Capítulo Um - Ajudando Weasley
Capítulo 1 – Ajudando Weasley
Tudo começou no 6o ano do meu pai. Ele nem sonhava que um dia geraria essa belezura aqui. Ou seja, ele sequer reconhecia a existência de minha mãe. Talvez a conhecesse como a caçula-pobretona Weasley ou pelo cabelo vermelhos e as sardas que eu também herdei.
Na época a guerra contra Lord Voldemort estava no auge e meu avô estava preso. Insinuações ao meu pai eram dirigidas continuamente, o taxando como clone de Lucius (como fazem comigo e ele agora).
Numa manhã de novembro, no horário do café da manhã, papai resolveu dar uma caminhada lá fora, olhar a neve que já caia. E enquanto andava perto do grande carvalho ouviu um choro, um lamento baixinho. Aproximou-se e viu Gina, encolhida, chorando.
– O que faz aqui, Weasley? Vai morrer congelada com essas suas roupas de segunda-mão. – ele falou, no tom de desdém único dele.
– E isso te importa? Vá embora, Malfoy! – ela falou olhando para ele, com a voz irritada e uma lágrima caiu sem querer de sua face.
– Chorando? Foi falta de dinheiro, é? Ou o capacho do Potter te deu um pé na bunda? – ele sorriu ainda com desdém.
– Me deixa em paz, Malfoy! Vá embora! – ela escondeu o rosto e voltou a chorar.
– Hey, hey... Calma aí. Você tem que voltar lá para dentro, e como monitor meu dever é leva-la. – Draco nunca se sentiu bem vendo mulheres chorando, seja ela quem for. Acho que Tom herdou isso dele.
– Você quer que eu volte, Malfoy? Não perca seu tempo! – ela falou, brava.
– Então morra congelada – ele bufou e virou nos calcanhares para sair quando escutou um ruído abafado, na direção dela e se virou.
Ela estava deitada na neve e, aparentemente, desmaiada.
Ele se aproximou e viu que ela realmente tinha desmaiado. Com um agitar de varinha a levitou no ar.
***
– O que você achou, pai? – a garota levantou os olhos para o pai, que se sentava na poltrona defronte a sua.
– Condiz com a realidade, querida. Mas eu não a levei no ar, eu a levei no colo. – ele falou, sorrindo com o canto da boca enquanto entregava o pergaminho para ela.
– No colo? Por quê? – ela pegou o pergaminho – Você não odiava Gina?
– Exatamente porque se eu a levasse de outra maneira, seu tio Ronald iria, no mínimo, tentar me matar achando que eu tinha atacado a irmã dele. – ele levantou uma sobrancelha em desdém, soando um pouco irritado.
– Hunm... era tão ruim assim a relação de vocês?
– Pior, Cissa... Pior! – e ela riu com a cara de “eu não suporto isso” que o pai dela fez – Eles nunca esperariam um ato de “bondade” de um sonserino.
– Oh... Grifinórios – ela revirou os olhos teatralmente fazendo o pai rir – Sempre se acham os donos da razão.
– Aprendendo, hein? Você é meu orgulho, sabia? Venha cá – ele estendeu os braços e a menina o abraçou.
– Deixa-me continuar, pai. Acho que não vou ter muito tempo esse ano...
– Eu tenho certeza que não vai... o quinto ano é um inferno! – ele soltou a menina – Não fique muito tempo acordada, amanhã vamos ao beco diagonal comprar os materiais. Reze para não encontrar Potter lá.
– Tá... – ela suspirou e o pai saiu da biblioteca.
***
Ao se aproximar do castelo, ele resolveu levá-la no colo. Ela estava gelada. Se a levasse levitando, pensariam que ele a tinha machucado e ele teria problemas.
Tirou seu cachecol e enrolou no pescoço desprotegido dela, torcendo para que ninguém os visse e que não fosse nada grave. Ambos casos trariam mais problemas do que o necessário e, aquilo definitivamente não era o que ele queria. Além de que Lucius o mataria se descobrisse que ele ajudara uma Weasley.
Para a sua sorte, todos ainda estavam tomando café e ninguém os viu. Chegou na Ala Hospitala, deitou Gina numa maca e chamou a Madame Pomfrey.
– Merlin! Ela está congelando! Onde a encontrou, Malfoy? – ela falou enquanto examinava a ruiva.
– Ela estava perto do velho carvalho. Estava andando e a encontrei assim. Como monitor, a trouxe aqui. – ele falou indiferente, ficando impaciente.
– Obrigada, Sr. Malfoy. Ela ficará bem, não se preocupe. 10 pontos para a sonserina por sua bondade.
Ele virou nos calcanhares sorrindo maldosamente, “Obrigado, Weasley”.
***
– Ele não ganhou 10 pontos para a sonserina quando me salvou, Cissa – Gina sorriu para a sua filha enquanto devolvia o pergaminho. Sempre se assustara em como ela nascera parecida com Draco, quase sem nenhum traço dela. Mas se via nela quando ela sorria, ou quando ficava brava.
– Deixe-a dar pontos para aquela casa nos textos dela. Ela não ganha nenhum mesmo por honra. – Tom sorriu desdenhosamente para a irmã que lhe lançou um olhar friamente mortal
– Pelo menos eu não perco pontos para minha casa. E não sou uma vergonha para a família...
– Não seja malvada com seu irmão, Narcissa! – Gina falou enquanto colocava os pratos com ovos e torradas na mesa.
– Ele foi malvado com ela primeiro, Gina... – Molly serviu bacon para a neta – Mais uma monitora na família! – ela apertou as bochechas da menina e sacou um pente de um bolso nas suas vestes.
– Molly... não faz isso... Molly... Vó! Para com isso! – a menina reclamou, enquanto sua avó tentava partir seus cabelos loiros ao meio, os tirando da cara.
– Deixe-a, mãe! Ela gosta da franja na cara.
– Eu não acho isso certo, sabe? Vai prejudicar os lindos olhos azuis dela!
– Claro que não, Molly – Narcissa sorriu, triunfante, mostrando uma presilha e prendendo a franja de maneira que cobrisse só a testa. – Que horas saímos para o beco...
– Mas é um gênio, essa menina! – A avó a interrompera e a abraçara, a apertando contra o peito. Ela quase morreu sufocada.
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