Decisões a tomar



POR FAVOR LEIAM OS AVISOS ABAIXO SÃO IMPORTANTES PARA VOCÊS NÃO FICAREM PERDIDOS NA FIC.

YES! Mais um capítulo. Espero que gostem viu? Vamos lá gentem comentem. Será que tá tão ruim que vocês nem perdem um minutinho para comentar? To tão triste com isso. Snif! Snif! To tão carente de review! Vamos lá. É só apertar o botãozinho lá embaixo e dizer o que pensam. A fic está em construção, portanto, posso considerar pedidos, se estes forem construtivos. E NÃO! Não terá slash nessa fic (nada contra, pelo contrário, já li muitas, mas EU não saberia escrever uma cena desse tipo)

Gente algumas observações.


1) Eu errei ao escrever a poção para fazer os ossos crescerem. Ela se chama esquelecresce, tá?
2) O nome dos marotos estão todos em inglês: Prongs (James), Padfoot(Sírius), Moony(Remus) e Wormtail(Pedro).
3) E como puderam ver alguns nomes eu estou deixando no original, por serem mais sonoros.
4) Esse capítulo não tem muita ação. Ela é mais centrada em informações. Leiam e vocês irão entender.
5) Bem, como vocês sabem nas conversas geralmente se usam os sobrenomes dos personagens. E eu decidi, em alguns casos, pelo mesmo mecanismo. Portanto não estranhem se virem, nas conversas Black ao invés de Sírius, ok? As exceções serão feitas quando houver mais de uma pessoa com o mesmo sobrenome, ou se eu erroneamente colocar o primeiro nome (isso pode acontecer).

No último capítulo
A mão logo foi seguida por um corpo de um homem de aproximadamente vinte anos, cabelos castanhos claros. Harry só não gritou por causa do feitiço. Não podia ser. Ele não podia ser quem Harry estava pensando que era. Isso era irracional. Ele estava morto. Ele o viu caído nos jardins da escola, perto dos gigantes, com Tonks ajoelhada ao lado dele chorando. Não definitivamente ele não podia ser Lupin, principalmente porque esse homem não podia ter mais que vinte anos.
Ele apontou a varinha para a pessoa desacordada no chão e murmurou um enervate, fazendo o outro acordar e praguejar sem parar, segurando a cabeça machucada. O outro tinha cabelos negros até os ombros e quando ele se virou de modo que Harry podia ver seu rosto, ele perdeu toda a cor do rosto. Em frente a ele se encontrava o homem que ele considerou com um pai. E cuja morte sempre se culparia. Em sua frente se encontrava uma versão mais nova de Sírius Black. Sem agüentar mais de tanto choque Harry deixou a escuridão o engolfar.

Capítulo 2 – Decisões a tomar

Gina acordou novamente ,só que pela iluminação deveria ser de noite. Ela estava meio grogue e desorientada. A dor que antes sentia havia diminuído consideravelmente. Ela se sentou e olhou ao redor. Na mesinha, ao lado de sua cama, havia vários frascos. Ela viu que tinha um com água. Rapidamente ela o alcançou e bebeu. Só então se lembrou que não estava com a varinha. Ela olhou nas gavetas e nada.

- Certo! Tenho que pensar no que vou fazer! Eu tenho que sair daqui e encontrar Harry! – ela pensou, analisando os machucados. Pelo menos as mãos não estavam mais enfaixadas.

Ela tentou se levantar e sentiu uma dor fina, mas suportável, no tórax. Se apoiando na cama, depois de um longo suspiro de encorajamento, ela se levantou. Parou um segundo tentando ganhar equilíbrio e começou a andar. As pernas começaram a formigar, como se estivessem sem movimento por um longo período. O que ela não duvidava, devido ao estado em que se encontrava. Quando ela, após segundos agoniantes, alcançou o fim da cama. Se apoiou no biombo e viu o que estava do outro ladro. Seus olhos se arregalaram comicamente. Lá deitado na cama inconsciente estava Harry.

Mais que depressa ela foi para perto dele. O que não foi muito eficiente. Ela quase caiu na pressa e se apoiou, com uma das mãos, na cama dele e com a outra no biombo. Parou para respirar e recobrar, novamente, o equilíbrio. Por segundos ela ficou ali parada observando Harry dormindo com os braços, pernas e dorso enfaixados. Os cabelos mais revolto como ela jamais os vira, a não ser quando ia acordar ele e o irmão durante as férias. Ela viu que havia uma cadeira ali. Ela se aproximou, completamente cansada de ficar em pé e se sentou com um suspiro de alívio. Depois de respirar um pouco para afastar a dor no tórax, que ameaçava aumentar, ela pegou uma mecha do cabelo dele e afastou da testa, deixando a cicatriz em forma de raio visível. Se encostou na cadeira e pegou a mão dele, acariciando-a levemente, com medo de machucá-la. Ela ficou ali, daquele mesmo jeito, sem saber por quanto tempo. Quando deu por si, viu-se encarando lindo olhos verdes.

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Harry acordou sentindo seus cabelos sendo mexido da sua testa. Carinhosamente. Decidiu ficar quieto, por enquanto, para ver se conseguia descobrir alguma coisa. Qualquer coisa que pudesse o ajudar a entender o que havia visto. Sim, porque não era possível ele ter visto Lupin e Sírius, quando ele sabia que ambos estavam mortos. Passado pouco mais de três minutos alguém segurou sua mão. Ele, no início, sentiu-se tenso, mas decidiu relaxa. Seja lá quem fosse, não parecia com intenção de machucá-lo. Ele decidiu ver quem poderia ser.

Ele abriu os olhos o suficiente para tentar ver quem era. Sem seus óculos era uma tarefa difícil. Ele só conseguiu ver, de início, um borrão vermelho e branco. Aos poucos a imagem pareceu ficar um pouco mais nítida. Ele conseguiu, aos poucos, distinguir a imagem de uma garota. Só depois de quase cinco minutos ele conseguiu compreender quem era ela. Era Gina. Ela parecia estar olhando algo. Só então ele entendeu que ela estava olhando sua mão, pensativamente. Ele ficou contemplando-a, até que ela divergiu seu olhar e ambos se encararam.

- Harry! – Gina falou aliviada, ao vê-lo finalmente acordado – É tão bom ver que você acordou. – ela parecia a beira das lágrimas, agora.

- O que aconteceu, Gina? – perguntou Harry, tentando obter algumas respostas.

- Eu não sei! – ela parou um pouco para pensar no que iria dizer – Desde que eu acordei, tudo o que tentei fazer foi sair daqui, e tentar te encontrar e ai eu alcancei o biombo e vi você aqui. Então eu me sentei aqui, não sei a quanto tempo, até você acordar. – ela terminou olhando para ele como se desculpasse por algo – Harry você sabe onde estamos? – ela perguntou esperançosa.

- Não, Gina. Eu não sei. Mas temos que descobrir e sair daqui o quanto antes. – ele soltou um longo suspiro – Por hora temos que descobrir onde estamos e onde estão nossas varinhas – ele falou enquanto se sentava. Gina arregalou os olhou para ele.

- Nossas varinhas! É mesmo tinha me esquecido! Eles levaram elas1 – ela falou com tentando ocultar o pânico que estava sentindo. Ambos se sentiam indefesos sem elas ainda mais com Voldemort sabe-se lá aonde. – Você consegue andar?

- Acho que sim! – e para mostrar, ele tentou se levantar, mas acabou caindo na cama novamente, já que suas pernas pareciam que não queriam cooperar. – Acho que não! – ele falou com impaciência.

- Certo! – Gina decidiu tomar a dianteira – Estamos presos aqui, sem saber onde. Sem varinha e o mais importante, sem saber como sair daqui. Além de não sabermos quem está guardando o lugar! – ela terminou analisando a situação.

- Bem, uma coisa a gente sabe! Não estamos na companhia de comensais! – ao olhar inquisidor dela e continuou – Deixe eu explicar. Bem, se estivéssemos na companhia deles nós não estaríamos sendo tratados, e sim torturados. Portanto, devemos estar em algum hospital. talvez o St. Mungus. Caso não seja, pode ser um lugar com aurores. Ou até membros da Ordem! – ele falou, tentando achar um motivo para que eles estivessem sendo tratados.

- É! Talvez você tenha razão. Talvez a gente esteja em St. Mungus. – ela falou com uma das mãos no queijo, pensativamente. – Mas Harry, e se nós não estivemos em St. Mungus, onde estaríamos?

- Eu não sei Gina! sinceramente, eu estou tão perdido quanto você! – ele falou bagunçando os cabelos.

Só então ele pegou os óculo e deu uma boa olhada em Gina. Ela estava com os braços enfaixados,mas parecia bem melhor que ele. Seus cabelos estavam um pouco bagunçados, como se ela tivesse acabado de acordar. Ela estava usando um vestidinho branco que ia até os joelhos. Fora isso tudo parecia bem. O braço que ele sabia quebrado estava como novo. Como se ela nunca o tivesse quebrado. Mas havia algo que ele não sabia definir. Era algo no quarto, e não em Gina. Era como se alguém estivesse os observando. E essa sensação o acompanhou desde o momento que acordara. Será que alguém os estava testando. Se sim, por que. Qual seria o objetivo.

- Gina! Me responda uma coisa! – Gina levantou o olhar e o encarou – Você estava sozinha quando acordou? – ela confirmou – Então, não foi você que colocou essa cadeira aí? – ela novamente negou com a cabeça.

- Por que todas essas perguntas Harry? – Gina perguntou um pouco preocupada.

- Curiosidade! – ele respondeu simplesmente olhando o quarto com cautela, tentando descobrir alguma presença, o que ele não conseguiu – Acho melhor você ir se deitar Gina. Senão vamos ficar aqui mais tempo do que realmente devemos. – Ele falou afagando a mão de Gina.

- É! Acho que você tem razão.- ela, então, se levantou – Mas antes. – ela se aproximou de Harry e lhe deu um selinho.

- Hum! Gina! – ele falou meio sem jeito. Antes dele continuar ela levantou uma mão para pará-lo.

- Eu sei, Harry! Você não quer ficar comigo até terminar essa missão. – ela suspirou – Seja lá que missão seja essa eu não me importo mais. – ela disse simplesmente – Eu quero estar ao sal lado Harry. Será que você não entende isso? Eu simplesmente não suporto mais essa separação – ela esfregou os olhos, respirando fundo – E sei que meu irmão e Mione iam concordar comigo. – pronto. O ponto fraco de Harry. Os amigos que morreram lutando contra os comensais.

- Gina... – ele começou, mas ela o cortou.

- É verdade Harry! Rony sempre me dizia que era mais fácil eu estar protegida com você do que longe de você! Mas só você não via isso! – ela deu um leve sorriso e continuou – E mione sempre argumentava que era por causa dessa coisa que você tem de salvar as pessoas! – ela voltou a mirá-lo – Mas o que eu quero dizer é que dessa vez você não vai conseguir me afastar de você! – ela disse segurando, novamente, a mão que ela havia segurado anteriormente.

- Obrigado! – foi a única coisa que ele conseguiu dizer, antes de retribuir o aperto de mão.

Ela sorriu uma última vez antes de se levantar e encaminhar-se a própria cama. Harry apenas a assistiu sabendo que ela, e os amigos, estavam certos. Eles nunca iriam conseguir ficar separados. Ele a amava demais para vê-la correndo qualquer perigo. Mas parecia que por mais que tentasse mantê-la protegida, mais envolvida ela parecia estar nessa guerra. Suspirando derrotado Harry colocou um dos braços sobre sua testa e ficou olhando o teto, pensando no que faria dali em diante para continuar sua missão sem sua varinha e suas coisas que estavam no malão. Ele só não estava mais preocupado com isso ainda porque o malão tinha um feitiço que só permitia a ele abrir a parte onde as pesquisas estavam. Sem o sangue dele, ninguém conseguiria abrir essa parte.

- É Hermione ainda bem que tinha você como minha amiga e não como inimiga! – ele pensou com lágrimas nos olhos, lembrando a amiga sendo assassinada pelas costas, enquanto corria pelo campo de batalha que havia se tornado os jardins da escola, completamente transtornada após a morte de Rony.

Harry sabia que eles se gostavam, e muito, mas por causa da teimosia de Rony, eles nunca chegaram a namorar. Porém o sentimento era tão óbvio que as pessoas começaram a tentar juntá-los. Harry se lembrou da primeira semana quando chegaram a Hogwarts e Slughorn os convidou para o seu clube. Hermione e Rony, claro, foram juntos e dois alunos, que Harry não conseguia lembrar os nomes, os prendeu em um armário. Mas o máximo que conseguiram foi uma espumante Hermione tirando cinqüenta pontos da Grifinória. Os alunos caíram na gargalhada quando a viram naquele estado e Rony, bem, ele não conseguiu sair do dormitório por dois dias e mesmo assim, quando o fez não conseguia olhar pra Hermione sem ficar completamente vermelho. Demorou quase uma semana para que as pesquisas voltassem ao ritmo normal, sem que eles ficassem constrangidos.

- É! Vou sentir falta disso! – pensou Harry tristemente, sem conseguir conter as lágrimas de brotarem em seus olhos, molhando seus cabelos.

Gina não estava em melhor estado. Tudo o que ela pensava naquele momento era no irmão e em Hermione. Ela não conseguia parar de pensar nos momentos em que eles viviam discutindo por qualquer besteira. Isso a divertia imenso. Sempre que os três iam, nas férias de verão, para a Toca e Hermione começava uma leitura, lá ia Rony argumentar com ela. Gina achava isso tão interessante. E no baile de inverno quando teve toda aquela discussão. Ficou tão claro que eles se gostavam e que Hermione só aceitou ir com Krum para fazer ciúmes em Rony. Incrível que Rony não conseguiu ver isso. E agora. Agora tudo acabou. Ela nunca mais iria ver o irmão rir novamente, ou Hermione ensiná-la algo novo, ou vê-los discutirem. Gina simplesmente não agüentou e chorou, como a muito não fazia, caindo no sono sem nem ao menos perceber.

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A enfermeira que cuidava dos adolescentes entrou no quarto e os encontrou adormecidos. Isso ela achou meio estranho, uma vez que eles deveria ter acordado já a algum tempo. Ela se aproximou do rapaz, pegou a varinha e passou por ele, emitindo uma luz lilás. Ao que parecia estava tudo bem. Ela pegou um dos braços dele, que ao que parecia ele a colocara, enquanto dormia, em cima da cabeça. Ela desenfaixou – o e constatou que mais algumas aplicações da poção e ele ficaria como novo, sem nenhuma mancha. Ela continuou nisso até terminar. Ela foi para a garota e fez o mesmo procedimento. Sempre colocando menos faixas neles, sinal que ambos estavam melhorando rapidamente. Ao terminar ela deu um longo suspiro. Ela esperava conseguir conversar com eles, ou pelo menos com um deles. Quando estava verificando as poções, a porta se abriu, revelando duas pessoas.

- Boa tarde! Em que posso ajudá-los? – a enfermeira perguntou depois de olhá-los cautelosamente. Ninguém podia culpá-la nesses tempos negros.

- Eu sou James Potter e esse é Pedro Pettigrew. Viemos a pedido do professor Dumbledore! – James informou com um leve sorriso, tentando assegurar a enfermeira de quem eram.

- Ah! Sim! Sim! Informaram-me que alguém viria! – a enfermeira disse e se virou para eles, segurando uma prancheta com vários pergaminhos – Bem talvez queiram saber que eles estão se recuperando bem. – ela falou com um sorriso.

- Eles já falaram alguma coisa? – James falou indo direto ao ponto.

- Não! – ela franziu o cenho – O que é meio estranho, sabe! Eles deveriam estar acordados quando eu viesse examiná-los, mas eles não acordaram ainda! – ela falou olhando os pergaminhos – E, de acordo com o que tem aqui eles estão se recuperando muito bem. Quero dizer, bem rápido, para o que esperávamos. – ela disse voltando a olhá-los.

James achou aquilo realmente estranho. Se ambos estavam tão bem quanto à enfermeira dizia, como era possível que eles ainda não tenham acordado. Será que eles estavam fingindo um sono inexistente. Não. Caso contrário a enfermeira, com os feitiços feito teria descoberto. Ele ficou pensando nisso por um tempo, sem conseguir tirar os olhos deles. Era como se ele sempre os conhecesse. Era uma sensação estranha e ele não conseguia tirar isso da cabeça, desde o dia em que ele os viu pela primeira vez.

FLASHBACK

- O que será que Alvo quer conosco? – perguntou Black enquanto corria, junto com os amigos, para a diretoria de Hogwarts.

- Eu não sei Padfoot! – falou James que seguia ao lado do amigo.

- Sorvete de limão! – disse Lupin para a gárgula a qual se moveu permitindo a passagem deles.

Quando eles chegaram em frente ao diretor, ele parecia estar muito confuso, mesmo tentando esconder isso, através de sua máscara de calmaria. Fawkes, em seu poleiro, olhava os recém-chegados com interesse. A sala continuava a mesma a muito anos, com diferentes instrumentos metálicos. Era como se Dumbledore sempre tivesse sido o diretor e aquelas parafernálias o acompanhassem por todos esses anos, nunca saindo daquela sala. Os quadros dos antigos diretores estavam observando os ocupantes da sala com curiosidade. Parecia que algo havia acontecido e só eles, os marotos não sabiam do que se tratava.

- Sentem-se! – pediu Dumbledore, com um olhar distante, que não era o seu.

- O que aconteceu Dumbledore? – perguntou Lupin, enquanto se sentava. Apreensão estampada em seu rosto, observando o diretor.

- A pouco mais de meia hora duas pessoas apareceram nos gramados da escola. Bem na hora de uma aula de astronomia. – Dumbledore falou passando as mãos na barba – A única coisa que nos chamou a atenção, além da aparição deles pelas proteções da escola, é o fato de que, de acordo com a professora Sinistra, ambos apareceram por uma bola de fogo. Como se tivessem sido transportados para cá através do fogo. – ele terminou, esperando a informação penetrar a mente deles, antes de continuar – A questão é que a única maneira de se fazer isso é usando uma fênix. – mais uma pausa – E um pouco antes de ambos aparecerem Fawkes entrou em combustão mas, diferente das outras vezes em que ela aparecia das cinzas logo em seguida, ela demorou praticamente cinco minuto para aparecer. Isso pode significar muita coisa, ou nada. – ele terminou para ver o que os outro ocupantes da sala diriam.

- Hã! O que está tentando nos dizer Alvo? – perguntou Minerva McGonagal, vice-diretora da escola e diretora da casa Grifinória..

- Que, a menos que eu esteja enganado,Fawkes, antes de renascer, os tele transportou até aqui. O por quê? Eu não sei! –Dumbledoree disse, olhando a ave que os observava atentamente.

- Como Fawkes poderia transportá-los? – perguntou Black sem entender aquelas conversa.

- Bem, como vocês sabem Fawkes só teria feito isso se a pessoa que precisasse de ajuda e fosse leal a mim, ela ajudaria, independente de onde essa pessoa estivesse.- Dumbledore deu outra pausa tentando organizar os pensamentos – Sejam eles quem forem, estão do nosso lado, do contrário Fawkes não os teria ajudado.

- Bem, se é assim! Qual o real motivo de terem nos chamado aqui? – perguntou Pettigrew, tentando absorve o máximo de todas aquelas informações.

- O outro motivo é que... – Dumbledore parou parecendo pensar no que diria a seguir – Acho melhor vocês mesmo verem! Sigam-me! – ele falou e todos o seguiram até a ala hospitalar.

Enquanto andavam os marotos pareciam estar tão confusos que não entendiam as expressões que Alvo e Minerva faziam. Era como se não soubessem como agir, ou o que esperar a seguir. Parecia que tinham visto um fantasma, ou algo parecido. Pelo menos Minerva parecia murmurar palavras sem sentindo sem parar, enquanto Alvo parecia impressionada com isso, mas ninguém diminuiu o ritmo e continuaram seguindo em direção a enfermaria. Lá chegando encontraram madame Pomfrey terminando de enfaixar um rapaz que não parecia ter mais que dezessete anos, cabelos negros e com uma cicatriz em forma de raio na testa. Na cama ao lado havia uma garota de incríveis cabelos vermelhos e com sardas pelo rosto. Ambos estavam desacordados.

- James! Ele é a sua cara! – exclamou Black chegando mais perto do garoto.

Todos ficaram quietos observando os traços do rosto do desacordado com interesse. James parecia chocado demais para confiar em si mesmo sobre algum comentário. Como era possível que pudesse haver alguém que fosse sua cópia? Isso era impossível, pois até onde sabia ele não tinha nenhum irmão gêmeo, desaparecido. Mas lá estava. Uma cópia sua com a única diferença, até onde podia ver, de o estranho ter aquela estranha cicatriz na testa. Não. Havia algo mais, mas ele não conseguia entender o quê. Mas ele sentia, de um modo muito estranho, que conhecia aquele garoto. O problema era saber de onde. Ele ficou olhando aquela cicatriz e voltou-se para Dumbledore, e de volta para o garoto.

- Que tipo de cicatriz é essa? – perguntou James, analisando a cicatriz demoradamente.

- Ao que parece, ela é uma cicatriz causada por arte das trevas! – Dumbledore respondeu pesarosamente – Seja quem tenha feito isso, fez há muitos anos atrás, e com o intuito de matá-lo. – Dumbledore respirou profundamente e continuou – Nós não conseguimos removê-la.

- Que horror! – exclamou Pettigrew, com uma das mãos tampando a boca.

- O que faremos agora? – perguntou Lupin, também intrigado com os dois jovens.

- Vamos mandá-los para St. Mungus. Não há nada que eu possa fazer por eles aqui. Lá eles receberam um tratamento melhor, para as queimaduras – respondeu madame Pomfrey. Os marotos concordaram silenciosamente.

- O que eu quero de vocês, é que fiquem de olho neles, sempre que possível! Precisamos saber quem são eles e como eles foram parar nos terrenos da escola! – Dumbledore disse olhando seus antigos alunos.

Depois de resolverem assuntos burocráticos com o hospital, os dois foram colocados em uma ala restrita para queimados mágicos. Eles haviam removido deles suas varinhas e pertences pessoais. O que havia chamado a atenção dos marotos, no entanto, fora o malão minimizado que o garoto carregava ao pescoço. Quando eles tentaram ver o que havia dentro, um dos compartimentos ( pois eles sabiam que esses malões tinham oito compartimentos), não abriu, por mais feitiços que eles lançassem. Até que desistiram. Só o dono, ao que parecia poderia abrir aquele. Seja lá o que tinha ali, era algo que o garoto não queria que ninguém visse.


FIM DO FLASHBACK

- O que vocês estão escondendo? – pensou James vendo os dois dormindo, enquanto a enfermeira saia do quarto.

- James! – chamou Pettigrew, tentando fazer o amigo olhá-lo, quando James o fez, ele continuou – O que faremos com eles? O ministro logo vai descobrir sobre eles. Não podemos mantê-los no anonimato para sempre! – ele falou com uma voz meio sussurrada.

- Eu não sei Pedro. Por hora só podemos esperar! – James disse, olhando os dois.

- Eu tenho que ir. Fiquei de encontrar com minha mãe. – Pettigrew disse se dirigindo para a porta., recebendo um aceno do amigo.

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Nos minutos que se seguiram James se sentara na cadeira ao lado do garoto, que após o susto que causara em Remus e Sírius, apresentara a estes olhos de verdes intensos. E de acordo com Remus, que foi o único que teve tempo suficiente, antes do garoto desmaiar, pareciam iguais aos de Lílian. A cada nova mínima informação que eles conseguiam deles, só servia para deixar James mais confuso e angustiado, embora ele não entendesse o motivo de se sentir assim. Afinal eles não eram nada dele, certo? Então, porque ele estava tão preocupado com o destino deles? Maldição.

- Se eu continuar assim, vou acabar enlouquecendo! – ele pensou, passando as mãos nos cabelos bagunçando-os ainda mais, se é que era possível. De repente o garoto começou a se mexer.

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Desconforto. Era o que Harry estava sentindo naquele momento. As bandagens o incomodava quando tentava forçar a musculatura. O que, diga-se de passagem, o estava irritando profundamente. Depois de dar um suspiro irritado e levar uma das mãos a testa ficou a massageando. Desde que caíra no sono, tudo o que conseguiu ter foi visões completamente borradas, como se ele as estivesse vendo sem óculos. Era, para não dizer o mínimo, frustrante. Quando ele esfregou os olhos, o teto do quarto onde estava entrou em foco. Ele bufou de impaciência.

- E eu achando que finalmente iria acordar disso! – ele falou baixou, não querendo chamar a atenção de Gina, que provavelmente, deveria estar dormindo ao lado.

Ele suspirou derrotado e se mexeu tentando achar uma posição confortável. O que só conseguiu quando ficou sentando. De olhos fechados ele voltou a massagear a cicatriz, que começara a formigar irritantemente, desde que acordara. Seja lá o que Voldemort estivesse planejando, ou fazendo, não era nada bom. Ele encostou a cabeça nos travesseiros e ficou assim por algum tempo, completamente perdido sobre o que fazer para sair dessa situação.

- O que eu Faço? Rony, Mione! – ele estava quase chorando, mas decidiu esfregar os olhos e impedir que as lágrimas caíssem – Chorar não me levará a lugar nenhum! Eu tenho que recuperar minhas coisas. Aí sim, Voldemort vai desejar nunca ter nascido. Eu juro a vocês dois! – ele falou com convicção e abriu os olhos, só para dar um belo pulo de susto ao se deparar com um homem que mais parecia uma cópia sua só que mais velha. A única diferença eram os olhos, os quais eram castanhos.

Ambos se encararam por breves momentos, sem saberem o que dizer, ou fazer. Parecia que se um dos dois se mexesse algo poderia acontecer. Por um lado Harry achava que aquilo era um comensal tentando se passar pelo seu pai, por algum motivo que ainda lhe era desconhecido. Por outro James estava chocado com o que ouvira a pouco do jovem. Pelo menos agora ele sabia que ambos estavam contra Voldemort. A menos que isso não tivesse passado de uma encenação, para que James pensasse isso.

- Que bom que acordou! – foi a única coisa que James conseguiu dizer.

- Quem é você? – perguntou cautelosamente Harry.

- Meu nome é James Potter! Eu... – foi tudo o que ele conseguiu dizer, antes de ser interrompido por Harry.

- Mentira! – ele falou tranquilamente – James Potter morreu a 16 anos. Se quer fazer jogos psicológicos deveria escolher melhor por quem passaria! – Harry falou cruzando os braços, numa atitude você não vai conseguir nada de mim seu comensal de meia tigela.

James foi pego completamente desprevenido. Morto?! Mas do que esse garoto estava falando? É claro que ele não estava morto. Como poderia se ele estava ali interrogando esse garoto? Mas porque ele achava que ele estava morto? A cada minuto que passava mais confuso James ficava com relação aquele casal. Bem, o melhor que ele poderia fazer era obter informações sobre o que ele estava pensando. Como por exemplo, por que ele achava que ele, James Potter, estava morto.

- Por que você disse que James Potter está morto? – James perguntou cautelosamente. O que ele não esperava era receber como resposta um sorriso irônico.

- Nossa! Por que será? – Harry falou, colocou uma das mãos no queixo e fez uma cara pensativa antes de continuar – Será que é porque seu mestre o matou, depois que ele foi traído por aquele bastardo do Wormtail? – Harry perguntou soltando todo o ódio que sentia em cima daquele homem que tinha a ousadia que lhe fazer tal pergunta.

James ficou completamente chocado por aquelas palavras. Do que aquele garoto estava falando? Pedro nunca o trairia. Ele era seu amigo desde a escola. Não. Definitivamente esse garoto estava falando coisa com coisa. Mas porque mesmo assim, algo fazia querer entendê-lo? James não sabia. Ele tinha que conseguir algo mais concreto dele, ou senão ele e a garota iriam acabar caindo nas mãos do ministério. E isso não seria nada bom para eles, na atual situação em que este se encontrava. Eles poderiam acabar indo parar em Azkaban, só por serem desconhecidos. James olhou para o garoto e decidiu uma abordagem mais direta.

- Bem, eu não sei do que você está falando, mas eu vou ser direto! – ele parou para respirar – A questão é a seguinte. Você e sua amiga foram encontrados nos terrenos de Hogwarts inconscientes e apresentando queimaduras mágicas de terceiro grau. Depois da enfermeira de lá ter feito o que podia vocês foram transferidos para cá, para o St. Mungus. A pergunta é como vocês apareceram em Hogwarts e por quê? – ele terminou de falar, e esperou por uma reação, que não tardou muito.

- Você não está brincando, está? – Harry perguntou. Choque evidente em sua voz – Você é mesmo James Potter? – Harry mudou o foco de visão para as próprias mãos – Não pode ser. Isso é impossível. Ele está morto. – ele não parava de murmurar sem parar. O que estava incomodando James profundamente.

- Por que é tão difícil de acreditar que eu estou vivo? – ele perguntou, perdendo a paciência.

Harry olhou para ele rapidamente. Seu olhar era uma mistura de incredulidade, choque e medo. Ele não sabia o que dizer para ele. Harry não sabia o que havia acontecido. Será que James viajou para o futuro. Não impossível. Só era possível fazer viagens de horas, não de anos. E só para o passado e não para o futuro. Espere aí. Passado. Então Harry congelou. É isso ele e Gina viajaram ao passado. Só podia ser isso. Isso só significava uma coisa. ONDE É QUE EU FUI ME METER AGORA? Ele olhou para o homem sentado em frente a ele. Ele só precisava de mais uma informação para confirmar suas suspeitas.

- Em que ano estamos? – ele perguntou lentamente – Ele vai achar que eu estou ficando maluco! – pensou ao ver o olhar de James.

- 1980. Outubro de 1980. – James respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – A pancada deve ter sido muito feia para não saber o ano em que estamos.- ele pensou ao ouvir a pergunta.

Harry arregalou os olhos diante da resposta. Agora sim eles estavam feitos. Como eles viajaram tudo isso? Eles viajaram, se é que podia chamar isso de viajem, para o passado nada mais do que dezessete anos no passado. Mas como isso foi possível? Pensa Harry. Pensa. Voldemort lançou o Avada Kedrava e eu me lancei contra Gina, para não deixar que ela recebesse o feitiço. Depois uma explosão amarelada, uma rajada de vento que nos empurrou e a escuridão... Explosão amarela?! Espere um minuto. O único animal que poderia produzir isso era uma fênix.

- Fawkes! – Harry nem reparou que estava falando em voz alta – Eu não acredito que Fawkes nos trouxe para cá! Mas por quê? Não faz sentindo! A profecia nem foi feita aqui! Será que mesmo assim eu ainda consigo derrotá-lo? – ele falou sem parar, sem ver a reação chocada e desacreditada de James.

- Do que você está falando? – James perguntou tentando tirar o garoto de suas conjecturas.

Harry parou abruptamente de balbuciar e levantou o rosto. Procurou pelos óculos, fato que ele só agora se lembrara de fazer. Ao colocá-lo ele pôde ver o pai nitidamente, pela primeira vez, sem ser no álbum de fotografias. Ele sentiu uma mistura de sentimentos envolvê-lo. Ansiedade, nervosismo, medo, choque, amor. Todos eles o estavam sufocando e ele teve que lutar para mantê-lo sob controle. Outra coisa que caiu como um balde de gelo foi saber que se seu pai estava ali, isso só podia significar uma coisa. Os marotos estavam todos juntos e bem, bem como sua mãe. Mas ele também se sentia confuso. Por um lado ele queria abrir o jogo e contar quem ele realmente era. Mas por outro, ele não queria envolvê-los nisso. Essa guerra era dele e de Voldemort. De mais ninguém.

- Onde estão minhas coisas? – ele decidiu mudar o rumo da conversa.

- Estão muito bem guardadas! – James respondeu simplesmente – Bem, se ele quer brincar, vamos brincar! – pensou ao notar a mudança de assunto.

- Será que posso tê-las de volta? – Harry perguntou, começando a se irritar.

- Não, até me responder algumas perguntas! – James falou como quem disse é isso ou você não vai ter suas coisas.

- Ótimo! – foi tudo que ele obteve de resposta.

- Qual é seu nome? – James perguntou, pegando um pedaço de pergaminho do bolso interno do casaco que usava.

- Harry! – a um erguer de sobrancelhas de James ele bufou e continuou – Harry Creevey.

- Certo! E o nome de sua amiga? – ele perguntou anotando os nomes no pergaminho.

- Gina. Gina Granger! – Harry respondeu o mais natural possível, embora ele não estivesse gostando de mentir para o próprio pai, considerando-se que ele realmente seja quem diz ser.

- Certo! E de onde vocês são? – agora pegou. O que Harry podia dizer. Ele não podia simplesmente dizer que não era dali, visto que ele não tinha nenhum sotaque estrangeiro.

- Nós... nós somos daqui mesmo! – ele decidiu arriscar. James arqueou a sobrancelha.

- E posso saber por que não temos nenhum registro de vocês no ministério? – Certo. Agora ferrou de vez.

- Eu não sei! – Harry estava começando a suar frio. Se essas perguntas continuassem, ele não queria estar presente para ver o resultado.

- Tudo bem, Sr. Jameson! – James suspirou – Por que não me diz logo quem é você e acabamos logo com isso. Porque vou te dizer uma coisa, do jeito que o mundo mágico está se você e sua amiga forem levados para o ministério, é bem capaz de ambos irem parar em Azkaban. – ele falou seriamente e Harry engoliu em seco.

- Por que nos mandariam para lá, se não fizemos nada! – ele perguntou em tom de desafio.

- Por que vocês são completamente desconhecidos, e o ministério está agindo, digamos de um modo nada ortodoxo para tentar parar os comensais. – mal James terminou essas palavras Harry revidou.

- Nós não somos comensais! Nem temos a marca negra! Não podem nos acusar disso! – ele falou perdendo o resto de paciência. Eles acabaram ouvindo uma voz confusa do outro lado do biombo.

- Harry?! – era Gina e pelo visto ela acordara ao ouvir as vozes alteradas dos dois.

- Viu o que você fez? – falou Harry num silvo irritado – To aqui Gina!

- Tá tudo bem? – a voz dela transmitia preocupação.

- Sim! Só uma visita incômoda! – ele disse, sem olhar para James.

Harry mal terminou de falar passos podiam ser ouvidos do outro lado. Quando ele menos esperou Gina apareceu, segurando o biombo, para um possível desequilíbrio. Ao ver os dois ela parou sem saber o que dizer, ou fazer. Apenas ficou chocada. Era como ver em dobro. As únicas diferenças era que um tinha uma cicatriz na testa e olhos verdes, o outro tinha olhos castanhos e não tinha nenhuma cicatriz. Parecia que a situação deles estava indo de mal a pior.

- Gina! – ela olhou para Harry – Esse é James Potter! Foi ele quem confiscou nossas coisas e nossas varinhas! – Harry falou mostrando a irritação que sentia. Gina apenas olhou para James chocada demais.

- James Potter?! – ela voltou a olhar Harry – Tem certeza, Harry? – era possível perceber a incredulidade na voz dela.

- O que há de errado com o meu nome, heim? Francamente1 A pancada de vocês dever realmente ter sido muito forte. – ao ver o olhar confuso de Gina ele acrescentou – Seu amigo nem sabia que ano estamos.

- Pois é Gina. Eu nem sabia que estávamos no ano de 1980! – Harry falou com ênfase, o que causou um arregalar de olhos em Gina.

- 1980?! – ela exclamou chocada, mas a um olhar de aviso de Harry ela se calou.

- É claro. O que você esperava? – James perguntou, mas Gina permaneceu muda.

- Quando nós podemos sair daqui? – Harry perguntou ignorando a pergunta feita, tentando manter a voz controlada. Ele não queria se zangar e causar magia acidental.

James bufou frustrado. Como aquele garoto conseguia ser tão cabeça dura para não colaborar com ele. Será que eles não via que se continuasse assim o ministério iria querer a cabeça deles? Caramba ele só estava tentando ajudá-los. Porque eles não viam isso. O que terá acontecido com eles para agirem assim, tão na defensiva. Era como se eles desconfiassem de tudo aos seu redor. O que James estava começando a acreditar ser possível. Eles não respondiam as perguntas e sempre que James deixava uma brecha lá iam eles fazerem perguntas. Sem dúvidas eles estavam escondendo algo, mas o quê? Tentando ganhar tempo para ver se conseguia mais informações, ele se levantou e ofereceu a cadeira para Gina, a qual aceitou imediatamente.

- Certo! Agora que estão os dois aqui, acho que posso fazes as perguntas! – ele falou. Nisso Harry continuou.

- O que não significa que iremos responder! – Harry disse, cruzando os braços. James teve que admitir esse garoto tinha fibra.

- Bem, eu já tenho seus nomes. Ou pelo menos os que você me deu! – James falou lançando a Harry um olhar duro – Agora será que dá para dizer do onde vocês são? – ele falou ao ver a troca de olhares entre eles.

- Somos da parte norte de Londres! – Harry falou vagamente. Ó céus eles iriam dar muita dor de cabeça para a Ordem. Harry estava rindo internamente com isso.

- Ok1 Pode ser mais específico? – James falou segurando a pena com tanta força que os nós dos dedos estavam começando a ficarem brancos.

- Não! – Harry respondeu – Olha! Se não têm uma acusação formal contra nós, acho melhor devolverem nossas coisas e nos deixar em paz! – Harry falou, perdendo a paciência de vez.

- Harry! – exclamou Gina, chocada com a atitude de Harry diante de James.

- É isso mesmo Gina. Ele não pode chegar aqui e ficar fazendo essas perguntas e esperar que respondemos, depois dele pegar nossas coisas, sem nossa permissão. Imagino que andaram fuçando elas, não estou certo? – Harry falou com um olhar gelado em direção a James. Este ficou meio incomodado com isso.

- Claro que sim! – ele falou depois de reunir toda a coragem que tinha – Era isso, ou avisar ao ministério que tínhamos duas pessoas não identificadas que invadiram... invadiram sim, os terrenos da escola! – ele falou ao ver que Gina ia retrucar.

- Nós não invadimos Hogwarts! Eu nem sei como fomos parar lá! – Gina retrucou, não gostando daquela conversa.

- Por que não pergunta ao seu amigo? Com certeza ele sabe! – James falou com uma sobrancelha erguida.

Um silêncio incômodo pairou no quarto. Os três ficaram se encarando, ou deveria dizer Gina e James encaravam Harry, que não olhava para ninguém, a não ser as próprias mãos. Harry havia, depois da conversa inicial, entendido que de algum jeito Fawkes os levara ao passado, mas ele não podia sair espalhando isso por aí. Além do mais se fosse o caso ele não podia arriscar envolver James e Lílian nisso. Não nem pensar. Mas o que ele podia fazer para sair daquela situação, sem revelar a verdade a ele? Então, como um clique ele soube a resposta.

- Será que eu poderia falar com Dumbledore? – Harry perguntou, olhando para James, sem encarar Gina.

- Posso saber por quê? – James perguntou sem entender o motivo por trás do pedido.

- Não! Se, e somente se Dumbledore achar que deve saber ele lhe dirá! – Harry retrucou rapidamente.

- Muito bem! Eu vou falar com ele e ver se ele pode vir! – James falou admitindo a derrota e saindo do quarto.

Imediatamente Gina virou-se para Harry a fim de uma explicação. Harry parecia pronto a ter um colapso nervoso. Seus olhos não paravam de se movimentar de um lado para o outro, como se ele estivesse tentando processar algo rapidamente. Ele olhava para as mãos como se todas as respostas para seus problemas estivessem ali. Será que ele, assim como ela estava tão perdido quanto. Ela decidiu pegar uma das mãos dele e percebeu que ela tremia ligeiramente, mas ele fazia o possível para não deixar isso transparecer. Eles se encararam por alguns segundos até Gina tomar uma decisão. Ela se sentou na beirada da cama dele e o abraçou.

- Meu Deus Harry, você tá tremendo! – ela falou preocupada, vendo o estado dele.

- Tudo bem, Gina! Só foi o susto de vê-lo assim, vivo! – Harry falou respirando fundo, tentando ganhar controle sobre suas emoções.

- Harry1 O que realmente está acontecendo? – Gina perguntou depois de Harry parar de tremer.

Harry então narrou toda a conversa que tivera com James e como ele chegara a conclusão de que Fawkes, de algum jeito, os levara ao passado. O problema agora era conseguir o malão de volta, juntamente com as varinhas. Harry também explicou a pesquisa que ele, Rony e Hermione andavam fazendo enquanto em Hogwarts. Sobre as Horcrux e suas possíveis localizações. Ao final Gina estava boquiaberta com tudo isso. Então essa era a tal pesquisa que eles faziam e que não podiam contar.

- É isso Gina! Por isso não podíamos contar. Eu havia prometido a Dumbledore. Além disso, era muito perigoso contar a alguém. Se isso se espalhasse Voldemort poderia mudar o lugar onde as Horcrux estavam! – ele terminou olhando a reação de Gina.

- Meu bom Merlin! Harry você entende o que isso significa? – ela perguntou com uma mão no queixo.

- Hã?! – ele a olhou interrogativamente.

- Se estivermos presos aqui, no passado, nós podemos destruir Voldemort antes dele tentar te matar. Podemos mudar o futuro! – ela falou conspiratoriamente.

- Sabe que eu não havia pensado nisso! – ele disse e pensando por um pouco – Mas antes de abrirmos o jogo para Dumbledore, em frente da Ordem, temos que revelar aquele miserável do Pettigrew. A informação das Horcrux não pode chegar aos ouvidos de Voldemort. Caso isso aconteça será impossível sabermos onde ele as colocará! – ele falou racionalmente.

- É você tem razão. – ela falou captando a mensagem da traição de Wormtail.

Eles ficaram calados por um tempo até ouvirem uma leve batida na porta e esta se abrir revelando um Alvo Dumbledore dezessete anos mais jovem, embora mesmo no futuro tendo passado todos esses anos ele não parecia ter envelhecido um único dia. Ele continuava irradiando aquela aura de poder e um olhar que fazia com quem os visse sentia-se inclinado a confiar nele. Ele sorriu para os dois antes de entrar.

- Soube que queriam me ver! – ele disse com seus brilhantes olhos azuis.

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Mais cedo

Após sair do quarto onde os jovens estavam, James deixou o St Mungus direto para Hogwarts, via floo. Ele simplesmente não conseguia entender a reação daqueles dois. Francamente. Mesmo sabendo que podiam parar em Azkaban eles não deixaram se abalar. Mas uma coisa eles tinham razão, sem a marca negra eles não podiam ser acusados de serem comensais da morte. Mas James sabia que mesmo assim eles podiam ser mantidos presos, ou até mesmo serem submetidos à veritasserum para dizerem tudo o que o ministério queria saber. Ele parou de rodopiar na sala de Dumbledore e quando terminou de limpar a fuligem ele olhou direto a seu antigo mentor, e atual amigo.

- Temos um problema! – ele disse sério.

- O que seria, James? – perguntou Dumbledore passando as mãos na barba.

- Eu simplesmente não tenho paciência para repetir. Será que eu podia usar sua penseira? – James disse seriamente, mostrando que não conseguira sucesso com o que Alvo pedira.

- Claro! Claro! Ele respondeu e ambos foram para junto da penseira.

Após abrir o armário e deixar a penseira a mostra, James encostou a varinha em sua têmpora e retirou de lá um fio prateado. Quando deu-se por satisfeito ele a depositou na bacia e esperou que Dumbledore entrasse, em seguida ele o seguiu. Passado quase duas horas ambos saíram da bacia, sem saberem como agir a seguir com relação aos dois. Era muito complicado decidir algo assim, sem terem nenhuma informação relevante sobre eles. Era arriscado. Ambos, porém, ficaram quietos por mais um tempo, refletindo. Até Dumbledore, enfim, se levantar com resolução.

- Eu irei ao encontro deles! – ele falou simplesmente.

- O quê?! – James exclamou, se levantando no susto – Alvo é perigoso! E se eles estiverem tramando algo? – ele perguntou tentando por um pouco de juízo no amigo.

- Bom! Na atual situação, meu jovem, eu não vejo outra alternativa! – Dumbledore falou se dirigindo a lareira, pegou um punhado de pó de floo e após dizer o seu destino, St. Mungus, entrou e desapareceu.

Ele apareceu na recepção do hospital e, depois de remover a fuligem, foi a recepcionista saber o andar e o número do quarto onde os dois estavam. Após conseguir a informação, ele subiu para o quinto andar e entrou na ala dos queimados mágicos. Lá, no fim do corredor ele encontrou Lupin vindo de encontro a ele. Ao que parecia, ele havia chegado a pouco tempo e ao não ver os amigos ali, como o combinado, estava retornando a recepcionista.

- Alvo! – ele falou, assim que se aproximaram um do outro – James e Pedro não estão aqui! – ele falou com uma pontada de preocupação na voz.

- Eu sei! – ao ver a cara interrogativa de Remus ele prosseguiu – James foi me ver dizendo que os dois queriam me ver. Ele está em meu escritório. Quanto a Pedro creio que foi ao encontro da mãe. – ele informou seu antigo pupilo. Remus apenas confirmou com um aceno de cabeça.

- Quer que eu entre com o Sr.? – Lupin perguntou, acompanhando o diretor até o quarto dois desconhecidos.

- Ah! Não meu jovem! Está tudo sob controle! – Dumbledore falou e abriu a porta. Antes de ele desaparecer lá dentro a última coisa que Remus ouviu foi – Soube que queriam me ver?

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Harry e Gina se entreolharam decidindo quem falaria primeiro sobre a situação deles, que diga-se de passagem não era nada boa. Tudo bem que eles não tinham culpa do que Fawkes fez, mas ela fez tentando protegê-los, e não por mal. Tá certo que ela conseguiu mas também, tinha que ser tão longe de casa. Francamente, se a situação não fosse séria, ambos estariam rindo de tudo isso. Gina balançou a cabeça para Harry, dizendo silenciosamente que era para ele explicar tudo. Ele concordou resignado.

- Sim1 Professor! O que temos a contar é uma história longa e.... como posso dizer? – ele bagunçou os cabelos, tentando pensar numa maneira de dizer aquilo sem parecer loucura – Inacreditável! – Dumbledore apenas os observou e acenou afirmativamente com a cabeça. Ele, então, fez surgir uma cadeira para se sentar, já que a conversa seria longa – Por onde eu devo começar? – ele se perguntou incerto.

- Que tal do começo? – sugeriu Dumbledore, arrancando uma risada de Harry.

- É! Certo! Hum! – então Harry começou a contar sua história.

Tudo começou com uma profecia feita por Sibila Trellawney em 1981. Duas pessoas ouviram essa profecia. Você e Severus Snape. Nessa profecia dizia que a queda de Voldemort se daria através de uma criança, nascida de pais que o enfrentaram três vezes, no fim do sétimo mês. Nessa caso só havia duas crianças com essas descrições. Eu e Neville Longbottom. Meus pais decidiram usar o fiel do segredo para se esconderem mas foram traídos e Voldemort teve acesso a nossa casa. Ele os matou, mas quando tentou fazer o mesmo comigo, a maldição ricocheteou e ele foi privado de seu corpo, enquanto eu fiquei com essa cicatriz na testa. Os pais de Neville foram torturados até a insanidade por Bartô Crouch Jr. e Belatrix Lestrange.

Eu fui enviado para morar com os meus tios onde eu estaria protegido devido ao sangue da minha mãe. Aos onze anos recebi a carta de Hogwarts e só então, com a vinda de Hagrid, eu soube o que eu era. O que os meus pais eram. Em Hogwarts, nos anos seguintes, eu e meus amigos nos envolvemos em vários mistérios para retardar o retorno de Voldemort. O que conseguimos até o nosso quarto ano. Mas devido ao torneio tribruxo, Voldemort armou um esquema e conseguiu me inscrever no torneio. Ao final ele retomou um corpo, matou Cedrico Diggory e reuniu o circulo intimo de comensais. Eu fugi por pura sorte e do priori encantatum, que o deteve tempo suficiente.

No ano seguinte ninguém acreditava em seu retorno, porque o Ministro estava irredutível em aceitar isso, e ele não fazia nada, ficando nas sombras por todo aquele ano. No final, por causa de minha estupidez, fomos ao ministério e enfrentamos comensais da morte por todos os lados. Só naquele dia eu soube da profecia. Da pior maneira possível. Eu perdi naquele dia o meu padrinho. Eu estava com tanta raiva que cheguei a usar uma imperdoável na infeliz que o matou. Só conseguimos sair de lá com vida porque você e a Ordem chegaram e nos ajudaram. No fim, o próprio Ministro o viu, assim como vários aurores que apareceram lá, e teve que admitir que Voldemort voltara.

Depois disso, como ele não precisava mais se esconder, o mundo mágico entrou em polvorosa. As pessoas andavam sempre assustadas, com medo de tudo e todos. Quando as aulas recomeçaram aquele ano, você me deu algumas aulas sobre Tom Riddle e como ele se tornara Voldemort. Quando o ano letivo estava acabando, comensais entraram na escola. Houve luta entre alunos e membros da Ordem contra os comensais. Entre os alunos ninguém morreu, nem entre a Ordem. Apenas uma pessoa morreu aquela noite. Você.

Nesse ano você me mostrou como Voldemort havia se tornado quase imortal e como destruí-lo. Ou quase. Você soube de alguns dos objetos que ele usara para tal façanha, mas não todos. Você deixou que eu terminasse o resto. Eu, Rony e Hermione, meus amigos, estavam pesquisando tudo o que podíamos e estávamos quase prontos para fugir de Hogwarts e ir atrás de Voldemort, quando o mesmo invadiu o castelo e nos atacou. Os alunos, professores e membros da Ordem que estavam protegendo o castelo lutaram contra os comensais, vampiros, lobisomens e gigantes. Quando eu cheguei e vi Voldemort nós lutamos mais uma vez e, quando Gina entrou no fogo cruzado e Voldemort ia lançar a maldição da morte, eu a protegi. Estava só esperando ser atingido quando me sentir ser lançado e um lampejo amarelo nos envolver. Eu sentir uma dor terrível e desmaiei.

Quando acordei estava aqui nesse quarto sem noção de onde estava, a quanto tempo estava aqui, se eram amigos ou inimigos. Bem, deu pra sacar. Quando James contou o ano em que estávamos eu só consegui pensar nisso. Que Fawkes de alguma maneira nos tele transportou para o passado para evitar que morrêssemos. Caso contrário, o único jeito de destruir Voldemort seria perdido, já que eu sou o único com essa informação.


Quando Harry terminou de narrar todos os acontecimentos, em resumo e omitindo que aventuras foram essas, para a conversa não demorar muito, ele viu Dumbledore mexer na barba pensativamente, como sempre fazia quando analisava as informações recebidas. Ele podia ver a mente do diretor trabalhando avidamente, tentando ligar os fatos, e tentando adivinhar o que ele não dissera. Sem dúvidas esse era o Dumbledore que ele conhecia, só dezessete anos mais jovem.

- Suponhamos que seja verdade! – ele falou tirando Harry de seus devaneios – O que vocês pretendem fazer? – Harry e Gina se entreolharam.

- Bem, eu já tenho 17 e Gina 16! Eu estava pensando em terminar a minha missão de uma vez por todas! – ele falou com convicção.

- Ora! E não se esqueça de mim! É claro que eu vou com você! – ela viu que ele ia retrucar e continuou – Eu já falei Harry. Dessa vez você não sai da minha vista. – ela falou vendo a cara resignada dele, que ela achava muito fofa.

- Bem! Já que é assim, eu só tenho mais uma pergunta. O que são esses objetos? – Dumbledore perguntou cruzando os dedos.

- Eu não me sinto seguro em falar isso aqui. Sabe como é as paredes tem ouvidos! – Harry viu o brilho nos olhos do diretor aumentar – Além disso tenho outro motivos! – ele acrescentou misteriosamente.

- E que motivos seriam esses? – Dumbledore perguntou analisando Harry cuidadosamente.

- Meus pais, como disse anteriormente, foram traídos. Mas não por qualquer pessoa. Por um amigo. Uma dos que eles consideravam como se fosse da família. Meu pai e ele eram amigos desde o primeiro ano em Hogwarts. Ele era o fiel do segredo. Mas o que ninguém sabia era que ele era um comensal. Ele estava infiltrado na Ordem para conseguir informações sobre a profecia e quem seria a criança, destinada a exterminá-lo. – Harry falou seriamente.

- E quem seria essa pessoa? – Dumbledore perguntou curiosamente.

- Pedro Pettigrew! – Gina respondeu com nojo evidente em sua voz. Os olhos do diretor por um instante traíram a surpresa nessa resposta.

- Vocês têm certeza? – ele perguntou seriamente.

- É claro que sim! Por causa dele, meus pais foram mortos na noite de 31 de outubro de 1981. Por causa dele eu cresci sem meus pais. Sem saber quem eu realmente era. Por causa dele minha vida foi um completo inferno na casa dos Dursley. – a isso Dumbledore arqueou a sobrancelha.

- Dursley? – ele perguntou já sabendo a resposta.

- Claro! Meus tios. Petúnia, irmã da minha mãe. – ele falou, esperando que Dumbledore fizesse a conexão. O que não demorou a acontecer.

- Harry Potter! – dava-se para perceber a surpresa em sua voz, que ele tratou de esconder o melhor possível – Incrível! Agora tudo está fazendo mais sentido. Por isso que você é tão parecido com James! – ele falou alisando a barba.

- É o que todos dizem. Que sou igual a meu pai, com os olhos de minha mãe. – Harry falou com sereno sorriso.

- Dumbledore! O que vamos fazer? Não podemos dizer a ninguém quem somos! – falou Gina, depois de quase dois minutos de silêncio.

- Gina tem razão, Dumbledore. Se descobrirem sobre nós, Voldemort vai nos caçar até conseguir o que quer. E eu tenho que encontrar esses objetos. Só assim Voldemort pode ser derrotado. – Harry falou, olhando o diretor nos olhos.

- Certo! Vamos fazer o seguinte. Eu vou mandar um membro da Ordem escoltar vocês até a Sede e lá vocês nos contam melhor sobre esses objetos, ok? – ele perguntou, vendo-os trocarem olhares inseguros.

- Hã! Só para saber a Sede é em Grimmald Place, ainda? – perguntou Harry.

- Não! A Sede é em Godric’s Hollow. – ele falou vendo a reação deles. Harry ficou pálido de repente e Gina arregalou os olhos.

Harry não sabia o que sentir ao ouvir isso. Ele não esperava isso. Não definitivamente era irracional. Dumbledore simplesmente estava sugerindo que ele e Gina fosse para a Sede da Ordem, que POR COINCIDÊNCIA ERA A CASA DOS PAIS DELE. Não definitivamente, Harry não estava preparado para algo assim. Como ele ia agir diante deles? Como ele não ia se delatar. Era arriscado demais isso. Será que Dumbledore não via. Claro que ele queria ver os pais, saber como eles eram, do que gostavam, etc. Mas ao mesmo tempo o medo da reação deles. Ele não sabia o que pensar. E se eles não acreditassem. E se eles o odiassem. O culpassem pela morte deles. Harry estava simplesmente em pânico com essa idéia. Tanto que ele não sabia o que responder.

- Hã! Dumbledore! Você está ciente do que está nos pedindo? – Gina perguntou, vendo que Harry estava estupefato demais para dizer qualquer coisa.

- Sim! Infelizmente o único lugar seguro para vocês. – diante do olhar indagador, ele explicou – O ministro está saindo de controle e qualquer pessoa suspeita é mandada para Azkaban, mesmo sem ser um comensal. – ele falou pesarosamente.

- Ah! É eu sei! – Harry falou e continuou – Foi por causa disso que eu fui parar tendo que morar com os Dursley. – ao olhar de Dumbledore ele continuou – Eles achavam que Sírius era o fiel do segredo e o mandaram para Azkaban sem ao menos um julgamento. E como os Dursley eram os únicos parentes vivos fui mandado para lá. – Harry falou com ressentimento na voz. Dumbledore apenas o observou.

Dumbledore ficou ali analisando os dois. Pelo visto Harry já havia passado por muito mais coisa do que ele deixou escapar enquanto resumia sua vida. Ser caçapo por um dos mais temidos bruxo das trevas da atualidade e agir como se isso não fosse nada, era algo a se considerar. Ele tinha mais fibra do que demonstrava, ou queria que as pessoas acreditassem. E pelo visto ele não temia Voldemort, como muitos, ele mais parecia odiá-lo com todas as fibras que possuía, por ele ser o responsável pela morte dos pais e a prisão do padrinho. Sim, porque Dumbledore sabia que Sírius era o padrinho de Harry.

- Tudo bem! – Harry falou em fim.

- Harry! – começou Gina, mas foi interrompida por ele.

- Não Gina1 Dumbledore está certo. Se o ministério usar veritasserum na gente, eles vão saber o que não devem saber. E se eles souberem, Voldemort também saberá. Você sabe que lá está cheio de espiões. E essas informações não podem chegar aos ouvidos dele. – Harry falou para Gina que só confirmou com um aceno de cabeça. Ele voltou sua atenção para Dumbledore – E quando iremos?

- O mais rápido possível, Harry! – Dumbledore respondeu.

- Só mais uma coisa! Antes de contarmos tudo aos outro, é melhor ninguém saber quem realmente somos. Por hora é melhor que pensem que o sobrenome de Gina é Granger e o meu Creevey. Como são sobrenomes trouxas eles não vão estranhar não conhecer. – Harry explicou.

- São sobrenomes de amigos nossos. – Gina explicou para Dumbledore, ao ver o olhar indagador dele.

- Ok! – ele confirmou – Então estamos acertados! – ele se levantou e com um sorriso, continuou – Assim que vocês forem liberados, um membro da Ordem virá pegá-los e levá-los a Godric’s Hollow.

Depois das despedidas Dumbledore saiu do quarto e foi de encontro a Remus o qual estava o esperando. Ambos andaram, silenciosamente, por um tempo até chegaram à cantina, a qual ficava no térreo. Lá fizeram seus pedidos e se sentaram no canto mais afastado que encontraram, o que era uma tarefa meio difícil, já que o local vivia cheio de gente que ia visitar alguém, ou levar algum parente para ser tratado. Só depois de Dumbledore, enfim, tomar um pouco do chá, ele se dirigiu a Remus, que rapidamente voltou sua atenção para o diretor.

- Vou precisar de sua ajuda, Remus! – ele disse, audível somente para Lupin ouvir – Preciso que eles sejam liberados o quanto antes. Moody me informou, essa manhã, que o ministério está a um passo de vir fazer uma visita aos nossos jovens amigos. Se isso acontecer, não quero nem pensar nas conseqüências. – ele falou com um tom sério.

- Quer dizer que eles conversaram com você? – Lupin perguntou meio chocado, uma vez que nenhum dos marotos foi capaz de conseguir uma resposta concreta deles, o máximo que haviam conseguido tinha sido um levar um frasco de poção para dor na cabeça e o outro respostas evasivas e sarcásticas.

- Sim1 E o que eles me contaram será discutido na Ordem! – antes de Lupin argumentar ele acrescentou – É muito perigoso para ser discutido em aberto.

- Se você acha que pode confiar neles! – Dumbledore afirmou – Bem, então, veremos quando poderemos levá-los daqui.

- Ótimo! Ótimo! – Dumbledore falou se levantando – Eu tenho que ir! Eu não posso deixar Minerva sozinha cuidando da escola. Assim que puder me avise! – ele então se despediu de Lupin e foi embora.

Remus ficou ali sentando vendo Dumbledore sumir na multidão. Ele se levantou e foi até a recepção cuidar da parte burocrática para a liberação dos dois jovens. Quando chegou lá encontrou o medi bruxo encarregado deles. Depois dele assinar os papeis, o que demorou umas duas horas para ser feito, já que tiveram que fazer um check up neles, finalmente ambos foram liberados sob a promessa de continuarem passando a pomada para as manchas desaparecerem. O que levaria, pelo menos, umas duas semanas. Fora isso eles estavam bem, obrigado. Eles foram embora em cadeiras encantadas, já que as pernas não estavam colaborando muito. Eles teriam que trabalhar isso logo.

Quando chegaram no térreo, Lupin os instruiu a segurarem um jornal, o Daily Profet, e logo em seguida, com um puxão no umbigo, os três desapareceram do hospital. Quando eles abriram os olhos se virem em uma rua muito calma, cheia de arvores. As casas eram lindas e não eram como em Privet Drive. Não. Aqui as casas eram diferentes umas das outras. Harry inspirou profundamente sentindo o cheiro das diferentes plantas. Era inebriante. Algo que Harry gostava era o cheiro das plantas. Ele achava que isso era o resultado de todo o tempo que passou cuidando dos jardins da tia. Mesmo assim ele amava esse cheiro, principalmente quando indicava que havia chovido a poucas horas atrás. O cheiro da grama molhada era intenso. Ele fez a única coisa que podia, sorriu.

Lupin ficou olhando os dois enquanto fazia-os levitar seguindo-o. Eles olhavam a redondeza e o rapaz, Harry, não parava de respirar fundo algumas vezes e sorrir. Mas não era qualquer sorriso, era um de felicidade. O que era estranho, e confuso. Ele mal podia esperar para saber a história deles. Deveria ser algo muito sério para que Dumbledore quisesse que isso só fosse discutido na Sede. Deveria ser algo que Voldemort não deveria ter conhecimento. Finalmente ele parou em frente a uma casa.

A casa era grande. Tinha dois andares, e parecia ter vários quartos. Ela era branca e as janelas eram em tom de marfim. Havia em algumas parte trepadeiras, além de duas arvores, cada uma de um lado da casa. Dava para ver que o muro erra grande e um balanço se mechia ao sabor do vento.Os muros que cercavam a casa eram encobertos por trepadeiras. A única parte que não tinha essa planta era a cerca branca, na parte da frente. A casa era simples e bela. Ambos se entreolharam e sorriram. O que captou a atenção de Lupin foi o tipo de sorriso. Parecia um sorriso saudosista, como se o garoto estivesse se lembrando de algo que era ao mesmo tempo feliz e triste. E isso deixou-o confuso. Decidindo deixar esses pensamentos para a reunião dali a pouco ele os conduziu para dentro, onde encontraram James Potter já os esperando.

Depois de dar passagem para os três, James os seguiu escada acima onde os dois ficariam. Era um quarto grande, no qual foi colocado duas camas, uma de cada lado. Separados por um criado mudo. Havia uma janela, que deixava o quarto bem iluminado. James ajudou afastando as cobertas e Remus os levitou, um por vez, até as camas. Depois de acomodados. Ambos os marotos saíram, deixando os dois descansarem. O que eles fizeram, afinal ainda estavam se recuperando, por mais que eles quisessem passar uma imagem de “eu estou muito bem, obrigada!”. Eles ainda, assim, precisavam descansar.

- E então? – James perguntou ao chegarem a sala de estar e se sentarem no sofá. Lílian ofereceu a eles chá e se sentou, perto de onde seu bebê estava.

- Bem, ao que tudo indica, saberemos de tudo hoje a noite. Dumbledore vai fazer uma reunião de emergência, para discutimos o que faremos com eles! – Lupin respondeu tomando um pouco do chá.

- Como assim, Remus? O que faremos com eles? – Lílian falou não gostando nem um pouco da conversa.

- Bem, ao que parece eles têm informações tão valiosas que Dumbledore disse que era perigoso até discutir isso fora daqui, com medo de alguém escutar. É como se a destruição de Voldemort estivesse nas mãos deles! – Remus falou se acomodando melhor no sofá.

- Certo! Mas só por precaução eu quero aquele quarto muito bem vigiado! Eu tenho um filho, e não pretendo pô-lo em perigo, por menor que seja! – ela falou seriamente, enquanto olhava o filho dormindo pacificamente no carrinho ao lado da poltrona em que estava.

- Tudo bem, Líly. Nós entendemos isso. Não precisa se preocupar! Eu mesmo coloquei uns feitiços que irá impedi-los de sair de lá. Ademais, eles estão sem varinhas. – ele completou para reassegurar a segurança deles.

- Ótimo! – foi tudo o que ela respondeu.

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Harry e Gina haviam permanecido no quarto desde que haviam sido trazidos para lá. Eles não reclamavam, no entanto, pois sabiam que os outros deveriam estar incomodados com a presença deles. Além disso eles podiam ser considerado, ainda, como uma ameaça. E não seria surpresa se eles estivessem sendo muito bem vigiados por feitiços, tanto de tranca como detectores. Este último, Harry descobriu, era usado em Hogwarts. Mais especificamente na ala hospitalar. Era assim que madame Pomfrey parecia sempre saber o que se passava com seus pacientes. Não que ele gostasse, principalmente quando ele queria sair de lá e, por causa desse feitiço, ele não conseguia. Pomfrey sempre aparecia para o impedir.Enfim, tudo o que eles podiam fazer, no momento, era conversar.

- E agora? – perguntou Gina, tentando quebrar o silêncio.

- Agora esperamos pela reunião, a revelação de Pettigrew e a nossa aparição! – Harry falou como se aquilo não significasse nada, quando o que ele queria era sair dali o quanto antes, de tão nervoso que ele estava.

- Nossa! Realmente parece tudo perfeito, né? – ela falou sarcástica – Qual é Harry. Eu te conheço. O que foi? – ela perguntou sentando na cama de modo que pudesse olhá-lo.

- Humpf! – ele resmungou e olhou para ela nos olhos – É que... e se eles não acreditarem? E se eles não gostarem de mim? E se eles pensarem que somos comensais? E se.... – ele parou por um momento – E se for melhor eles não saberem quem realmente somos? – ele falou com um tom derrotado que chocou Gina. Ela nunca o tinha ouvido falar desse jeito.

- Harry! Por que isso agora? – ela perguntou com preocupação na voz, embora ela tentasse esconder isso.

- E´ que.... Foi por causa dessa profecia que Voldemort foi atrás deles. Se eu não existisse eles estariam vivos e.... – ele foi interrompido por Gina.

- Eles estão vivos Harry! – ela o lembrou.

- É mas por quanto tempo? – ele perguntou não gostando dos próprios pensamentos – Se isso chegar a Voldemort. Eu não quero nem pensar nas conseqüências! – ele passou as mãos nos cabelos.

- Harry é impossível esconder a verdade para sempre! Afinal nós nem sabemos se podemos voltar para o nosso tempo! Afinal só a nossa presença aqui já fez diferença. Você sabe disso! – ela falou tentando fazer ele pensar racionalmente.

- Sim, você tem razão, claro. Mas isso não torna as coisas mais fáceis, sabe? – ele falou resignado.

- É, eu sei! – ela respondeu simplesmente.

- Eu nem sei se quero mais voltar! Não depois de.... – ele parou sem conseguir terminar a frase. Ele se encostou nos travesseiros e ficou olhando o teto.

Gina sabia o que ele queria dizer e ela concordava com ele. Com a morte de tantas pessoas que eles amavam, não era fácil pensar em voltar e não vê-los nunca mais. Aqui no passado, pelo menos, eles os viam. Mesmo que estes não soubessem quem eles eram. Não ainda, de qualquer jeito. Mas uma coisa eles sabiam a verdade sobre eles mais cedo, ou mais tarde ia aparecer, quisessem eles ou não. E isso era o que estava preocupando Harry, até o último fio de cabelo. Ele temia o que poderia acontecer aos pais se Voldemort descobrisse o que pode acontecer no futuro. Eles ficaram calados por um tempo, até que algo começou a acontecer. Harry começou a ficar esbranquiçado.

- Bem, de qualquer jeito.... HARRY! – Gina exclamou quando viu o estado dele. Mas tão repentino como isso aconteceu, ele voltou ao normal.

Do lado de fora Lílian estava levando o filho para o segundo andar para colocá-lo para dormir. Quando ela passou pelo quarto dos hospedes, ele ouviu a voz da garota, mas não dava para entender o que dizia, quando de repente a garota deu um grito alto o suficiente para ela conseguir ouvir. A única palavra foi Harry. Mais que depressa ela correu em direção da escada e desceu em busca de ajuda.

- JAMES1 JAMES! – gritou Lílian procurando o marido por toda a casa, até encontrá-lo na biblioteca – Rápido James. Tem algo errado no quarto dos dois! – ela falou o mais calmo que conseguiu.

James não precisou que isso fosse dito duas vezes. Ele saiu correndo para cima. Quando ele abriu a porta, após desfazes alguns feitiços, o que ele viu o deixou confuso. Gina estava sentada na cama de Harry e esfregava os braços dele sem parar desesperadamente, como se houvesse algo errado com elas. Embora James não conseguisse ver nada de mais. Harry olhava para os próprios braços, também parecendo assustado. Restava a James descobrir o porquê. Quando eles finalmente se acalmaram, James se fez presente. Os dois olharam para ele imediatamente.

- Que grito foi esse? – ele perguntou e antes que eles falassem ele continuou – Vocês assustaram minha mulher com isso! – ele terminou se encostando na parede.

- Nada! – Harry falou lançando um olhar significativo a Gina, que quase falara primeiro – Só que eu quase caí tentando testar minhas pernas e Gina ficou assustada e gritou. Foi só isso! – Harry falou com o coração aos pulos.

- Certo! – James falou não acreditando nenhum pouco nisso. Afinal se fosse isso porque ela estaria massageando tanto os braços dele. A isso James saiu dizendo que o jantar seria trazido em breve.

- Por que você mentiu? – Gina perguntou no segundo seguinte a saída de James.

- O que queria que eu fizesse? Dissesse que eu quase desapareci? Nossa, Gina, isso sim seria uma boa resposta! – Harry falou exasperado, respirando acelerado, tentando controlar o nervosismo.

- Tá! Tá! Entendi! – ela falou, balançando a mão agitada. Após se recuperar do susto ela continuou – Mas, Harry, o que será que foi isso? – ela comentou, ainda olhando para os braços dele.

- Eu não sei Gina. Eu não sei. – ele parou um pouco tentando entender a situação – Por hora é melhor esquecermos isso e nos concentrar na missão que temos adiante. – ele falou esfregando os olhos cansado.

- OK! – ela se deu por vencida. Ela sabia que não adiantaria insistir nisso. Não que ela fosse desistir.

Quinze minuto depois, Lílian e James apareceram. Cada um segurando uma bandeja com, cada uma, um prato com sopa, um pão, geléia e biscoitos. Além de um copo de água. Lílian foi em direção a Gina e colocou a bandeja na cama, após Gina se sentar nela. Ao mesmo tempo James colocava a bandeja na cama de Harry. Ambos agradeceram, antes dos dois deixarem o quarto. Harry e Gina rapidamente começaram a comer, sem saber o quanto estavam com fome. Harry adorou a sopa, se emocionando ao lembrar-se que era a primeira vez que comia algo feito pela mãe, de que se lembrava. Gina sorriu carinhosamente para ele, entendendo o que ele deveria estar sentido naquele momento.

Momentos depois de terem terminado de comer a sobremesa, a porta se abriu revelando James e Sírius. Eles disseram que Dumbledore e Remus estavam lá embaixo na sala de visitas os esperando. Eles, então, ajudaram Harry e Gina a saírem da cama e levá-los até lá. O que não foi fácil. A escada só permitia uma pessoa de cada vez, de modo que eles foram levitados por eles até atingirem o terraço. De lá eles os apoiaram e os guiaram até onde os demais estavam, cumprimentando-os.

- Boa noite! Harry! Gina! – cumprimentou Dumbledore, com seus brilhando olhos azuis atrás dos óculos de meia lua, com um sorriso.

- Boa noite professor! – ambos exclamaram ao mesmo tempo, com um sorriso. Ao mesmo tempo que James e Sírius se sentavam em seus lugares nas poltronas.

- Bem! – Dumbledore começou, unindo seus dedos longos e olhando os presentes um a um – Há um motivo para que todos nós estejamos aqui! – ele se deteve um pouco mais em James e Lílian – Nossos convidados decidiram nos contar sua história. – houve um silêncio incômodo – Porém! – ele novamente vasculhou os presentes, principalmente os marotos e Lílian – Tudo o que for dito aqui não poderá, em hipótese alguma ser divulgado com ninguém, até que possamos ter total certeza de que isso não chegará a Voldemort! – ele falou seriamente, sem o brilho habitual em seus olhos azuis. Vendo isso todos concordaram. – Bem, acho que agora é com vocês! – ele falou indicando Harry e Gina, enquanto se recostava na poltrona.

- Hum! Hum! – Harry falou atraindo a atenção dos presente – Bem, nossos nomes vocês já sabem. Eu me chamo Harry e ela Gina. Bom. Nossa história é bem comprida e complicada de se acreditar. Mas temos como provar o que vamos dizer. – ele olhou para Gina em busca de conforto. O que ela fez segurando sua mão. Ele respirou fundo e começou.

A medida que ele contava sua história, com a ajuda de Gina, quando se esquecia de algo, os presentes ficavam cada vez mais impressionados. Lílian e James ficavam cada vez mais pálidos por saberem que morriam em menos de um ano e que o filho iria ser criado pelos Dursley. Sírius mostravam um olhar fantasmagórico, o que fez lembra Harry de quando o conheceu no terceiro ano. Harry começou a achar que ele poderia estar pensando em como seria passar todo esse tempo lá. Lupin parecia incrédulo que tudo aquilo podia ser causado pela traição de Pedro. Era simplesmente repugnante. Impensável. Afinal de contas eles o conheciam desde os tempos de Hogwarts. Harry acrescentou tudo o que passaram em Hogwarts nos últimos anos, incluindo as piores partes, provando a Dumbledore que ele realmente não lhe havia contado tudo no hospital, mas nunca dizendo quem ele realmente era. Ele também contou o que aconteceria com alguns membros da Ordem e com os Longbottom.

A parte, no entanto, que mais os deixou assustados e incomodados foi quando Harry lhes revelou sobre a profecia e o que ela representava. E que ou Neville, ou Hô filho dos Potter eram as crianças mencionadas. Nessa parte Lílian se agarrou ao marido completamente assustada com o futuro do seu bebê, que dormia placidamente no segundo andar, no quarto dele, ao lado do quarto dos pais. Após as explicações todos ficaram em silêncio, quebrado apenas pelo crepitar do fogo na lareira. Parecia que ninguém tinha coragem de continuar com aquela conversa. Era muita coisa de uma só vez. Eles precisavam assimilar tudo aquilo, antes de tomarem qualquer decisão.

- Sei que é difícil tudo isso que estou lhes dizendo! – começou Harry, vendo que ninguém falaria tão cedo – Mas esse era o único jeito de termos nossas coisas de volta. – ele falou com cautela. James lembrando do malão perguntou completamente intrigado.

- O que há naquele malão? – ao ver a cara de Harry continuou – Havia um compartimento dele que não conseguimos abrir – nisso Harry deu um leve sorriso.

- Naquela parte contém um material de pesquisa que eu e meus amigos estávamos fazendo! – ele falou com os olhos desfocados, lembrando-se de Hermione e Rony – Coisas que ninguém deve saber do que se trata por ser muito perigoso se cair em mãos erradas! – ele falou seriamente – Pelo menos por enquanto. – ao ver o olhar questionador deles, ele prosseguiu – Ela não está concluída! – foi tudo o que ele disse para tentar afastar mais perguntas.

- Certo! – James falou olhando Harry cautelosamente – Vamos aceitar isso! Por hora! – ele acrescentou e Harry confirmou com um aceno de cabeça.

- Então, hum, tome! – falou Lupin, passando para Harry suas varinhas e o malão minimizado.

- Que provas vocês têm de que vieram do futuro? – Black perguntou olhando-os suspeito.

- Para começar nossas memórias, que todos sabem não podem ser alteradas! – Harry explicou – Segundo Veritasserum, que nos faria repetir exatamente o que eu falei. E terceiro, para vocês terem certeza eu vou dizer apenas isso:”Juro solenemente não fazer nada de bom”. – ele terminou com um sorriso vitorioso no rosto, ao ver a reação dos marotos, e a cara de incredulidade dos outros dois. Além de Gina tentando conter o riso.

- Co... como você? – Black perguntou incapaz de articular melhor a pergunta.

- Ah! Isso? Dois amigos meus, irmãos da Gina, me deram o mapa dos marotos em meu terceiro ano. Muito útil, devo acrescentar! – Harry terminou com um brilho no olhar que só Gina podia identificar. Era orgulho dos marotos.

- Certo! Acreditamos em vocês! – James disse impressionado. Depois de um momento, no entanto, a pergunta que assolara a sua cabeça saiu da sua boca antes que pudesse se refrear – Por que você é tão parecido comigo? – ele falou tentando obter uma confirmação para suas suspeitas.

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Fl4v1nh4: Puxa! Espero que continue gostando, comentando, votando e deando sugestão, já que a fic só está em seu início. Beijos e fui!

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