A Mão Branca
Capítulo II-
A Mão Branca
A noite transcorrera tranqüila na Toca, a mesa repleta ficou repleta de convidados:Harry, Hermione, Moody, Lupin, Tonks e Sirius.Todos sorriam e contavam piadas alegremente, até Harry esquecera dos acontecimentos sobre Fudge com as transformações engraçadas de Tonks.
-Sou uma metamorfomaga, posso me transformar em qualquer coisa sem utilizar magia- respondeu Tonks com seus cabelos em tom de rosa-chiclete e o nariz de galinha.
Depois de soltarem seus estoques de Fogos Filibusteiros que tinham nos bolsos, os gêmeos Fred e Jorge foram ao encontro de Harry, Rony e Hermione sentados a um canto.
-Parece que Você-Sabe-Quem está atrás de uma arma secreta, algo que ele não tinha antes.-disse Jorge.
-Vocês sabem que arma é essa?A Ordem comentou alguma coisa?-perguntou Hermione.
-Mas isso é óbvio!Só pode ser o Harry!-disse Rony
-Não, Maninho.-respondeu Fred-Lupin perguntou a Dumbledore sobre isso, ele respondeu que não se trata do Harry.
-Mas não conseguimos ouvir mais nada além do que contamos, mamãe nos pegou em flagrante.-disse Jorge.
-Nunca desaparatei tão rápido em toda a minha vida.- completou Fred.
Harry conseguiu dormir quando o dia já raiava, passou a noite imaginando que arma seria essa.Onde estaria agora?Talvez fosse um objeto que controlasse a mente das pessoas sem nenhum contra-feitiço, ou poderia ser grande e letal.E quem sabe até uma pedra pequena e sem valor aparente como a Pedra Filosofal que ele resgatou no primeiro ano, mas e se fosse uma pessoa?Dumbledore garantiu, segundo Fred, que não era o Harry, então quem seria?
Quando adormeceu, sonhou estar num imenso jardim com girassóis, centenas deles e uma mulher vinha ao seu encontro...
Rony roncou na cama ao lado, despertando Harry que se controlou para não meter-lhe um soco no rosto, ou no mínimo jogar-lhe um travesseiro por tê-lo acordado.A mulher era tão linda e parecia querer dizer algo para ele enquanto sorria e seus olhos cintilavam.A hora da partida terminou acontecendo no final da tarde, pois a Sra.Wesley queria ter certeza de que levariam o essencial e de que nada se perderia no meio do caminho.
-Transportar objetos com Chaves de Portais é perigoso ás vezes, se você não os mantiver bem presos podem se soltar e parar na casa de alguém.Arthur uma vez foi a casa de uma trouxa que levou uma pancada na cabeça de um caldeirão que caiu do céu, o pior de tudo é que o caldeirão caiu de boca para baixo e estava mal-lavado.O conteúdo tinha cheiro de titica de galinha.-explicou Sra.Wesley
-E o que aconteceu com a trouxa mamãe?-perguntou Gina
-Ah querida, Arthur pôs um feitiço de memória nela, mas não conseguiu remover o cheiro.A moça passou uma semana sem saber porque fedia tanto!
Harry notou seu padrinho triste, distante do grupo que ocupava a sala.Ele contemplava triste a janela por se via os campos verdes.
-Algum problema Sirius?
-Como a felicidade dura pouco, parece que foi ontem que corri por esses campos na forma de um cachorro.Me senti livre aqui, mas chegou a hora de voltar para a mansão, aquela miserável mansão.O Largo Grimmauld era propriedade da minha família e agora me pertence, está repleto de objetos trevosos guardados há séculos por meus ancestrais.Apesar de se encontrar em ruínas, ainda é habitável e esta como sede da Ordem.
Sirius fitou o seu afilhado por um instante que o olhava preocupado, por isso adiantou-se em dizer:
-Não se preocupe Harry, lá não é o circo dos horrores.
-Agora você sabe como me sento nas férias com os Dursley.
-O caminho certo é sempre o mais difícil, e o mais injusto também, mas a recompensa será a mais duradoura.Tenha paciência, um dia tudo terminará.
-E qual será a recompensa Sirius, por acaso a cabeça de Voldermort.
-A liberdade Harry, a liberdade.
As exatas cinco horas da tarde, havia uma grande concentração dos membros da Ordem mais a família Wesley junto com Harry e Hermione em volta de uma bota velha.
-No três esta bem- disse Lupin-Um...dois...três!
Tocaram na bota e Harry sentiu o conhecido e desagradável solavanco no umbigo, o impulso como se estivesse sendo sugado;os corpos de Rony e Hermione batiam nele, um de cada lado.Porém, surgira do nada uma mão branca e cadavérica, e esta puxava com tanta força a perna de Harry que seu dedo começava a escorregar da bota.Uma risada maquiavélica ecoou nos seus ouvidos, a cicatriz ardeu com intensidade fazendo-o perder os sentidos e largar a chave de portal.
Aos poucos, Harry foi recobrando a consciência.Alguém dava-lhe uns tapinhas no rosto e chamava o seu nome.
-Harry!Harry!Você está bem?-perguntou Hermione
-Acho que sim.Tive a impressão de estarem puxando a minha perna.
-Aconteceu de verdade.E você não foi o único.-disse Rony
Os três estavam sozinhos num campo com uma mata fechada em volta, cercando-os.O sol já ia se pondo e ninguém aparecia para resgatá-los, o tempo esfriava e a cada minuto que escurecia a sensação de estarem sendo vigiados os incomodava.
Harry contara aos dois amigos sobre a mão branca, a risada e em seguida a dor na cicatriz que o fez perder os sentidos.Eles o ouviam atentamente e pensaram na mesma conclusão de Harry:só havia uma única pessoa capaz de trazê-los ali e provocar a dor em sua cicatriz.
-Quando segurávamos a chave de portal, eu olhei para o lado e vi você branco como Nick-Quase-Sem-Cabeça- explicou Rony-Seu dedo escorregava da bota,daí então eu fui te segurar e acabei sendo puxado também.
-Comigo aconteceu a mesma coisa.-confirmou Hermione.
-Levou um bom tempo para acordarmos você, cara.Com certeza, papai e os outros já estão na Sede.
-Vamos passar a noite aqui?-perguntou Hermione.
-Espero que não, talvez já deram por nossa falta e estão nos procurando.
Ruídos vindos da mata assustaram os garotos que não enxergavam nada, porém Harry visualizou vultos de pessoas desaparatando.Eram os Comensais da Morte, cerca de vinte deles os cercaram.Tomados pela surpresa, os três apenas sacaram as varinhas esperando o pior, sem nenhum feitiço em mente para escapar daquela situação.
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