A mudança de Arken
Capítulo VI-
A mudança de Arken
Harry, Rony, Hermione, os gêmeos e Gina ficaram numa cabine só deles quando embarcaram no trem.Minutos depois Neville juntou-se a eles, conversaram e riam alegremente exceto Harry que, perto da janela, observava a paisagem mudar de grandes e densas árvores a pastos e campos verdes.Sentia algo de ruim prestes a acontecer e não se tratava dele.
Mestre Kenobi e Arken sobrevoavam por entre as nuvens numa noite clara e agradável com suas vassouras a caminho de Londres.Diferente dos bruxos, os cavaleiros Jedi utilizavam vassouras feitas com bambu o que tornavam o seu manejo no ar muito mais leve, quase como se voassem por conta própria.
-Precisa aprender a controlar a sua mente Arken.
-Eu sei, mestre.Sinto muito.
-A raiva pode nos fazer poderosos, contudo, ela nos afasta da Força, dos nossos ideais.Ajudar, significa também compreender a incapacidade do outro.
-Não pra mim, mestre.O mal é uma escolha, e toda escolha traz suas conseqüências.
-O mal, Arken, é a ausência da Luz.A incapacidade de uma pessoa entender o bem, nossa obrigação é ajudar os outros, principalmente os que são atraídos pelo lado Negro da Força.
Após saírem do Largo Grimmauld, Mestre Kenobi e Arken ingressaram numa missão em terras árabes.Uma pista de que Voldermort tentaria aliar-se com grupos terroristas os levaram ao Oriente.Os dois, disfarçados, rondaram as terras paquistanesas e iraquianas.Descobriram um grupo de rebeldes israelitas que pretendiam unirem-se a Voldermort.Como uma prova de lealdade, os rebeldes explodiriam mesquitas na cidade de Cairo, no Egito.
A mesquita escolhida concentrava muitos mulçumanos, tanto trouxas quanto bruxos.Com suas habilidades Jedi, ocasionaram o fracasso do plano e a prisão dos envolvidos.Entretanto, um deles fugiu.Os dois cavaleiros o seguiram até as areias quentes do Saara onde um grupo de crianças nômades brincava.Por vingança, o rebelde apontou uma arma na direção delas.
Arken recordou de uma tragédia que viu no passado, ouviu novamente como naquele fatídico dia os gritos e sentiu o cheiro de sangue.O verdadeiro poder de Arken Éowyn despertou, seus olhos olhos castanhos tornaram-se brancos e rajadas de vento ergueram o homem até o alto.As crianças correram assustadas e o rebelde, mergulhado na tempestade de areia, morreu asfixiado.
-A Força é diferente em você, minha jovem aprendiz.Ou controla essa diferença ou...
Mas o mestre não terminou a frase.Um feitiço passou raspando o seu braço arranhando-o, o segundo quase fez Arken cair.Quatro seres encapuzados voavam atrás deles, não usavam vassouras muito menos animais alados.Desviavam o máximo que podiam dos feitiços e maldições, enquanto voavam por cima de um imenso lago, e um deles atingiu a jovem que caía de uma enorme altura em direção ao lago.
Porém, ela não caiu.
-Ah não, de novo não.-estremeceu Obi-wan.
Arken mantinha-se erguida no ar, já mudada.Com um simples aceno um jato de água levantou-se do lago e empurrou com violência as criaturas para longe.Ela desmaiou em seguida, amparada por seu mestre que a levou para o único lugar que teriam segurança.
Quando o Expresso de Hogwarts parou em Hogsmead já era noite.As carruagens postadas ali perto levariam os alunos, a exceção dos que iniciariam o primeiro ano.Harry reparou que, dessa vez, as cem carruagens seriam levadas por um animal bizarro: tinha uma aparência de cavalo completamente ossudo, pêlos negros, cabeças de dragão, olhos sem pupilas brancos e fixos.Da junção das espáduas saiam asas imensas e negras coriáceas, iguais as de um morcego.Imóveis e quietos na escuridão, os bichos eram estranhos e sinistros.
Harry ficou uns minutos contemplando a criatura e se perguntando por que tinham escolhido este ano para levar os alunos.
-O que faz aí, Potter? Demonstrando em público seu estado de burrice mórbida...rsrsrsrsr!!- disse em voz alta alguém que, infelizmente, Harry conhecia...Draco Malfoy.
-O que faço ou deixo de fazer não é da sua conta...Dá o fora!
-Oh, cuidado Potter!Fui nomeado monitor sabia, posso tirar pontos da sua casa nojenta.
-E nós a sua!- retrucou Rony aproximando-se de Harry junto com Hermione.
-É isso mesmo Malfoy!-continuou Hermione-Rony e eu fomos nomeados monitores também,portanto, manda os seus comparsas com cara de buldogues tomarem cuidado com a gente.
Crabble e Goyle fecharam os punhos com o intuito de partirem para briga, porém Draco os impediu.Embora fossem burros, seu líder não era e sabia que Sonserina não podia perder nenhum ponto sequer.Há cinco anos seguidos que Grifinória ganha a Taça das Casas, lançou um olhar de ódio aos três e foi-se embora.
-O que você estava vendo?-perguntou Rony.
-Aqueles bichos ali.Que estão na carruagem.
-Mas que bichos?Eu não vejo nada.
-Como...
-Você não está louco.Eu os vejo também.-respondeu uma menina atrás deles.
Ela tinha uma aparência meio excêntrica.Usava um colar de rolhas de cerveja, brincos em forma de nabos e mantinha a varinha na orelha.
-Essa é a Luna Lovegood, pediu para ir conosco a Hogwarts.-disse Gina.
Porque Rony e Hermione não viram aqueles bichos?Será que Harry enlouqueceu?Bom,Luna parecia não ser muito normal e isso trazia mais preocupação do que alívio.
-Não sabia que vocês tinham sido nomeados monitores-falou Gina.
-A professora Mcgonagall nos procurou na Estação e nos deu o comunicado e o distintivo-explicou Hermione.
Desembarcando nos portões do castelo, o enorme grupo se dirigiu para o Grande Salão onde cada um sentava-se à mesa correspondente a sua casa que eram quatro:Grifinória, Lufa-lufa, Corvinal e Sonserina.
-Uma coisa que reparei- comentou Neville que se juntara ao grupo junto com Simas e Dino- foi que Hagrid estava ausente na Estação de Hogsmead.É sempre ele que espera os alunos do primeiro ano para a travessia no lago.
-Eu também vi,-disse Dino - quem assumiu o lugar dele foi a Glubbly Plank.Lembram dela?
-É claro que sim.-exclamou Lilá Brow-Nunca me esqueço das aulas fascinantes que tivemos.
Harry amarrou a cara para Lilá durante todo o jantar.
Passadas algumas horas, Filch caminhava pelos fundos do Salão e informou alguma coisa nos ouvidos de Alvo Dumbledore que após falar com Mcgonagall saiu silenciosamente com os dois ao seu lado.
-O que será que aconteceu?- questionou Rony a Hermione e Harry.
Trocaram olhares curiosos, mas Rony e Hermione voltaram sua atenção as comidas e conversas absortas.Harry, no entanto, manteve os pensamentos em Arken.Teria a saída de Dumbledore a ver com ela?
-Meu Deus, mestre Kenobi!-exclamou horrorizada Mcgonagall.
-Venha Obi-wan, levaremos Arken a ala hospitalar.Madame Pomfrey cuidará bem dela.-disse Dumbledore paternalmente.
Sr.Filch abriu os portões para mestre Kenobi que trazia nos braços sua aprendiz desacordada e ardendo em febre.Dumbledore os guiou a ala hospitalar e Madame Pomfrey prontamente reservou uma cama nos fundos da sala em volta de um biombo.
-Ela ficará bem?-perguntou Obi-wan.
-Ah...sim, mestre Kenobi.Farei o melhor que puder para curá-la, com minhas ervas e poções eu creio que amanhã sua menina estará melhor.
-Minerva, peço-lhe que volte ao Salão e faça a seleção paras as casas, depois do jantar mande-os para suas salas comunais.Levarei Obi-wan a minha sala.-pediu Dumbledore.
-Certamente,Alvo.
Na sala do diretor, num simples toque de varinha apareceram em cima da escrivaninha uma jarra de suco de abóbora e sanduíches.
-Obrigado, Dumbledore.Mas estou sem fome.
-O aconselharia a comer.Precisa estar bem amanhã quando Arken acordar.
Dumbledore mirou o cavaleiro Jedi por trás dos seus óclinhos de meia-lua.
-Diga me o que houve, Obi-wan.
-Aconteceu de novo.Arken está mudando, há um poder despertando dentro dela.
-Pelo que vejo e acredito é um poder que não deveria ter sido acordado.
-Como assim?
-Caso fosse benéfico, seu corpo não reagiria como está fazendo.A febre parece uma tentativa de expelir esse poder.Ela o usou porque foram atacados?
-Sim.Mas partiram com as rajadas de água provocadas por Arken.
Dumbledore contemplou a Penseira extremamente preocupado.
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