DOIS.



'I won't go home without you'.

Capítulo Dois: Convites, promessas...
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- Ah! – ele sorriu do modo da mulher, passou as mãos pela suas costas e beijou-lhe o pescoço.

- Eu amo você, sabia? – ele disse, então ele a virou e pôde ver mais uma vez...



- Merda de despertador! – ele bateu no objeto e o jogou contra a parede, e mais um sonho daquele...
O que seria aquilo? Pela primeira vez em anos teve um sonho desses, realmente, isso deveria se dar ao fato – ou melhor – ao seu “estado”: Solteiro e carente.
Ele levantou-se e colocou os óculos, observou em seguida seu reflexo no espelho do banheiro. Harry Potter havia crescido, tomado forma, mais de um metro e oitenta, músculos definidos e uma leve barba no rosto, era assim que se encontrava naquela manhã, passou as mãos pelos cabelos curtos – o suficiente para cobrir (ou tentar) a cicatriz -, tentando ajeitá-los; desistiu, daqui para frente teria que parar de investir em coisas que não davam certo (como arrumar os cabelos), afinal, tinha vinte e seis anos e era Auror! Ele despiu-se e ligou o chuveiro, sentindo a água passar pelo corpo todo, finalmente relaxando depois daquela semana nada simples.
***

Harry desceu do carro e apertou a campainha da casa, espiando pela janela para ver se havia alguém dentro da casa. A porta abriu-se num estrondo.

- Tio! – o menino louro gritou.


- Ora, ora, ora, veja quem está aqui! – disse sorrindo e despenteando os cabelos do menino – Jovem Malfoy! – o homem o girou enquanto ele dava gargalhadas – Como está, menino?


- Muito bem, tio. Vovó acabou de falar de você! – Harry o soltou.


- Jura?! Aposto que ela disse que achava que eu não viria, não é?!


- Exatamente, ela sempre tira conclusões precipitadas – Draco Malfoy disse adentrando na sala com um saco de doces nas mãos – Como vai Harry?


- Bem. E você?


- Indo... A vida com uma Weasley não tão fácil assim, você se livrou de uma boa Potter! – Harry sorriu dando ombros, o louro virou-se para o menino – Hey! Já era, sua mãe descobriu o ‘negócio dos doces’, dá próxima vez vê se deixa mais longe do nosso quarto. Ela me obrigou a esconder, e bem... Você não vai se livrar dessa tão fácil, Michel. – o menino sorriu timidamente para o tio. Harry balançou a cabeça.


- Não conto nada para ela, eu juro.
***

- Vô, me passe o suco, por favor? – Michel pediu sorrindo. A famosa mesa de almoço Dominical estava pronta, e Harry sentia-se mais feliz todo domingo que ia ao local, tudo continuava exatamente igual, tirando a presença de seu melhor amigo, as discussões continuavam as mesmas a única diferença era que Molly e Artur tinham um neto, de um Malfoy. Tudo aconteceu rapidamente.
Draco revelou-se um espião e explicou o ‘plano’ audacioso que Dumbledore montou, caso precisasse mesmo matá-lo, ele foi inocentado e um mês depois havia entrado para curso de Inomináveis do Ministério da Magia, um ano depois Ginny entrou no mesmo e assim as rixas continuaram, claro, pouco mais de messes depois ela declarou – secretamente – a Harry que estava se encontrando com Malfoy. Ele a aconselhou a não contar nada por hora, mas para ser franco estava tão abalado com os acontecimentos do fim da guerra que não deu importância suficiente a situação, alguns messes depois, foi fazer um curso de um mês na ala Inominável e ficou colega de Draco, semanas mais tarde o relacionamento foi aberto para quem quisesse saber e o choque foi inevitável.
Irmãos brigaram. Pai brigou. Mãe discutiu com o pai. Pai discutiu com a mãe e mais uma revelação veio: estavam noivos. Finalmente os pais se entenderam com o ‘estranho Malfoy’ e se adaptaram ao ver ele e sua querida ‘princesinha’ juntos, os irmãos estavam divididos, mas isso não era mais problema. E cerca de três messes depois do casamento, Ginny declarou que estava grávida e o resultado?
Michel Weasley Malfoy, um garoto com a esperteza Weasley e a capacidade de raciocínio rápido de um Malfoy.

Harry passou os olhos pela mesa e sentiu um aperto no coração, sempre que ia ao local também sentia uma falta de seus melhores amigos...
Mas ele não poderia deixar-se abalar, não agora, estava preste a entrar em uma super missão e não podia entrar nela tão abalado assim, por coisas bobas.

- Como vai o Ministério, Harry? – Senhor Weasley perguntou.


- Ah. A mesma coisa, sem muitas novidades – mentiu – e aqui, Fred, George?

O homem abanou as mãos.

- Ganhando rios de dinheiro com a loja... Pois é. Por falar nisso, Molly, eles irão vir para a festa de Michel, não? – o homem perguntou à mulher.


- Oh, claro que sim, só Deus sabe como eles paparicam Mike. Não que seja errado, é só que eles mimam com coisas erradas! – ela resmungou – Você virá, não é mesmo? – ela virou-se para Harry.


- Ah tio, por favor! Vem! Vem! – o menino pediu.


- Michel, comporte-se! – a mão o recriminou – Não esqueça que eu posso cancelar a festa pelo que você aprontou ontem à noite! – a ruiva passou as mãos pelos cabelos.
- Ah mamãe! Ela só ficou um pouquinho verde! Era para limpá-la, eu juro! – ele implorou.


- “UM POUQUINHO VERDE?!”, a gata estava COMPLETAMENTE verde! O dia que eu descobrir aonde você arrumou aquele spray, eu vou pintar seus lindos cabelos louros de verde para ver se você gosta! – Ginny disse ficando vermelha, Harry pôde ver um sorrisinho cúmplice entre Malfoy pai e Malfoy filho.


- A propósito, Harry, a festa é Sábado e começa as oito – Draco disse, ainda sorrindo.


- Certo. Vou fazer o possível para vir. – o olhar do menino caiu sobre ele – Eu juro!


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A porta da geladeira foi aberta por Hermione Granger e ela franzia a testa lembrando do sonho, parecia tão real – por mais que não pudesse ver o rosto da pessoa -, ela agora acordava com um alívio inexplicável.
Ela balançou a cabeça e ouviu o telefone tocar.

- Alô? Ah, Ginny! Meu Deus, como vai? Ahh eu também estou morrendo de saudades, mas sabe como é o trabalho e tudo mais! E o Mike? Ah... Ele deve achar que a tia morreu, não é mesmo? Sério? Sábado, que horas? Ótimo, vou sim! Ah. Até lá, Ginn, Mande um abraço para Draco. – a morena parou rapidamente, mordendo o lábio inferior e antes que pudesse perguntar a outra disse.


- O Harry virá.

***

Céus, como uma frase pode abalar uma pessoa a esse ponto?!
Desistir? Não, ela não iria, não mais. Se ele não quisesse vê-la era só ir embora antes que ela chegasse, não é mesmo?
Ela não abriria a mão de ver a amiga que não via a mais de messes. Não mesmo. E seu sobrinho? Também não. Ela iria ir a essa festa, e iria arrasar, afinal, Harry Potter não pode ter mudado em...
Dez anos.
Dez anos que eu não o vejo, ok, não pode ser tão impactante assim!
Não, não vai ser e, além disso, você tem um controle emocional muito melhor do que há dez anos atrás!
Faz tanto tempo!
Será que ele ainda acredita naquilo? – Franziu a testa.
Não. Ele não poderia.
O que ele estaria fazendo agora?
Trate de o tirar de sua cabeça agora mesmo!
Mas...
***

Harry estava bebendo uma xícara de café em sua sala, em uma batida ele endireitou-se em sua cadeira e disse:

- Entre. – uma mulher baixa, com cabelo ruivo cacheado e olhos azuis entrou. – Ah, olá Susan – era sua colega de trabalho há dois anos, era engraçada e Halfh – outro amigo de trabalho – vivia dando investidas nela.


- Harry, já passa das dez e você ainda está aqui? – ele deu ombros.


- Eu gosto daqui, e a Srta., o que faz aqui?


- Sexta feira o ‘pessoal’ daqui vai sair e Halfh pediu para vir te perguntar se você quer ir também, vamos, Harry! Você precisa sair! Desde que terminou com a Lara ano retrasado você não saiu com mais ninguém! – a mulher parecia ofendida.


- Eu me viro muito bem sozinho e não, creio que sexta não vou poder, mas mesmo assim obrigado pelo convite. – ela levantou as mãos.


- Nada disso, você vai, nem que eu te estupore! – ela disse raivosa e dirigiu-se até a porta – Vamos, Harry, seja normal uma vez nessa vida!

Ele balançou a cabeça e viu a porta fechar-se num estrondo.



Continua...
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Nota da Autora: Mais um capítulo! Bem, eu queria explicar que esta fic já está concluida e que o tamanho dos capítulos não são tãão grandes ;), porque eu prefiro escrever no estilo "cenas", será que dá para entender? Enfim, mesmo assim, como a fic está no começo esses capítulos aqui são um saco, mas são essenciais para o compreendimento do resto, né? Então, leiam e deixem sesu comentários!
Posto assim que possível!

Natiee.

*OBRIGADA PELOS COMENTÁÁRIOS!
Amoo.

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