Primeiros Erros



eyes - open

Capítulo 4 – Primeiros Erros


Hermione fechou os olhos. Por que o sorriso dele tinha que vir em seu pensamento toda hora? Chegava até a irritar. Mérlin, se sentia tão assustada! Tão imponente diante das sensações que ele provocava nela...

Naquele instante percebeu que fora um erro fechar os olhos. Lágrimas vieram banhar-lhe a face. Como não queria ter brigado com Harry...e por aquele motivo bobo! Hermione perdeu a respiração, imaginando ele sussurrando no seu ouvido. Olhou o telefone ao seu lado. Talvez, daquela vez, ela pudesse deixar o orgulho de lado...

–Alô? – respondeu a voz de Harry, mal humorada.
–Oi, querido? – ela mordeu o lábio. – Como você está?

Harry deu um suspiro. Céus, ela estava tão ferida...

–Estou em carne viva. – ele respondeu, sinceramente.
–Eu tava pensando em você. Por isso te liguei.
–Hermione...
–Não, me escute. – ela o interrompeu. – Vamos deixar isso de lado...esse amor ainda nem nasceu direito pra gente o matar assim.
–Você tem razão. – ele sorriu, relaxado. – Amanhã nós temos a festa nos Weasley’s e iria ser realmente estranho aparecer sem você lá.

Segundos depois, ela havia desligado o telefone, aliviada por ter escutado sucessivos “te amo” de Harry. Hermione mal podia supor que no dia seguinte, sua relação acabaria.


*

–Espero que seu lugar no jantar seja ao meu lado — disse a Srta Granger, abrindo espaço para Julia no sofá. — Não estou acostumada com o luxo dessas pessoas. Vai ter que me mostrar quais garfos e facas devo usar. – riu-se
– A senhora é uma professora? — Julia perguntou.

A Srta. Granger, não se parecia com qualquer professora que Julia já tivesse visto e certamente não como as duas senhoras idosas e sérias que eram as outras convidadas. July havia feito essa pergunta esperando uma resposta negativa, pois a Srta Granger tinha um ar elegante que encantou a garota; Julia mal conseguia tirar os olhos dela.

–Na verdade, não - respondeu a Srta. Granger. –Trabalho para o Ministério da Magia, porém a boa parte do meu trabalho é feita para Hogwarts... Fale-me sobre você, Julia. Sempre morou aqui em Hogwarts?
–A maior parte da minha vida, quer dizer, eu nem me lembro de ter estado um dia fora dos muros daqui.
–Mas por que? Não deveria estar aqui ainda, por sua idade.
–Eu sei, mas o meu tio, Harry, não tem muito tempo pra mim.

A mulher ergueu o cenho.

–E os seus pais?

Julia encarou os seus sapatos.

–Eles morreram. Quando eu ainda era bebê.
–Oh, sinto muito. – Srta Granger alisou os seus cabelos, fazendo cachos com a ponta dos dedos.
–Não tem problema. Eu nem me lembro deles, sabe? – a garotinha não parecia triste. – Eram trouxas.
–Trouxas? – a mulher riu – Não consigo ver como trouxas podem ter uma filha tão mágica.

Julia a encarou, os olhos brilhando.

–A tia Gina já me disse isso! – riu, mas a Srta Granger não parecia muito à vontade. – Mas meu pai era primo do titio, entende? Acho que por isso tenho magia no meu sangue.
–Você está falando de Duda Dursley? – Hermione ergueu o cenho, parecendo contrariada; Julia não entendeu.
–Sim. Meu nome é Julia Dursley. A Senhora conheceu meus pais?
–Apenas seu pai.
–Como ele era?
–Totalmente diferente de você. – a Srta Granger disse – Como ele morreu?
–Num acidente de carro. – ela respondeu.

A essa altura já estavam jantando; como a Srta Granger esperava, estavam sentadas juntas. July ignorou completamente sua outra vizinha - a Bibliotecária - e passou a refeição inteira conversando com a Sra Granger.

– E seu tio, Harry Potter, tem algum plano para você? — perguntou uma outra senhora, que era uma professora em outra escola.
– Acho que sim — disse Julia. — Mas não agora. Ele vai me levar para o Norte na próxima viagem.
– Eu me lembro, foi o que ele me contou — disse a Srta Granger

Julia pestanejou. As duas Professoras sentaram-se ligeiramente mais eretas.

– A senhora também é auror? — Julia perguntou.
– De certo modo, sim. Estive várias vezes no Norte. No ano passado, fiquei três meses na França combatendo Comensais da Morte.
–Você conheceu meu tio? – os olhinhos castanhos dela brilhavam intensamente ao tocar no nome de Harry. Foi ai que Hermione percebeu o quanto ela o amava.
–Sim, conheço.

Foi o que bastou; daí em diante, para Julia nada - e ninguém mais - existia. Ela contemplava a Srta Granger com respeitoso deslumbramento e escutava atenta e extasiada a descrição dos Comensais da Morte, de Voldemort, das negociações com os trouxas. As duas professoras não tinham coisas tão interessantes para contar e ficaram sentadas em silêncio até a chegada dos homens.

Mais tarde, quando os convidados se preparavam para partir, Snape disse:

– Fique mais um pouco, Julia; eu gostaria de conversar um minutinho com você. Vá para o meu escritório, sente-se e espere por mim lá.

Intrigada, cansada e excitada, ela obedeceu. Ela deixou a porta aberta propositalmente para poder ver o saguão.

Julia procurou a Srta Granger com o olhar, mas não a viu, e então o Diretor entrou no escritório e fechou a porta.

Sentou-se pesadamente na poltrona junto à lareira, fixando seus olhos negros nela. A lamparina sibilava baixinho. Ele disse:

– Bem, Julia, você andou conversando com a Srta. Granger; gostou de ouvir o que ela dizia?
– Gostei!
– É uma dama notável.
– É maravilhosa. É a pessoa mais maravilhosa que já conheci.

Snape suspirou.

–Eu já devia ter arranjado tempo para ter uma conversa com você, Julia – ele começou, depois de um instante. – Estava pretendendo mesmo fazer isso, mas parece que já passou mais tempo do que eu imaginava. Você sempre esteve segura aqui em Hogwarts, minha cara. Acho que tem sido feliz. Não lhe foi fácil nos obedecer, mas gostamos muito de você, e você nunca foi uma criança má. Há muita bondade e ternura na sua natureza, e muita determinação. Você vai precisar de tudo isso. No mundo lá fora, estão acontecendo coisas das quais eu gostaria de proteger você, prendendo-a aqui, porém isso não é mais possível.

Ela o encarou sem falar. Então iam mandá-la embora?

–Aqui é meu lar.
–Tem sido o seu lar. Mas agora você precisa de outra coisa.
–Eu não vou sair daqui!
–Você precisa de companhia feminina. De orientação feminina.

A expressão “orientação feminina” fez Julia pensar nas professoras, e ela fez uma careta involuntária. Ser exilada da imponência de Hogwarts, do esplendor e fama de seu ensino, para uma escola trouxa num prédio de tijolos parecendo uma pensão no subúrbio de Londres, com professoras desmazeladas que cheiravam a repolho e naftalina, como aquelas duas!

Snape percebeu a expressão dela.

– E se por acaso fosse a Srta Granger?

Julia arregalou os olhos.

–De verdade?
–Ela é conhecida de Harry Potter O seu tio, naturalmente, está muito preocupado com o seu bem-estar, e quando a Srta Granger ouviu falar de você, ela no mesmo instante se ofereceu para ajudar.

Julia assentiu ansiosamente e perguntou:

–E ela vai mesmo... tomar conta de mim?
– Você gostaria?
– Sim!

Julia mal conseguia ficar sentada. Snape sorriu.

–Bem, então é melhor convidá-la para vir conversar sobre isso — disse.

Ele saiu do escritório e quando voltou, um minuto depois, com a Sra.Granger, Julia estava de pé, excitada demais para ficar sentada. A mulher sorriu. Ao passar por ela a caminho de uma poltrona, a Srta Granger tocou de leve seus cabelos e July sentiu uma onda de carinho cobri-la, e enrubesceu.

Depois que Snape serviu vinho à Srta Granger, ela disse:

– Bem, Julia, quer dizer que vou ter uma filhinha em minha casa?
– Sim – disse Julia simplesmente. Teria dito “sim” a qualquer coisa.
–Vou cuidar de você até a hora que você vier pra Hogwarts estudar magia pra valer. Mas antes, talvez você tenha que aprender sobre os trouxas e um pouco do mundo mágico.
–A senhora vai me ensinar?
–Vou. Há muito que aprender, Julia.
–Não me importo. Quero aprender tudo.
–Tenho certeza de que vai conseguir. Quando voltar a Hogwarts, será uma bruxa célebre. Agora, vamos partir muito cedo amanhã de manhã, de modo que é melhor você ir dormir. Vejo você no café da manhã. Boa noite, meu anjinho.
–Boa noite.

Inesperadamente, a Srta Granger abraçou a pequena. Ela se sentiu extremamente amada.

*

No escritório mais importante da redação do Profeta Diário, o telefone começou a tocar. Gina se sobressaltou. Pescou na confusão de papéis o aparelho e o levou ao ouvido.

–Alô?
–Alô, Ginevra? – perguntou uma voz masculina.
–Sou eu, pois não?
–Lembra de mim?

Gina suspirou. Como ela era uma famosa jornalista – e editora – do Profeta, muitos lunáticos ligavam para ela e pediam que publicassem suas histórias mirabolantes. Ela já estava tão acostumada com isso.

–Eu não me recordo, mas se você me falar seu nome, talvez eu possa me lembrar. – ela disse, com uma calma que não era sua. Realmente aquelas pessoas davam medo. Era melhor tratá-las com educação.
–Meu nome é Draco Malfoy.

Gina arregalou os olhos.

–Malfoy?!

Tá, ela tinha recebido flores dele. E presentes também. Durante toda a semana. Mas não, ela não imaginou que ele ligaria pra ela!

–Lembrou de mim agora?
–Lembrei, claro. – disse, a voz estranhamente rouca.
–Então, lhe liguei pra pedir desculpas. Eu sei que eu não fui o melhor cavalheiro no nosso primeiro encontro, e acabei confundindo as coisas. Fui rápido e estúpido demais.

Peraí. Aquilo foi um encontro?

–Tá. Ok, você está desculpado. – disse ela automaticamente. O quanto mais rápido ela acabasse com aquele estorvo, melhor seria.

Draco deu uma risadinha.

–Já que você me perdoou, eu estava pensando se você não queria sair comigo. Sabe, tentar uma segunda vez.

Houve primeira vez?

–A gente pode começar de novo.

Começar o quê, Mérlin?

O Malfoy só poderia ser louco. E por isso, a primeira resposta que passou pela cabeça de Gina foi um NÃO. Mas ela pensou melhor – ou talvez só estivesse meio atacada aquele dia. Brincar com os sentimentos de Draco Malfoy seria divertido. Muito divertido.

–Tá certo. Onde?
–No Drink’s Bar. Às oito.
–Ótimo. Estarei lá.


*

Malfoy olhou o teto do local e se amaldiçoou baixinho. Ele bem que poderia ter escolhido um melhor. Aquela espelunca estava cheia e o calor que fazia era insuportável. Depois, lembrou-se do motivo pra ter escolhido aquele bar trouxa. Queria ver aquela ruiva misteriosa transpirando, queria ver o suor brotar entre seus seios...

Só de pensar, Draco sentiu mais calor. Soltou um suspiro pesado, querendo se controlar. Olhou o relógio na parede, que marcava 8:15. Não se importou que a mulher estivesse atrasada; mulheres sempre se atrasam, mas no final sempre vale a pena.

Foi quando a viu vindo em sua direção, e percebeu que o feitiço realmente podia virar contra o feiticeiro. Ele suava mais do que nunca. Mérlin, que pernas eram aquelas? E aquele sorriso? E aqueles seios?

Bom, se Draco estivesse reparado bem naquele sorriso, veria que não era um sorriso de satisfação e sim um sorriso um tanto quanto diabólico. É, ele estava prestando atenção nas outras partes do corpo da mulher, era fato.

Gina se sentou, encarando os olhos cinzas de Draco.

–Estou aqui, Sr Malfoy.
–Draco, por favor. – ele sorriu. – Estou feliz que você tenha vindo.
–De fato. Antes de qualquer coisa, só quero saber uma coisa...como conseguiu meu telefone?
–Tenho meus meios. – disse ele com um sorriso astuto.
–Muito bem. Admiro você, quaisquer que sejam seus meios.

Draco não percebeu a ironia da ruiva.

–O seu nome é Ginevra W...?

Gina arregalou os olhos. O que aquilo queria dizer? Malfoy não sabia que ela era uma Weasley? Aquela Gina Weasley que ele desprezou durante 7 anos? A cabeça de fósforo, a Weasley-pobretona, a traidora do próprio sangue?

Percebeu no mesmo instante porque Draco havia a procurado. Amor? Desconfio que não!

Todo o sentimento ruim que ela possuía veio à tona, inundando a boca do seu estomago. Isso lhe trouxe lágrimas aos olhos. Malfoy ainda era Malfoy. Ele nunca mudaria. Ela nunca mudaria.

–Eu confesso que não consegui descobri seu nome todo, apenas o primeiro. – ele disse, com um sorriso detestável.

Gina o encarou, se recuperando em uma fração de segundo. Era impressionante como ela aprender a esconder o que estava sentindo com o decorrer dos anos.

–Meu nome é Ginevra Wills, muito prazer.

*

N/A: Eu queria dedicar esse capítulo especialmente para thamila moliterno, porque ela pediu e comentou muito pra esse capítulo sair. E queria dedicar também à Nick Granger Potter, por ela ler a minha história com tamanha atenção, por ela ter me pedido o capítulo no msn e simplesmente por ela ser um amor de pessoa. ^^

Gente, eu sei que é chato, mas propaganda é a alma do negócio. ^^ Tô escrevendo duas fics novas:

O Último Romance H&Hr
http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=26964
( que está sendo betada pela Jessi_Potter)

Vinte Motivos Para Amá-la
http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=27149
(parceria com a Nina)

Agora os comentários:
thamila moliterno: minha linda, muuuito obrigado por todos os comentários! Comentários assim como os seus dão um ânimo maior aos autores. E sim, a Gina pensou na Mione para tirar a Julia de Hogwarts. Beijão!

Carolzinha (Antiga Ana Carol Gregol): Obrigada pelos elogios, tô me sentindo!! Hehe. Eu tinha que parar na melhor parte, né poxa? Assim que é legal! AhiuHAIU. Obrigada mais uma vez, um grande beijo.

Fernandaa: obrigada, *-* elogios assim fazem meu ego ir nas alturas! AhIUHAIU. Nem demorei a postar, aliás, eu não gosto de demorar, okay? E muito obrigada por passar aqui! Beijos!

Lilly: que bom que você curtiu a minha fic! =) Mas eu não entendi essa do Harry! Esse ‘jardim secreto’ é algum livro? Se o meu Harry parecer com alguém desse livro, é coincidência, pq eu nem li esse livro, tá? ^^ Continue aparecendo, um grande beeeijo!

Nina.Potter: Suboooordinada. Eu odeio quando você não aparece pra betar minha fic! haiuHAIUH. Tá, minha mineirazinha com sotaque nortista, você é foda, você sabe! ;)

Bєlinhααα ♥: tb estou doida pra saber o que o Rony aprontou! AiuHAIUH. Tipo assim,o Harry é MTO grosso! HiuHAIU. Mas ele não é do mal, juro! =P Um grande beijo, minha linda. =*

Teresa: Você sabe que é ótimo escrever pra você, né? Eu vi a Nick dizendo isso na fic dela e concordei em gênero, nº e grau. É mto bom você ter alguém assim lendo sua fic! UHUL! Bem, o Harry tem os hormônios balançados pela Gina, mas é ela que ele ama! =X Bom, ai está o Draco, e acho que o próximo capítulo será praticamente todo D&G. E que ooooooootimo que você não tem preconceito de shipper. Mto bom! Não largue do meu pé nunca, por favor! hehe. Um grande beijo!

Nick Granger Potter: você despensa comentários! Muito obrigada!

Carla Ligia: Não é que a Gina tirou a guria de Hogwarts mesmo?! Indiretamente, mas tirou. ^^ E o Rony não ajudou em nada! ’ ( inútil ) ahIUHA. Ele tá na fossa, tadinho. Huum, bem, eu só quis dizer que o Snape representa pra Julia o que o Dumbledore representou um dia pro Harry. Expliquei melhor? Mas bom, você tocou num ponto crucial. xD O que achastes do encontro da Mione com a Julia? Aaaaaah, mas eu quero VÁRIAS pontas soltas pra você amarrar! AhIUHAIUhi. Um grande beijo !

Serena: nhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! É?! Quais são as idéias se formando em sua mente? Conte-me! AhiuHAI. O Harry enche o saco com essas coisas dele de olhar pra Gina né? Tb acho! AhIUHAU. Mas NUNCA dá nada! =P Então, o espelho...tb sou fascinada por ele e gostaria mto que a nossa querida JK tivesse falado mais sobre ele. E a frase no espelho quer dizer: "Não mostro o seu rosto mas o desejo em seu coração." É só ler ao contrario. Nah, nem fui eu quem inventei. AhiuHIAU. Eu nem quero te enganar, baby. Nem posso. AIUHAIUh. Era a Mione no espelho? Eu tb acho. Ahiuash. Harry e Mione se encontrarão em breve, afinal, noticia ruim corre rápido. =X E vamos postar sua fic, né? Leiam Illusory Magic, dessa menina que é um amor de pessoa e ainda escreve espetacularmente bem!

Paulinha Potter; Posteeeeei! Eu tinha que ter parado num ponto estratégico da fic, né poxa? AHIUAHui. Assim fica mais legal! ^^ Obrigada pelos elogios, tô começando a achar que está saindo alguma coisa boa! AhIUHIU. Um enorme beijo!

COMENTEM, POR FAVOR! =D

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.