Introdução (especial de Natal)
A neve não parava de cair. Aparentemente não estava satisfeita com a grande camada de em média 40 cm de altura atrabalhando a locomoção tanto de pedestres quanto de de automóveis - e continuava a despejar seus floquinhos brancos como algodão em uma chuva interminável naquela gostosa noite de véspera de Natal.
Foi possível até ouvir os suspiros satisfeitos do outro lado da porta quando a campanhia tocou mais uma vez.
- Gina, minha filha! Harry! Já estávamos preocupados com a demora de vocês! Estão todos aí! Entrem, entrem!
- Desculpe, molly - Harry pediu, tirando o casaco cheio de neve e o pendurando no cabide ao lado da porta. - Eu tive que responder a um chamado urgente do ministério e Lily também não ajudou nada se negando a botar a roupa de frio e encolhendo dois gorros e cinco pares de luvas!
- Oh, minha netinha andou dando trabalho então!
O grande monte de panos nos braços de Gina pareceu notar que falavam dela e ergueu a cabecinha onde era visível apenas um rostinho com bochechas rosadas, dois olhinhos extremamente verdes contornados por cílios ruivos, quase dourados. Sua boquinha fina formava um bico mau-humorado que só se desfez para tentar formular palavras:
- Vó vó... qué vovó...
Suas maãozinha gorduchas que já não eram assim tão pequenas estenderam-se na direção de Molly Weasley, que fazendo sua vontade, a pegou nos braços. Harry sorriu, enlaçando a mão de Gina e acompanhando a sogra e a filha até a cozinha. Lily tinha um humor não muito invejável e uma maneira produtiva de conseguir aquilo que queria. Lupin lhe dissera uma vez que o seu nome não poderia ser mais propício, pois pelo visto não era só a aparência física que lembrava sua mãe, Lílian Evans, mas todo o resto.
Isso deixava Harry feliz, muito feliz!
Não mais feliz, claro, do que ver mais uma vez todos os seus amigos e companheiros reunidos em torno de uma mesa para a ceia de natal, o recebendo alegremente.
Depois de cumprimentar todos os Weasleys, McGonagall , Tonks e Remus, Harry apertou a mão de Draco, beijou a bochecha de Ammy e se sentou ao lado do casal.
- Desculpem o atraso, eu realmente não pretendia me demorar... - Seus olhos correram pela mesa e seu queixo caiu quando eles se depararam numa presença muito esquisita ali.
Quase se levantou, mas sentiu Draco tocar o seu braço.
- Perdão, Harry. Mas Blaize está aqui porque eu o convidei.
Harry o encarou, perplexo.
- Como é?
- Zabini iria passar a ceia comigo e Ammy esse ano. Foi de última hora que decidimos vir para cá, por isso eu o convidei e convidei sua namorada para virem conosco.
Harry olhou novamente para a direção do moreno e só então notou a presença da garota tímida e loura ao lado dele. Nunca gostara de Zabini, fato consumado. Achou extremamente covarde da parte dele ter se exilado para fora do páis quando a guerra estourou. Pelo menos ele não tinha lutado ao lado das trevas...
- Tudo bem - disse. Afinal, era natal. - Sejam bem vindos, então.
Blaize fez um aceno quase imperceptível em resposta e a garota deu-lhe um sorriso simples, quase tímido.
- E as crianças? - Gina perguntou, dirigindo-se a Hermione e Rony.
- Dormindo - respondeu a nova Sra., Weasley. - Brincaram tanto o dia todo que mal aguentaram chegar até aqui. Robert andou ganhando uma obcessão por artefatos trouxas e se viciou nas tomadas que ganhou de Arthur.
Arthur Weasley, sentado numa das pontas da mesa, sorriu, orgulhoso.
- Ah, esse é o meu neto! Seguindo os passos do vovô!
Quase todos riram.
- Vô... vô vô.... qué vovô...
Lily não pareceu ficar contente de ouvir o avô falar com tanto carinho do primo e praticamente se jogou dos braços de Molly para o seu colo.
- Oh! Está com ciúmes, querida? Que bobagem!
Lily se ajeitou no colo do avô e ficou encarando todos da mesa com seu costumeiro bico.
- Vamos lá, querida, diga a palavra nova que o vovô lhe ensinou!
Lily ergueu o queixo, quase como se soubesse que a atenção de todos estava nela, até daquelas que se faziam de desinteressados como Zabini, Fleur e Malfoy.
- - Electissidade!
Até Zabini pôde rir.
Uma mão tocou o ombro de Harry o fazendo se sobressaltar e virar depressa, encontrando dois olhos sinistramente aumentados próximos demais para o seu gosto.
- Oh!
- Harry Potter! - exclamou Sibila Trelawney. -Que prazer poder vê-lo vivo mais uma vez!
Harry, ainda surpreso, olhou para Rony que claramente segurava o riso. Hermione encarava o teto.
- Prof... Professora! Que surpresa!
Educado, Harry cumprimentou-a com um aperto de mão.
- Eu, naturalmente, teria preferido ficar em Hogwarts, mas como nenhum aluno permaneceu lá nessas férias a diretora insistiu para que eu viesse com ele.
Um olhar irritado foi lançado na direção da animaga, que fingiu não notar nada.
- Venha, Sibila, sente-se. Só faltam alguns minutos para a meia-noite.
Quando a bruxa se sentou ao lado de Minerva, Harry experimentou outro olhar na direção de Rony. O homem agora ria com a cara escondida no cálice de vinho.
- Dois minutos! - anunicou Arthur, lutando para manter uma teimosa Lily em seu colo. - Acho melhor enxermos nossas taças. Estão todos aqui?
O gesto de olhar ao redor procurando por um lugar vago foi unânime. Todos estavam lá.
- Ótimo. Ei, mocinha, fique aqui no colo do vovô...
- Pode deixar, papai, ela não aguenta ficar muito tempo parada. Lily, venha cá!
Ao ver que ela ameaçava abrir o berreiro, Arthur não teve outra escolha senão colocá-la no chão. Ela correu até Gina, o mais rápido que suas perninhas curtas permitiam, perdendo o gorro de lã pelo caminho e liberando uma cabeleira ruiva que chegava até o meio das costas. Ela pulou no colo da mãe e ficou quieta, assim como outrora no colo de Arthur.
- Quem entende... - bufou Gina, enquanto Harry sacudia a cabeça, rindo.
- Contagem regressiva! - anunciou Fred. - 10...
- ...9...
- 8...
- 7...
- 6...
- 5...
- 4...
- 3...
- 2...
- 1...
As taças se ergueram no momento em que o relógio apitava. Houve várias exclamações de "feliz Natal" e o barulho de várias taças se chocando levemente. Depois disso, as conversas foram poucas e o barulho de pratoos se enxendo e exvaziando foi o único que preencheu o ambiente.
- O que queriam no ministério, Harry?
Harry terminou de engolir o que tinha na boa e passou o guadanapo por ela antes de responder a Arthur.
- Estão acontecendo alguns estranhos ataques a trouxas. Já é o segundo notificado nesta semana. O ministério desconfia de que um dos seguidores de Voldemort que ficaram livres está por trás de tudo. Precisamos bloquear esses ataques e descobrir o responsável antes que façam mais vítimas.
Zabini soltou uma risadinha nervosa, fazendo Harry encará-lo.
- Desculpe, Potter, mas eu achei que você estava trabalhando na sessão de aurores.
- E estou -
- Defendendo trouxas? Achei que o trabalho de aurores era bem mais excitante!
Harry ficou com raiva. Até Lily notou, aparentemente, por fez uma careta.
- O trabalho de aurors, Zabini, é calar bruxos das trevas. Eu não vejo o trabalho sujo de eliminar trouxas e mestiços como atitude de pessoas descentes. Portanto, caçar os responsáveis por esses ataqies e jogá-los em Azkaban, é sim, o trabalho de um auror.
Blaize pareceu que ia retrucar, mas a Sra. Weasley pigarreou e interrompeu.
- Harry querido, esteve aqui um amigo seu hoje.
- Amigo? - Harry realmente prestou atenção. - Que amigo?
- Um tal de Collin Creevey.
- Ah! - Harry instantanemente fez uma careta. Collin vinha lhe procurando muito para o seu gosto. Virara jornalista e agora insistia em fazer uma matéria por semana sobre "os atos heróicos de Harry Potter". - O que ele queria, Molly?
- Eu não vou saber lhe responder, Harry... Foi pouco antes de vocês começarem a chegar e eu estava atolada aqui na cosinha... Nem ocompanhei até a porta, coitado! Acho que fui até grossa...
- Não se preocupe, mamãe. - disse Rony. - Collin não tem deixado Harry em paz ultimamente. Está pior do que a Skeeter...
- Mesmo assim, me lembrem de pedir desculpas...
Alguém tossiu.
- Ed? - Era a voz de Blaize Zabini hesitante.
A tal namorada dele parecia ter se engasgado com algo, pois estava vermelha e não parava de tossir.
- Ela está bem: - perguntou Hermione, hesitante.
- Ed-laine é alérgica a... a Kiwi. Acho que ela se excedeu...
Preocupada, Molly ensinou-lhe o caminho de um dos quartos da casa (como Arthur tivera um bom aumento de salário ele compraram uma casa nova) e aconselhara que a jovem tomasse uma poção antialérgica e descansasse um pouco.
Alegando que carregava sempre um frasco consigo, Edilaine aceitou a proposta, mas não permitiu que um teimoso Blaise a acompanhasse.
- Você fique aqui e termine sua ceia - ela lhe dissera. - Eu posso ir sozinha. Com licença.
Harry mal conseguiu conter o riso ao ver Zabini voltar a sentar, derrotado. Nem Gina, em três anos de casado mandava nele daquela forma.
Não na frente dos outros pelo menos.
- Papai, pega eu!
Dessa vez foi para Harry que as mãozinhas de Lily se estiraram. Enquanto comia estivera quietinha, agora... Harry desconfiava que ela ianda passaria por cada pessoa da mesa.
- É uma garotinha linda, Harry Potter. - elogiou a professora de Advinhação, fazendo Harry e Lily erguer os olhos para ela. - Pena que vai ter uma adolescência perturbada... Eu vejo um vulto... Um jovem que não a deixará em paz...
A irritação de Harry era refletida no rosto de Lily, que franzira as sobrancelhas e fizera um bico ainda maior, encarando a bruxa. Agora a mulher falaria sobre o futuro de sua filha? Não bastava ter previsto sua morte centenas de vezes?
- Sibila! - Santa Sra. Weasley, outra vez interrompendo uma possível trajédia. - Você não tinha me perguntado sobre o banheiro? É subindo a escada, no fim do corredo a direita.
Sibila pareceu surpresa.
- Eu perguntei mesmo? Engraçado, não estou com um pingo de vontade de...
- Claro que perguntou. Acho que até disse algo sobre o olho interior dizer que era o mais aconselhável, não sei...
- Ah... Bom, não se pode negar um conselho do além, não é? - Harry se apressou em pegar a taça com vinho, para não rir da cara da ex professora. - Eu vou então. Com licença.
Bastou ela sair para que os mais jovens, com excessão de Hermione, explodissem em risadas.
- Rapazes, isso não é educado - repreendeu Arthur Weasley, mas um leve sorriso no canto de seus lábios o denunciava.
- Desculpe, ARthur, mas é inadmissível que ela agora fale de minha filha. Francamente, não bastou ter anunciado minha morte dolorosa por anos!
- Não se preocupe, Harry, se essa "visão" for tão verdadeira quanto as da sua morte, Lily terá uma vida tão tranquila quando merece.
Harry sorriu, agradecido pelo comentário de Hermione.
- Mesmo assim, mamãe - se manifestou Rony. - A idéia do olho interior foi excelente!
Não tão intimamente assim, Harry concordava intensamente.
Um cutucão de Gina em seu ombro o fez olhá-la.
- Acho melhor você pôr Lily numa cama.
E então estava explicado o motivo da garotinha ter vindo para o seu colo. Lily sempre o escolhia na hora de adormecer e só o fazia quando tinha os braços de Harry em volta de si. Lá estava ela, com os olhinhos semi-cerrados e o polegar dentro da boca.
- Não creio! Ela não dormiu a tarde?
- Dormir, ela dormiu, mas você conhece sua filha, sempre fica com somo quando come demais. Quer que eu a leve para cima?
- Pode deixar, eu levarei. - Harry olhou ao redor, mas como todos estavam entertidos numa conversa, não se importou em pedir licença. Levantou-se devagar para não acordar Lily e saiu da cozinha, reparando incomodado que Zabini lhe observava.
Quando chegou ao quarto, teve que ter o máximo de cuidado para não acordá-la quando a botou na cama, pois Lily parecia diferenciar o conforto e calo do pai dos demais.
Deixou-a dormindo e dividindo a cama com Robert Weasley. Dylan Malfoy pegara um berço a sua esquerda e Rosier¹, a quase recém nascida² Weasley pegara outro a sua direita. Aquele lugar, com tantas criancinhas dormindo tinha uma áurea diferente, reconfortante.
Harry suspirou, absolutamente certo de que o clima seria diferente se elas estivessem acordadas.
Virou-se para siar e deu de cara com... Meu Deus, aquilo não era bom... Harry pôs a mão no coração enquanto sentia dificuldades em respirar.
- Merlim, professora... A senhora me assustou...
De fato, olhar para aqueles olhos sinistramente aumentados não era nada agradável, aindam mais sem aviso. Entretanto, Harry não demorou a perceber que aqueles olhos estavam fora de foco e que ela parecia engasgada. Teve uma leve sensação dce deja-vú. Preparou-se para o pior... Que veio logo.
- Aquele com o nascimento - Aquela voz etérea horrível de novo - previsto para Julho... - O barulho de vidro sendo quebrado na cozinha deu um clima ainda mais assustador para o que viria a seguir: - cuja áurea de poder natural substituirá a maior vista nos últimos tempos e cujos pais tiveram suas vida caçadas pelo Lorde das Trevas será incessantemente perseguido por aquele que possue o coração repleto de um desejo de vingança pelas perdas da guerra. A história se repetirá com protagonistas distintos. Uma guerra mais pessoal do que universal e poderes muito maiores... Muito maiores...
A voz foi sumindo e ela voltou a engasgar. Seus olhos aos poucos foram voltando ao normal e ela parou para estranhar o lugar onde estava. Sequer reparou na palidez do rosto de Harry.
- Esse não é o banheiro... - comentou.
Harry engoliu em seco, sentindo que estava suando.
- Não.
- Estranho, eu juro que pensei que estava no banheiro... - Ela sacudiu a cabeça, quase como se tentasse se convencer de que estava enganada. - Bem, acho melhor voltar para a ceia... Você está bem?
- 'tô.
- Então, desça também, querido, antes que acorde uma das crianças.
E ela deu as costas, indiferente ao estado de torpor, quase desespero, em que o deixara.
Permitindo-se soltar o ar que nem percebera estar segurando, Harry passou os dedos pro entre os cabelos que caíam em sua testa. Estavam úmidos e frios.
Agora ele tinha um problema. Um sério problema. Tivera experiências suficientes com essas profecias de Trelawney para não se deixar preocupar. Droga! Uma nova guerra? Pessoal? Mas que baboseira estranha... E pior, não era uma profecia comum. Tudo o que fora dito abrangia coisas complexas demais. Uma criança e poderes naturais mais fortes do que a maior vista nos últims tempo... Uma criança... Criança.
Harry tentou controlar os seus batimentos cardíacos. Não pocia se desesperar. Ele tinha até pistas... Só o que bastava era juntar as peças. Precisava descobrir quem seria a criança que nasceria em Julho e providenciaria uma proteção relevante do ministérios. Não seria muito difícil, seria? Quer dizer, a mãe provavelmente já estaria de 2 a 3 meses de gestação e tanto ela quanto o pai teriam escapado de Voldemort...
Ele ouviu a profecia. Foi a única testemunha. Agora ele tinha que ajudar. Ele queria ajudar. E não descansaria enquanto não fizesse isso.
Foi a passos vacilantes e já mais tranquilos que ele voltou para a cozinha, encontrando lá um tilintar de taças e uma alegria invejável nos presentes.
- O que está acontecendo? - perguntou, com um sorriso.
Rony, cuja alegria era a mior de todos ali, ergueu-se, entregando-lhe uma taça de champagne.
- Brinde com a gente, Harry! Temos mais um Weasley a caminho!
Ele mal havia segurado a taça e quase a derrubou. Olhou para Hermione que lhe fez um aceno positivo com a cabeça. Sorrindo-lhe. Feliz.
Oh, não!
- Oh! - exclamou, formulando um sorriso e abraçando Rony. - Parabéns, cara! Mais um, heim? E pra quando é?
Ele não tinha a certeza de que queria ouvir a resposta, mesmo quando perguntou.
- Ãh... Acho que Julho. É isso, Mione?
Quando a jovem confirmou, mais do que depressa Harry virou a taça de champagne na garganta, pois não aguentava mais a secura que tinha ali. Quase derramou o conteúdo no meio do caminho, de tanto que seus dedos agora tremiam.
Certo. Ele queria descobrir quem seria a criança, não queria? Agora ele poderia providenciar a proteção, não poderia?
Oh, merda, não! Ele não queria que fosse filho de Rony e Hermione.
- Ótimo! - exclamou Arthur, parecendo tão contente quanto Rony. - Nossa família está aumentando cada dia mais! Posso esperar mais um neto para Julho, então?
Harry enxeu outra taça, ainda nervoso. Já estava despejando o líquido goela abaixo outra vez, quando ouviu:
- Aparentemente, papai, o senhor pode esperar dois/ netos para julho.
A taça se estilhaçou no chão e Malfoy teve que se desviar para não ser atingido pelo líquido que Harry cospiu.
- POTTER! - exclamou exasperado, mas Harry não lhe deu bola, virando-se para Gina, que tinha um sorriso radiante no rosto.
- O QUE?
- Desculpa, Harry, eu só tive a confirmação hoje e como você passou o dia todo no ministério... Mas é isso. Eu suspeitava e hoje tive a certeza. Também teremos um novo Potter para Julho.
A emoção de Harry foi intensa. O queixo caído, o coração novamente acelerado e aquela chama que ardia em seu peito. Pai... Outra vez, seria papai... Outro anjinho (ou anjinha) vinha para iluminar a sua vida e fazer dela mais bela, mais completa.
Nem viu quando se ajoelhou ao lado de Gina e a abraçou com carinho. Um carinho que tornou-se desespero quando lembrou-se da profecia.... Julho. Pais caçados...
As coisas se complicavam.
Ele agora tinha dois problemas.
Foi uma alegria imensa. Todos agora brindavam e ofereciam os parabéns a Rony, Hermione, Gina e Harry. Duas novas crianças para alegrarem o segundo semestre do ano que chegava era motivo suficiente para abrirem mais três garrafas de champagne de 2 litros cada.³
- Merlim! Dois netos! Duas crianças? Acho que sou a avó mais feliz do mundo!
Até Harry se permitiu sorrir. Eram crianças afinal. Milagres da vida.
- Bom - Draco Malfoy interrompeu a bagunça. - Já que estamos todos fazendo surpresas, eu e Ammy também temos uma. - Ao olhar intrigado de todos, ele sorriu. - É isso mesmo o que estão pensando. Além de um novo Weasley e um novo Potter também teremos um novo Malfoy!
Harry quase afundou a cara no prato. Gemeu, mas entre exclamações e parabéns ninguém o ouviu.
- Vai me dizer que também é para Julho, Draco? - alguém fez a pergunta que ele tanto queria fazer.- Porque se for eu vou achar que todos vocês combinaram!
O riso de Draco foi audível.
- Pode ser que seja no final de Julho. Doravante a data exata seria no começo de Agosto.
A data exata... E quantas vezes um bebê nascia na data exata? Qual a probabilidade de uma gestação com 9 meses contadinhos em cada dia?
Harry agora tinha três problemas.
Bem, ele se pegou pensando, enquanto enxia sua taça novamente. Podia ser pior... Bem pior... Pelo menos ele fora o único a ouvir a profecia. Não corria o risco dessa informação chegar a ouvidos errados como aconteceu com a sua. Nenhum "espião" podia Ter...
Os olhos de Harry se arregalaram e instantaneamente ele olhou a frente.
A cadeira de Blaize Zabini estava vazia.
- Cadê o Zabini? – perguntou baixinho, só para Gina.
A mulher franziu as sobrancelhas em desconfiança, mesmo assim, respondeu:
- Foi ver se a namorada estava bem. Saiu logo depois que você foi pôr Lily para dormir. Porquê?
Harry suspirou, cansado, e fechou os olhos.
Ele agora tinha quatro problemas.
Mas afinal de contas, quando é que Harry Potter não tivera um problema?
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*¹: Peguei o nome emprestado da Tio Jô. xD
*²: Ela tem cinco meses (de acordo com minhas malucas contas) Antes de um ano, para mim, ainda é recém nascida... xD
*³: Acho que não existe garrafas de champagne de dois litros, existe? Se não, considerem como uma invenção minha... xD... Mas que coisa feia! Bem que podia ter, não? XD
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