aquele lugar.

- Eu estou com fome. – reclamou Sophie.

Todos a olharam.

- Ah. Desculpe-me querida, mas a comida aqui tem que ser pouca. São muitas crianças. – lamentou a diretora.

Sophie fechou a cara para a diretora e Harry e Hermione não entenderam.

- Bem. – Continuou a diretora. – O ministério deve mandar alguém durante a semana para avaliar o estado da casa. Caso não seja um lugar muito apropriado, nós tomaremos a criança de volta.

Hermione não gostou do olhar desconfiado que a diretora do orfanato lhe lançara. Será que ela não era capaz de olhar para a própria estrutura em que deixava suas crianças?

- Minha casa é bastante confortável. – disse Hermione num sorriso amarelo.

- Sim. Eu realmente espero que seja. – a diretora retribuiu o sorriso.

- Nós devemos assinar alguma coisa? – perguntou Harry.

- Não. – respondeu a diretora. – Não por enquanto.

- Suponho que possamos ir então? – indagou Hermione.

A diretora apontou a porta atrás deles com os olhos e estendeu a mão.

_****_

Não havia estrela alguma no céu quando Hermione olhou através da janela de sua casa. Voltou seus olhos para dentro do quarto antes de fechar a porta. Sua expressão se tornou cansada e cabisbaixa ao olhar para a cama de Sophie onde ela agora estava encolhida no edredom pesado e quente. Hesitou em fechar a porta. Talvez não fosse um bom negócio. Com a varinha, desligou a luz do abajur e deixou a porta entreaberta.

Avançou pelo corredor mal iluminado e chegou à sala. Logo sentiu o vento que vinha da janela aberta. Estava extremamente gélido. Na mesa de jantar, Harry parecia muito concentrado em uma pilha de pastas espalhadas.

Hermione fechou a janela e o vento cessou. Olhou para o céu através do vidro e percebeu que o dia seguinte seria como todos os outros: chuvoso.

- Amanhã vai chover. – ela comentou olhando para o céu.

- Pensei que tivesse reprovado em adivinhação. – ele disse concentrado nos papéis.

Ela sorriu e voltou-se para ele.

- Eu não reprovei. Apenas desisti. – ela se sentou ao lado dele na mesa de jantar e arrastou sua cadeira para mais perto. Apoiou um dos cotovelos na mesa e recostou sua têmpora na mão fechada. Observou o que Harry estudava. – Você sim reprovou.

Ele abriu um largo sorriso.

- Você sabe dar o troco. – comentou divertido erguendo o olhar para observá-la. Suspirou. – Ela dormiu? – perguntou.

Hermione assumiu novamente sua expressão cansada.

- Talvez de tanto chorar.

Harry observou aqueles olhos cor de avelã sem o brilho de sempre e sentiu-se sem ânimo novamente.

- Desculpe não poder ter estado com você lá. Foi uma tarefa difícil. – lamentou Harry.

Ela maneou a cabeça e forçou um sorriso.

- Tudo bem. Eu entendo que ser um medibruxo exige bastante dedicação. – ela falou ternamente.

Ele acariciou rapidamente sua face e depois voltou sua atenção novamente para os papéis a sua frente.

O longo silêncio se seguiu. Hermione observava Harry passar os olhos por cada linha daqueles papéis que provavelmente seria de alguns de seus pacientes. Ela percebeu que Harry lutava para se concentrar em tudo aquilo. Talvez fosse tarde, ela não tinha a mínima noção de horas. Bocejou umas duas vezes durante o processo de observar Harry trabalhar.

Pensou em fazer o comentário sobre ir dormir, mas logo Harry fechara a pasta a sua frente num ar cansado. Ele juntou todas as pastas numa pilha e passou as mãos sobre o rosto esperando que aquilo espantasse o sono.

Suspirou e olhou fundo nos olhos de Hermione.

- Você acha que contamos do jeito certo a ela? – perguntou preocupado.

- E havia outro jeito? Quero dizer... Os pais dela morreram. Não vamos ver Luna e Rony nunca mais. Eles não vão voltar. Como esperava que isso fosse dito a ela? – indagou Hermione. Ela soltou o ar e murchou os ombros. – Era tão facil brincar com ela, lhe dar com ela, e agora, é como se eu nunca a tivesse visto antes. É como se... Como se eu tivesse medo dela.

- Não é bem medo dela. É medo do que pode acontecer com ela. Quero dizer, antes nós não éramos responsáveis por ela e agora nós somos. Eu sou responsável pelos meus pacientes e eu tenho medo de talvez alguma poção não funcionar como desejava. – Harry comparou. – Acha que não tenho filhos por quê?

Hermione sorriu.

- Pensei que fosse porque alegava sempre dizer que as outras que já teve não eram a mulher de sua vida. – disse Hermione

- Isso também faz parte. – ele apressou-se a dizer. – Na verdade, as outras estavam sempre interessadas somente no dinheiro, ou até mesmo na fama.

- Ou quem sabe na beleza. – Hermione acrescentou. Harry riu. – Eu estou falando sério! – ela exclamou. – Oh, Harry! Você é um moreno alto, dos olhos verdes e de braços fortes que matou Voldemort, o pior bruxo das trevas dos últimos tempos, e ainda é medibruxo. Tem um cofre em gringotes jorrando ouro e sai no jornal umas duas vezes por semana. Só uma idiota não iria te querer! Você pode escolher a mulher da sua vida a dedo.

Harry riu.

- Você não quer que eu fale que você tem pernas bonitas, seios perfeitos, boca sedutora e a mente mais brilhante que eu já conheci, quer?

Hermione sorriu.

- Acho que já me disse isso. – ela falou calmamente.

Ele ergueu a sobrancelha.

- Convencida você. – ironizou. – Mas quer saber? Você é um ser quase perfeito.

- Quase? – indagou intrigada, Hermione.

- Sim, quase. – afirmou Harry. – Você é idiota.

Hermione arregalou os olhos.

- Idiota?

- Não foi você quem disse que só uma idiota não iria me querer? – indagou ele levantando-se da mesa.

- Oho! – exclamou Hermione levantando-se também enquanto observava Harry pegar as pastas na mesa. – Você diz isso com tanta convicção.

- Algum problema quanto a isso? – indagou ele.

Hermione estreitou o olhar.

- Não se põe uma mulher na parede dessa forma Harry...

Harry riu. Aproximou-se da mulher e lhe deu um beijo demorado na testa.

- Eu vou dormir. – acariciou sua bochecha.

- Estava para dizer o mesmo. – ela falou. – Vou beber um pouco d’água antes. Ah, tome cuidado no corredor. Eu deixei a porta do quarto de Sophie entreaberta, ela pode acordar se fizer muito barulho. Sono muito leve pelo que percebi.

Ele assentiu com a cabeça.

Hermione seguiu para a cozinha enquanto ele seguiu para o corredor.

- Ah. – ele a chamou antes de entrar no corredor. Hermione virou-se. – Talvez eu não precise passar todas as noites aqui. Quero dizer... Tenho plantão algumas vezes durante a semana e chego realmente tarde.

Ela deu de ombros.

- Eu não me importo. Pense no que é melhor para Sophie.

Ele assentiu com a cabeça.

- Boa noite. – disse Harry educadamente.

- Boa noite. – retribuiu Hermione ternamente.

_****_


N/A=
Tuty não revisa as fics pelo fato de estar sempre atualizando, afinal, fic sempre mais importante que erros de digitação!
A fic não possui capitulos, ela é basicamente dividida por cenas. Conclui-se, então, que, uma cena por dia!
=D
Agradeceria se comentassem!
Espero que gostem!
=D

Comu I
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=26248850

Comu II
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=34862961

Fics:
Quando ela foi embora:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=2367008&tid=2540318903987870869

Tem na F&B tbm!!

Hp e o Segredo do cemitério:
I temporada:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=2367008&tid=2501217311271689365&start=1

II temporada:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=2367008&tid=2546312648961039509

BJSSS
=**

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Comentários (1)

  • Roh

    Finalmente! O coração quase saiu pela boca quando eu vi atualizada! So que vou ter q ler des do inicio.(sacrifício q só)

    2013-02-26
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