O Primeiro Dia
Capítulo 5: O Primeiro Dia
Primeiro dia de aula e Gina acordou animadíssima. Afinal, era ano de NOM’s e ela tinha planejado passar várias horas na biblioteca, estudando. Ela sempre gostara de estudar e por isso, tinha ótimas notas. Por um momento, ela esquecera que esse ano, ela teria uma missão nova, além daquela de monitoria. Quando se lembrou, já estava tomando café e sendo observada por um certo sonserino. No mesmo instante em que ela encarou Malfoy, as corujas chegaram. Ela, como todos no Salão, perceberam a entrada de vários berradores e eles tinham um único destino: Draco Malfoy.
Gina olhou ao redor a procura de Cedrico. Quando o encontrou com os olhos foi correndo até o lufa-lufa.
- Cedrico, o Malfoy! – foi a única coisa que pôde dizer, pois logo em seguida os berradores explodiram ao mesmo tempo.
“TRAIDOR DO PRÓPRIO SANGUE...”
“O QUE É SEU TÁ GUARDADO...”
“QUANDO EU TE PEGAR, VOCÊ VAI SE FERRAR...”
“ESSE É O FIM DOS MALFOYS...”
Gina reparou na expressão de Draco, que não mudou nem um pouco, nem por um instante. Parecia que nada havia acontecido com ele. O loiro pegou o Profeta Diário na pata de uma coruja, colocou a moeda no saquinho e deu uma olhada no jornal. Enquanto isso, todos observaram-no sem sequer respirar. Draco levantou-se, deixando o jornal em cima da mesa e saiu. Ao sair do Salão houve uma nova explosão, a de comentários. Todos falavam ao mesmo tempo.
A ruiva olhou para Cedrico, que na mesmo hora, se levantou e seguiu o mesmo caminho que o outro.
- Você fica aqui, Gina. – ele disse antes de partir.
A grifinória não entendeu nada e voltou para a sua mesa. Ela tentava terminar seu café, mas os burburinhos não a deixavam se concentrar.
- Não é possível...
- Agora eu quero ver como aquela doninha vai escapar...
- Duvido que ele escape...
Tomara que peguem ele logo...
Depois do último comentário, a menina saiu da mesa, tinha perdido o apetite. ”Como as pessoas podem ser assim? Eles não tão nem aí se o garoto perdeu os pais. Ou se ele tá jurado de morte... Como pode? Queria ver se fossem eles...”, quando deu por si, já estava na porta para a sua primeira aula, Poções.
As aulas foram ótimas. E todas começaram com o mesmo discurso: ”Esse ano é ano de NOM’s e vocês devem estudar...”
Logo chegou a hora do almoço e Gina pode encontrar com Cedrico e tirar uma dúvida:
- Cedrico, por que você não me deixou ir com você atrás do Malfoy?
- Porque ninguém pode saber que vocês estão ligados a qualquer coisa que seja, entendeu? Por causa do segredo.
- Ta bom. Entendi. – a ruiva se resignou.
- Que bom. Hoje a noite, preciso que você vá falar com ele, depois da ceia.
- Calma ai! Por quê? Pra quê? – a grifinória começou a ficar vermelha de vergonha e “raiva”.
- Porque quando eu saí para as minhas aulas, o Zabine e a Parkinson chamando ele. E não gostei nada disso. Preciso que você dê uma olhada nele de noite. Pode ser?
- Pode, ne! Só não sei se o doninha vai gostar muito. – disse Gina, já pensando em que falar para Draco quando fosse a seu quarto.
- Mas, ele não gosta de nada. – Cedrico riu. – E além do mais, ele vai ter que se acostumar com a idéia de estar sendo controlado.
Cedrico foi andando com Gina para a mesa da grifinória.
- Falando em controlar ele, nós esquecemos que nenhum de nós está no mesmo ano que ele. Como vamos fazer pra ficar de olho nele durante as aulas? – ela perguntou, sentando-se no banco. Movimento que o rapaz também seguiu.
- Não sei,Gi.
Os dois ficaram pensando enquanto viram um loira se aproximar. Ela vinha com seus brincos de rabanete. Cedrico olhou para a menina, como se a visse pela primeira vez na vida.
”A Luna está diferente. Ela está tão bonita... Cedrico, pare com isso. Ela é amiga de Gina. Não tem nada disso.”
- Oi, Luna. Nossa, nem te vi no café. Pelo visto nossos horários são diferentes esse ano. – começou a ruiva, animando com a presença da amiga.
- É o que parece. – ela respondeu, corando, ao perceber que Cedrico a olhava. – Vocês souberam? É sobre o Malfoy.
- O que aquele cara fez agora? – perguntou Cedrico.
- Arrumou briga com o Harry. – ela respondeu como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.
- O que? Como assim? – perguntaram os outros dois juntos.
A loira só deu de ombros. Enquanto isso, uma coruja entrava pelo Salão, deixando cair no colo de Cedrico um pedaço de pergaminho.
Digorry, peça pra Weasley vir aqui no meu dormitório agora. M.
- Gina, ele tá querendo que você passe por lá agora. – disse o loiro receoso.
- Ta. – a ruiva já estava de pé.- E vocês não vem comigo?
- Não. Ele só menciona você aqui.
Mas quando ia mostrar a carta para as duas meninas, a carta pegou fogo. ”Inteligente esse Malfoy.”, os três pensaram ao mesmo tempo.
Enquanto Gina ia para o dormitório do sonserino, os dois loiros se encaravam sem piscar. Luna ficou bem encabulada de ver Cedrico encarando-a daquela maneira. E para descontrair deu um sorriso amarelado.
- Acho melhor eu ir pra minha mesa. Bom almoço, Cedrico. – ela, mais uma vez, não esperou resposta e foi para a sua mesa, almoçar sozinha.
O lufa-lufa levantou-se e dirigiu-se para a sua mesa, mas não conseguia tirar os olhos dela. ”Isso é loucura. Você tá olhando pra ela só porque nunca ficou com ela. Se você magoa-la, Gina nunca vai te perdoar. Esquece isso.”
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- Malfoy? – perguntou a ruiva, entrando pela primeira vez no quarto do sonserino.
Admirou o quarto. Era realmente bonito. Pintado de verde e prata, como na sonserina, tinha uma mesa redonda num dos cantos do quarto, havia também uma estante com vários livros e uma poltrona que parecia bem confortável. Viu uma porta, que imaginou ser o banheiro. E quando virou-se para o outro lado da porta, encontrou Malfoy, deitado e de olhos fechados.
- Malfoy. – ela aproximou-se dele.
O loiro abriu os olhos e encarou os olhos amendoados da ruiva.
- Weasley, finalmente você chegou. – ele disse, sentando-se ereto na cama. Na mesma hora, Gina se afastou.
- Fale logo o que você quer. E porque você só chamou a mim.
- O que eu quero é simples. Vá a cozinha e pegue comida para mim.
- O quê? Você deve ter comido alguma titica de coruja. – Ela olhou para o loiro. Seus olhos castanhos estavam espumando raiva. – E além do mais, NÃO SOU SUA EMPREGADA!
Dizendo isso, Gina foi em direção a porta. Iria sair e não voltar mais. Já era demais, esse garoto insolente estava passando dos limites. Atura-lo era uma coisa, mas começar a ser sua empregada era outra bem diferente.
Lembrou-se então da condição dele, do fato de não ter família e todos estarem contra ele. E no segundo seguinte obrigou-se a respirar fundo e não sair da sala. ”Gina, você não pode perder o controle assim. Ele é um menino mimado, só isso. Mas uma hora ele vai sair do pedestal. Por enquanto, mantenha a calma.” Ela virou-se para ele, e antes que pudesse controlar, as perguntas pulavam de sua boca.
- O que te faz achar que eu vá pegar a comida pra você? Por que você não vai almoçar como todos os normais, no Salão? E por que, pelas barbas de Merlin, você está com esse sorriso idiota no rosto? – ela falava sem tomar ar. – O que você quer, Malfoy? Quer deixar todo mundo louco? Dá pra você parar de ser infantil e ver que sua vida está em jogo? Voldermort não ta de brincadeira!!! E todos aqueles berradores mais cedo. Você nem se abalou. Como você pode ser assim, hein!? Você não tem sentimentos?
- Agora você já foi longe demais!!! – ele pegou sua varinha e apontou para a ruiva - Silencio.
Ele ajeitou-se na cama. Olhou para a menina que estava cada vez mais vermelha e começava a avançar pra ele. Ela vinha com a mão fechada, então o loiro já se preparou para se desviar das mãos de Gina.
- Calma ai! – foi para a direita – Pára, Weasley – foi para a esquerda – Se você não parar – segurou uma das mãos da menina, enquanto desviava da outra. – vou contar a Dumbledore – segurou a outra mão dela e virou seu corpo, jogando a ruiva na cama e ficando por cima dela – que você ao invés de me ajudar, só quer me matar também. – terminou o loiro.
Agora Gina estava vermelha de vergonha. Tinha o sonserino em cima de si e estava começando a achar que essa aproximação estava indo longe demais.
- Weasley, eu não te deve satisfações da minha vida. Não quero que você sinta pena de mim, então vê se pára de encher o saco. – ele fitou a menina, ainda segurando os pulsos da mesma. – Eu não vou ao Salão pelo simples fato de que, se eu for, o que vai acabar acontecendo é uma briga. Eu tenho amor a minha vida, e somente a ela.
Ele sentiu-se magnetizado pelos olhos amendoados e sem perceber, foi baixando-se em direção a boca da ruiva. Estava cada vez mais perto, e a menina parecia estar sem reação para tamanho atrevimento. Ele queria sentir o gosto da boca de Gina. Recobrou a consciência e recriminou-se ao perceber que estava perto de fazer uma grande burrada. Saiu de cima da grifinória, e largou seus pulsos.
- Agora, vá pegar a minha comida, que eu já estou com fome.
Quando Gina saiu do transe que estava, ficou mais vermelha, de vergonha. Queria sair correndo dali, mas sabia que teria que pegar a comida dele. Ele estava certo, se ficasse fazendo as refeições junto com os outros alunos certamente sairiam brigas e mais brigas. Apontou para a sua boca, sinalizando que ela ainda não poderia falar por conta do feitiço.
- Ta bom, Weasley. Mas você vai pegar a minha comida?
A menina fez que sim com a cabeça. Logo em seguida, Draco tirou o feitiço. Gina foi até a cozinha, pediu comida para duas pessoas, juntamente com pratos, garfos e copos. Quando Dobby e os outros elfos entregaram-na a encomenda dentro de uma cesta, dez minutos depois, ela encolheu a cesta e colocou no bolso do casaco. Dirigiu-se para o corredor onde ficava o dormitório do sonserino. E antes que pudesse pensar no “endereço”, Mione a chamou.
- Oi, Mi. – ela disse um pouco nervosa.
- Gina, espero que você não esteja chateada com a gente.
- Mione, esquece isso. – deu um abraço na amiga. – Você tem aula agora depois do almoço?
- Não. Eu to indo pra biblioteca, vou estudar um pouco. Os meninos tão jogando xadrez. E você tem aula agora?
- Tenho, mas já estou atrasada. Mais tarde, você pode me ajudar com um trabalho do Morcego? – disse rindo a ruiva.
- Claro! Depois da janta a gente vê esse trabalho.
As duas se despediram e cada uma foi para um lado. Gina, antes de entrar no quarto de Malfoy, deu mais uma olhada para ver se não vinha ninguém. Ao entrar não encontrou Malfoy.
”Ah, aquela doninha. Cadê ele, hein?! Não acredito que ele me fez de trouxa. Mas isso não vai ficar assim mesmo! Da próx...
Gina parou de pensar assim que viu o loiro saindo sem camisa de uma porta, que ela concluiu que fosse o banheiro. Ele vinha enxugando o cabelo e não percebeu que a ruiva já havia chegado. A Weasley saiu do transe de ver Draco sem camisa e pigarreou para chamar a atenção do menino. Ao ver que ela estava no quarto, ele correu e pegou sua blusa.
Um silêncio constrangedor formou-se. Então, para tentar não pensar besteiras, Gina pegou a cesta, a fez voltar ao tamanho normal e começou a colocar a mesa.
- Resolveu aceitar o cargo de minha empregada, Weasley?
A ruiva pensou em responder, mas não queria começar mais uma briga. ”Preciso perguntar a ele porque ele brigou com o Harry”, ela fez uma anotação mental e continuou a colocar a mesa. Draco chegou mais perto, pra ver o que ela havia trago da cozinha.
- Por que tem dois pratos? – ele perguntou surpreso.
- Ora, vou almoçar aqui também. – ela disse olhando para o loiro, que começava a abrir a boca quando ela interrompeu. – Malfoy, eu não almocei porque você me chamou, então o mais lógico é eu almoçar aqui. Eu não vou voltar na cozinha e pedir mais comida. E além do mais, eu tenho que te perguntar umas coisas. – ela terminou de colocar a mesa e sentou-se.
- Eu não vou te responder nada. – ele sentou-se na frente dela, e começou a se servir de macarrão. – Já disse a você que não te devo satisfações da minha vida.
- Malfoy, eu já estou cansada de tanta briga. Será que dá pra você cooperar? Sabe, não custa você ser menos rude com as pessoas que estão te ajudando. É difícil aceitar ajuda pra você? Você é tão orgulhoso que não vê que a sua vida tá em risco? – ela fez uma pausa, respirou fundo e olhou para ele, que agora estava recostado na cadeira, com cara de “nada” – Eu sei que não tenho nada haver com a sua vida. Mas enquanto Harry não...
- Lá vem o Cabeça-Rachada mais uma vez! O que é? Não consegue ficar sem ele? O Menino-que-sobreviveu é mortal, sabia? Voldemort também pode acabar com ele! – agora o loiro estava vermelho de raiva. ”Como ela pode acreditar que só o Potter é bom para acabar com aquele sangue-ruim? Ela é muito burra mesmo.”
- Malfoy, pára com essas idéias loucas! Você quer o quê? Que Vol... Que Vol...
- Fala, Weasley. V-o-l-d-e-m-o-r-t.
- Voldermort – ela engoliu seco – venha aqui e te mate? É isso o que você quer? Por que se for, eu saio daqui e aviso aos sonserinos onde você está.
- Você não teria coragem, você tem coração muito mole. – ele respondeu com desdém.
- Eu pensei que o lema da Grifinória fosse coragem. – ela levantou-se, e foi até a porta. – Eu tentei, mas você realmente não quer ajuda. Agora, vire-se sozinho! – dizendo isso ela saiu batendo a porta.
Continua!!!
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N/A: Gente, aqui é a Bruh, finalmente saiu o cap. 5 né?
Espero que vocês gostem como eu e a Mila gostamos de escreve-lo pra vcs
bjãooooooo
Comentem plis!
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