Quarto Weasley
Capítulo dois – Quarto Weasley
O coração de Harry disparou, sentiu calafrios e suas mãos começaram a suar. Não sabia como agir desde que havia terminado com Gina há meses atrás, uma decisão que Harry se arrependera, todos os últimos dias após a morte de Dumbledore. E ainda se arrependia.
- Harry! Graças a Merlin você veio. – disse Gina pulando nos braços de Harry e o fazendo corar. Os outros bruxos miravam as varinhas rumo aos dois garotos
- Boa noite Gina. – disse extremamente envergonhado.
- Harry! Nunca achei que viria hoje. – disse saindo do abraço. – É ele mesmo, mesmo abraço, mesmo sorriso, timbre, perfume... – disse para todos os outros perto da casa, mas eles continuavam com as varinhas em riste.
- Pois é! Eu vim. – disse reparando no pijama da jovem Weasley. Não devia, mas estava.
- E “feliz aniversário”.
- Obrigado! –Gina aproximou seu rosto ao de Harry quase num beijo o fazendo suspirar, mas beijou-lhe a bochecha direita e virou-se para a porta.
- A Luna chegou ontem. –disse ela dando uma cotovelada nele após se abraçarem.
- Oi Luna, tudo bem? – perguntou nem sabendo o porquê, afinal cabeça não tinha para tal pergunta.
- Não Harry, você está do lado de fora da casa. – Harry não entendeu a resposta de Luna, aliás, essa não era a primeira vez. Harry não conseguia parar de olhar para Gina.
“Um pijama tão simples, mas que a deixa encantadoramente linda”.
Pensava consigo mesmo.
- Harry querido, que bom que você veio. – era a Sra. Weasley, como sempre muito dócil. – Mas creio que é tarde. Aconteceu alguma coisa?
- Muitas! E que houve uns dementadores...
- Dementadores! Oh Meu Merlin! Está tudo bem? – perguntou a Sra. Weasley o desconcentrando e desconcertando de Gina.
- Sim! Nós conseguimos fugir. - então Harry virou para seu primo e concluiu. – Na verdade, graças a ele! – disse não muito crente ainda que fora salvo por seu primo trouxa, era algo surreal. Duda estava envergonhado, pois parecia estar sendo avaliado por Luna.
A Sra. Weasley começou a observá-lo como se fosse de outro planeta. Ou um outro ser.
- Da onde o conheço mesmo? – Perguntou zelosa e ao mesmo tempo tentando ser cordial.
- Sou primo de Harry. – ela virou rapidamente para Harry com um olhar indecifrável, mas seu rosto mostrava certa preocupação.
- Ele pode ficar aqui, pelo menos por hoje? – perguntou Harry como se pedisse que a vida de alguém fosse poupada.
- Claro querido. – disse sendo ela agora quem estava avaliando Duda. –Estão com fome?
- Sim Senhora! – respondeu Duda antes que Harry pudesse pensar o que poderia significar “fome”.
- Vou preparar algo. – disse enquanto voltava ao lar.
Harry virou-se para avaliar a casa. Era muito humilde, mas era a casa dos sonhos dele. Ele se lembrara de cada canto da casa, até do relógio mágico que marcava os lugares ou situações da família Weasley. Não era uma mansão, não era nada bela, mas era uma casa verdadeiramente para uma família, e era o lugar onde ele se sentia em casa.
Calmamente seguiram para a casa, não havia muitos feitiços pelo que pudera ver, ou se haviam não os afetava. Ainda decidiria se isso era bom ou ruim.
Passou pelos companheiros da Ordem e os cumprimentou um a um. Não pareciam muito bem, e de fato mostravam sinais graves de cansaço. Sr. Weasley estava mostrando que sua calvície estava vindo com força total. Carlinhos e Gui ostentavam cabelos curtos, diferente dos que sempre via. Entretanto Carlinhos não tinha feridas como Gui, e nem barba para ser cortada. Carlinhos realmente fazia jus à fama de garoto prendado que ganhara nos tempos de Hogwarts. Fleur era uma atração à parte e exceção, estava linda apesar de Harry reparar que sua barriga estava um pouco avantajada.
Luna estava como sempre muito loira, parecia ter dado certa importância ao cabelo.
Adentrou a casa e logo estava na sala, como se estivesse em sua própria casa já seguia rumo à cozinha, o grande palco das longas conversas e planos.
Logo dentro da casa não pode deixar de reparar no relógio da família Weasley, o relógio estranho tinha todos os ponteiros apontados para “perigo mortal”.
“Talvez nem seja necessário!”.
Pensou Harry.
“Até Voldemort morrer, vão continuar no mesmo lugar”.
Assim pensou quando algo o cutucou.
- Harry venha comigo! – pediu Gina sussurrando ao seu ouvido, seguindo de um arrepio que seguiu de seu primeiro fio de cabelo ao último pelo de sua perna. Harry consentiu com a cabeça e seguiu a ruiva que o levou até a porta de seu quarto. – Harry eu entendo, na verdade tento entende que você não queira mais... Ficar comigo. – deixando escorrer uma lágrima.
- Eu... – o que dizer? O que pensar? Nada vinha, e o que vinha não aprecia útil.
- Mas por que você não me respondeu? Nenhuma das minhas cartas! E mandei tantas... – perguntou agora chorando enquanto ia perdendo a voz em meio a soluços.
- Gina não foi por mim. – disse com um sorriso estranho. Estranho, pois não sabia como defini-lo.
- De novo Harry? Vai-me dizer que foi por causa do maldito Voldemort? – dizia enquanto abaixava a cabeça sem sentido.
- Sim... Quer dizer não. – já não estava mais em si.
- Harry eu dou meu coração a você, e você brinca com ele? – perguntou chocada e debulhando em lágrimas.
- Gina, não é assim! – disse tentando encontrar as palavras certas.
- E é como? Se nem ao menos sabe como me responder... – perguntou enquanto afrouxava as pernas e descia lentamente encostada a parede.
- Talvez eu não saiba onde está Voldemort ou as horcruxes. – essas palavras foram como tapa em Gina, que somente cedeu caindo sentada. – Mas eu tenho uma certeza. E sei que estou certo dela. – disse agora abaixando e atingindo a altura de Gina.
- E qual é? – disse voltando a encará-lo.
- Eu te amo por tudo que a de mais sagrado nessa terra. – Gina abriu um sorriso bobo e com um dedo tocou os lábios de Harry, seu dedo fora substituído pelos lábios dela num beijo, um beijo salgado pelas lágrimas, mas adocicado pelo coração.
- Harry! Eu também te amo.
- Mas Gina...
- Mas nada, perder a vida e não ter você é a mesma coisa. Eu não sei viver sem você. Você não me ensinou a te esquecer. – disse lhe calando com outro beijo.
- Certo... – não sabia o que falar, deixaria para pensar depois, quando desse, quando pudesse.
- Estando ao seu lado sou a garota mais feliz do mundo e nenhum medo é forte o suficiente pra acabar com minha alegria. – Harry enxugou uma das lágrimas de Gina que descida perto dos lábios rosados mais belos e doces que conhecia e completou:
- O lanche deve estar pronto. Vamos descer. – então Gina fez uma cara furiosa. – Como namorados que somos? – Gina ergueu sua mão a Harry e desceram para lanchar, assim... Juntos.
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Então?
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