O diário - primeira horcrux



No capítulo anterior:


 


- Você tinha o mapa esse tempo todo! Por que não me disse? – Gina perguntou, depois de dar um tapa no braço de Harry. Ele apenas riu da cara dela – Pelo menos vou poder me esquivar dos professores e procurar essa maldita tiara! – ela disse indignada.


 


Depois dessa discussão o clima da cozinha ficou bem mais leve. Harry ajudou Lílian a preparar o almoço. O que surpreendeu todos, menos Gina, a qual já sabia dos toques culinários do namorado. Isso mesmo eles voltaram a namorar, mesmo que, no início, fosse contra a vontade de Harry, mas Gina o convenceu. Aleluia. Após o almoço Remus se despediu deles, dizendo que tinha que verificar os lobisomens que estavam permanecendo na floresta proibida, enquanto procuravam um lugar permanente. Já James e Sírius foram para a biblioteca tentar bolar uma estratégia para conseguir o diário, da casa dos Malfoy. Lílian foi ficar com o filho. Harry e Gina foram para o quintal aproveitar a tarde. Aquele dia tinha sido, para os dois, simplesmente perfeito.


 


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Finalmente, após um fim de semana de planejamentos, eles criaram uma história para justificar a aparição de Gina em Hogwarts. De acordo com o que planejaram, ela deveria dizer que havia sido ensinada em casa e, depois de um ataque a cidade dela, e a morte dos pais, ela decidiu concluir os estudos em Hogwarts. Logo em seguida, após fazer um teste para verificar se ela realmente poderia cursar o sexto ano, fora aprovada. Com isso em mente o próximo passo era eles saírem para fazer compras, afinal tudo o que pertencia a ela ficara no futuro e tudo o que ela havia usado era emprestado de Lílian.


 


- Então! À quanto tempo vocês estão namorando? – perguntou Lílian, seguindo Gina em uma loja de corujas. Elas estavam procurando por uma média que não lembrasse Gina e Harry de Edwiges.


 


- A quase um ano! – Gina respondeu distraída, observando uma coruja castanha com pintas marrons e pretas.


 


- Nossa! – Lílian respondeu. – E sua família? Eles aprovaram? – Lílian perguntou, lembrando-se de como sua própria irmã reagiu quando contou que estava namorando um bruxo.


 


- Sim!... Harry conhece minha família a muito anos. Além disso ele é... era o melhor amigo de meu irmão. – Gina respondeu, tentando não pensar em como o irmão morrera, naquela maldita noite.


 


- Era? – Lílian perguntou cautelosa, vendo como Gina mudara a sua expressão.


 


- Ele está morto! Morreu na batalha que nos trouxe para cá! – Gina respondeu enquanto pagava pela coruja castanha.


 


- Oh! Sinto muito. Eu não sabia! – exclamou Lílian, olhando Gina com uma expressão indefinida.


 


-Tudo bem! – Gina disse confortadoramente. Ela não queria que Lílian se sentisse mal com isso.


 


- Gina, que tal essa coruja? – Harry perguntou do fundo da loja, olhando uma coruja preta com riscas brancas nas asas e riscas cinza pelo corpo. Ela tinha olhos cor âmbar. Uma cor incomum.


 


- Oh! Harry! Ela é linda! Vamos levar ela! – Gina disse admirando a ave.


 


Depois de pagarem pela coruja, e por alguma ração para a mesma, ele foram para madame Malkin, afinal Gina precisaria de um novo uniforme. As ruas pareciam ter encolhido desde que haviam chegado para as compras, tanto era a quantidade de pessoas que haviam surgido. Nem parecia que eles estavam no meio de uma guerra contra Voldemort, de tão despreocupados os bruxos ali estavam. Algo que notaram foi a quase ausência de crianças. Tudo bem que os que estavam entre 11 e 17 anos estavam em Hogwarts, mas eles não avistaram quase nenhuma criança abaixo de 11 anos em lugar algum. Pelo menos, pensou Harry, os pais estam tomando mais cuidados com os filhos, não os deixando fora de casa.


 


Madame Malkin, como sempre foi muito prestativa com eles. Gina, além de comprar o uniforme de que precisava, comprou outros tipos e roupa, juntamente com Harry. Calças, blusas, saias, vestidos, meias, entre outras peças. Depois de pagarem as comprar e deixarem Madame Malkin, eles foram até o Gringotes abrirem uma conta para Harry e Gina, onde Harry depositou toda a fortuna que herdara, tanto dos pais, como de Sírius. O que ele havia descoberto não era pouco, muito pelo contrário.Ela se equiparava a fortuna dos Malfoy. Ambos haviam decidido o que fazer com esse dinheiro, caso eles não sobrevivessem a Voldemort, o que eles simplesmente desejavam conseguir.


 


Quando chegaram em Gringotes, e atravessarem as portas duplas, eles foram para um dos caixas. O duende lá sentado os olhou desconfiado, perguntou o que queriam e após receber a resposta os dirigiu para outro duende, um dos responsáveis por novas contas. Depois de tratarem da papelada eles fizeram o depósito, ficando, cada um, com uma quantia para caso viessem a precisar, e não pudessem ir ao banco. Depois de saírem do banco ele foram tomar um sorvete e dali voltar para casa.


 


 - Então! O que pretendem fazer quando a guerra terminar? – perguntou Lílian, enquanto tomavam sorvete. Harry e Gina se entreolharam.


 


- Não sabemos ainda! – Harry respondeu, sem realmente saber o que dizer – Afinal nós estamos aqui e bem, é complicado. - Lílian franziu o cenho.


 


- Complicado? Como assim? – ela perguntou sem entender.


 


- Nós não existimos aqui! – Gina falou, tomado cuidado para que ninguém os ouvisse – Vai ser difícil conseguirmos nos misturar, principalmente com o ministério na nossa cola, tentando descobrir algo sobre nós. – Lílian pareceu contemplar as palavras de Gina.


 


- Acho que vocês tem razão! É só que pensar no futuro me ajuda a esquecer o que estamos vivendo no momento, e achei que ajudaria vocês também. – ela concluiu com um suspiro – Me desculpe! – ela terminou olhando para os dois.


 


- Você está certa! Não é que não queremos falar sobre um futuro pós-guerra, mas nós nem sabemos se vamos sair dessa e me fazer pensar em um futuro só me deixa.. sabe, desesperado. Porque eu quero que tudo isso acabe e dia após dia a situação continua. – Harry suspirou e continuou – Desde que ele retornou, em nosso tempo, eu decidi não pensar no futuro, mas sim no presente e tentar fazer o melhor do momento, fosse estudando, fosse enfrentando os comensais da morte e sair vivo da situação para enfrentá-los novamente. Claro que eu e meu amigos fazíamos planejamentos no sentido de derrotar Voldemort, não que fosse muita coisa mas, era melhor do que ficar parado sem fazer nada. – ele concluiu e se levantou – é melhor irmos, temos muito o que discutir e planejar. - As garotas concordaram e se levantaram.


 


Quando estavam para atravessar a passagem que os levariam de volta para o bar de Tom, uma explosão os alertou que algo estava acontecendo. Harry foi o primeiro a reagir e, virando-se para elas foi logo dizendo – Gina volta para Godric’s Hollow e avise aos outro o que está acontecendo. Eu e Lílian vamos tentar ajudar. Vai! – ele disse e com isso saiu correndo em direção da confusão.


 


- Ele é sempre assim? – Lílian perguntou chocada, vendo Harry desaparecer na multidão apavorada.


 


- Você não tem nem idéia! – Gina sussurrou num tom que Lílian ouviu. Com isso, ambas correram para fazer o que lhes fora pedido.


 


Enquanto isso, no meio da multidão apavorada...


 


 - Protego! – Harry gritou, criando um escudo para proteger uma senhora de receber um feitiço pelas costas. O que atraiu a atenção do comensal que atacara.


 


- Cruciu! – o comensal gritou, na direção de Harry, o qual pulou para sair do meio do caminho.


 


- Encarcero! – Harry gritou, tentando atingir o comensal com o feitiço das cordas, mas ele contra-atacou, cancelando o feitiço de Harry antes desse atingi-lo. Harry teve que se esconder atrás de uns barris para fugir de outro cruciatus – isso não é bom! – pensou Harry. Ele olhou ao redor tentando achar algo que pudesse ajudá-lo mas não vendo nada, ele pensou em outros feitiços que pudesse ser útil, então ele se lembrou de um. Não era muito mas bastaria para distrair o comensal tempo suficiente para Harry prendê-lo. Com isso em mente ele se levantou rapidamente e, apontando a varinha na direção do comensal gritou – Opugno – e voltou a se esconder, ficando apenas os olhos de fora para ver o resultado do feitiço. Quando viu que o comensal estava tentando se desfazer dos passarinhos que haviam aparecido, Harry aproveitou e, usando encarcero, o prendeu com cordas. – Nada mal – ele pensou.


 


Um segundo depois, porém, Harry deu um grito de dor e surpresa ao ser lançado contra uma parede. Som de ossos se quebrando podia ser ouvido devido a força do impacto. Quando ele olhou para cima, tentando ver quem o atingira, uma dor terrível lhe percorreu o corpo. Ele gritou e se contorceu sob o cruciatus. Além da dor da maldição, ele ainda sentia dor do braço que havia quebrado e se deslocado. Ele não soube quanto tempo ele ficou ali no chão se contorcendo em pura dor. Mas quando a maldição se desfez ele não conseguiu nem mesmo abrir os olhos, quanto mais se mexer.


 


- Ora! Ora! Ora! Se não é o rapaz misterioso que o Ministério está procurando? – uma voz de mulher pode ser distinguida diante da dor que Harry estava sentindo. Para ele vagamente familiar.


 


Lutando contra a dor que sentia Harry abriu os olhos o melhor que pode. Sua respiração ficou presa na garganta ao se ver cara a cara com a assassina de seu padrinho. A maníaca que mandou os pais de Neville para St Mungus num estado irreversível. Bellatrix Lestrange. Ela estava usando um vestido completamente preto, seu cabelo preso em um coque mal feito, com alguns fios soltos. A varinha frouxa em sua mão, num movimento de vai e vem. Harry focou-se nos olhos dela, tão maníacos como no futuro. Pelo visto Azkaban não foi o culpado pela loucura dela, pensou Harry, ao observar como ela o rodeava como um animal rodeia sua presa.


 


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Enquanto Harry lutava contra os comensais da morte no Beco Diagonal, Gina correu para o bar do Tom, a fim de usar a lareira e contactar a Ordem da Fênix para o que estava se passando. Ao não encontrar ninguém em casa, porém, mudou de idéia e contactou direto a lareira da sala de Sírius, no departamento de aurores. Depois ela, usando ainda a lareira de Tom, contactou Dumbledore, o qual ficou alarmado e disse que o reforçou logo chegaria. Feito isso, Gina retornou para o Beco Diagonal, contra a vontade de Tom e começou a lançar feitiços contra qualquer comensal que reconhecesse.


 


No meio disso tudo ela não conseguiu reencontrar Harry, nem Lílian, apenas mais comensais espalhados por todos os lados. Tomando uma decisão, então, ela começou a usar tudo o que havia aprendido na AD a sua vantagem. Embora ela soubesse que isso poderia não ser o suficiente, pelo menos serviria até o reforço chegar.


 


O coração de Gina quase saiu pela boca quando ela viu três pessoas de cabelos vermelhos passar por onde ela estava. Dois adultos e uma criança. Gina os reconheceria em qualquer lugar. Aqueles eram seus pais e Bill. Ela arregalou os olhos em surpresa ao ver o irmão tão pequeno, sendo que ele era dez anos mais velho do que ela. Esse momento não durou mais do que simples segundos, mas para Gina parecia uma eternidade. Ela viu o pai ajudar sua mãe a se proteger contra os inimigos. Isso pareceu fazer Gina acordar e retomar a batalha. Mais tarde Gina recontaria esse momento para Harry como sendo um dos mais bizarros em sua vida.


 


Tentando não pensar na família, Gina tratou de voltar a lutar com novo vigor. Sem pensar ela começou a se aproximar de onde os pais e Bill estavam, tentando protegê-los a qualquer custo. Ela não podia deixar que nada lhes acontecesse. Quando deu-se conta só estavam ela, o pai e Bill. A mãe dela havia se separado para ajudar alguém que parecia estar sendo cercado por uma comensal. Ela não pode ver quem era, pois precisava continuar lançando feitiços contra os inimigos.


 


Um segundo depois uma explosão destruiu um prédio próximo, fazendo com que Gina não conseguisse enxergar um palmo a sua frente, além de não conseguir respirar direito devido a poeira. Gina só podia rezar para que sua família estivesse bem.


 


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Enquanto isso...


 


Harry não sabia o que fazer, ou melhor, pensar. Tudo o que tinha certeza era que se ficasse ali parado aquela visão seria a última coisa que veria. Para Harry aquele momento parecia desacelerar como em filme em câmera lenta. O movimento do punho, pronta para lançar um feitiço, dos lábios e, finalmente, do corpo. Harry podia jurar que no segundo seguinte veria o raio verde da maldição da morte. Porém, não foi isso o que aconteceu. Antes da última sílaba sair dos lábios da assassina, um raio roxo a atingiu, lançando-a para longe de onde Harry estava deitado. No segundo seguinte um cacho de cabelos vermelhos apareceu em sua visão.


 


- Você está bem? – a pessoa perguntou.


 


Momentaneamente desorientado, Harry pensou se tratar de sua mãe, mas a uma segunda vista ele reconheceu a mulher que o ajudara como sendo a senhora Weasley. O que o deixou consideravelmente chocado, pois ele não pensava em encontrá-la tão rápido nesse lugar. Bom, supondo que momentos atrás tudo estava calmo não deveria me espantar tanto, pensou Harry, enquanto tentava se levantar com a ajuda da senhora Weasley. Para ele toda aquela situação era simplesmente absurda, estar no Beco Diagonal, cercado por comensais da morte e ser ajudado pela senhora Weasley. Não, definitivamente, aquele não era seu dia. Ele tentou parar de pensar um pouco e voltar a realidade que o estava rodeando e percebeu que ela tentava lhe falar, sem sucesso.


 


- Desculpe! O quê?


 


- Perguntei se você está bem! – ela falou, segurando seu braço bom.


 


- Oh! Sim! – ele disse, mas ao ver ela arquear uma sobrancelha, emendou – Só quebrei o braço, nada que não possa ser consertado – o que era verdade, pensou Harry.


 


Um estrondo os acordou para o que estava se passando e, após lançarem olhares um para o outro, eles se separaram para tentar continuar a ajudar os civis. A confusão era enorme. Tinha poeira por todo lado, indício de que prédios haviam sido atingidos pelos feitiços lançados. Pessoas corriam de um lado para o outro, tentando se protegerem. As poucas crianças presentes choravam e corriam sem parar. Por um momento Harry ficou sem saber para onde ir, tamanha a confusão. Fora o braço que ele teve que imobilizar e anestesiar com uns feitiços que Hermione fez questão de ensinar, tanto para ele quanto para Rony, afinal eles tinham pretendido sair numa jornada sozinhos, logo aprender tais feitiços era a coisa mais lógica a se fazer.


 


A confusão no Beco Diagonal demorou para ser desfeita, mas quando isso aconteceu, Harry e Gina, após se reencontrarem, tiveram que se esconder e, o mais rápido que conseguiram, pegar a chave de portal que carregaram e voltarem para Godric’s Hollow, para não serem presos pelos aurores. Afinal o Ministério ainda estava na cola deles. Eles deram uma última olhada para Lílian e Sírius e ativaram a chave de portal, retornando para a casa dos Potter.


 


Quando eles aterrissaram, Harry ajudou Gina a se levantar. A casa estava vazia, o que não era de se espantar, levando em consideração que todos da Ordem estavam presentes durante a confusão. Eles foram e se sentaram no sofá da sala, a fim de esperar pelos outros e saber o que estava acontecendo. Quando Gina viu o braço de Harry ela tratou de fixá-lo, com alguns feitiços, o que fez trincar os dentes devido à dor de ter os ossos emendados e o ombro recolocado no lugar.


 


- O que acha que está acontecendo? – Gina perguntou, quebrando o silêncio, após terminar o trabalho que estava fazendo.


 


- Eu não sei, Gina! – Harry respondeu, olhando nos olhos castanhos dela, depois de testar o braço.


 


Quando Gina olhou para Harry ela se perdeu naquele mar esmeralda. Ambos ficaram parados perdidos um no outro. Eles podiam ver e sentir o amor que um sentia pelo outro. Nenhum deles soube quem começou, mas quando se deram conta, eles estavam se beijando desesperadamente, como se não houvesse amanhã. As mãos percorrendo os corpos, tentando remover as camadas de roupas que vestiam, ou percorrer os cabelos, desarrumando-os sem se importar nem um pouco. Eles só pararam quando a necessidade por ar se fez presente, porém, eles logo retomaram ao que estavam fazendo.


 


Harry os arrumou de modo que ele estava sobre Gina. Ele não sabia como, mas quando ele percebeu ele já estava sem camisa e Gina estava com a dela meio aberta, deixando a mostra o sutiã rosa que usava. Eles voltaram a se beijar e a se explorar quando barulhos de vozes puderam ser ouvidas, vindo da porta de entrada. Gina empurrou Harry dela, arregalando os olhos quando ouviram o barulho. Mais que depressa os dois começaram a se arrumar o mais rápido e melhor que puderam. Harry mal pôs a blusa, quando a porta que dava acesso a sala de visitas se abriu e por ela entraram Lílian, James, Sírius e Remus. Os quatro pararam quando viram o estado que Harry e Gina estavam.


 


- Hum! Interrompemos alguma coisa? – Sírius perguntou, com uma sobrancelha erguida, fazendo com que os dois jovens começassem a gaguejar, para o entretenimento dos demais presentes.


 


- Ah! Não... não, nadinha! – Harry respondeu, tentando arrumar os cabelos mais que bagunçados. Gina lutando com os botões da blusa. Ambos vermelhos de vergonha. Os outros não falaram nada, embora Harry e Gina soubessem que eles queriam mais era cair na risada e fazer piada deles. Afinal esses são os marotos que estamos falando aqui. Mas Harry tinha a ligeira impressão que os três sabiam que não iriam gostar nem um pouco dos resultados disso se eles fizessem qualquer gracinha.


 


- Claro! – Remus falou cinicamente, fazendo Harry ficar ainda mais vermelho, se é que era possível. Gina achava que ele estava mais vermelho que qualquer Weasley jamais esteve. O que causou nela a lutar contra o riso que queria sair a qualquer custo.


 


- Hum! Então, o que aconteceu depois que eu e Harry partimos de lá? – Gina interrompeu eles, antes de Harry começar a amaldiçoar os três.


 


- Bem, nada de mais! Os aurores começaram a interrogar as pessoas. Isso, claro, depois que eles descobriram que não iam conseguir seguir vocês. – Lílian disse, se sentando no sofá. O mesmo no qual Harry e Gina estavam se atracando momentos antes, o que causou com que as bochechas de Harry voltassem a ficar rosadas. (cute) – Dumbledore acha que isso foi uma distração, para o quê, ainda não sabemos! – ela completou, olhando sorrateiramente para Harry, vendo ele mudar de encabulado, como o modo como ele e Gina foram pegos, para pensativamente sério.


 


- Bellatrix estava lá! – Harry falou de supetão, surpreendendo os demais. Sírius foi o primeiro a reagir.


 


- O quê?! – ele perguntou incrédulo.


 


- Isso mesmo! E pelo visto nossa aparição aqui atraiu a atenção deles! – ninguém precisou perguntar de que eles ele estava falando.


 


- Isso não é bom! – falou James, pela primeira vez, desde que chegara. – Isso quer dizer que Voldemort estará atrás de vocês, para obter informações. – ele falou seriamente, fazendo os outros concordarem.


 


- Humpf! Ele que tente! – Harry falou com um brilho indecifrável no olhar. Mas ninguém precisava ser legilimente para saber que ele não iria sem luta.


 


TAP


 


- Oh! Gina! – Harry exclamou, massageando o braço que a ruiva batera – Isso doeu, sabia? – ele concluiu, olhando-a incrédulo.


 


- Isso é para você aprender a não superestimar Voldemort. Ou será já se esqueceu do que ele já aprontou? – ela concluiu com os braços cruzados.


 


- Ok! Ok! Você tem razão! – Harry falou com os braços em pé, em sinal de rendição.


 


- Isso meso! Precisamos ter muito cuidado! Principalmente vocês dois! – Remus disse olhando de um para o outro – Afinal não queremos que ele saiba o que descobrimos.


 


- Bem, não sei quanto a vocês, mas eu estou faminto! – Sírius falou, quebrando o clima pesado da sala, que se instalara, saindo em direção da cozinha. Conte com Sírius para quebrar a tensão, pensou Harry, seguindo o padrinho.


 


O resto do dia foi seguido de planejamentos para a entrada de Gina em Hogwarts, além de pesquisas nas horcruxes. Eles tinham que planejar como iriam conseguir se infiltrar na mansão Malfoy, sem chamar a atenção para a horcrux que procuravam, além de tentarem encontrar objetos das trevas que pudessem usar para tirar Lucius Malfoy de circulação, pelo menos por um tempo. Qualquer coisa nesse sentido seria bem vinda. O grande problema era fazer isso sem, também, chamar a atenção do Ministério. Caso isso acontecesse eles teriam que ter um plano B para explicar a batida. Não que fosse muito difícil, afinal muitos sabiam, ou suspeitavam, que o matriarca da família Malfoy era um comensal. O que poderiam usar como desculpa, mas eles sabiam, que mesmo assim era um risco.


 


No final ficou decidido que eles falariam com os demais membros no fim de semana para decidir o que, realmente, fariam. Eles estavam seriamente pensando em pedir ajuda a Arthur Weasley, já que ele trabalhava no departamento do mal uso dos artefatos trouxas. Ele poderia, se não ajudar, pelo menos dar informações de como proceder nesse tipo de situação. Não que fosse muito, mas era um começo. E quanto antes eles começassem com os planos melhor seria, afinal eles tinham aproximadamente um ano para derrotar Voldemort, antes que o mesmo causasse mais caos. Com isso em mente os seis deram o dia de planejamentos por encerrada.


 


No fim de semana...


 


A casa dos Potter nunca estiver tão cheia quanto naquele dia. A Ordem estava toda lá, além dos novos membros, que conseguiram acumular na última semana, com a ajuda de Harry e Gina dando dicas de quem era confiável. Com isso eles acrescentaram no ranque de membros Kingsley Shakebolt, um auror, Arthur e Molly Weasley –que eles podiam notar estava grávida e Harry e Gina sabiam perfeitamente de quem -, os quais ficaram entusiasmados por poderem contribuir para fazer justiça a Gideão e Fabio, Amélia Bones, que trabalhava no Departamento de Execução das Leis da Magia, Xeno Lovegood e sua esposa, o qual ele é o editor do Pasquim e ela trabalha no Departamento de feitiços experimentais, no Ministério. Devido a tanta gente os móveis tiveram que terem sido removidos, deixando apenas as cadeiras e uma comprida mesa.


 


- Bem! Agora que estamos todos aqui, acho que podemos começar. – declarou Dumbledore, olhando todos os presentes.


 


- Bom! Nós andamos discutindo durante a semana e achamos que conseguimos chegar a um plano de como conseguir confiscar o item que estamos procurando. – falou James. Os demais apenas esperavam, os novatos não tendo a mínima idéia do que James estava falando. Quando James percebeu a confusão nos novatos, ele tratou de esclarecer – Como alguns de vocês não sabem, conseguimos informações que irão nos ajudar na derrota de Voldemort. Mas para isso, precisaremos destruir objetos que ele transformou em horcrux. – aqui ele mostrou os itens para os novatos – Esses itens estão muito bem escondidos e, no momento, nossa missão é coletá-los e destruí-los.


 


- E onde eles estão? – perguntou o Sr. Weasley, olhando os objetos com interesse.


 


- Bem, nós nos concentramos em apenas em um, por hora! – Sírius respondeu, olhando um por um – O que queremos conseguir está na casa dos Malfoy. – ele soltou a bomba e agora era esperar para ver a reação dos outros.


 


- O QUÊ?! – foi a primeira exclamação que apareceu àquela noite, das muitas que viriam.


 


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Na manhã seguinte...


 


A casa estava uma perfeita bagunça (hei! Isso é possível?) devido à demorada reunião e a introdução, oficial, dos demais membros da Ordem. Não que isso fizesse muita diferença, com magia tudo ficava tão fácil de limpar. Tarefa essa dada a Gina, já que Lílian tinha que cuidar de Harry. O mais engraçado era que toda vez que isso acontecia Harry corava e Gina tentava não rir. Já que, convenhamos, era uma situação meio estranha ver a própria mãe falando em trocar as fraldas do pequeno Harry quando sua versão adulta estava a meros metros de distância e ouvindo tudo. Mesmo que o bebê só tivesse menos de três meses de vida. James arqueava a sobrancelha quando reparava isso, achando que Harry e Gina, seriamente, estavam escondendo alguma coisa. E ele tinha a ligeira impressão de saber o que, mas querendo ao mesmo tempo não acreditar nisso.


 


- Bem, agora que temos o plano, quando poderemos pô-lo em prática? – perguntou Harry, após Lílian deixar a sala.


 


- Temos que esperar por Arthur e Kingsley. Eles é que irão nos dizer! – James disse, enquanto lia o Daily Prophet – Afinal de contas eles é quem entende desse tipo de coisa. – ele parou de ler e olhou para Harry – Eu ainda não entendo por que você faz questão de ir, mesmo sabendo dos riscos de ser descoberto por alguém! – James falou, observando a reação de Harry.


 


- Bem, isso é simplesmente pelo fato de que alguém tem que está lá para fazer a troca dos diários, para que ninguém desconfie. Além disso, a primeira vista ninguém diria o que aquela coisa é. Nem mesmo Dumbledore soube o que o diário era quando ele foi destruído, só anos depois. E isso só depois de muito pesquisar sobre o passado de Voldemort. Se esse diário for confiscado como um artefato das trevas, Voldemort pode muito bem pensar em relocar as outras horcruxes. E se isso acontecer tchau tchau chance de conseguir derrotá-lo. – Harry falou como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo. O que para ele sem dúvidas deveria ser.


 


- Vendo por esse ângulo! – James concedeu.


 


- O diário não vai se revelar a menos que esteja possuindo alguém. E mesmo assim, só depois de muito tempo! – Gina acrescentou, lembrando-se do seu primeiro ano em Hogwarts e a câmara secreta.


 


- Como você sabe? – perguntou James, sem entender isso. Afinal se esse diário era uma horcrux, como eles não podiam identificá-lo como tal. Para ele isso não fazia o menor sentindo.


 


- Porque eu tive contato direto com ele! – foi a simples resposta de Gina – Se não fosse por Harry e meu irmão eu não estaria aqui. – ela completou, sentando-se ao lado de Harry.


 


- Nossa! Sinto muito! – James disse dobrando o jornal.


 


- Tudo bem Além disso, isso já faz muito tempo. – ela finalizou a conversa recostando-se no sofá e descansando as costas.


 


- Alguma novidade? – perguntou Harry depois de um tempo, indicando o Daily Prophet.


 


- Não. A não ser que o sumiço de uma família trouxa seja importante! – ao olhar incrédulo dos dois, ele rapidamente acrescentou – Não que eu não esteja me importando, não é isso. É só que isso, nos últimos anos se tornou tão comum, só isso.


 


- Tudo bem, a gente entendeu! – Harry falou, tentando acalmar James – Bem, se me dão licença tenho algumas coisas a resolver! – Harry falou depois de um tempo, se levantando do sofá.


 


- Para onde você pensa que vai? – Gina falou, também se levantando, e cruzando os braços, mostrando que não estava gostando daquilo.


 


- Preciso descobrir mais coisas sobre as horcruxes. Então, vou dar uma passada na biblioteca do Ministério e fazer uma pesquisa sobre os fundadores de Hogwarts. – Harry disse como se fosse a coisa mais normal do mundo, o que Gina não duvidava nem um pouco que ele achasse que era. Além de descobrir o que está acontecendo comigo, acrescentou mentalmente, e com isso Harry desapareceu pela porta da frente, sem dar chance de nenhum deles protestar.


 


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Na segunda feira Gina foi para Hogwarts, na tentativa de encontrar a tiara. O que eles sabiam ao ia ser uma tarefa fácil, já que nenhum deles conseguiu pensar em um lugar onde ela poderia estar. Não que eles não tentaram, mas é eu o castelo é tão grande que lugares para servir de esconderijo não faltava. O que os marotos sabiam perfeitamente. Afinal eles conheciam o castelo como a palma da própria mão. Se bem que nem mesmo eles conheciam todos os esconderijos e passagens secretas. Uma delas sendo a sala precisa.


 


Enquanto isso, na casa dos Potter, as coisas andavam agitadas, principalmente com os sumiços constantes de Harry, o qual dava como desculpa a necessidade de pesquisar sobre os fundadores. Não que os demais não acreditassem nele, mas aí tinha. Ele estava escondendo algo do demais e isso estava começando a atiçar a curiosidade dos marotos, e marotos curiosos só dá em uma coisa; confusão. E foi isso o que acabou acontecendo.


 


Uma semana dessas constantes saídas, os marotos armaram uma cilada para o moreno. Quando ele entrou um capuz foi colocado em sua cabeça, ao mesmo tempo em que tinha os braços restringidos nas costas, para impedir que ele atacasse. Mas Harry notou que as pernas estavam soltas, então sem pensar, ele deu um belo chute para frente. A exclamação de dor foi tudo o que Harry precisou para saber que atingira o alvo. Com dificuldade ele pôs todo o peso para frente, a fim de curvar o corpo e tentar fazer com quem estava segurando seus braços o soltasse. Quando isso aconteceu ele, cegamente, deu uma rasteira e sentiu que acertara alguém, fazendo esse alguém levar um belo tombo. Em seguida ele puxou o capuz do rosto e o que viu o deixou perplexo. Remus estava parado olhando-o como se nunca o tivesse visto antes, enquanto no chão James e Sírius estavam gemendo de dor dos golpes que receberam. Ele se arrumou em pé e os olhou em incredulidade.


 


- O que vocês pensam que estavam fazendo? – ele perguntou, não gostando nem um pouco de ter sido atacado daquele jeito – Eu podia ter machucado vocês! Será que vocês não pensam? – Ele voltou a perguntar, cruzando os braços no peito - Espero que vocês tenham uma boa explicação para isso! – ele falou olhando criticamente para os três.


 


- Bem... – James começou, coçando a cabeça, sem saber por onde começar – Sabe como é! – ele tentou de novo – Nós só queríamos descobrir o que você anda aprontando tanto. Pronto, falei! – ele terminou com um bufo e cruzando os braços em derrota. Harry apenas arqueou a sobrancelha.


 


- E vocês acharam que o melhor jeito era me atacando? – Harry perguntou lentamente, com leve sorriso. Ele estava adorando ver os três sentados e se remexendo incomodados no sofá.


 


- Hum! Sim? – Sírius falou mais como uma pergunta do que como uma resposta. Harry suspirou.


- Eu simplesmente estou pesquisando sobre os fundadores! – ao ver o olhar deles, acrescentou – O que mais eu poderia esta fazendo? – ele perguntou sentando-se em uma das poltronas.


 


- É isso o que queremos saber! – Remus disse, olhando Harry diretamente no olhar.


 


- Ok! Eu estou tentando entender como eu e Gina viemos parar no passado! – ele confessou finalmente – Eu sei que foi Fawkes que nos trouxe para cá, mas eu não sei como! E é isso o que eu estou tentando descobrir. Mas até agora não consegui descobrir nada sobre fênixes capazes de viagens no tempo, muito menos transportar passageiros com eles! – Harry finalizou frustrado. E claro, além de tentar descobrir porque eu estou desaparecendo, ele acrescentou mentalmente.


 


De repente a lareira foi ativada e por ela saiu Kingsley e Arthur. Os marotos e Harry logo prestaram atenção neles. Afinal esses dois eram quem decidiriam quando e como eles invadiriam a casa dos Malfoy. Harry estava mais interessado no quando. Ele mal podia esperar por isso. Finalmente eles iriam conseguir uma das horcrux. O problema era depois conseguir veneno de basilisco para usar em sua destruição. Mas isso ele se preocuparia depois.


 


- Então? – Sírius perguntou, tentando quebrar a tensão que se formara, só com a entrada dos dois.


 


- Nós poderemos fazer a batida daqui a dois dias, quando a maioria dos aurores estarão ocupados com os comensais capturados no último ataque ao Beco Diagonal. Nesse dia eles serão transportados para Azkaban – Harry ficou tenso com a menção da prisão – E isso nos dará maior liberdade para invadirmos a mansão. – Kingsley terminou, sentando-se em outra poltrona.


 


- Certo! Harry e James podem entrar pela lateral! – Sírius foi logo falando, ao mesmo tempo em que criava uma ilusão em três dimensões da propriedade semitransparente, fazendo-a flutuar na mesinha de centro – Aqui! – ele apontou para um ponto em verde do holograma, o qual quando a varinha de Sírius a tocou, ela deu um zoom – Essa porta leva por uma passagem, direto para a biblioteca. – o holograma deu outro zoom, mostrando-os o interior do túnel pelo qual eles teriam que percorrer até chegarem a biblioteca, pelo qual eles sairiam por um quadro de um ancestral dos Malfoy – Daqui em diante vocês devem se espalhar pela casa e encontrar o diário. Ao mesmo tempo que nós entramos pela porta da frente, com um mandado de busca e apreensão, e vasculhamos os demais cômodos, dando tempo a vocês de não serem descobertos pelos ocupantes da casa. – Sírius terminou, sem tirar os olhos do holograma.


 


PAF


 


- ÔH! Por que fez isso? – Sírius perguntou massageando a cabeça, onde James e Remus haviam batido simultaneamente.


 


-Nós já sabemos de tudo isso padfoot! – James falou dejectivamente para o amigo


 


- É! Você não precisava repetir tudo de novo! – finalizou Remus.


 


- Agora que vocês terminaram de brincar, podemos voltar ao que estávamos discutindo? – perguntou Harry olhando os três, cansado. Ele estava começando a acreditar que o que Snape falava dos marotos tinha um quê de verdade. Ó vida.


 


- Certo! Eu trouxe o que me pediu, Harry! – Kingsley falou passando um frasco contendo uma poção para Harry, o qual agradeceu e guardou o frasco no bolso da calça – Além do plano, o que precisam de nós? – ele perguntou olhando os presentes.


 


- Eu, particularmente, preciso saber mais sobre fênixes. Algo que o ministério não queira que ninguém saiba. – ele olhou os dois e continuou – preciso saber em que parte do ministério ele estão guardado pesquisas que não querem que pessoas comuns tenham acesso. – Harry soltou com uma expressão bem séria, para mostrar que isso não era uma brincadeira.


 


- Esse tipo de coisa você só vai conseguir no departamento de mistério. Com certeza se o que você busca é tão classificado, só lá você irá encontrar as respostas para isso, seja lá o que isso seja! – Arthur terminou, olhando Harry curioso. Ele não era o único.


 


- Certo!Vamos nos focar em obter o diário primeiro. Eu resolvo isso depois. – Harry falou com finalidade, indicando que esse tópico estava encerrado.


 


Durante o jantar eles discutiram vaias formas de se fazer a batida, embora tudo já tivesse sido planejado, mas Harry achava que isso era bom, assim eles teriam um plano B,caso o que eles fosse fazer não desse certo. O que eles esperavam não ser o caso, afinal a Ordem havia passado uma semana inteira só se dedicando a isso, e claro a conter os ataques dos comensais. E com Gina em Hogwarts Harry não tinha que ficar perdendo tempo tentando convencê-la a não acompanhá-lo a caça dessa horcrux.


 


Dois depois, finalmente, Kingsley e Arthur chegaram a Ordem e começaram a arrumar o que precisariam, afinal eles não sabiam as defesas que Malfoy havia colocado ao redor da horcrux, para protegê-la de ser roubada. Eles estavam levando vários tipos de poções, varinhas reservas, facas e punhais. Harry estava, além de tudo isso, levando uma bomba de fumaça que ele havia pedido ao Sr. Weasley. Sendo ele quem cuidava da sessão dos artefatos trouxas não foi difícil ele conseguir uma. E o melhor era que Harry sabia exatamente como usá-la. E ele pretendia usá-la como último recurso para fugir de lá.


 


- Certo, vamos lá! – disse Kingsley, após ter-se preparado para o que estava por vir.


 


- Tomem cuidado! – pediu Lílian, depois de dar um selinho no marido.


 


- Não se preocupe Lílian, seu maridinho vai voltar inteirinho, viu! – Sírius disse desarrumando os cabelos de James, o qual deu um bufo indignado. Fazendo com que os demais caíssem na risada, dispersando a tensão do que estava por vir.


 


Algum tempo depois...


 


- Certo! Estamos em posição! – James falou para Sírius através do espelho de duas faces que eles tinham.


 


- Ok! Nó iremos esperar vinte minutos, depois entramos. Sejam rápidos e tenham cuidado! – Sírius respondeu do outro espelho.


 


- Certo! – foi a curta resposta de James – Podemos ir! – ele acrescentou para Harry, o qual concordou e seguiu o outro, pela passagem dada por padfoot.


 


A passagem era estrita e escura, cheia de teias de aranhas, mostrando que ela não era usada a muito tempo. Eles tiveram que acender as varinhas, caso contrário poderiam se machucar com o chão escorregadio e úmido. O cheiro de mofo era terrível, de tão forte. Harry quase foi ao chão duas vezes por causa dessa umidade. Após alguns minutos de caminhada eles encontraram uma escada que dava para cima. Eles a subiram as escadas tendo que tomar cuidados redobrados, pois uma queda poderia ser fatal. Eles pararam quando encontraram o fim da escada bloqueado. Aproximando o ouvido, James empurrou com cuidado a parede. A luz da biblioteca os assaltou e eles tiveram que fechar os olhos para não machucá-los.


 


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Vinte minutos após James e Harry entrarem pela passagem secreta...


 


Sírius, Kingsley, Arthur se aproximam da porta a fim de entrarem legalmente, e conseguirem focar toda a atenção de quem lá estivesse neles, dando assim chance para que James e Harry pudessem trabalhar em paz. Eles estavam que isso não havia sido uma boa idéia, mas agora que eles começaram a pô-la em prática tudo o que podiam fazer era levá-la a diante. Sírius bateu a porta e esperou que alguém a atendesse. Quando isso aconteceu foi para se verem em frente a um elfo domestico.


 


- Pois não? – ele perguntou, olhando os visitantes, expectante.


 


- Eu sou Kingsley Shacklebolt, esse a minha esquerda é Sírius Black e esse a minha direita é Arthur Weasley. Gostaríamos de falar com o Sr. Malfoy, ou sua esposa, se for possível! – ele falou o mais formal possível. O elfo abriu a porta de modo a deixá-los entrar.


 


- Eu ir avisar master sobre visitas. Esperem aqui! – E com isso o elfo desapareceu, deixando os três na sala de visitas. Não demorou muito para Narcissa aparecer.


 


- A que devo a visita? – ela perguntou olhando-os desconfiada.


 


- Nós recebemos algumas denúncias de que podíamos encontrar artefatos duvidosos em posse de sua família. Decidimos investigar – Kingsley disse, entregando o pergaminho com o mandado de busca e apreensão. Narcissa não podia fazer nada a não ser deixá-lo vasculhar a casa.


 


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Enquanto isso na biblioteca...


 


- Espere! – Harry cochichou para James segurando-o pelo ombro. Quando o outro parou, ele pegou o frasco que havia recebido de Kingsley alguns dias atrás e o tomou. Rapidamente ele começou a mudar de aparência. No lugar de um rapaz de 17 anos, ali estava um homem perto dos 40 anos, cabelos castanhos claros e olhos cor de mel. Harry arrumou melhor a roupa e prendeu o cabelo, que havia crescido até os ombros, em um rabo de cavalo – Pronto! – ele falou, mas não era a voz que ele estava acostumado que ouviu, essa voz era grave e profunda, do tipo que podia arrebatar o coração de qualquer adolescente fácil, fácil.


 


Eles deixaram a passagem pelo retrato e olharam ao redor. O lugar era grande e retangular. As quatro paredes eram forradas de livros e objetos, mostrando a ostenticidade da família. Havia uma mesa enorme perto de uma das paredes. A esquerda de onde eles saíram havia uma cortina verde com detalhes prateados que deveria dar presumivelmente para uma janela. O lugar estava completamente escuro, salvo pela luz das varinhas. Co uma troca rápida de olhar ele se puseram a vasculhar o lugar atrás do diário. Em certo momento Harry deu uma olhada pela cortina e viu Sírius, Kingsley e Arthur entrarem na casa, indicando que eles tinham pouquíssimo tempo para continuar a busca ali.


 


- Ok! Por onde mais devemos procurar? – perguntou-se Harry sem parar de vasculhar as estantes abarrotadas de livro, tomando cuidado de não deixar nada fora de lugar. Afinal eles não queriam que ninguém soubesse que alguém andou vasculhando os livros da biblioteca. Do nada uma das paredes se abriu, revelando uma passagem secreta, quando James bateu em um dos livros. Os dois se entreolharam e seguiram passagem adentro.


 


Essa passagem, diferente da anterior era larga, dando para duas pessoas andarem lado a lado, e curta. Eles saíram do outro lado por outro quadro, esse uma paisagem, em uma sala circular média. No centro havia uma mesa redonda, na qual estavam vários pergaminhos espalhados de qualquer jeito. As paredes eram uma mistura de estantes cheias de livros, pergaminhos, ingredientes para poções, além de vários objetos, que os dois suspeitavam serem das trevas. Eles não se atreviam a mexer neles. Após um momento de contemplação, os dois começaram a trabalhar.


 


Harry sabia que havia uma passagem secreta na casa onde o diário era mantido. O problema era que ele não se lembrava onde, já que ele havia ouvida Malfoy falar sobre isso em seu segundo ano, quando estava sobre o efeito de uma poção polissuco. Agora que eles estavam ali,ele tinha que achar esse esconderijo e rápido, caso contrário iria demorar muito para conseguirem outra oportunidade como essa.


 


- Encontrou? – perguntou James, do outro lado da sala.


 


- Nada! – respondeu Harry, sem parar de procurar – Continue procurando! – ele exclamou, quando percebeu o outro diminuir sua busca.


 


Um alarme foi soado e eles se entreolharam rapidamente, saindo da sala circular o mais rápido possível. Quando deixaram a sala e entraram na biblioteca eles podiam ouvi vozes vindas do corredor. Não dava para saber o que diziam, mas pelo timbre era uma voz feminina. Eles supunham que se tratasse da Sra. Malfoy. Rapidamente eles se esconderam pela passagem que haviam usado para entrar na casa. Mal a pintura se fechou a porta da biblioteca se abriu.


 


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Momentos mais cedo...


 


- Podem entrar! – ela falou com desdém. Os três se entreolharam rapidamente e prosseguiram.


 


A sala de entrada era enorme, circular. Havia duas escadas que levavam para os andares superiores. Em frente de one eles estava havia uma porta dupla de vidro, com cortinas de linho brancas, impatando a visão do que estava do outro lado. A esquerda havia duas portas, ambas duplas. O mesmo do outro lado. Espalhados pela sala havia vários objetos decorando o lugar. Vasos, quadros, cristais e mesas com vasos com flores. No teto havia um lustre a vela, além das tochas espalhadas pelas paredes. Estas eram pintadas em tons pastel com detalhes em branco dando um ar clássico a mansão. Só com essa entrada dava para ver que ali moravam pessoas com muito dinheiro.


 


Enquanto Arthur e Sírius começavam a vasculhar a casa, a procura de artefatos das trevas, Kingsley explicava o tipo de “denúncias” que eles haviam recebido para levá-los aquela batida. E pela cara que ela fazia dava para ver que ela não estava gostando nem um pouco de tudo isso. Nada que eles não pudessem lidar. No entanto eles sabiam que não podiam perder tempo. Se Malfoy aparecesse, eles sabiam que as coisas podiam esquentar com, ou sem mandato. Sírius e Arthur decidiram, para acelerar o processo, se separarem. Cada um entrou em um cômodo, deixando com Kingsley de distrair Narcissa enquanto eles procuravam pelo bendito diário (irônico, não? Afinal de bendito ele não tinha nada).


 


Sírius entrou na primeira porta a esquerda da porta de entrada. A sala estava na penumbra, pois todas as cortinas estavam fechadas. Havia um piano a um canto. Uma mesa comprida no outro e várias mesinhas espalhadas pela lateral. Indicando claramente para quê propósito a sala servia. Dois lindos candelabros a vela pendiam do teto e nas paredes, também se podiam ver tochas, no momento apagadas, igualmente alinhadas. O piso de mármore estava tão limpo que a sala se refletia nela.Usando um par de luvas de couro de dragão, Sírius começou a examinar peça por peça, que encontrava pela frente. Ele torcia que James e Harry encontrassem, e logo, o diário.


 


Ao mesmo tempo em que Sírius estava fazendo isso Arthur estava examinando uma caixinha que encontrara na sala que escolhera para procurar objetos das trevas. A sala era bem iluminada e ampla, uma vez que ele abriu uma cortina. Ela era sem dúvidas uma sala de jantar. Havia uma arca esplendorosa de marfim, que tomava uma das paredes. Uma mesa, no centro, que cabia umas vinte pessoas, além de balcões, onde a comida devia ser colocada antes de ser servida. Dois candelabros pendiam do teto, no mesmo estilo dos demais. Bem como as tochas nas paredes. Tudo naquela casa gritava dinheiro.


 


Kingsley estava tentando manter Narcissa no seu campo de visão. Afinal eles não podiam correr o risca dela avisar Lucius acerca da presença deles na casa, caso contrário os alarmes da casa poderiam ser ativados e James e Harry detectados. Se isso acontecesse Kingsley não queria nem pensar nas conseqüências. Pensando rápido ele começou a pedir que Narcissa fosse mostrando a casa para ele, enquanto Sírius e Arthur terminavam de olhar as salas do andar de baixo. Quando eles estavam subindo as escadas, Sírius tinha acabado de deixar a sala de festas. Aproveitando a oportunidade ele pegou a varinha e bateu duas vezes no espelho de duas fases, ativando o alarme.


 


Lá em cima Narcissa mostrou o escritório do marido para Kingsley. O lugar era no estilo vitoriano. Bem aristocrático. Havia livros em três estantes que ocupava as paredes, uma lareira que, de acordo com Narcissa, era ligada a rede de flú, uma escrivaninha e uma porta de vidro, que dava para uma varanda. As cortinas estava separadas permitido a entrada de luz. Kingsley não perdeu tempo e começou a vasculhar o lugar, mantendo conversa com Narcissa o tempo todo, tentando mantê-la ocupada.


 


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Quando as vozes desapareceram, Harry e James entraram novamente na biblioteca e foram até a porta. Ao verem a porta do escritório de Lucius se fechar eles deixaram a biblioteca e desceram as escadas. Lá embaixo, na sala de visitas, eles começaram a revirar todos os objetos que encontraram. Quando não conseguiram nada eles deram uma pausa para pensar. De repente Harry se abaixou e começou a bater no chão com os dedos. Com um leve clique um alçapão apareceu. Eles se entreolharam e seguiram escada abaixo. Mal desceram dez degraus o alçapão se fechou deixando-os no maior escuro. Reflexivamente ambos acenderam suas varinhas.


 


Pelo visto a descida não era muita. Quando terminaram de chegar lá embaixo, eles se viram em uma câmara circular feita completamente de pedra. Quatro tochas se acenderam assim que passaram pelo portal. Eles trocaram breves olhares e começaram a vasculhar o local. Haviam estantes cheias de objetos, ingredientes para poções, pergaminhos, entre outras coisas.


 


- Como você sabia desse lugar? – James perguntou enquanto revirava uma montanha de velhos pergaminhos.


 


- Eu e Rony certa vez usamos poção polissuco e nos infiltramos na sonserina. Malfoy falou sobre esse esconderijo. Claro que ele pensava que éramos seus amigos, mas... – ele deu de ombros. James não pode deixar de sorrir. Isso, afinal, tinha sido engenhoso.


 


Ao que parecia tudo ali era composto por artes das trevas. Em dúvidas quando Kingsley voltasse para fazer outra batida ele teria o bastante para tirar Malfoy de circulação por um longo tempo.



- Achei! – exclamou Harry segurando um diário antigo nas mãos. Rapidamente ele tirou, de dentro das vestes que usava uma cópia exata dele, e o colocou exatamente onde o original havia estado – Pronto! Agora podemos ir. – ele acrescentou já se dirigindo a saída.


 


Quando alcançaram a sala de visitas viram que Arthur e Sírius já estavam lá. James e Harry, então, pegaram suas capas da invisibilidade e se esconderam embaixo dela, após assegurar os dois que eles haviam sim achado o diário. Não demorou muito, Kingsley reapareceu de lá de cima e todos eles deixaram a mansão.


 


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Eu sei! Eu sei! Não teve muita coisa. Mas a tensão foi boa, não?


 


No próximo capítulo será uma mistura de Harry, na Ordem, e Gina, em Hogwarts.


 


Beijos e fui!!!

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