Uma Noite entre as Estrelas
Capítulo XV
Uma noite entre as Estrelas
Recobrando os sentidos aos poucos, a nuca latejando por causa da pancada e completamente amarrado.Harry viu Arken no mesmo estado, ela arfava bastante e logo entenderia o motivo.Murmuraram Crucio e seus ossos doeram como se pegassem fogo, e depois apontava para Arken repetindo o feitiço.
-Boa noite Harry!Sua amiguinha acordou há séculos.-falou a voz aguda e fria de Voldemort.-Rabicho, vá chamar nosso convidado.Agora!
-Sim, milorde.
Rabicho, um antigo amigo de Lílian e Tiago Potter que os traíra levando o segredo de seu esconderijo ao Lorde das Trevas eliminando-os, inclusive, a prisão de Sirius condenado inocentemente.
-Sabe Harry, seria injusto para esta moçinha se ela sofresse mais do que você.Portanto, para que fiquem em igual...Crucio!
Seu corpo queimava de dor, como se fosse explodir a qualquer momento.Ouviu Arken chorar e pedir a Voldemort que parasse.Sentiu um ódio crescer em suas veias, um desejo de matá-lo, de acabar com tudo ali mesmo.
-Eu sinto sua raiva, Harry.Ela é deliciosa.
-Você conseguiu o que queria, estou aqui amarrado.Solte-a, não precisa dela.
-Eu pretendo soltá-la, mas somente quando nosso convidado chegar.
Um homem entrou no círculo de fogo com uma capa preta e uma máscara de prata ocultando o seu rosto.Caminhava devagar, saboreando toda a situação e o silencio que se abateve com sua presença.
-Deixe-me fazer as apresentações.-continuou Voldemort.-Harry Potter e Arken Éowyn, este é Lord Darth Vader.Outrora cavaleiro Jedi, agora, guerreiro das sombras ou utilizando os termos Jedi, um Sith.
-Anakin.É você?
As cordas que amarravam Arken soltaram-se com aceno de Voldemort e Darth Vader jogou-lhe o sabre.
-Lute Arken, se quiser viver.
A luta começara, só que Arken estava demasiadamente fraca para prosseguir por muito tempo, contudo, levantava-se e erguia a cabeça todas as vezes que caía.
-Consegue fazer muito mais do que isso!-disse Vader.
-Eu não sou como você.Não matarei ninguém!
-A questão é maior do que matar, é usar suas habilidades a seu favor.Gullveig lhe deu várias, use-as!
-Eu não falharei com meus princípios Anakin, não trairei mestre Obi-wan como você fez.
-Eu não me chamo mais assim.De agora em diante sou Lord Darth Vader.Um Sith, que nem o meu mestre que a propósito, leu sua mente.
-Do que está falando?
-Ele controlou sua mente quando ficou vulnerável e a guiou até essa Floresta.É tão fraca que nem resistiu aos poderes dele, e morrerá de maneira igual.Fraca e sozinha.Quanto ao meu antigo mestre, terminarei o serviço incompleto.
-NUNCA!!!
-É cruel não, Harry? Ver a sua amada acabando-se e você, pobre rapaz, assistindo amarrado.Impedido de ajudá-la.
-Não sei do que está dizendo.
-Besteira sua mentir pra mim.Eu vejo em você o quanto gosta dela, o quanto a ama.Amor é para os tolos, os desocupados que se engrandecem com um sentimento tão mesquinho.
Voldemort mantinha-se ao lado de Harry.Suas narinas ofídicas junto à face do garoto, e seus olhos vermelhos o estudando.Quase que lendo seus pensamentos.
-Façamos o seguinte: para que sua namoradinha não o veja morrendo igual a um covarde, eu o solto e nós duelamos.Certo?
Não houve tempo para respostas.As cordas soltaram-se e Voldemort jogou a varinha de Harry, encararam-se por alguns segundos e, em seguida, feitiços e maldições foram lançados entre eles.Harry se protegeu atrás de uma grande rocha, o pulso ferido e cada membro do seu corpo doía.
-Não se esconda pela segunda vez, Harry Potter!Encare seu destino de frente, o de morrer!
Ouvi-se um barulho e uma ventania forte apagou o fogo em volta deles.Harry espiou de relance e viu Arken diferente suspendendo Vader no ar.
-EU MATO VOCE SE TOCAR NO OBI-WAN.EU MATO VOCE!
-ELE MORRERÁ, PAGARÁ O QUE FEZ COMO OS OUTROS PAGARAM!TODOS QUE SE PUSEREM NO MEU CAMINHO PAGARÃO!
-PRO INFERNO VOCE E SUA IDÉIAS!PRO INFERNO SUA VINGANÇA ESTÚPIDA!PRO INFERNO VOCE!EU TE ODEIO!
Uma luz cegante iluminou todo o lugar.Sem enxergar quase nada, Harry vislumbrou apenas Voldemort ser lançado contra uma árvore e tombar no chão, e Vader ser jogado para longe caindo inconsciente.E Arken voltando a si, de joelhos e tremendo.
-Vamos Arken.Temos que sair daqui!
-Não consigo.Eu...fraca...
-Se apóia em mim.
Com dificuldade embrenharam-se no mato fechada.Densas nuvens amontoavam-se cobrindo a luz das estrelas.Pararam no rio que cortava o coração da Floresta Proibida.
-Devemos estar a quilômetros de distancia do castelo.-disse Harry
-Está ferido!
-Eu estou bem, não se preocupe.
Mas esse argumento não fora suficiente.Ela o fez se curvar e começou a lavar e limpar o ferimento no pulso com a água fria do rio.O som de passos apressados ecoava por entre as enegrecidas árvores.
-O que faremos?-perguntou Arken assustada.
-Eu não sei.Se os comensais da morte nos pegarem...temos que nos esconder.
-Tive uma idéia.
Arken fechos os olhos e erguer a mão direita, na sua mente imagens da Floresta passavam como num flash.Em poucos segundos vislumbrou uma cabana em ruínas não muito longe.
-Tem uma cabana na direção norte.
-Então vamos.
Eles corriam o mais depressa que suas pernas permitiam, suas vestes sujas e encharcadas pois começara a chover.Sem contar nos murmúrios dos comensais que se tornavam fortes, indicando sua presença.Finalmente alcançaram à cabana, a essa altura a chuva engrossara.Meteram-se para dentro, o suor misturado com a lama, o peito arfando, cansados.
-Eu...nunca...estive...tão...cansada.
-Esse esconderijo nos ajudará por pouco tempo.
-Isso se não puder evitar!
Arken se pôs para fora e começou a andar ao redor da cabana pronunciando uma língua estranha.
-O que você fez?
-É magia antiga.Um monge do Templo Zhulai me ensinou anos atrás.Mestre Obi-wan e eu o salvamos de cair num penhasco.Enquanto estivermos na cabana, ninguém irá nos ver.
Depois de pânico e exaustão, até que a casa pareceu um lugar “confortável”.As paredes de pedra e o teto coberto por uma densa folhagem, após se limparem, Harry conjurou uma fogueira para se aquecerem do frio.A chuva continuava densa e forte sem cessar.
-Eu queria me desculpar pelo que eu disse naquela sala.Acabei dizendo certas coisas sem pensar.
-Eu não estou com raiva.Sério, está tudo bem.
-Mas é minha culpa estarmos aqui.Você perdeu o controle porque disse aquelas coisas horríveis, eu tive raiva de saber que você vai embora.
-Não tinha como você adivinhar o que ia nos acontecer.Além do mais, devíamos nunca ter nos envolvido.Somos de mundos diferentes.
-Não para mim.
Estavam muito próximos.Harry chegou mais perto de Arken e a envolveu nos seus braços, ela tentou desvencilhar-se mas ele a beijou.Um beijo tão intenso que fez Arken render-se.
Em seu íntimo, ela desejava isso.O amava e estar com ele era como esquecer os problemas, aliás, do mundo.Harry a deitou calmamente e beijou-lhe o pescoço sussurrando em seus ouvidos:
-Ao seu lado, eu não sou Harry Potter, O-Menino-Que-Sobreviveu.Você me faz sentir e ser eu mesmo, apenas Harry.Isto é importante pra mim, porque eu amo você, Arken Éowyn.
Ele disse o seu nome, então ela se rendeu sem temores aos sentimentos que tentara reprimir.
-Eu também amo você, Harry.Amo como pensei jamais amar alguém.
Harry a abraçou para mais junto dele com um beijo feroz, aos poucos, Arken foi desabotoando sua camisa e acariciando seu tórax e costas.Harry despiu a blusa dela, soltou seu sutiã onde acariciou e beijo seu busto.Aproximou-a com carinho e intensidade.
Tornaram-se um só naquela noite, a chuva finalmente parou e as nuvens dissiparam fazendo a lua cheia iluminá-los na relva sob a proteção da cabana que os acolheu.
O sol resplandeceu no leste e na Floresta Proibida grupos de aurores da Ordem vasculhavam toda a área em busca de Harry e Arken.
-Se me permite dizer, diretor.-falava Snape nos ouvidos de Dumbledore-Potter é um menino que gosta de chamar atenção.É provável que esteja em algum lugar do castelo.
-Eu discordo, Severo.Olho-Tonto esteve ontem à noite e percorreu cada canto da nossa escola com o seu olho mágico e nenhum sinal de Harry.
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