Notícias Trágicas
Lily seguiu o caminho até a sala de poções e entrou, como sempre, e fechou a porta.
-Seeeeeeev????? - chamou ela, saltitando pela sala vazia.
-Lily! - Snape saiu do escritório, e foi até a garota. Eles se cumprimentram com um beijo e um abraço.
-Tava com tanta saudades! Fiquei até doente, meus pais pensaram até que eu podia morrer.
-Não fala besteira!
-Tá, eles não pensaram que eu iria morrer. Mas que eu fiquei doente eu fiquei!
-Você parece mesmo meio mal. O que você teve?
-Não sei. Deve ter sido só uma gripe. Apesar de ter me lembrado um pouco quando eu estava grá... - Lily gelou. "Não pode ser, seria ridículo... não seria?"
-O quê?
-Nada. Como foi o natal aqui em Hog?
-Como sempre. Nada de novo. E o seu?
-Bem...
-Preocupada com o que?
-Heim?
-Com o que você está preocupada?
-Nada, nada não - disse ela voltando a beijar Snape.
Lily voltou para o salão da Grifinória depois de algumas horas, estava muito preocupada, mas acreditava que devia mesmo era estar ficando louca. Quando chegou no salão, Gina estava com cara de quem ia desmaiar, ou vomitar, ao ter uma convulção, ou ... ou ter um infarto de uma vez!
-Gina? Que foi, criatura?
-Fred e Jorge ficam brincando comigo. Eles me assutam pelas costas e me deixam assim! Depois um bando de engraçadinhos achou a idéia legal e começou a fazer isso comigo todo o tempo...
-Não ligue pra eles, Gina. Essas pessoas são assim: quando a gente chora as pessoas riem, mas quando a gente morrer essas pessoas vão chorar e a gente vai rir delas.
-Ninguém choraria a minha morte...
-Não fala isso!!!
-Eu devia era ser oferecida ao monstro da câmara.
-Gina! Não seja burra, todo mundo gosta de você!
-Tanto faz... - e dizendo isso, ela se levantou e foi para o quarto.
-É outra louca, essa aí...
Dia nove de janeiro Lily acordou um pouco tarde. Ela estava muito animada, faltavam três dias para começar as aulas, mas não era por isso que Lily saiu cantando e pulando até a estátua da bruxa de um olho só e entrou escondida em Hogsmeade levando dez galeões.
-Ah, finalmente te achei! - começou Gina quando finalmente achou Lily - Er... Como você conseguiu isso?
-Isso o que?
-Ah, deixa eu ver... essa caixa enorme escrito "Povoado de Hogsmeade: volte sempre!" por acaso serve?
-Ah, isso!
-Ai, como é besta...
-Okeeeey! Eu fui até Hogsamead por uma passagem secreta!
-Posso saber pra que?
-É, deixa eu ver... Não!
-Desculpe então...
-Tenho que ir...
-Onde? É uma hora da tarde!
-A gente se vê por aí...
- ¬¬'
Lily subiu para o dormitório, feliz com sua grande caixa e a deixou escondida debaixo da cama, depois ela foi almoçar. No almoço ela se serviu de... coisas demais...
-Tá de dieta? - perguntou Michel por trás da menina.
-Há, há, há.
-Que bom que achou graça!
-Vai pentear diabretes, Michel!
-Ahh, está sentimentaaal... Primeiro sinal de "paixonite".
-Que que é, heim?
-Só achei que comendo macarrão, duas "coxinhas" de avestrúz, ovos mechidos, arroz, batatas cozidas e empadinhas você ia passar fome.
-Vai achar sua namoradinha sem-graça, vai!
-Quando voltar a ficar bem humorada a gente conversa - se afastou rindo e deixando Lily ainda mais irritada.
De fato, Lily estava prestes a devorar tudo, mas, quando faltava apenas um pouco mais, ela colocou um pouquinho de arroz na boca e a fome passou milagrosamente e foi substituída por um enjôo insuportável. Lily saiu em disparada para a enfermaria, mal conseguia abrir a boca.
-Que foi. querida? - perguntou Madame Pomfrey quando ela chegou. Lily fez uns gestos mostrando que queria vomitar. Depois de passar três minutos passando mal no banheiro da enfermaria, Lily desmaiou nos braços da enfermeira.
Lily começou a acordar lentamente. Abria os olhos muito devagar, enquanto a visão ia entrando em foco. Podia ver alguns borrões e ouvir cochichos ao seu redor, a voz de Madame Pomfrey silenciou Paola, e Mike.
-Vamos! Saiam, depois vocês contam a ela!
A visão entrou em foco, a enfermeira parecia preocupada e assustada.
-Querida?
-O que foi?
-Quantos anos você tem?
-Fiz onze 31 de outubro, por quê?
-Você... você está...
-Eu tô doente? É grave?
-É pior do que você pode imaginar...
-Fala logo, tia!
-Minha filha, você está grávida.
Era como se uma bola de concreto caisse com força no estomago de Lily. Era como se seu mundo desabasse, era como se suas amigas a abandonassem. Era uma coisa horrível de sentir, mas o que mais assustava Lily era que ela se sentia feliz. Não, tinha uma coisa que assustava ainda mais a menina: Snape.
Uma tristeza enorme invadiu e contaminou o coração de Lily. Fazia ela sentir como um veneno que ia matando pedaõ por pedaço de cada alegria, cada beijo, cada abraço, cada sentimento, a noite em que dormiram juntos...
Como ela podia ter feito isso? Era tudo culpa dela, afinal, fora ela quem induzira Snape o tempo inteiro. Se ela não tivesse tomado atitudes, eles não teriam saido dos abraços, da amizade.
Amizade? Isso lembrava Lily do passado... Tudo lembrava Lily do passado naquele instante...
-Querida?
Madame Pomfrey tirou violentamente Lily de seus pensamentos agonizantes. Ela nem havia percebido, mas naquele segundo ela se deu conta de que estava chorando de soluçar.
-Tem mais uma coisa que você prescisa saber.
Lily ainda tinha uma pontinha de alegria que ela mal sabia porque existia. Tudo parecia esmagar a menina.
-Sua amiga, Gina, - Madame Pomfrey falava num tom lento e abafado, que dava desepero em Lily - foi levada pelo montro para a câmara secreta.
-NÃO! - o grito de Lily foi rouco, alto, agudo, resgado, de estraçalhar o coração. Madame Pomfrey tentou dar um remédio para dormir, mas ela se recusou a fazer qualquer coisa. Insistia que devia fazer uma coisa e que não podia esperar.
-Você tem que descansar.
-Não! Eu presciso fazer isso agora!
-Por favor, você tem que ficar aqui!
-Não posso!
-Eu não queria dizer, mas você não me deixa opção: devido a sua idade e ao seu estado emocional, você está em uma gravides de risco, se não passar bastante tempo repousando e se tratando, vão morrer você e a criança.
-Se eu morrer sem fazer o que eu tenho que fazer agora, eu morreria nesse estado de infelicidade. Com toda a sua licença, tia.
Lily foi rápida, mas não podia correr, ia se apoiando nas paredes, tremia, chorava, sentia que tudo em seu mundo sedia junto com suas pernas, cada vez mais arqueadas em direção o chão. Quando finalmente chegou, ela estava de joelhos, descabelada, a roupa arranhada, amassada, enfim: ela estava do mesmo estado por dentro e por fora. inclusive os olhos, porque apezar de tudo, carregar um filho do homem que amava era uma alegria inegualável, talvéz fosse por isso que seus olhos muito verdes continuavam exalando vida e energia.
Ela sentou de lado, encostada na porta, chorando de se acabar, bateu na porta com a palma da mão, Snape abriu a porta assustado.
-Lily! Meu amor, o que foi? - disse ele pegando a menina desolada no colo.
-Você nunca vai me perdoar... Nunca vai me perdoar!
Snape colocou a menina numa cadeira e conjurou um copo de água.
-Se acalme, fale com calma.
-Eu tô... eu tô...
-Respira fundo, se acalma - Snape acalmava a garota enquanto afagava seus cabelos ruivos, que agora estavam quebrados e sem vida.
A menina tomou o copo nas mãos, que tremiam, e levou devagar à boca. Respirou fundo e decidiu falar.
-Eu tô g-g-grávida...
Ela esperava uma reação completamente diferente da reação de Snape.
-G-grávida?
Snape abraçou forte a menina, que ainda estava em estado de choque, preocupação, tristeza, tensão, alegria... Não tinha muito mais o que fazer naquele momento.
-Eu amo vocês. Eu amo vocês, Lily, eu vou ficar do seu lado, aconteça o que acontecer.
-Não, você não tá entendendo - Lily chorava muito, mais estava tentando se acalmar agora que estava abraçada com Snape - Minha família, a escola, vai tudo virar de cabeça pra baixo, vai tudo...
Lily não conseguia mais falar, estava voltando a ficar enjoada. Foi ficando tudo escuro, Lily ficou de repente com uma dor de cabeça insuportável.
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