Capítulo XII
Harry sabia que não devia estar ali, parado na varanda do dormitório em que Hermione fora instalada, escondido na escuridão, observando-a através das cortinas de seda. Ela estava sentada diante de um espelho, penteando lentamente os cabelos longos e sedosos. Duas criadas a tinham ajudado a tirar o vestido verde-escuro que sua irmã lhe emprestara para usar durante o jantar, bem como o delicado colar de esmeraldas e as pérolas que usara nos cabelos, enfeitando-lhe as tranças. Podia-se dizer que era uma perfeita rainha.
Durante todo o jantar, ele não conseguira desviar os olhos de Hermione. Além disso, praticamente não tocara na comida, nem prestara atenção no que diziam a sua volta. Ficara apenas olhando para o rosto fascinante da jovem, encantado com a delicadeza dos traços e a maciez da pele. Ah, como queria deslizar os dedos por aquele rosto, pelas curvas delicadas das orelhas… pressionar as mãos sobre o pescoço adorável, depois descer para os ombros… gestos lentos, movimentos comedidos com a intenção de provocar-lhe arrepios. E então continuar o sensual percurso, até que ela sentisse o mesmo desejo que o consumia naquele momento.
O vento frio soprou as cortinas para dentro, abrindo-as de tal forma que ele pôde enxergá-la melhor por um instante. Com a escova nas mãos, Hermione observava sua imagem no espelho. As criadas a tinham deixado sozinha, usando uma camisola de algodão e um penhoar de seda azul-marinho.
Harry respirou fundo e sentiu a chuva se aproximando. Sim, seria uma forte tormenta, como a que se formava dentro de seu peito. Ele nunca sentira algo parecido por uma mulher. Era uma sensação completamente desconhecida, estranha, e até chocante.
Como algo assim podia acontecer a um homem daquela idade e com tanta experiência com o sexo oposto? Jamais se importava com alguém, a não ser com seus familiares e Ron. Era verdade que nutrira grande afeição pela maioria das mulheres com as quais se relacionara, mesmo com aquelas que não chegara a dividir a cama, porém nunca conhecera o amor.
Até encontrar Hermione.
Vários amigos tinham lhe contado inúmeras histórias sobre o terrível e doloroso sentimento, mas Harry acreditava que o amor não chegaria até seu coração… Ah, como fora tolo!
E ingênuo.
Sim, havia maneiras de se libertar daquele tormento que passara a lhe assombrar os dias. Podia deixar Hermione e Luna sob os cuidados de sua irmã e fugir com Ron para algum lugar bem escondido e distante, onde jamais seria encontrado. Eunice faria com que as duas jovens voltassem a salvo ao seio da família Granger. Desse modo, entretanto, Hermione não chegaria tão depressa a Gales, mas Daman a levaria assim que possível.
Sim, era melhor que escapasse agora para evitar o transtorno que seria no momento em que fossem obrigados a se separar. Harry não era presunçoso a ponto de acreditar que pudesse existir algo de permanente entre os dois, pois era impossível. Hermione jamais se uniria a um homem nascido ilegítimo. O desejo podia até existir, e ele já o notara nos olhos de Hermione, mas ela era uma mulher sensata demais para permitir que seus sentimentos superassem o que era correto.
Esse era um comportamento muito diferente do das outras mulheres que tinham passado por sua vida. E era o que o encantara. A confiança, força e inteligência, e talvez até sua inatingibilidade. E dentro em breve chegaria o momento, depois de Gales e de Caswallan, depois que Daman e ele se encontrassem e lutassem, em que ambos se separariam para sempre.
Harry podia poupar-se dessa dor e tristeza se a deixasse agora… porém descobriu que era algo que não estava a seu alcance. Pela primeira vez na vida, ele não conseguia fugir.
Porque o amor, como descobrira tarde demais, era um sentimento muito poderoso, mais forte do que a razão, e a idéia de afastar-se da mulher amada, mesmo que por um instante, estava fora de cogitação. Simplesmente não havia como. Ele fora capturado. Capturado por seu próprio desejo e também pelo de Hermione, pois ela o desejava, e muito, apesar de ainda não ter se dado conta.
Encantado, ele a observou colocar a escova na penteadeira e afastar os cabelos dos ombros. Depois Hermione apoiou os cotovelos e colocou o rosto entre as mãos, virando-o de um lado para o outro para ver como estava. Harry conhecia o suficiente sobre mulheres para saber o que se passava pela cabeça daquela jovem, o que ela desejava ver refletido no espelho.
Ele nunca fora muito bom em dar, apenas em receber, especialmente quando se tratava de algo vindo das mãos de uma mulher. Contudo, agora chegara a sua vez de dar um presente, um presente para Hermione. E o faria de livre e espontânea vontade, sem prendê-la a ele, se possível fosse. Harry lhe devia tal atitude.
Antes de partir e deixá-la para sempre, ele garantiria a Hermione que ela era uma mulher muito atraente, pelo menos aos olhos de um homem. Não era bem um presente, pois uma jovem com tantas virtudes não se importaria com o elogio de um homem como Harry James Potter, mas ele o faria mesmo assim.
Uma rajada de vento repentina e violenta levantou as cortinas, apagando várias das velas que iluminavam o quarto. Hermione virou-se para as portas abertas da varanda, sem avistar Harry, que se escondia nas sombras, e levantou-se do banco. Assim que ela se aproximou para fechar as portas, ele tirou a pedra brilhante do bolso e estendeu a palma da mão. No mesmo instante, a luz começou a brilhar, revelando-o.
A surpresa cruzou-lhe as feições por um momento, então Hermione deu um passo para trás e apertou o roupão com as mãos no intuito de esconder sua semi-nudez.
— Harry — murmurou ela, olhando-o como se estivesse diante de um fantasma. — O que você faz aqui? Como chegou até aqui? — Hermione arregalou os olhos, aflita. — Há quanto tempo você está nessa varanda?
— Faz apenas alguns minutos que cheguei — mentiu ele. Estava ali havia mais de uma hora, observando-a ser despida pelas criadas e depois colocar o roupão que usava agora. — Eu vim pela varanda do meu quarto, que fica bem abaixo desta. Não foi difícil. Quer sair um pouco? — Harry estendeu a mão, incitando-a a aceitar o convite. — O vento está frio. Choverá dentro de pouco tempo.
Hermione deu mais um passo para trás, continuando a apertar o tecido do roupão.
— Está frio. Quero fechar as portas. Por que você veio até aqui?
— Não, não está tão frio assim — discordou ele, ainda com a mão estendida. — A brisa é bastante agradável. Pense em como será gostoso deitar-se em uma cama quentinha com lençóis perfumados depois de o vento ter resfriado sua pele.
— Eu não quero que o vento resfrie a minha pele. Não estou com calor, Harry.
— Então eu a manterei aquecida. Venha.
Hermione hesitou, olhando-o com desconfiança, porém logo começou a dar alguns passos para frente, até alcançá-lo. Harry tomou-lhe uma das mãos, depois de guardar a pedra brilhante no bolso, e puxou-a para perto. Ela não resistiu ao abraço, mas também não se moveu.
— Não é melhor assim? — perguntou ele, aninhando-a em seus braços. — O vento sopra a nossa volta, porém estamos confortáveis e quentes. Você se lembra da viagem a York, das noites em que dormíamos no chão frio, e eu mantinha meus braços ao redor do seu corpo para aquecê-la?
— Você está querendo dizer para que eu não tentasse fugir. Eu teria preferido dormir abraçada com Luna, mas você não permitiria.
— É verdade, em parte — admitiu ele, pressionando-lhe a cintura com mais intensidade, a fim de mantê-la mais perto. — Nós aquecíamos um ao outro. Era uma situação parecida com esta, não acha?
— Por que você está aqui? — repetiu ela, levantando um pouco o rosto a fim de enxergá-lo.
Harry baixou os olhos e tocou-lhe levemente as têmporas com a ponta dos dedos, afastando-lhe os fios de cabelo que o vento lhe jogara no rosto.
— Eu vim ver você — respondeu ele.
— Para conversar comigo? — perguntou Hermione, confusa. — Sobre Gales?
— Não exatamente. Mas se é isso que você quer…
— Então qual é o motivo de sua… visita? Achei que…
— Que… — incentivou Harry, afagando os cabelos castanhos, deliciando-se com as mechas que lhe acariciavam a pele. — Que eu iria em busca da companhia de outra mulher? Talvez de uma das criadas?
Mesmo na escuridão, ele notou o rubor na face de Hermione e soube que acertara em cheio. E o pior era que não podia culpá-la por pensar assim. Se ela não estivesse ali, e se não fosse o motivo de tamanho encantamento, Harry certamente estaria nos braços de outra mulher. As criadas de Eunice sempre encontravam uma maneira de demonstrar seus sentimentos, deixando seu interesse bem claro, todas as vezes que aparecia em Hammersgate. Ele poderia passar a noite com qualquer uma que escolhesse.
Entretanto, naquele momento, entregar-se aos braços de outra mulher de nada adiantaria, apesar de toda a necessidade que o atormentava. Apenas uma mulher seria capaz de atenuar aquele desejo. Harry sabia o suficiente sobre prazeres físicos para perceber que o que estava sentindo naquele momento era bem diferente de qualquer sentimento que já experimentara antes.
— Não, nenhuma delas me interessa — disse ele, encantado com a beleza dos olhos de Hermione, escuros e lindos como o céu turbulento. — Eu já lhe disse que a situação entre nós mudou, agora que você não é mais minha prisioneira.
Percebendo o rumo que aquela conversa poderia tomar, ela enrijeceu nos braços de Harry e tentou desvencilhar-se do abraço.
— Vá embora — implorou ela. — Não quero fazer parte de suas brincadeiras.
Harry a impediu de se afastar, segurando-a com mais força.
— Foi por esse motivo que vim até aqui, Hermione. Pare de tentar me afastar e escute o que tenho a lhe dizer, pois não pretendo ir embora enquanto não lhe falar tudo.
Alguns momentos depois, Hermione se acalmou e baixou a cabeça, como se não pudesse suportar ouvia o discurso dele.
— Eu poderia ter quase todas as mulheres desse castelo na minha cama — começou Harry, falando baixinho bem perto do ouvido dela. — E você sabe que é verdade. Entretanto, eu vim até aqui. E não pense que foi com a intenção de desonrá-la. Eu quero apenas lhe provar que prefiro a sua companhia à de qualquer outra jovem. Também sei perfeitamente que não poderei saciar minha necessidade com você. — Ele sorriu. — E olhe que não costumo ficar muito tempo longe dos carinhos de uma mulher.
— Então vá procurar uma companhia — respondeu ela, rabugenta. — Você não precisa provar absolutamente nada para mim.
— Não? — murmurou ele, fechando os olhos quando uma forte rajada de vento soprou. Harry adorou a sensação de frio, aproveitando para envolver Hermione ainda mais em seus braços, protegendo-a. Precisaria de muito empenho para convencê-la de sua sinceridade — Vamos entrar. Senti um pingo, e creio que a tempestade não tardará a chegar. Ficaremos mais confortáveis dentro do quarto.
— Harry… — sussurrou ela, com a voz trêmula. — Por favor, vá embora. Estou com medo.
— Eu sei, minha querida. — Harry beijou-lhe o lóbulo da orelha. — Eu sei. Entretanto, se eu sair daqui agora, você ficará deitada em sua cama, acordada e imaginando coisas terríveis. Não tenha medo de mim, Hermione. Eu jamais farei qualquer coisa que possa prejudicá-la ou desonrá-la. Só quero o seu bem. E dar-lhe prazer.
Todo o corpo de Hermione tremia quando ele a conduziu para dentro do quarto e fechou as pesadas portas de madeira, distanciando-os do vento cortante. As cortinas, que até então esvoaçavam com violência, se acalmaram na mesma hora, bem como as chamas do fogo, que eram a única fonte de luz do aposento. Todas as velas tinham se apagado com a intensidade do vento.
Hermione se abraçou à medida que Harry foi se aproximando, os passos lentos e comedidos. Ele desamarrou a capa e tirou-a, deixando-a cair no chão. Em seguida, começou a abrir a túnica.
— Harry! — exclamou ela, em pânico, ao vê-lo despir-se, revelando o peito e os braços musculosos e perfeitos. Quase não conseguia continuar a olhá-lo, lutando entre o fascínio com a beleza das formas do corpo dele e o medo de vê-lo tão exposto. Hermione baixou os olhos para o chão e arregalou-os ao ver que Harry não usava sapatos. Como conseguira escalar as paredes do castelo descalço?
Ele continuou a caminhar na direção dela, e Hermione continuou a andar para trás.
— O que você tanto teme, minha querida? — murmurou ele, com a voz suave como uma brisa quente. — Está com medo de mim ou de si mesma? Ou quem sabe apenas descobrindo a verdade de tudo que eu falei?
O que temia?, pensou Hermione. A dor. E a humilhação. Ou que seus sentimentos por ele viessem à tona e se tornassem motivo de chacota. Harry era tão bonito, tão perfeito! E ela, por sua vez…
Minutos atrás olhava seu reflexo no espelho e a realidade que vira a magoara. Não era uma mulher bonita, com traços perfeitos e harmoniosos. Mas por que Harry a olhara com tanta intensidade durante o jantar? Será que… Não, era a sua imaginação que estava lhe pregando peças. Os homens não costumavam sentir-se atraídos por ela, muito menos um homem como Harry James Potter. E o espelho era honesto o suficiente para não lhe permitir pensar o contrário.
Mas… ele estava ali, e com os olhos cheios de desejo. E Hermione o amava e o desejava com todas as suas forças.
Do que estava com medo?
Ah, como conhecia pouco sobre a natureza masculina… Qual seria a sensação de ser acariciada e beijada por um homem, tornar-se um único ser com alguém? Hermione sempre soubera que jamais teria chance de responder a essas perguntas, de saciar sua curiosidade, nem mesmo levando sua riqueza em consideração.
Harry, todavia, apesar de não amá-la, parecia desejá-la. Se o expulsasse dali agora, correria o risco de perder sua única oportunidade de estar com um homem. De estar com Harry James Potter. Não lhe importava perder a virgindade, pois sabia que nunca seria abençoada por um casamento. Ganharia, porém, algo maravilhoso. Uma lembrança eterna. Recordações daquele homem encantador que a acompanhariam até o fim da vida. E então, o que tanto temer?
Hermione ficou imóvel. Harry parou na frente dela, com um lindo sorriso nos lábios. Então levantou o braço e afagou-lhe o rosto, provocando-lhe arrepios.
— Não precisa tremer, Hermione. Não há nenhum motivo para tanto receio. Você realmente acredita que eu possa lhe fazer algum mal?
— Não — respondeu ela em um fio de voz —, mas… é que… eu não conheço nada. Eu não sei nada.
— E eu sei tudo — disse Harry, acariciando-lhe os lábios com a ponta dos dedos. — Só gostaria de ser como você agora, mas isso não será possível. — Ele levou a outra mão à nuca de Hermione. — Você já foi beijada?
— Não — respondeu ela, experimentando um misto de terror e antecipação.
— Pode ser uma atitude egoísta, mas devo admitir que fico muito contente em saber que sou o primeiro.
Aos poucos, Harry foi de aproximando do rosto dela, até ficar bem perto. Então murmurou o nome dela, quase tocando-lhe os lábios. Hermione fechou os olhos e apenas esperou que suas bocas se encontrassem. Entretanto, ele continuou a provocação por mais alguns instantes, murmurando palavras doces, até que ela não suportou mais e diminuiu o espaço entre eles.
Pelo visto, era o que Harry esperava. O beijo, de início suave, foi se aprofundando aos poucos, acompanhando o compasso do desejo crescente que os acometia.
Hermione envolveu-lhe o pescoço com os braços, entrelaçando os cabelos entre seus dedos, sentindo a textura da pele suave contra a sua.
— Eu adoro sentir suas carícias — murmurou Harry. Aos poucos, Hermione foi se soltando, copiando os movimentos dele, percebendo que, além de agradá-lo, seu próprio prazer também aumentava. Entregou-se completamente às carícias daquele homem hábil e experiente, deixando-se levar por aquele sonho.
Nunca imaginara que pudesse existir uma sensação tão maravilhosa. Seu roupão escorregara para o chão, e os dedos de Harry tocavam os pontos mais sensíveis de sua pele, provocando-lhe sensações totalmente desconhecidas. Jamais concebera que as pessoas pudessem se beijar daquela maneira… Decerto era algo totalmente pecaminoso. Ah, mas era tão bom…
— Vamos nos deitar — convidou ele, com a voz trêmula de desejo. — Quero lhe dar prazer, minha querida. E não precisa ter medo, pois juro que sua virgindade permanecerá intocada. Você é capaz de confiar em mim?
Incapaz de proferir um som, Hermione respondeu com um gesto da cabeça. Harry inclinou-se e pegou-a no colo, levando-a até a imponente cama que ficava no meio do quarto. Apesar da lareira acesa, o ar ao redor deles estava frio, penetrando pelas frestas das portas fechadas da varanda. Os trovões ecoavam à distância, e o cheiro de chuva era forte.
Hermione sentiu a maciez dos lençóis contra sua pele quando Harry a deitou na cama. Um momento depois ele também se deitou.
Ela sentiu a força daquele belo corpo contra o seu quando Harry recomeçou a beijá-la, tocando-lhe o rosto, o pescoço, até alcançar os botões de sua camisa de baixo. Ele foi abrindo um por um, com cuidado, presenteando-a com sensações desconhecidas e cada vez mais prazerosas. Cada nervo do corpo dela se deliciava com aquele novo prazer. Não conseguia pensar em mais nada, a não ser nas revelações que cada toque dos lábios e das mãos de Harry lhe proporcionavam.
— Linda — murmurou ele, olhando-a sob a parca iluminação do aposento. — Você é tão linda, Mione!
Deslizando o corpo para baixo, ele tomou-lhe um dos mamilos na boca, sugando-o com gentileza. Hermione quase explodiu de tanto prazer.
— Ah… — gemeu ela, engolindo em seco, deixando-se levar por inteiro, sem pensar nas possíveis conseqüências daquela intimidade.
Mais tarde, Hermione se espantaria com a facilidade com a qual se entregara àquele homem, quase um desconhecido. Ele poderia ter feito tudo, inclusive lhe tirado a virgindade, o que sem dúvida também lhe traria prazer. Mas Harry não o fez. Tocou-a apenas com as mãos, com seus dedos experientes, acariciando-lhe a parte mais íntima do corpo até que ela atingisse o êxtase.
Depois Hermione se aninhou nos braços dele, tremendo e respirando com dificuldade, esperando conseguir voltar ao normal e raciocinar direito. Entretanto, o membro dele continuava ereto, rígido. O que faria para satisfazê-lo?, pensou aflita.
Com cautela, ela roçou os dedos na masculinidade de Harry. A resposta foi um gemido, um gemido quase de dor.
— Por favor, Hermione, não faça isso — pediu ele, segurando-lhe o pulso.
— Eu não posso lhe dar prazer como você me deu? — Harry beijou-lhe a ponta dos dedos.
— Sim, minha querida, mas eu tenho motivos de sobra para que isso não aconteça. Bem, pelo menos até o amanhecer.
— Como assim?
— Eu lhe disse que não vim aqui com essa intenção. Na noite de hoje, o prazer era só para você, e não para mim. Gostaria que este momento ficasse marcado para sempre na sua memória.
Hermione o fitou com espanto, imaginando o esforço que lhe custara sucumbir ao próprio prazer. Não, não podia deixá-lo sofrer tanto. A expressão de Harry revelava toda sua tensão.
— Não — insistiu ele quando Hermione tentou sentar-se na cama. — Não tente discutir esse assunto comigo. Não quero nem conversar a respeito. Deixe-me apenas abraçá-la enquanto você dorme. Quando o dia amanhecer, prometo que deixarei você fazer o que quiser para me satisfazer. Na verdade, será um prazer ensinar-lhe o que quer que você queira saber.
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É pessoal, pra quem queria ver as coisas esquentando, taí o capítulo 12!!!
"Deixe-me apenas abraçá-la enquanto você dorme"
Harry foi muito fofo,neh!!!
Próximo capítulo vamos conhecer um personagem um tanto quanto diferente, e a Hermione não vai gostar nem um pouco do que vai acontecer!!!
Bjoooss!
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