Uma sonserina



2° Capitulo: Uma sonserina.

Os olhos cor de mel da pequena Weasley abriu devagar ao ouvir vozes no quarto. Mas ao ver que as vozes se tratava de duas meninas provavelmente do quinto ano que estavam a olhando com sorriso marotos em seus rostos, a fez se levantar num pulo da sua cama.
A ruiva ainda estava enrolada na toalha que utilizara para se secar na noite passada, e a raiva que guardava dentro de si, por conta das coisas que sofrera quando adentrara pela primeira vez no salão, estava naquele momento lhe consumindo.
- O que vocês querem?
- Achei bem interessante a cor do seu cabelo - Caçoou uma das duas.
Rose levou a sua mão ate o cabelo, e puxou uma mecha para frente dos seus olhos, xingando as duas em pensando logo em seguida. A ruiva, que agora poderia ser chamada de esverdeada, por causa da nova cor do seu cabelo, correu ate o espelho de corpo inteiro que tinha numa das paredes do quarto, vendo que não só seus cabelos eram verdes, mais também o seu rosto.
- Temos que admitir o verde combina com você mesmo - E as duas caíram na gargalhada.
Rose deu um suspiro longo tentando se acalmar e conter as lagrimas que estavam prontas para cair.
- Com licença tenho que me arrumar para primeira aula - Disse numa voz chorosa, porém firme.
Ela deu o contorno nas duas e foi ate o seu malão, percebendo que aquela sua atitude, de como se nada estivesse acontecendo, deixara as duas sem ação. Ela pegou suas vestes sujas com tinta vermelha, por causa da brincadeira da noite passada, e depois pegou uma caixinha comprida e estreita, também tingida de vermelho e saiu do quarto, deixando para trás duas sonserinas raivosas.
Ela andou ate o banheiro, com todas as meninas rindo da sua nova coloração, foi quando encontrou Karin terminando de se arrumar.
-Nossa! Você já viu a sua cor? - Perguntou ela abotoando o seu casaco.
-Sim - Respondeu Rose retirando a toalha e começando a se vestir.
-Essas meninas são chatas mesmo, elas não percebem que você é da sonserina, que por isso tinha que parar com tudo isso - Disse esta aborrecida.
-Não ligo para isso - Mentiu a menina escondendo algumas lagrimas que teimavam em cair.
Rose se vestiu o mais rápido possível e retirou de dentro da caixinha que tinha levado ate o banheiro a sua varinha de mogno, 17 polegas e com fio de unicórnio.
- Vou tentar tirar essa tinta do meu cabelo e do meu rosto.
Karin, que já tinha terminado de se arrumar, olhou apreensiva em direção a ruiva, duvidando que aquela idéia era uma boa coisa.
- Você sabe o que esta fazendo? - perguntou preocupada.
- Herr... Acho que sim - respondeu a ruiva incerteza, mesmo assim esta apontou a varinha para si mesma e tentou lembrar de algumas coisas que sua mãe lhe ensinara, e o que já tinha lido nos livros - Jus tollendi colore.
Um feixe de luz roxa saiu da ponta da varinha da menina, atingindo-a na cabeça e a cobrindo por inteira. Karin levou um susto quando a viu apos a luz roxa sumir, mas depois caiu na gargalhada.
- Sem duvida que você não esta mais verde... - e ria - para...falar... a verdade... você...
Rose a olhou sem entender nada, e como a menina parecia que não iria consegui falar, ela foi ate o espelho que tinha ali, dando um grito ao ver o resultado final do feitiço.
- Que droga! Eu retirei a cor de tudo, pele, roupa, cabelo, tudo, estou mais branca que papel.
A garota bateu forte com os pés no chão, e depois se deixou cair sentada ali, olhando para Karin que não parava de rir, risada essa que a contagiou e a fez rir também.
- Bem pelo menos agora você não esta mais verde - disse a outra se sentando ao lado da menina, quando conseguiu parar de rir - o que pensa em fazer agora?
Rose parou de rir na hora olhou desanimada a sua varinha em punhos, sabia que as brincadeiras iriam continuar, e aquele dia seria apenas o primeiro de vários outros que logo iriam vim. E a única chance dela era o fato da diretora tirar ela daquela casa e por um fim aquele sofrimento todo. Ela se levantou um pouco mais disposta, pensando que isso poderia mesmo acontecer, já que Minerva era grande amiga da sua família, e para ela o seu pedido não era nada de mais...
Após risadas e mais brincadeiras por conta sua nova cor, ou por causa da falta de cor. Ela saiu do salão comunal pedindo que Karin a esperasse com seu material no salão principal, e depois se dirigiu para torres onde ficava a sala do diretor.
No caminho todo Rose percebeu que sua cor não tirava risada somente dos sonserinos, mas também de todas as outras casas. Quando ela alcançou as escadarias que levava as torres, ela ouviu uma voz conhecida lhe chamando, era sua prima mais velha, Victorie.
- Por Merlin! Rose o que aconteceu com você? Foram aqueles sonserinos, não é? - disse essa rispidamente - diga-me quem foi e eu darei um jeito no engraçadinho ou engraçadinha.
Rose se sentiu bem ouvindo aquilo, não imaginava que era tão bom saber que tinha alguém que a defendia, porem ela não poderia fazer a sua prima pegar algum tipo de detenção por tentar defendê-la.
- Tudo bem Vic, na verdade fui eu mesma que fez isso, eu estava testando um feitiço que vi mamãe fazer certa fez...e não deu muito certo - disse dando de ombro - não foi nada de mais, como eu disse.
A loira deu um olhar desconfiado em direção a prima, mas Rose deu o sorriso mais meigo que pode produzir, afim da garota acreditar nela.
- Tudo bem então, mas se aquelas cobrinhas um dia mexer com você pode falar comigo - disse ela a abraçando, mas soltando logo em seguida com uma expressão de nojo no rosto - Rose era bom passar algum perfume ou algo assim... e que você... sabe, esta com cheio...
- Ah sim, eu já sei - disse Rose sem graça - irei seguir o seu conselho, bem deixa eu ir - disse virando as costas e voltando a andar, nem respondendo a pergunta de sua prima ‘para onde você esta indo?’
Após subir mais dois lances de escada, ela deu de cara com as duas pessoas que mais queria ver. Alvo e Scorpius.
- Rose? Vocês esta passando mal ou algum assim? - perguntou seu primo com uma cara de preocupação iraria.
- Não, o único mal que eu sinto, é por esta naquela casa de cobras...
- O que eles fizeram?-perguntou scorpius com veemência.
- Digamos que eles deram boas vindas digna, na visão deles, para um membro da família Weasley.
- Oras quem eles pensam que são?-foi a fez de Alvo demonstrar a sua ira - temos que contar tudo para tia Minerva.
- Era isso mesmo que estava pensando, isso seria um excelente argumento para ela me tirar desta casa, não é mesmo?
- Sim - respondeu os dois animados.
- Seria muito bom tê-la na grifinória, eu e Alvo nos divertimos muito... - Scorpius resolveu parar sua narrativa animada ao vê o rosto triste de Rose - bem iremos acompanhar você ate a diretoria, não é mesmo Al?
- Claro.
- Fico feliz com isso.
Ela se colocou entre os dois, e os três juntos subiram o restante da escadaria e foram para o corredor que levava ate a sala de McGonall. Ao chegar defronte da mesma, viram uma estatua de uma gárgula, qual abriu sua enormes assas e seus olhos fitando-os intensamente, causando tremedeira nos três.
- Preci...samos entrar - gaguejou Alvo.
- A senha - respondeu a gárgula friamente.
Os três trocaram olhares, afinal nem sabiam que necessitava de senha para entrar, como eles poderiam saber.
- Não sabemos - respondeu Rose frustrada com aquela situação - mas o senhor não poderia...
- A senha - repetiu a estatura sem se levar pela voz emocionada de Rose.
- Talvez a gente consiga falar com ela depois do café - disse Scorpius tentando animar Rose -é... vamos sair...
A gárgula começou a se mover, primeiro ela deu um giro de noventa graus, ficando ainda de frente para as crianças, porem do outro lado da entrada, depois os giros foram aumentando a velocidade, e a gárgula foi subindo revelando a escada que tinha de baixo dela. Quando a escada se estabeleceu, os meninos puderam ouvir passos, todos eles por causa disso deram alguns passos para trás.
Em alguns minutos a diretora, de veste roxa, e seu casual chapéu cônico apareceu na entrada. Seus olhos se estreitando e mirando Rose, forçando esta a dá um passo à frente. Enquanto McGonall colocava seus óculos de aros dourados, que se encontrava pendurado daquele aquele momento no seu pescoço, a menina tentava encontrar palavras certas para descrever o que tinha ido fazer ali.
- Oh! - exclamou a Diretora boquiaberta - sabia que você não seria bem recebida, mas tirarem a sua cor é demais, sem duvida que foram alunos do quinto ano ou até outros mais velhos, ninguém mais novo conseguiria...
- Foi eu mesma que conjurei esse feitiço - respondeu Rose, numa mistura de orgulho e arrependimento.
McGonnall ficou sem ação por alguns segundo, mas logo voltou a sua pose de mulher centrada.
- Bem isso não deveria ser novidade, não é? Para quem é filha de Hermione Granger Weasley, isso é de certa forma normal - disse a diretora no tom mais normal que conseguia utilizar, mesmo assim não conseguia esconder a surpresa daquela revelação - Bem suponho que queira que desfaça o feitiço?
- Sim, mas também gostaria que a senhora ficasse sabendo a razão de usá-lo - respondeu Rose firmemente.
- Oras, isso sem duvida que gostaria de saber, ou a senhorita acha mesmo que eu iria refazer o feitiço sem ao mesmo saber a razão do mesmo? - perguntou a mulher com um sorriso.
-claro que não...
- Foram por causa dos sonserinos que ela teve que fazer isso - a voz brada de Alvo invadiu o ambiente.
- É verdade isso senhorita Weasley?
-err...
-ela tem que sair da Sonserina e tem que ir para Grifinória - protestou Scorpius.
- Bem senhor Malfoy, infelizmente isso eu não poderei fazer, a autoridade do chapéu nenhum diretor pode passar por cima, se ele escolheu a sonserina para a senhorita Weasley, era por que o mesmo sabia o que estava fazendo.
Rose olhou pára seu primo e depois para Scorpius, ela não saberia dizer quem estava mais infeliz com aquilo, as expressões dos dois eram de puro desanimo. Mas ela tinha certeza que a tristeza que abatera neles não era maior daquela que estava lhe consumindo naquele instante.
- E sobre as coisas que os alunos estão fazendo com você, isso sim eu poderei dá um jeito, bem agora vou dá um jeito nesta sua cor - ela arregaçou as mangas do seu vestido, e com sua varinha envernizada conjurou um contra feitiço, fazendo as cores normais voltarem em Rose - agora sim senhorita, agora você poderá ir para o salão principal junto com seus amigos, à noite terei uma seria conversa com os alunos da sonserina.
Após ela falar isso, se retirou, indo em direção aposta da escadaria.
Rose a olhou afastando-se com um desanimo horrível, seu rosto era o manifesto perfeito do que era depressão.
- Bem pelo menos eles receberão o que merecem - falou Alvo querendo animar a sua prima.
- É Rose pense por esse lado, papai sempre me falou que a senhora McGonall para dá castigo é excelente - disse Scorpius sorrindo.
A ruiva deu um sorriso para os dois.
- Obrigada, meninos, vem vamos sair daqui logo, temos que pegar ainda o horário de aula.
Ela levou sua mão ate o cabelo conseguindo sentir o cheiro das boas vindas dos sonserinos veteranos.
- A senhora McGonnall poderia ter tirado esse cheiro de mim.
- Até que não esta muito forte - disse Alvo sorrindo.
- Mesmo assim eu não quero ficar cheirando desta maneira a vida toda.
- Você poderia utilizar a poção dos cheiros, ele é ótimo retirar odores, mamãe usa muito ele - revelou Scorpius.
- E onde eu poderia arrumar isso?
-com o professor de poções eu acho - informou Alvo - Bem vamos para o salão principal.
Os três então seguiram para o salão, onde ao chegar os olhares tinham uma única direção, o trio.
-isso é horrível - resmungou Rose.
- Bem poderia ser pior, não é? - mais uma vez Alvo queria mostrar um lado melhor da situação.
- Como poderia esta pior? - perguntou a ruiva parando entre a mesa da Lufa-Lufa e Grifinória.
- Bem seu pai poderia esta aqui, e convenhamos que o tio Rony morreria com isso.
A menina fez uma expressão típica do seu pai quando fazia uma besteira na frente da sua mãe, e sentou-se no banco destinado á mesa da Grifinória, ignorando alguns olhares antipáticos em sua direção.
- Rose não fica assim - disse Scorpius sentando-se ao lado dela - tudo ficara bem, tenho certeza que seu pai ira entender... - o menino parou de falar, e fez uma expressão como se tivesse diante da criatura mais horrenda do mundo - meu pai ira me matar - falou ele após alguns segundo de silencio, cortando a pergunta de Alvo, cujo qual já estava ficando preocupado com a forma que o menino o olhava.
Alvo para fazer companhia ao dois sentou-se do outro lado de Rose, olhando amável para prima, quem tinha uma expressão de derrota, não pior que a expressão de medo de Scorpius, e olhava fitado o nada.
- Correio Coruja!- os três viraram seus rostos em direção ao teto ao ouvir uma menina anunciar o correio, vendo diversas corujas adentrar o salão. Uma delas tinha um envelope vermelho em suas patas, que fez o sangue de Rose gelar, ela lembrava de um daqueles, qual sua mãe recebera de um bruxo estressado por conta dos protestos da mulher em relação aos maltratos dos elfos.
- a coruja do meu pai - sussurrou Scorpius seguindo com os olhos uma coruja real que pousava agora aos seus pés.
- E aquela ali é a pichi, não é?-apontou Alvo para uma coruja minúscula, que vinha na direção deles.
- É sim - confirmou Rose sem olhar para coruja, pois ela já havia reconhecido a coruja do seu pai.
Enquanto scorpius pegava a carta do seu pai, Pichi pousava na mesa encostando a cabeça no ombro de Rose.
- É um Berrador - cochichou um menino moreno para uma menina de óculos que estava ao seu lado.
Rose deu uma olhada para o primo para então pegar a carta, se antes ela achava que era o centro da atenção, agora ela tinha a plena certeza. A carta soltava fumaça e tremia em sua mão.
- Talvez ele ainda não saiba - falou Scorpius que olhava aliviado a sua carta, qual já estava no final -meu pai só esta me perguntando como foi às coisas - disse abrindo um sorriso, retirando o mesmo ao ver o rosto de poucos amigos de Rose.
- Não vou ler aqui - decidiu ela se levantando - irei ler em outro lugar, o mais afastado possível, mas tenho que ser rápido.
Ela começou a andar em passos apressados, mas caindo por causa de um pé que foi colocado na sua frente, fazendo a carta cair de sua mão. Rose olhou em direção a carta no mesmo momento que esta se abria começando a flutuar.
- Ai meu Merlin - resmungou ela fechando os olhos e escondendo o rosto em sua mão.
- QUE HISTORIA É ESSA DE SONSERINA???- a carta flutuava com a voz de seu pai ao redor da menina de forma frenética, enquanto o salão era invadido por um mar de risadas - VOCE NÃO PODE FAZER PARTE DESSA CASA, VOCE É UMA WESLEY! - a risada aumentou, em especial na mesa da sonserina, e a menina afundava a cabeça ainda mais em suas mãos - EU QUERO VOCE FORA DESSA CASA AINDA HOJE, VOCE TEM CABELOS VERMELHOS, E SANGUE GRIFINORIO, E NÃO CABELOS LOIROS E SANGUE PURO, DE UM SONSERINO SUJO COM UM MALFOY!!!
- Ai - Scorpius ouviu Rose resmungar, enquanto se recuperava do ultima frase do o senhor Weasley dissera.
-E SUA MÃE MANDOU EU LHE DIZER QUE TE AMO - e a carta se contorceu rascando-se em pedacinhos logo em seguida, caindo em cima de Rose que se recusava a sair do chão.
O salão que ainda era tomado por risada, ganhara uma atmosfera um tanto que vergonhosa, para o trio, cujo quais eram os senhores das atenções naquele instante.
Rose respirou fundo, e levantou um pouco a cabeça, as pessoas riam de forma exageradas, mas ela não poderia ficar ali a vida toda, infelizmente.
Com ajuda de uma mão grande e forte, ela se levantou, olhando em seguida para o seu ajudante, vendo então um rosto amável cuja qual possuía uma barba enorme, qual tinha diversos fios brancos.
- Oh Hadrig, muito obrigada - disse num fio de voz.
- A senhorita esta bem?- perguntou uma voz atrás de si, fazendo a ruiva se virar e se deparar com um homem gorducho, de dentes salientes, e olhos gentis, qual, se pudesse, ela abraçaria com força, como sempre fazia quando ele ia visitar seus pais.
- Estou sim tio Ni...Professor Longbottom - corrigiu ela dando-lhe um sorriso amável, tentando ignorar as risadas.
- Ótimo, bem agora que o show terminou - falou ele em voz alta, fazendo muitas das risadas cessarem - acho que podemos iniciar o nosso dia! Afinal o primeiro tempo vai começar daqui cinco minutos.
Os alunos começaram a se levantar, enquanto os professores também saiam de seus lugares.
- É o horário de aula? - perguntou Rose para Longbonttom.
-oh sim, os dos sonserinos esta com a professora D’lunier, infelizmente ela já foi para sala dela, mas creio que sua primeira aula seja de Feitiços, como os dois grifinório. –disse ele retirando dois papeis de seus bolsos entregando um para cada um dos meninos - bem acho que é melhor se apresarem, o senhor Witter não é tão tolerável a atrasos.
- Ok -disse os três juntos.
Rose deu mais um sorriso para o professor e um abraço forte em Hadrig agradecendo a ele pela atenção que a deu.
-tenho que cuidar dos filhos dos meus amigos, da mesma forma que fazia quando eles ainda estudavam aqui - respondeu o meio gingante aparentemente envergonhado com a demonstração de carinho da ruiva.
- Vamos Rose - disse Scorpius olhando apreensivo para o homem.
- Vamos sim - ela deu um aceno para os dois professores e seguiu os meninos - bem foi horrível, mas pelo menos já passou - disse a ruiva quando eles estavam na escadaria - e você Scorpius tem que parar de ter medo de Hadrig, ele é uma pessoa adorável.
- Quem sabe um dia eu pense assim também, mas por enquanto prefiro ficar longe dele - explicou ele de forma engraçada, fazendo Rose e Alvo rirem.
Logo eles estavam defronte a porta da sala de feitiços, onde entraram cautelosamente, vendo perto do quadro negro um homem alto, de olhos claro, cabelos bem arrumado, um professor definitivamente de boa aparência, mas a sua sombracelha levantada em forma de superioridade, dava a ele um ar mais frio e serio.

- Bom dia senhores e senhorita, caso queiram participar de minha aula recomendo que se sentem, não creio que ficar ai perto da porta darão a vocês o conforto necessário de alunos que são filhos de heróis de guerra - a voz irônica do homem, fez risadas abafadas surgir entre os alunos, em especial dos sonserinos.

O trio envergonhado se sentaram nas primeiras cadeiras vazias que encontraram, sentando-se conseqüentemente um atrás do outro. Rose olhou para outro lado da sala, enquanto o homem elegante fechava a porta da sala, avistando Karin quem sorria para ela mostrando a mochila dela. Fazendo a Ruiva dá um tapa em sua própria testa, esquecera a mochila com Karin.
Rose esperou o professor virar de costas para então pegar a sua mochila, quando ela estava indo na direção a mesma, uma voz fria e arrastada preencheu o silencio governado pelo senhor Witter.

- Olha só professor, a Weasley não consegue ficar queda no lugar dela, pelo jeito não tem tanto respeito assim em relação ao senhor.

A ruiva olhou em direção a voz, vendo a menina com quem ela e Karin dividia o quarto.

- Algum problema senhorita Weasley?-perguntou o homem de voz suave, porem carregada de ironia.

A ruiva parou onde estava e fitou o professor.

- Não senhor, eu só ia pegar a minha mochila.
- Oras, e ela não estava com a senhorita? Ou ira me dizer que a mesma tem pernas e sai por ai andando –m as uma vez a ironia dele tirara risada de todos que se encontravam ali, menos, é claro, de Scorpius e Alvo que olhavam apreensivos para ruiva.

- Não senhor, ela não estava comigo, tinha deixado com a senhorita Balokov - respondeu ela de forma firme.

- Pois bem pega a sua mochila e sentasse em seu lugar, não estou a fim de explicar a matéria enquanto você brinca de ‘onde esta a minha mochila’.

Com as risadas em seus ouvidos Rose caminhou ate karin, quem lhe entregou a mochila dizendo:

- Esperei por você, mas como estava demorando resolvi vim para cá.

- Tudo bem, muito obrigada - ela disse sorrindo.

Voltando quase que correndo para seu lugar.

- Bem agora que a senhorita Weasley terminou de brincar vamos começar a nossa primeira aula.
E para iniciá-la gostaria de saber quem aqui conhece Frederic Serwinler?

Rose levantou sua mão imediatamente, Fazendo Eduard olhá-la com curiosidade.

- Digamos senhorita Granger Wesley, quem foi tal bruxo - desafiou-a.

Rose deu um sorriso e disse em tom firme.

- Frederic Serwinler, foi um bruxo que nasceu no século XV, cujo qual estudou por mais de 30 anos sobre feitiços, por essa razão que os feitiços que nasceram nesta época em sua maioria é de tal bruxo, porem o feitiço de maior importância que ele inventou foi o Accio, qual é um feitiço que tem que ser conjurado com bastante concentração, já que é uma magia convocatória. Por essa razão que esse mesmo feitiço é normalmente ensinado entre o 4° e 5° ano. Mas um segundo feitiço, de grande importância, qual é indicado que ensinei logo no primeiro ano, é o ...

- Ok senhorita, acho que você foi clara o bastante, tenho que te parabenizar por decorar o livro de feitiços com tamanha perfeição - comentou com sua típica voz irônica, fazendo alguns sonserino rirem, mas sem fazer a garota ficar envergonhada - o feitiço que Frederic inventou, ou melhor dizendo, modificou para um melhor resultado, foi o lumus, cujo qual será o feitiço desta aula.

O homem pegou sua varinha e com acenos rápidos, e sem ao menos pronunciar uma palavra se quer, as cortinas das janelas de vidros temperados se fecharam, deixando a sala escura.
Rose se mexeu desconfortável na sua cadeira, não conseguia se sentir muito bem estando num lugar tão escuro assim.

- Agora meus queridos alunos - a voz suave numa mistura perfeita com sarcasmo, do senhor Witter, chegou aos ouvidos de Rose denunciando que o homem estava ainda defronte a classe - quero que peguem suas varinhas, e apontem a mesma para frente de forma firme e pronuncie o nome dos feitiços, lembrando concentrasse na idéia de luz - conforme o professor palavra, Rose percebia que ele se aproximava - comecem!

A menina deu um pulo da cadeira, que não foi percebido por ninguém por causa da escuridão e o fator de que todos estavam preocupados em pegarem suas varinha, caso ao contrario essa cena seria mais uma razão para todos rirem dela.
Ela mais centrada deu um suspiro leve e então pegou a sua varinha. Ela ouvia sussurros ao seu redor, revelando que todos tentavam realizar o feitiço, mas pelo que parecia todos fracassavam, coisa que provavelmente não passou desapercebido pelo professor.

- Quem conseguir conjurar primeiro ganhar 15 pontos para sua casa.

Os sussurros aumentaram, porem nada surgia em meio a escuridão. Rose apontou a sua varinha para frente, e concentrando-se na idéia “luz” pronunciou em voz firme a feitiço.

-Lumos!

A luz que emergiu de sua varinha fora o suficiente para iluminar a sala, não de forma completa e nem com uma luz forte, porém uma perfeita iluminação, mostrando expressão de espanto de muitos dos alunos, e o sorriso gracioso de Scorpius que estava sentado à frente dela.

-Parabéns Rose - esse falou com entusiasmo.

- Olhe para frente senhor Malfoy, e quanto a você senhorita Weasley acabou de ganhar 15 pontos para sonserina.

Rose viu do outro lado da sala a sonserina de cabelos verde abacate lhe dá os parabéns. Enquanto a maioria dos alunos torcia o nariz.

O restante da aula não foi de toda surpresa, Rose conseguira mais 15 pontos para sua casa por responder mais duas respostas certas do professor, e a mesma percebeu que o mesmo não era ruim ou antipático, simplesmente era um professor que utilizava da sua ironia e sarcasmo para provocar os alunos, em especial aqueles que tinham no conhecimento deste um histórico interessante. Porem era só mostrar a ele que realmente entende do assunto, e pronto, o mesmo revelasse. Demonstrando ser um homem. Coisa que alegrou e muito Rose, dando a essa um motivo a mais de gostar de Hogwarts, apesar dos pesares.

- Como você pode gostar de um professor daqueles? - perguntou karin naquela noite quando as duas estavam sentadas no salão comunal.

- Oras ele é um excelente mestre, ensina bem... E sem falar que é uma pessoa desafiante, é em seu todo, um professor de grande sabedoria, no mínimo eu tinha que gostar dele.

- Para mim isso é loucura.

Rose deu um leve sorriso, e reabriu o livro de feitiços, já tinha lido-o, mas não custava nada relei-lo.

- Sabe weaslyzinha, seria bem mais fácil para você e todos nos se a sua presença resumisse em salão principal e aulas, salão comunal, como pode ter percebido, não entra neste contexto.

Rose levantou a cabeça e deparou-se com uma menina de rosto redondo e cabelos lisos e negros. E ao lado dela tinha uma menina de tranças loiras e belos olhos azuis, e ao lado desta um menino de expressão de nojo no rosto pálido, com cabelos de um verde berrante. E do outro lado da morena encontrava-se um menino da turma de Rose, Klays alguma coisa, a ruiva não conseguia se lembrar do sobrenome dele.
-Desculpa-me, mas pelo que eu sei as regras em relação a alunos, proíbe apenas a floresta proibida, não fala nada de salão comunal, se você não consegui diferenciar de uma coisa de outra, mesmo já estando aqui uns três ou quatro anos, não serei eu que o farei.

Karin e Klays seguraram a risada, enquanto a morena e o restante ganhavam uma cor avermelhada em suas faces.

- Se acha inteligente não é weasley suja?-sibilou o garoto de cabelos verdes.

- Ela não se acha, ela é?-Bradou Karin em defesa da amiga.

- Oras virou traidora agora Kari?-perguntou o irmão dela com uma expressão exagerada de nojo.
Rose mordeu o lábio inferior vendo a confusão formar diante dela. Ela não poderia deixar a sua nova amiga sair na pior por conta dela.

-tudo bem Karin, não se preocupa.

-como não me preocupar...

- Isso mesmo senhorita não se preocupe, estou aqui para resolver tudo isso - a voz grave e autoritária de Mcgonall se fez predominante na salão.

Todos os alunos olharam para entrada, vendo a diretora ao lado da chefe da casa da sonserina, esta ultima com um olhar nada amigável, enquanto a outra transmitia ma paz em seu olhar.

- Quero todos os alunos presentes - disse Minerva olhando para Dakota, quem em passos rápidos entrou nos dormitório.

Rose olhava a diretora com receio, enquanto os alunos restantes iam para o salão, ela pensava no que iria falar. Afinal a vida dela não estava nada fácil, e sem duvida se complicaria ainda mais se revelasse tudo que acontecera com ela ali.

- Agora que estão todos os alunos presentes - Rose sentia o seu estomago dá reviravoltas - peço para a senhorita Weasley se aproximar de mim.

A menina se levantou com cautela, não olhava para mim (NOTA: Mim quem?) com medo de receber alguma ameaça. Logo ao se colocar ao lado da diretora, a mulher deu um passo à frente, Rose via uma expressão dura no rosto pálido da mulher, e sentia que a verdade seria revelada de forma tão cruel que todos ali presente sentiriam a sentença do que haviam feito, mas o problema era, porque ela não estava se sentindo feliz com aquilo?

-Tenho informação que a Senhorita Weasley não foi bem recebida na sonserina.

- É mentira!-protestou a morena de rosto redondo.

-Veremos se é mentira senhorita Parkson Lagier, a senhora Macfinning trouxe um pouco do soro da verdade para temos total certeza -a voz da mulher saiu grave e ríspida, fazendo a morena ficar branca que nem papel e imóvel, mas o problema era que não foi só ela que aparentou ficar receosa com tal informação, mas sim todos os alunos.

-Senhora MacGonnall - a voz de Rose saiu baixa, mas no volume suficiente para mulher virar sua atenção para ruiva.

- Sim.

- Alvo e Scorpius exageraram, não aconteceu nada aqui, na verdade os dois pensaram que havia acontecido algo por conta de hoje de manha, por causa da minha cor, se lembra? - a mulher assentiu com a cabeça - então senhora, não há nada de errado...

-e o seu cheio de bomba de bosta, cuja qual, fiquei sabendo, que a professora Samahia Kobayashi teve que retirar com o poção do cheio, como a senhorita me explica isso? Pois um outro informante me disse que você recebeu um banho de tal logro.

Rose odiava mentir, mas sabia que se não o fizesse seria perseguida pelos sonserinos ate o dia da sua formatura.

- Aconteceu tal coisa mesmo, porém não foi por mal, eles ate me pediram desculpa - McGonnal a olhou desconfiada, mas Rose prosseguiu em sua mentira - um deles ate mesmo me sugeriu a senhora Kobayashi para retirar o odor.

- E quem foi que lhe sugeriu isso?

Rose olhou para os alunos, todos a olhavam espantados.

- Ele - apontou para o sonserino de cabelos verde berrante.

- Confirma isso senhor Balokov?

- E... sim -respondeu ele incerto.

- Esta me dizendo a verdade senhorita? - Disse a diretora virando-se para ela.

- Estou, se a senhora quiser pode usar a poção da verdade - Rose viu nitidamente a cor de todos faltarem em seus rostos.

- Creio que não é preciso senhorita, estou confiando em sua palavra - virou-se para o restante dos alunos encarando-os com frieza - Espero que não venha mais nenhum tipo de reclamação, pois da próxima vez cada um tomara o veretium, e podem ter certeza que nada e ninguém irá tirá-los do castigo que darei.

Ela virou as costas e andou em direção a passagem e ao se aproximar da mesma virou-se para Rose, quem a olhava receosa.

- Espero que saiba o que esta fazendo - e saiu em seguida.

- Bem todos podem voltar aos seus afazeres, e espero que não precise mais ser chamada pelo diretora por conta de suas brincadeiras, pois estão me forçando a dá-los um castigo extra e tirar os pontos da sonserina - dito isso a chefe da casa saiu do salão comunal sem ao mesmo olhar para trás.

- Foi coragem sua fazer o que fez - disse Karin ao se aproximar da amiga.

- Bem seria pior se eu dissesse a verdade não é?

- Sabe weaslyzinha ate que você é esperta - caçoou Pauline P. Lagier.
- Obrigada - disse Rose voltando para seu lugar - Só espero que vocês também o sejam e me deixem em paz, pois da próxima vez eu mesma buscarei a poção da verdade para beber - logo que avisou isso pegou suas coisas e seguiu para o dormitório.

Quando ela estava entrando no quarto ela pode ouvir o monitor falar.

- Regra 85 dos alunos sonserino, é proibida a conversa com Rose Weasley, irritá-la ou qualquer coisa do tipo, ela será como um ser invisível para todos nos.

Era ruim ouvir aquilo, porem dessa forma ela poderia ter um pouco de paz, afinal agora ela seria um ‘nada’ diante deles, o que significava que poderia ir para qualquer lugar sem ser aborrecida por eles. Ela adentrou o quarto e jogou suas coisas sobre a cama, ouvindo em seguida a porta do quarto se abrir, virou-se em direção da mesma dando de cara com a pequena Hunter, a menina com quem ela e Karin dividiam o quarto.

- Sabe você se mostrou ser uma verdadeira sonserina, astuta, buscou o que era melhor para você, ter todos contra, ou a favor? Tem uma grande arma nas mãos agora. – após falar isso se dirigiu para seu malão, sem mencionar mais nada, deixando Rose completamente confusa, mas deixando isso de lado quando Karin entrou a abraçando.

- Agora poderá ficar em paz aqui, Phillipe Otyor declarou como 85° regra que...

- Já sei - interrompeu Rose sorrindo - eu consegui ouvi daqui.

- É ótimo isso, não é?

- Ssim e muito.

- Meu irmão me repreendeu sobre conversar com você, mas nem ligo não seguirei totalmente a regra, só seguirei a parte de não irritá-la, mas deixar de conversar com você eu já não posso fazer.

E as duas começaram a rir. Rose percebeu que Hunter encarava ambas, mas quando esta a viu a olhando desviou o olhar.

- Bem Karin, irei dormi amanha a gente se fala mais.

- Ok

Rose se arrumou e deitou-se na cama, fitou por um tempo o teto, se surpreendendo com a voz suave e fria de Hunter.

- Boa noite Weasley, boa noite Balokov.

- Boa - disse as duas juntas, nitidamente confusas...

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gente obrigada pelos comentários, e desculpem a demora da atualização, espero que tenham gostado deste capitulo

e sem comentarios, sem capitulo novo xD

bjão e valeu

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