Capítulo 1



Capítulo 1: Acho que estou sonhando de novo.



Eu estou passando mal.

Eu estou, realmente, passando mal.

Quer dizer, pare de me chamar de idiota. Você também passaria mal vendo a Lene imitar a mãe dela no telefone.

Ah, der, eu estou passando mal de RIR.

(Novidade?)

- Mas cara, eu JURO POR MERLIM!, que ela faz exatamente assim! – falou Lene, rindo, para sua tia, que gargalhava HORRORES assim como todos os que estavam ali na sala. Menos a própria mãe da Lene, claro. Titia Martinha, nhéco-nhéco, linda e fofa.

Eu queria ser igual a tia Marta. Poxa, a mulher é LINDA e LEGAL e o marido dela é extremamente apaixonado por ela! Mas também, tem motivos. Ela é alta, toda esbelta, sabe? Parece uma super modelo aposentada que foi Miss Galáxia em sua carreira. Os olhos dela são azuis, penetrantes e expressivos, a pele dela é branquinha, branquinha mesmo, sem nenhuma mancha ou marca, o cabelo loiro dela descia até acima do ombro, com uns cachos nas pontas, e ela tem um sorriso extremamente bondoso. E no exato momento, ela olhava para sua filha sorrindo, chegando até a estar meio admirada, mesmo que bem. Ela seja o motivo da piada da roda.

E de uma roda grande, sabe.

Eu não agüentaria sorrir enquanto eu sou a piada da roda grande.

- Imita de novo, Lene, imita de novo. – falou Dorcas, do meu lado, limpando os cantos dos olhos, depois de ter ficado uns cinco minutos rindo sem parar.

- Ah, meu Deus... – falou Lene, revirando os olhos e sorrindo.

Lene é extremamente o oposto da mãe. Ela puxou completamente o pai dela. Quer dizer, quase completamente. Ela tem um corpaço, a pele bronzeada, os cabelos castanhos escuros, lisos, como o pai. Seus cabelos são logos, até a cintura, e com cachos apenas nas pontas. Ela tem um rosto extremamente marcante, sobrancelhas bem definidas, e um sorriso lindo. Apenas seus olhos são iguais aos da tia Marta: o azul mais claro, mais oceano que eu já vi.

- Bom. – ela fechou o punho, deixando apenas o dedinho e o dedão estendidos, fingindo um telefone nas mãos, e colocando-o perto do ouvido direito. – Vocês sabem como a minha mãe fica louca quando usa alguma coisa dos trouxas, não é mesmo? Um dia ela resolveu comprar um telefone, pra se comunicar, vocês sabem, com os familiares, amigos, até as mães das minhas amigas, que ela tem contato. – ela adicionou, e depois imitou a expressão animada da “Senhora McKinnon” no telefone. – “Ah, amiga, as crianças estão brincando, pode me falar seu segredinho sim, não tem problema nenhum, querida CHAAAAAAAAAAAAAARLIE! PARA DE FICAR CUTUCANDO SUA IRMÃ, MENINA!” – ela começou a gritar, ainda com o “telefone” na boca, olhando para a lareira, como se fosse a Charlie. – “COMO ASSIM ‘QUAL IRMÃ’, MENINA! É PRA PARAR! CHAR... MENINA, DESENGATILHA ESSA METRALHADORA! DESENGATILHA! E GUARDA ELA NO SEU QUARTO! MARY! DESCE DO TELHADO E SOLTA ESSA JACARÉ! MENINA! GOSPE ESSA CACHORRO! GOSPE! GOOOOSPE! LENE, CARAMBA, CADÊ VOCÊ?! SERÁ QUE DÁ PRA UMA VEZ NA VIDA VOCÊ CUIDAR DAS SUAS IRMÃS E SAIR DO COMPUTADOR?!”. – e já ouvindo todo mundo (inclusive eu) passar mal de tanto rir, menos ela própria, claro (um bom comediante nunca ri de suas piadas. Coitado do Tom Cavalcante), ela parou de gritar, respirou profundamente umas três vezes como se tivesse acabado uma corrida e sorriu graciosamente – “Onde é que a gente tava mesmo, amiga?

Eu queria TAAAAANTO ser engraçada e fazer boas imitações assim.

- Muito boa, cara! – gemeu Lice, ainda rindo demais. Eu só não comentei nada porque minha barriga estava doendo pra caramba e eu estava passando muito mal. – Lene, sério, você deveria ir pra TV. – ela completou, olhando para Lene, que fazia referencia para sua família.

Ah, certo. A segunda pergunta que todo o professor de redação diz que deve ter numa narração. O “onde”.

A gente tá na casa da Lene (der). Tipo, é aniversário da Mary (irmã dela), e nós somos amigas dela também. Mas a Lene disse que mesmo que não fossemos, nós iríamos.

Estavam todos os tios, avôs, primos, genros, e até um bisavô. A família toda MESMO. E a família McKinnon é MUITO, MUITO legal. Estavam eles, eu, a Lice e a Dorcas. E bem, o Sirius é vizinho da Lene, praticamente, daqui a pouco ele e os outros vão aparecer aqui e nós vamos dar um chutão na bunda deles quatro.

- Aí, vamos pro meu quarto. – falou Lene, virando-se para nós.

- Vamos. – falou Lice, ainda rindo um pouco.

Ah, dãh. A terceira pergunta que todo o professor de redação diz que deve ter numa redação. O “quem”.

A Lice é a coisinha mais lindinha de toda a Hogwarts, fofinha fofa. Ela tem os cabelos até mais ou menos abaixo dos ombros, lisos, castanhos escuros, com uma franjinha na testa bem lisinha que cai no olho o tempo todo, um charme! A pele é bem alva, o nariz pequenininho, os lábios vermelhos e os olhos castanhos BEM CLAROS, meio mel, meio verdinho. E quando ela sorri, brota um buraco na bochecha esquerda dela, aquilo que os normais chamam de covinha. Eu não gosto de chamar assim porque covinha é uma coisa linda demais pra ser chamada de covinha, que é o diminutivo de cova, que é onde... Bem. Você sabe. Por isso eu digo “buraco brotado”. Tipo o Tom Fletcher.

E a Dorcas já é aquela amiga que chega a dar raiva, só por existir. Sabe, aquela amiga que todo mundo tem: maravilhosa, engraçada, meiga, popular e perfeita. Ela é loira, loira MESMO, o cabelo dela é bem claro, e faz o maior tempo que ela não corta, então mesmo sem corte e até a cintura, é perfeito, porque é extremamente liso e sedoso natural. A pele dela é bronzeada, perfeitamente bronzeada (GR), e os olhos são verdes, clarinhos, com longos cílios envolta.

Ela é a típica amiga perfeita. Que todo mundo quer ser.

Menos eu, eu estou agradecida com a minha cabeça ruiva e a minha pele pálida, obrigada.

Fala sério.

- Vamos, vamos. – eu disse, me levantando e pegando um pedaço de pizza que estava em cima da mesa.

Ah. Pizza, né? As nossas famílias têm disso. As nossas eu digo a minha, a da Lene, a da Lice e a da Dorcas. É a típica família que quando se encontra pra fazer nada, fica na sala falando mal de pessoas do mal, fazendo piada de nós mesmos (como a Lene estava fazendo agora), bebendo muito. Aquelas famílias onde os adultos sentam em um lugar enquanto os jovens ficam sentados na varanda jogando truco, ou correndo no gramado brincando de pega-pega, porque com a família você pode se soltar mesmo, ser criança. E comendo toneladas, TONELADAS de pizza. Pizza é o meu nome do meio. Piz-za.

A gente começou a subir as escadas, passando pela Mary que estava no telefone (“COSPE ESSE CAHORRO MARY!” / “Vão se danar.”), e entrando no enorme quarto da Lene.

Ah, é o típico quarto da adolescente legal, você sabe. Enorme, com espaço o suficiente para ela colocar seus objetos favoritos e trancar-se lá como se fosse a sua casa mesmo. As paredes são lilás, e bem altas. A cama é de casal, o jogo de cama é branco com roxo, uns quatro travesseiros em cima da cama (nos mesmos tons) e vários ursinhos de pelúcia em cima. De cada lado da cama tem uma cabeceira, onde ela deveria por perfumes e tal, mas ela pos o despertador, as bugigangas que ela ganha em feiras, ou nas máquinas da Playland, ou até naquelas caixinhas que você põe vinte e cinco centavos e ganha um Pokemon pequeno (Lene é louca por porcarias assim). E nas gavetas, cartas, bilhetes, declarações e objetos que podem parecer sem valor, mas tem um valor enorme para ela. Mas nenhuma caixa de fotos, porque a Lene acha loucura ter uma caixa de fotos. Ela pendura as fotos em todo o canto que dá no quarto dela. Ela tem, na parede em cima da cama, uma daquelas placas e metais, que você usa de porta-retrato com imã, com MUITAS fotos. E outra placa na outra parede em frente à cama. E mais duas na parede ao lado da cama, que é mais comprida. As quatro placas estavam CHEIAS de fotos que davam oi, tchau, riam, brincavam, caiam. A Lene tinha fotos engraçadas, sabe, aquelas fotos que tem alguém caindo (a maioria das vezes eu) e todos riem dessa pessoa. São fotos realmente difíceis de arranjar, mas a Lene tem. Ela tem uma TV grande na frente da cama (pensa na gente assistindo O Chamado lá HAHAHA), com um DVD e Home Theater. E naquela parede comprida, onde tem duas placas de metal, tem uma escrivaninha enorme com o computador dela, uma impressora e um armário do lado, onde ela põe o material de Hogwarts. E do lado desse armário, está apoiado a vassoura dela do quadribol, e a caixa com as bolas do mesmo.

E do lado da escrivaninha dela, a coisa que para ela, é a mais preciosa de TODAS. TODAS MESMO. Acho que se alguém que não seja da rodinha de amigos íntimos da Lene encostar lá, ela surta e mata o cara. É o armário de coleções dela. O armário vai ATÉ O TETO (e eu disse que as paredes são altas), e da metade do armário enorme pra baixo, está cheio de livros CHEIO MESMO, é quase ter ma biblioteca particular em casa, coisa que eu quero muito ter. E da metade pra cima, a coleção de CDs e DVDs, e ela possui todos os filmes e CDs que alguém nesse mundo pode ter. E esse armário é a coisa mais importante do mundo pra ela.

Ai tem duas portas lá dentro, uma leva pro closet dela (muitas roupas, muitos sapatos, muitas jóias e mais fotos) e a outra dá para o banheiro dela. E o banheiro dela, é claro, em fotos no espelho, que por sinal é enorme. Ai tem a pia larga e espaçosa, com todos os perfumes/cremes/loções/aparelhos de higiene pessoal/escovas que a Lene tem, e são MUITOS. Ela tem um boxe pequeno e uma banheira de quatro pessoas, e o banheiro dela é SEMPRE cheiroso.

- NOSSA, olha o tanto de gente falando com você. – eu disse, me jogando na cadeira do computador. A Lene jogou-se no puf que tem do lado, branco, a Lice no do outro lado, roxo, e a Dorcas na cama.

- Eu vou falar com eles, tá certo? – eu disse, e a Lene fez que sim com a cabeça, pra depois se levantar e começar a subir e escadinha deslizante que tem no armário de coleções da Lene, provavelmente pra pegar um CD.


- sirius james remus e peter ; diz:

A GENTE VAI AI. E não adianta chorar e implorar pra ser agora, queridas, é só daqui a meia hora.

- lene lily dorcas lice ; PARABÉNS, MARY! (L) diz:

Preparem-se então para levarem um super chute, meus caros, nós não vamos sair desse quarto tão cedo.

E apertei o “X” lá em cima. Hunft.

Ah, eu sei que eu devia ser educada e tudo mais, mas eu não gosto deles. O que eu posso fazer, ser falsa? Não MESMO. Tudo, menos isso.

Abri a outra janela, que piscava feito louca.

- frank ; ALICE, DÁ PRA ENTRAR?! diz:

Alice, eu tenho que falar com você AGORA.

- frank ; ALICE, DÁ PRA ENTRAR?! diz:

ALICE, dá pra me responder?!

- frank ; ALICE, DÁ PRA ENTRAR?! diz:

Ah, droga, agora que eu vi o status. Quando voltarem, ALICE, me responde.

Xi.

Ah, não, eu não quero que eles terminem.

- Ah, meu Deus, o que foi agora? – falou Alice, sentando-se direito e começando a digitar algo como “Oi, cheguei”.

Bom, é o seguinte. O Frank é louco pela Lice. Mas a Lice... Nem dá bola pra ele. Ela pode parecer super angelical fisicamente, mas de angelical ela não tem nada. Ela sai com ele? Sai. Mas não gosta dele de verdade, me entende? Ela fica com ele porque não tem ninguém melhor e tudo mais, e porque o Sirius não liga pra ela. E isso faz com que ela obviamente seja louca pelo Sirius. Mas ela diz que não pode ficar sem homem. Então quando ela não tem um par melhor, ou quando ela não tá chorando pelo Sirius e seus cortes que por mais que sejam educados, envolvem a Lene (a Lene não da a menor bola pro Sirius, e isso faz com que ele obviamente ache ela a menina mais interessante de toda Inglaterra), ela fica com o Frank, pra ter companhia. E o Frank tem um ciúmes inimaginável da Lice. Com todo mundo.

Até com a gente.

Comigo.

E por mais que isso seja péssimo, me faz sentir-me bem, mas não conta pra ninguém.

- Os seus amiguinhos disseram que daqui a pouco vão estar aqui. – eu falei, me deitando do lado da Dorcas, que olhou pra mim sorrindo, mas cheia de sono na cara. A gente passou a noite aqui e fomos dormir às nove da manhã, ficamos jogando vídeo game (também tem no quarto da Lene, esqueci) e dançando Britney Spears (eu sei, eu sei...), e quando deu meia noite, jogamos UM MONTE de comida na Mary e comemos... Hm, pizza.

- Sério?! LENE, OS MENINOS VÊM PRA CÁ! – ela disse, sorrindo pra lene, que revirou os olhos enquanto colocava um CD no som dela.

- Ah, que ótimo. Lice, seu querido Black vem pra cá. – ela disse, sorrindo marota para Lice, que sorriu.

- Eu sei, to conversando com ele agorinha mesmo. – ela disse, digitando rapidamente.

- E o Frank, Lice? – eu disse, franzindo a sobrancelha. Ela soltou uma risadinha e sussurrou:

- Quem ama bloqueia.

Foi cruel, mas nos fez rir horrores.

Ah, mas mesmo assim. Eu TENHO que começar a dizer verdades. Eu não agüento mais a Lice mal tratando o pobre do Frank. Ele é um cara legal, poxa. E a Dorcas brigando com o Remus? Pra que isso? E é CLARO, o Black e o Potter brigando com o Snape, eu realmente preciso fazer alguma coisa sobre isso.

Mas eu sou Lily Evans, a melhor amiga de todo mundo. E a melhor amiga de todo mundo não faz isso com todo mundo.

- LENE, fala pra Mary me dar a porcaria do telefone? – falou Charlie, entrando no quarto com uma batida da porta, forte, na parede.

Charlie é a mais nova das McKinnon. Ela tem 11 anos, primeiro ano em Hogwarts, e é a cópia da mãe. Os cabelos são super loiros e até a cintura, com cachinhos e franjinha lateral. E os olhos são enormes e azuis, sempre escondendo uma malandragem que ela está prestes a fazer.

- Por que eu? Ela é a mais velha, o problema é todo seu. – responde Lene, fazendo “Transylvania” tocar do seu som. MÉQIFLAI!

Ah, ai outra verdade que eu tenho que falar. Para a Lene. Para ela ser mais legal com as irmãs. Um dia, ela duas podem aparecer mortas e a ultima memória que elas terão da Lene é dela brigando com elas por terem roubado a sua escova de cabelos, que é outra coisa sagrada pra ela.

- ARGHT, VOCÊ NUNCA ME AJUDA EM NADA! – falou Charlie, no que Dorcas gritou um “É VERDAAAADE!” muito do brincalhão, e Mary entrou no quarto.

- É o meu aniversário, Charlie, me dá um tempo! – ela disse, mas mesmo assim entregando o telefone sem fio para a irmã mais nova.

Mary é a mais velha das McKinnon. Ela tem 18 anos e se formou em Hogwarts ano passado, e ela meio que é uma lenda lá. Ela era capitã do time de quadribol, monitora chefe, líder de todos os grupos que ela participou, e a melhor estudante que Hogwarts já teve. Eu sou uma super fã dela, e ela me adora, obrigada. E ela não é TÃO bonita como as irmãs, ou como a mãe, ela puxou mais o pai. Mas não igual Lene, que puxou o pai de leve, ela puxou o pai totalmente. Mas ela tem uma beleza enorme, apenas diferente e exótica. Seus cabelos são castanhos e lisos, como os do pai, e a pele alva, como a da mãe. Seus olhos, são castanhos, mas são tão, TÃO perfurantes que você fica até meio abestado. E o corpo dela, graças ao quadribol... Bem, chama atenção, pra caramba.

Resumindo, ela é a cantora das Pussycat Dolls. Sabe, a que agora faz carreira solo.

- Desculpa, Mary. – falou Charlie, mas pegando o telefone e correndo para seu quarto de bonecas. Mary revirou os olhos e foi andando até onde Lice estava.

- E ai, o que a gente vai fazer hoje a noite? – ela perguntou, dando uma olhada no MSN da irmã, onde Lice ainda fuçava. – Uh, Sirius Black... – ela completou, sorrindo marota.

Ela, obviamente, ficou com Sirius Black.

Todo mundo ficou com o Sirius Black. Por que EU não fiquei com o Sirius Black?

Lembrar-me de agarrar o Sirius logo de cara quando a gente ficar sozinhos pela primeira vez.

- Tira o olho, menina. – falou Lice, no que todas nós reviramos os olhos e alguém bateu na porta.

- LENE! – era a tia Martinha nhéco-nhéco fofinha fofa. – Os seus parceiros de bebedeira estão aqui, minha filha!

Ah, e o mais perfeito de tudo na tia Marta: ela é extremamente liberal. Ela deixa as filhas dela beberem a vontade, e voltarem a hora que quiserem (contanto que avisem), mas claro que com classe.

Ah, menos a Charlie. DER. A Lene já tem 15 anos, ela pode, e a Mary então...

- Eles não são meus parceiros, mamãe. – falou Lene, abrindo a porta e encontrando a titia nhéco-nhéco ao lado dos Marauders.

Ah, ótimo.

- Oi, Lene. – falou Sirius logo de cara, sorrindo maroto e chegando perto dela. Ele olhou para onde a mãe dela estava, e ao ver que a tia Marta percebeu que ia rolar uma tentativa de orgia e vazou, ele a segurou fortemente pela cintura e tentou beija-la na boca de todas as maneiras possíveis. Lene revirou os olhos e tentou evitar umas três vezes, mas na quarta não deu e Sirius meteu-lhe um beijo na boca. Sem língua nem nada, mas eles trocaram saliva. Lene, após uns dez segundos de gritos nossos, de James falando “não adianta, Padfoot, e você sabe” (lembrar-me de descobrir QUAL É a dos apelidos deles), e da Lice bufando e falando “concordo plenamente, James”, e claro, da Lene com os olhos abertos, as mãos abertas no ar ao lado do rosto dela e com uma expressão muito indiferente e entediada, ela separou-se dele e disse:

- Você é tão previsível, droga. – ela limpou a boca vermelha com as costas da mão direita, enquanto Sirius revirava os olhos com um sorriso.

- E você gosta. – ele entrou no quarto como se nada tivesse acontecido, logo atrás de Potter que se dirigia...

Hm, a mim.

- E ai, Lily, quer repetir a cena ali atrás? – ele falou, apontando com o dedão sob o ombro para Sirius, que soltou uma risada de deboche.

- Eu preferiria enfiar uma caneta em cada narina e desfilar em plena Hogsmeade, Potter. – eu disse, fazendo a minha melhor cara de brava e colocando minhas mãos na cintura. – Nem chega perto de mim, Potter, eu estou falando sério. – eu falei ao vê-lo sorrir mais divertido e se aproximar de mim. Ele arqueou as duas sobrancelhas e ergueu as mãos, se rendendo, para depois dirigir-se a Dorcas, que estava discutindo com o Remus, óbvio.

A Dorcas é amiga deles, mas eu não. Nem a Lene, ela só é amiga do Potter (ah que bom), e a Lice... Bom, ela é uma amiga simpática e legal dele. Sei lá, eles as vezes são escrotos com certas pessoas.

- E ai, onde a gente vai hoje a noite? – perguntou Peter, sentando-se ao lado de Lice.

- Eu estava perguntando exatamente a mesma coisa. – falou Mary. Então os olhos dos quatro Marauders caíram nela e um segundo de silêncio se instalou no quarto.

Um segundo.

- MARY, MEU DEUS! – eles gritaram ao mesmo tempo, para depois darem um enorme abraço de urso nela. Ela riu e abraçou eles de volta, ouvindo comentários como “parabéns”, “muitos anos de vida”, “muitos garotos” e “boa sorte como auror”.

É, ela é auror. Como todos maiores de idade da família da Lene.

- Ah, mas agora é nossa OBRIGAÇÃO sair. – falou Remus, sorrindo. – A gente tem que comemorar o aniversário da Mary no nosso estilo, poxa!

Nem preciso dizer que na hora todos nós combinamos. E que na hora, nós marcamos de encontrar os meninos às nove da noite na Boombox, aquela festa semanal que acontece em Londres que tem um monte de gente famosa, desde Hedi Slimane à Kate Moss. Até a Natalie Portman. E a gente, é claro. Pra entrar, ou tem que ter o nome na lista (o que é o nosso caso, já que dãh, a gente é bruxo), ou tem que impressionar a hostess. Nada que um lamê dourado, um laço enorme no cabelo ou um néon-fluorescente no maior estilo new-rave pra isso, ficadica.

Boombox: todo domingo, no Hoxton Bar and Grill, no descolado bairro Hoxton. Se jogue.

(Lembrar-me de parar de fazer tanta propagando de tudo que eu vejo).

E CLARO que a Lene trocou o nick dela no MSN. Passou daquilo que estava antes para:

- lene lily dorcas lice ; FESTA DA MARY :BOOMBOX; NA FRENTE DO HOXTON BAR AND GRILL, AS NOVE HORAS. LISTA? TE VIRA!

A gente REALMENTE tem o poder.

A gente se arrumou, e ficamos magníficas, porque tem que ficar magnífica pra ir ao Boombox e para sair com os Marauders.

A Dorcas, nossa! Parecia uma Deusa. Ela estava usando uma calça justinha no corpo, jeans, com um sapato preto de salto alto e pontudo. Uma blusa preta e justa, decotada, os cabelos presos em um rabo de cavalo baixo, mas cacheado, e uma boina preta de couro inclinada para a esquerda, dando um ar muito francês.

A Lene parecia uma atriz famosa. Seu vestido curto era preto e todo feito de lantejoulas, decotado e sem mangas, de alça meio grossa. Era curto, até a metade da coxa. Seu cabelo estava solto e rebelde, até a cintura, e um sapato de bico redondo e salto altíssimo.

A Lice colocou uma saia jeans curta, uma bota preta de couro, com o bico arredondado, até acima do tornozelo e salto alto. Uma blusinha vermelha com preta em listras grossas, apertadinha, e os cabelos soltos e bem, bem lisos.

E eu estava com uma camisa rosa pink, apertada no corpo, com manga até abaixo do pulso, um decote grande (nada exagerado, só grande) e até abaixo do umbigo. E logo de baixo dos meus seios, uma faixa jeans que abotoava até acima do meu umbigo. Uma calça jeans apertada, até abaixo do joelho, e um par de sapatos vermelho-sangue com salto extremamente alto, os dedos de fora. Meus cabelos presos num coque bem ‘pós sexo’ (leia-se bagunçado), só a franja solta, mas bem desorganizada propositalmente também.

Ah, fala sério. A Lene colocou no MSN dela. Eu tenho que me arrumar e ficar linda, por mais que eu goste de por uma blusa de banda e um shortinho e seja o que Deus quiser.

E aliás, a Kate Moss vai estar lá. Vai ver que ela vai ficar mais doidona que o ex namorado dela, o Pete, e queira que eu seja a nova melhor amiga dela.

Quer dizer, ela namorou o Johnny Depp. Meu amor número três.

Aposto que ela vai querer ser minha amiga, aposto.

- Como que a gente vai? – eu perguntei, virando-me para a Lene. Ela batia na porta da Mary fazia um minuto, e Charlie começava a reclamar, provavelmente tentando dormir, no quarto ao lado.

- Com o carro da Mary, só falta a noiva terminar de se arrumar. VAMOS, MARYLIN! – ela bateu mais uma vez na porta, e dessa vez a Mary abriu. E ela estava linda.

Usava um vestido do tom meio prateado, que era bem apertado nos seios, e abaixo deles bem soltos, rodados, até a metade da coxa. Uma sandália prata de salto alto e o cabelo solto, meio encaracolado, parecendo...

Bem, a Marylin Monroe.

- Uau. – eu disse. – Eu só não digo que não vou sair com você porque eu to muito feia porque é o seu aniversário, Marylin McKinnon.

Ela riu horrores da minha cara.

Descobrir porque todo mundo rir da minha cara.

- Lily, você tá linda, cala a sua boca! – descobrir porque todo mundo mente quando eu digo que eu to feia. – E aí, gatinhas sexy da UK, vão fazer a minha festa?

Nem preciso dizer que a gente soltou uns gritos gays de concordância e corremos para o Fusca Beattle da Mary.

Lembrar-me de comprar um Fusca Beattle.


&&&


OH MY GOD.

Você não tem a menor noção do quanto isso aqui tá lotado.

E eu não to dizendo lotado de celebridades.

Eu to dizendo lotado de bruxos.

Mary, eu, Lene, Lice, Dorcas, Potter, Black, Remus, Petigrew. Tá, essa é a nossa rodinha (infelizmente). Mas tinha ainda: Wellington Chang, Pedro Perror, Francielle Gatuso, Amos Diggory, Gideão Prewet, Frank Longbontton, Mário Brown, Fernando Zidan, Jony Printchard, outros que eu não conheço, além de alguns que se formaram junto da Mary e outros aurores, colegas dela.

Tava uma grande roda de gente lá, conversando (eu com o gato do Gideão Prewet), se conhecendo (eu com o gato do Gideão Prewet) e tudo o mais, mas a Lene, com sua super moral e tudo mais, gritou:

- AÍ, VAMOS ENTRAR?! – todo mundo fez que sim com a cabeça (e com a garganta). A gente (eu, Mary, Lene, Lice e Dorcas) pulou a fila toda, entrando logo de cara, porque a gente tá na lista. Isso depois de falar muito casualmente “te vejo depois” pro Gideão, e ele sorriu e concordou, para depois ir com seus amigos que riram marotamente pra ele.

Garotos.

- TCHAU, LOSERS! – gritou Mary, já pra lá de Bagdá (ela levou vodka pra gente se divertir já na fila), quando as pessoas que estavam na fila começaram a nos vaiar, quando entramos de cara.

Menina, esse lugar é demais, Quando você acha que você já viu de tudo de esquisito aqui, aparece uma coisa pior.

Ah, dane-se. Eu vou parar de narrar pra vocês, eu estou numa festa!

Lembrar-me de parar de narrar pra vocês e ir pra festa.

Quer dize. Hã?

Ah meu Deus, aquele é o Dougie Poynter?

._._._._._._.


LEMBRAR!

1- fazer uma super plástica total e me transformar na tia Marta II;
2- tentar ser engraçada UMA VEZ NA VIDA!;
3- fazer brotar uma biblioteca particular no meu quarto;
4- começar a dizer a verdade, mesmo que doa, sem medo de ser morta ou levar um tiro;
5- agarrar o Sirius Black, já que todo mundo faz isso, e esperar que ele não ria de mim;
6- descobrir de onde os Marauders tiraram esses apelidos estranhos que eles se deram;
7- descobrir porque diabos todo mundo ri da minha cara;
8- descobrir porque todo mundo mente quando eu digo que eu sou/estou feia, falando que é mentira;
9- comprar um Fusca Beattle, SÉRIO MESMO!;
10- e lembrar de dar um super beijo no Dougie Poynter, que está bem ali na minha frente (Boombox, 23 de dezembro, aniversário da Mary). E AH MEU DEUS, HOJE É ANIVERSÁRIO DO JUDD!

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HELLOGOODBYE!

Ah, eu gostei TANTO, mas TANTO dessa fic! *-* E a história dela é tão fofinha! Nem deu pra ver nesse primeiro capítulo, que era mais pra mostrar os personagens, mas a partir de quando eles voltarem para Hogwarts (eles estão em férias de natal), vai aparecer bastante. E a lista do “LEMBRAR!” é importante, leiam sempre ela.

E o nome “Dreamer, Dreamer, Dreamer” veio da música “Don’t Wake me Up”, do McFly, que é a minha terceira favorita deles. E vai ter também uma fic chamada “Don’t Wake me Up”, RERERERERE ;) Leiam quando eu publicar, e façam propaganda, certo? Ou pelo menos comentem.

E ah, a festa Boombox existe mesmo, então se você for pra London e conseguir entrar nela, lembra de mim :D

Eu vou digitar o segundo capítulo, tchau :*

ANKOS :D

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