No Bosque da Perdição



Capítulo 12: No Bosque da Perdição


Na manhã seguinte, Isabella esperou a sala comunal da Sonserina ficar vazia para sair do dormitório de Draco. Foi para o seu dormitório e tomou um banho. Vestiu uma calça jeans clara, uma blusinha branca, um casaco marrom e calçou um sapato bico fino marrom.


Saiu do dormitório. Draco estava sentado em uma poltrona, esperando-a. Ele vestia uma calça jeans, uma blusa preta e uma jaqueta preta.


- O café está acabando Isabella. Quer tomar alguma coisa no Três Vassouras? – perguntou Draco levantando-se.


- É melhor. Vamos indo então para o saguão. – respondeu Isabella.


- Tudo bem...


Os dois saíram da sala comunal e rumaram para o saguão de entrada. Ambos em silêncio, imaginando o que estaria por vir quando adentrassem no Bosque da Perdição.


O Bosque da Perdição ficava além do povoado de Hogsmeade, e recebera tal nome porque, para todos que entravam lá, apenas desgraças aconteciam com elas.


Alguns minutos depois, todos os alunos que iriam para Hogsmeade estavam no saguão de entrada. Filch olhava a autorização de cada um e os deixa sair.


Dez minutos depois, Isabella e Draco estavam indo para o Três Vassouras. No caminho, viram Harry, Rony e Hermione. Estavam se divertindo.


- Pelo menos ele está se divertindo... – murmurou Isabella para si mesma.


- O que disse? – perguntou Draco que não escutara direito.


- Nada. Vamos...


Os dois entraram no pub. Estava cheio como de costume. Os dois sentaram-se a uma mesa e fizeram seus pedidos para Madame Rosmerta. Ambos pediram suco e tortinhas de caramelo.


Quando terminaram de comer, Draco pagou a conta e saíram do pub. Caminharam lentamente pelo povoado. Logo passaram do povoado e andaram até encontrarem-se na frente do Bosque da Perdição.


- Está pronta? – perguntou Draco olhando-a atentamente.


Isabella respirou fundo.


- Estou. – respondeu ela em voz baixa enquanto olhava o bosque.


Draco segurou a mão dela.


- Não vou soltar a sua mão... – murmurou ele quanto ia entrando no bosque com ela.


Caminharam pelo bosque, observando tudo atentamente. As folhas que caiam das árvores estavam secas, já que era outono.


- Por aqui Isabella. – disse Draco guiando-a até uma caverna.


Draco havia isso lá algumas vezes no ano anterior. A caverna era escura, mesmo sendo dia. Estava iluminada por tochas que estavam flutuando. Lá estavam Voldemort e 8 Comensais da Morte.


- Onde está o Potter, Lestrange? – perguntou Voldemort alguns segundos depois, estreitando os olhos.


O clima ali nunca fora agradável para Draco, mas hoje estava particularmente insuportável de ficar ali. Ele odiava ver o pai como um servo. E algo lhe dizia que Voldemort não toleraria a impertinência de Isabella.


- Ele não vem. – disse Isabella com um tom de voz neutro.


A garota sentia todos olharem-na. Mas a pessoa que mais temia encarar era Lúcio. Temia decepcioná-lo.


- Como assim ele não vem?! – perguntou Voldemort furioso.


- Não consegui fazer com que ele confiasse em mim graças a fama da minha “querida mãe”. – disse Isabella ironicamente.


Lúcio sabia o que Voldemort faria se Isabella continuasse se comportando daquele jeito. Mas ele não poderia impedir. A única coisa que ele podia fazer era afastar Draco. E foi o que ele fez. Levou-o para uma sala improvisada ao fundo da caverna e fechou a porta.


- Pai, por que me trouxe aqui? – perguntou Draco confuso.


Lúcio respirou fundo.


Enquanto isso...


- Você irá me trazer o Potter na próxima visita, entendeu Lestrange?! Matarei o maldito Potter! – dizia Voldemort enquanto levantava-se.


Isabella observava cada movimento dele.


- Vou derrubar Hogwarts! Ouviu Merlin?! – falava ele exaltado enquanto fitava o teto, em seguida olhou Isabella. – Vou esculpir Voldemort em pedra no jardim de Hogwarts!


- Cuidado bruxo dos bruxos...Primeiro precisa da vitória sobre Dumbledore. – disse Isabella desdenhosamente.


Aquilo fora a gota d’água para Voldemort. Este puxou a varinha e apontou para Isabella.


- Crucio!


Isabella, ao ser atingida pelo feitiço, caíra imediatamente no chão por causa da dor que dilacerava seus ossos.


Na sala improvisada, Lúcio e Draco puderam ouvir nitidamente os gritos de Isabella.


- O que aquele louco pensa que está fazendo?! – perguntou Draco furioso enquanto dirigia-se até a porta.


Lúcio, com muito pesar, impediu-o de sair para defendê-la.


- Não Draco.


- Pai, ele vai matá-la!


- Não, se ele fosse matá-la eu não estaria te segurando Draco. Ele atingiu-a com a Maldição Cruc...


- Aquele verme... Tomara que todos em Hogsmeade escutem os gritos de Isabella e venham para cá. – praguejou Draco.


- Impossível. A caverna é bem enfeitiçada Draco, você sabe disso.


Draco não estava suportando ouvir Isabella gritar de dor e não poder fazer nada para acabar com aquilo tudo. Ele encostou-se na parede e sentou-se no chão. Lúcio estava parado, em silêncio.


De repente, os gritos cessaram. Draco levantou-se rapidamente. Ouviram vários son de pessoas desaparatando. Lúcio e Draco saíram da sala e foram até Isabella.


A garota estava recostada na parede e sentada no chão, abraçando as próprias pernas. Ela tremia levemente e chorava silenciosamente.


- Isabella... – murmurou Draco indo até ela.


- Draco, vá lá fora um pouco. – ordenou Lúcio.


Draco fitou Isabella. Queria abraçá-la, mas saiu como o pai mandara. Lúcio abaixou-se na frente de Isabella.


- O que houve Isabella? Você tinha tudo para cumprir o plano perfeitamente. – disse Lúcio sério.


Isabella ergueu a cabeça e fitou-o. Pôde ver que o semblante na face do pardinho era de pura decepção.


- Me perdoe...


- Não peça perdão Isabella. – repreendeu Lúcio.


- Sim.


Lúcio ajudou-a a levantar-se. Isabella respirou fundo.


- Tudo o que eu sou e tudo o que há em mim quer ser o que você queria que eu fosse...Mas...


- Tudo bem. Agora vá. Volte para o castelo. Descanse bastante. E faça o que o Lord ordenou.


Essa foram as últimas palavras de Lúcio, em seguida, ele aparatou.


Isabella saiu da caverna. Ainda estava um pouco atordoada com o que acontecera. Tudo aquilo servira para ela sentir ainda mais ódio de Voldemort. Logo avistou Draco e foi até ele.


- Isabella...


- Por favor, não vamos falar sobre o que sucedeu lá dentro agora... – pediu ela cansada.


- Tudo bem... Vamos para o castelo... – sussurrou Draco.


Draco segurou a mão de Isabella e levou-a para fora do bosque. Realmente, aquele bosque atraía apenas desgraças.

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