Enfim...a Rua dos Alfeneiros
Enfim...a Rua dos Alfeneiros
Em uma madrugada quente de verão, na Rua dos Alfeneiros, todos os habitantes se encontravam adormecidos em suas casas, quase todas as luzes estavam apagadas exceto uma janela numa casa n° 4, onde um garoto de quinze anos dormia a sono solto com sua testa encostada no vidro.O abajur permanecia aceso refletindo a cicatriz em forma de raio, marca registrada de Harry Potter.Há cerca de uma semana recebera através de Pichitinho um comunicado de seu melhor amigo, Ronald Wesley.
“Caro Harry,
Como você está?Olha, em breve meu pai e eu iremos te buscar pra você passar o resto das férias com gente ok!A Mione irá também.
Deixa tudo arrumado por que pode ser a qualquer momento.
“Rony “
Mantinha segurado em sua mão este bilhete, no dia anterior ficou em seu quarto arrumando tudo, isso por que novamente Pichitinho veio trazendo um pequeno papel escrito:”Hoje de madrugada”.
-Finalmente vou sair deste inferno.-pensou consigo mesmo enquanto fazia as malas.
Pelo seu sono profundo Harry nem percebeu que um pontinho vermelho voava no céu destacando-se entre as estrelas, era um Ford Anglia avermelhado que pousava sobre as ruas escuras bem em frente à casa dos Dursley.
-Ainda acho que não devíamos fazer isso!-criticou Rony- A gente pousa sobre o quarto do Harry, pega ele e pronto!
-Rony, não podemos tirar o Harry de casa sem mais nem menos-respondeu Mione-Isso seria seqüestro!
-Além do mais - concluiu o Sr.Wesley-Harry está na casa dos seus tios, se sumisse de repente ficariam preocupados.
-No dia que isso acontecer eu beijo a bochecha de Crabble!!
Os três saíram do carro e o Sr.Wesley tocou a campainha, levou alguns minutos para que ouvissem resmungos e luzes se acendendo.O Sr.Dursley abriu a porta:
-Que diabos é...
-Boa Noite Sr.Dursley!-cumprimentou o Sr.Wesley-viemos aqui buscar o Harry para passar o final das férias conosco, desculpa vim aqui há esta hora, mas era os únicos meios de chegarmos sem sermos vistos.
O Sr.Dursley não dizia nenhuma palavra, apenas olhava para os dois lados da rua observando se não tinha ninguém olhando.
-Como se atreve a vir aqui há essa hora?Vestido como um doido!
Ele olhava com uma expressão de nojo o pai, o Sr.Wesley, Rony e Hermione e seus trajes.Passos viam da escada e logo Harry apareceu com suas malas e Edwiges dentro da gaiola.
-Onde você pensa que vai, moleque?-perguntou o Sr.Dursley
-Para longe daqui.-respondeu Harry-Tchau, até o ano que vem.
E fechou a porta na cara do tio.Os quatro antes de embarcarem no carro ouviram algo do tipo “Seu miserável!” e voaram rumo a Toca.
-Como passou as férias Harry?-perguntou Hermione
-Nem me pergunte, foram horríveis.
-Temos um monte de novidades pra te contar-sussurrou Rony nos ouvidos de Harry-papai não pode nem imaginar o que nós descobrimos.
-Há quanto tempo está aqui Hermione?-perguntou Harry
-Eu cheguei ontem, passei metade das minhas férias na França com os meus pais.
-Aposto como você deve ter se encontrado com o Vitinho lá.-resmungou Rony
-Pra sua informação Ronald Wesley, eu não encontrei o Vítor Krum lá.Soube que estava de passagem com o seu time pela França mas não cheguei a vê-lo, além do mais não é da sua conta se falo ou não com o Vítor!
-Bulgarozinho idiota!!-respondeu Rony nos ouvidos de Harry.
Mas Harry não deu atenção às discussões de Rony e Hermione, já estava acostumado com as brigas dos dois amigos.Nada importava principalmente agora que sentia o ar fresco de novo, embora sua vassoura estivesse bem guardada no malão, abrir a janela e sentir o vento batendo no rosto trazia a mesma sensação maravilhosa produzida em um vôo comum com sua Firebolt.Harry lembrou-se então da primeira vez que Rony, junto com seus dois irmãos gêmeos, Fred e Jorge Wesley, foram resgatá-lo da casa de seus tios, mas veio-lhe também a lembrança de no segundo ano, ter ido a Hogwarts com Rony no Ford Anglia azul do Sr.Wesley.O Carro, neste momento, devia percorrer pelas terras enlameadas da Floresta Proibida.
-Sr.Wesley, o carro que...
-Quer saber como consegui um carro novo que voasse não é Harry!-respondeu o pai de Rony-Bem... eu conheço uns amigos trouxas que me deram esse carro velho e bem...hum....modifiquei ele um pouquinho sabe.
Já era dia quando o For Anglia pousou nas terras de A Toca, a Sra. Wesley saiu da casa e, ainda de camisola, cumprimentou Harry com um beijo e abraços.Seus filhos Fred e Jorge vieram em seguida e deram Oi a Harry acompanhados por Gina.Após um bom tempo de conversa, em que a Sra.Wesley ralhara com os gêmeos por terem perguntado com estava a rolha de poço do primo e Harry, todos ali presentes foram tomar um delicioso café-da-manhã.
-Vamos lá pra cima Harry, para você poder guardar as suas malas.-disse Rony
-Claro, vamos.Vem com gente Mione?
-Sim, concerteza.
Assim os três subiram as escadas em direção ao quarto de Rony que ficava no sótão.Harry se sentou numa das duas camas que estavam ali e olhou para Rony e Hermione que tinham um olhar um tanto nervoso para com ele.
-Mas então o que aconteceu?-perguntou Harry
-Fudge não acredita no retorno de Você-Sabe-Quem, Harry.-respondeu Rony-Ele continua negando o que você viu no dia da prova do labirinto e sobre a morte de Cedrico, teima em dizer que foi um acidente.
-O que?-indignou-se Harry
-Ele está com medo de encarar a realidade Harry.-explicou Hermione-Se concordar com os fatos toda a comunidade bruxa entrará em pânico.
-E o Dumbledore?Qual o papel dele nisso tudo?
-Eu e Mione descobrimos algumas coisas graças as Orelhas Extensíveis que Fred e Jorge inventaram.Parece que Você-sabe-quem vem reunindo seguidores por todo o mundo, até falam em uma aliança dele com os trouxas terroristas, mas o fato é que Dumbledore fundou um guarda contra ele, ela se chama a Ordem da Fênix.
-Essa guarda já existiu antes-continuou Hermione-nos tempos em que Você-sabe-quem tinha chegado no auge do seu poder e agora ela está de volta para lutar contra ele de novo.
-Houve uma discussão entre Fudge e Dumbledore por causa disso.Percy até saiu e casa, ele brigou com papai dizendo que Dumbledore era louco e está morando num apartamento em Londres.
-Todos acham que você está bancando o herói.O Profeta Diário não pára de soltar piadas ridículas sobre você.
-ESSE FUDGE É UM IDIOTA E TODOS OS QUE ESTÃO DO LADO DELE-exasperou-se Harry-ELE NÃO SABE COMO É, NÍNGUEM SABE COMO É!!!
-Calma Harry, fica calmo cara!-disse Rony
-EU NÃO QUERO FICAR CALMO, EU VI CEDRICO MORRER!!!FUI EU QUE VI VOLDERMORT VOLTAR E AQUELE FILHO (e chamou Fudge de uma porção de nomes) E ELE ACHA QUE ESTOU MENTINDO.COMO POSSO ME ACALMAR COM ISSO!!!!!!!!!!
Harry adiantou-se para o peitoril da janela e mirou o horizonte, desde a morte de Cedrico Diggorry, no ano anterior, e no retorno de Voldermort, Harry tinha pesadelos todas as noites.Acordava com a sua cicatriz latejando sem parar.Rony e Hermione se entreolhavam sem saberem o que dizer, mas era impossível por que ninguém jamais viu ou sobreviveu para contar as imagens presenciadas por Harry para entende-lo.
-Eu sei-falou Hermione-que não podemos entender tudo o que você passou, mas nós queremos te ajudar.Voce não está sozinho!
-É isso cara, estamos nessa com você.
-Eu sei disso.Se não se importam eu gostaria de ficar sozinho.
Rony e Hermione saíram deixando Harry no quarto.Ele foi até sua mala e pegou uma foto antiga de seus pais, permaneceu ali por um longo tempo admirando-os.Ao meio-dia sentiu fome e resolveu descer para comer alguma coisa, antes de abrir a porta a maçaneta girou e surgiu uma figura conhecida de sorriso carismático.
-Olá Harry.-disse Sirius abraçando o afilhado-Como você está?
-Sirius?O que faz aqui?
-Ah...eu vim transfigurado como cachorro e escoltado por Lupin,Olho-Tonto e Tonks, uma prima minha e amiga nossa.É uma chatice ser escoltado, parece que sou uma criança, em todo o caso só pude vir com esta condição.Molly mandou isso para você.
Era um prato cheio de sanduíches e uma jarra de suco de abóboras, Sirius se acomodou numa poltrona e observava o afilhado devorar, em segundos, todos os sanduíches e o suco.
-Rony e Hermione me contaram a respeito dos seus sonhos com Cedrico e Voldermort.
-Sim.Todas as noites, é sempre o mesmo sonho;me vejo no cemitério vendo o Cedrico morrer e em seguida escuto a risada de Voldermort, acordo com a minha cicatriz doendo.
-Seus amigos me contaram sobre a raiva que você teve sobre o assunto do Fudge.
-Como ele pode acreditar que Voldermot morreu e achar a morte de um aluno um acidente?Não é somente eu que diz a verdade sobre isso, Dumbledore também acredita.Isso devia bastar!
-Eu sei que devia, Harry.Mas Fudge como tantos outros tem medo da verdade, de encarar a vida do jeito que ela é, preferem se refulgiar no mundo ilusório achando que este lugar irá durar para sempre.
-Tenho tanto ódio dele, do Voldermort.Por culpa dele eu sou órfão, o Mintério e todos acham que sou louco, você é acusado de um crime que não cometeu...por culpa dele Cedrico, meus pais estão mortos...
-E você está vivo Harry!Eu sei que não é fácil pra você, às vezes quero procurá-lo e acabar com isso de uma vez por todas, com minhas próprias mãos mas ele está alguns anos de magia a nossa frente.
-E o que você espera que eu faça?Cruze os braços?
-Não pode morrer agora,Harry.É isso que você não pode!
Sirius se adiantou para frente de Harry, segurou nos seus ombros e encarou os olhos verdes do garoto.
-Me prometa Harry que não irá atrás do Voldermort antes da hora.Seu coração carrega muita mágoa e ódio, não deixe que isso atinja a sua alma, vai precisar dela na hora certa.
-Mas Sirius...
-Prometa Harry!!
-Ok, Sirius.Eu prometo.
-Assim está melhor.Amanhã bem cedo nós partiremos para onde eu estou escondido, desça daqui a pouco certo?
-Hum...certo.Ah...Sirius a respeito do que sabemos sobre a Ordem, você não ficou bravo de termos descoberto?
-Ah...que nada!Fui eu mesmo que desfiz em silencio os feitiços da Molly, para que os gêmeos se informassem de algo.Até mais.
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