Surpresas
- Aha, que interessante, Diggory, porque eu não confio em nenhum de vocês três.
- Malfoy, já estou começando a perder a paciência com você. Será que por um instante você não pode colaborar? – pediu Cedrico.
- Vou colocar meu uniforme. – responde o sonserino, tirando da mala o uniforme verde e saindo para o corredor.
- Pelo menos assim, podemos pensar melhor. – falou Gina, enquanto fechava a porta da cabine. – Olha, eu realmente, acho que não há necessidade de tirarmos o Malfoy do dormitório da Sonserina. Deve existir alguém que goste dele, nem que seja um pouquinho, lá.
- Eu não sei não, Gi. E se ele estiver mesmo em apuros? Pelo o que Dumbledore me descreveu, Voldermort está com muita raiva dos Malfoy. Pelo visto Lucio deve ter errado feio.
Fez-se silêncio. E cada um pensava o que Lucio poderia ter feito pra ser castigado do jeito que fora. Somente a ruiva não pensava no Malfoy mais velho.
“Será que ele ficou triste? Não, acho que não. Malfoys não ficam tristes, são orgulhosos demais pra demonstrar uma fraqueza dessa.”
- Gina, você acha que o Malfoy vai aceita dormir nessa tal Sala do Fiel Segredo? – perguntou Luna.
- Eu acho que não. Na verdade, acho que poderíamos o deixar dormir lá na Sonserina. E se acontecer alguma coisa, ele vai acabar contando e aceitando dormir nessa Sala.
- Mas se acontecer alguma coisa, talvez ele não tenha tempo de nos contar. – falou Cedrico, saindo de seus pensamentos.
- É, você tá certo. Além do mais, ele é orgulhoso demais para admitir que tenha gente contra ele. Mas nós podemos dizer a ele que ele não tem ...
A porta da cabine abriu-se com um estrondo e entrou por ela, um loiro descabelado. Draco fechou a porta imediatamente, enquanto via Harry, Hermione e Rony passar atrás de alguns sonserinos.
- O que aconteceu, Malfoy? – perguntou Gina
- Eu aceito dormir nessa tal Sala. Mas com uma condição. Eu decido quem vai ser meu Fiel Segredo. – respondeu o loiro, recuperando o fôlego e sentando-se.
- Você não vai contar o que aconteceu lá fora? – insistiu a ruiva.
- Não.
O silêncio reinou novamente naquela cabine. Só foi interrompido quando um menino moreno e de olhos verdes abriu a porta e pediu para falar com Gina. A ruiva seguiu Harry até a cabine onde estavam seu irmão e Hermione. Assim que fechou a porta, Harry começou a falar.
- Gina, eu sei que Dumbledore deu uma missão a você. E que essa missão tem alguma coisa haver com o Malfoy. Então, vê se toma cuidado.
- É, Gina. Estavam querendo acabar com o Malfoy agora a pouco. Eu não sei o porquê. Também não entendi porque Dumbledore deu a você essa missão. Ele poderia ter dado a nós três. – continuou Hermione.
- Na verdade, nós queríamos que você saísse dessa tal missão. Quem se importa com a vida do Malfoy? Ele é um sonserino idiota, filho de comensal. Por nós, Gina, fala para Dumbledore que você não pode ajudar o Malfoy.- terminou Rony, segurando a mão da irmã.
Gina ficou calada e absorvia tudo o que o trio havia falado. Olhou para cada um dos três e tentou acalmar seu “gênio Weasley”.
- Primeiro, se Dumbledore me deu alguma missão, deve ser porque ele confia em mim. – ela olhou para Hermione e prosseguiu. – Se estavam querendo acabar com o Malfoy, algum motivo tem. E vocês não devem se intrometer. – ela virou-se para seu irmão. – A vida do Malfoy vale tanto quanto a de qualquer um. Não vou dizer a Dumbledore que eu não posso ajudar o Malfoy, só porque ele é sonserino. Eu tenho capacidade de ajudá-lo, caso ainda não tenham percebido.
Dizendo isso, saiu da cabine. Sentia raiva de eles terem falado daquela forma com ela, fazia se sentir uma criança sem talento. Agora mais do que nunca queria ajudar Malfoy. Não ligava se ele era sonserino ou qualquer outra coisa, ele precisava de ajuda. Pensando nisso, voltou para a sua cabine e a encontrou do mesmo jeito que havia deixado. Todos estavam calados e cada um com seu pensamento. Reparou que Luna olhava para Cedrico com um olhar diferente, mas não quis pensar sobre isso, talvez fosse coisa da sua cabeça.
- E então, quem vai ser o Fiel Segredo, Malfoy? – perguntou a ruiva.
- Você.
Todos se assustaram com a resposta e viraram-se para o sonserino.
- Você, Weasley. – ele respondeu simplesmente. Todos os outros ajeitaram-se na cadeira. – Diggory não ta na hora de você fazer a ronda?
- Estou indo. Nos encontramos hoje depois do banquete, no corredor próximo ao quadro da Mulher Gorda, então? – falou o lufa-lufa, levantando-se.
- Por quê? – perguntou Gina.
- A Sala fica por ali. – respondeu Cedrico. Todos afirmaram com a cabeça. – Até mais, então. E Malfoy, vê se não arranja confusão até lá.
O garoto retirou-se da cabine, enquanto Luna remexia no seu malão.
- O que foi, Luna? Esqueceu alguma coisa em casa? – questionou a grifinória.
- Não, não. – ela pegou um embrulho no malão. – Eu já volto, vou trocar o uniforme.
E não esperou nem a amiga responder. Gina olhou para a porta da cabine e depois para Malfoy, que estava de olhos fechados e com o cabelo ainda descabelado.
Não gostava do silêncio, ela preferia quando havia pessoas falando. E estar com ele ali, sozinhos, era mais incomodo ainda.
- Você não vai trocar o uniforme também não? – perguntou o sonserino.
- Não posso te deixar sozinho aqui. – ela respondeu simplesmente. Fez-se mais alguns minutos de silêncio, até que ela prosseguiu. – Não vai contar o que aconteceu quando você saiu?
- Não estou afim.
- Por favor, eu tenho certeza que isso vai ajudar na...
- Pra que você quer saber? Acho que o Cabeça-rachada já contou tudo, não?
- Não, Harry não me contou nada. Eu esperava que você me contasse.
- Pois então você vai morrer esperando. – dizendo isso, Malfoy virou-se de costas para a menina e continuou a pensar.
(Enquanto isso...)
- Cedrico! – chamou Luna, carregando um embrulho.
- Oi, Luna. O que foi, esqueci alguma coisa lá na cabine? – ele perguntou, desviando de alguns alunos e entrando na cabine dos monitores.
- Não, não. – ela disse, reparando que alguns monitores que estavam presentes na sala já começavam a olhar para eles. “Ai, pelas saias de Morgana, o que eu to fazendo aqui? Pensa rápido, Luna. Eu não tinha que ter comprado isso pra ele. Ai e agora, o que eu faço?”
- E então, sobre o que você quer falar? – perguntou o loiro já perdendo a paciência. – É sobre o Malfoy? – ele sussurrou.
A menina afirmou com a cabeça, respirando aliviada.
- Então, aguarda um minuto que eu vou passar as instruções pros monitores e eu já falo com você, tá? – ele disse, virando-se para as outras pessoas presentes na cabine e passou as instruções.
Enquanto os monitores se dirigiam para fora da cabina, ela não pode deixar de ouvir Cho Chang, monitora da Lufa-Lufa, cochichando para Cedrico.
- Cuidado com a Di-Lua, Ced. Te espero no final da ronda.
Cedrico olhou para a oriental e depois para a loira. Sentou-se num dos bancos e esperou a cabine estar completamente vazia. Ela sentou ao lado dele, depositando o embrulho que tinha no banco entre eles.
- E então, Lovegood, o que quer falar?
- Pode me chamar de Luna. – ela disse, corando na mesma hora. – É que eu queria saber se posso ajudar vocês com o Malfoy.
- Bem, eu acho que não tem problema. – ele respondeu naturalmente.
Foi Luna quem quebrou o silêncio que tinha se instaurado.
- E isso aqui é pra você. – ela disse apontando pro embrulho e logo em seguida saiu quase correndo.
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N/A: Ahhhh, gente!!!
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Beijos!
Obrigada a todos que já leram.
Continuem lendo, ok?!
Mas e ai, o que a Luna seu pro Ced, hein!? E oque aconteceu com o Malfoy?
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