A Câmara Secreta

A Câmara Secreta



Lily estava chorando no colo de Snape. Snape chorava abraçaando Lily. As emoções a flor da pele, o momento da revelação de Lily não saiu como ela planejou, começou terrivelmente e estava começando a melhorar. Por enquanto havia sido um desastre.
-Me desculpe - murmurou a garota desolada, porém feliz de finalmente chegar no ponto em que queria - Seria foi ridículo esperar que você simplesmente entendesse logo de cara. Ninguem acreditaria tão rápido. Depois de tudo o que você fez por mim...
Snape abraçou-a mais forte, a cor voltava ao seu rosto, talvéz até... cor de mais...
-Me desculpe por te chamar de sangue-ruim, por ter preferido virar comensal do que ficar do seu lado, por ter sido o culpado de sua morte...
Não podia falar mais, tudo aquilo doía cada vez mais em seu peito. Lily tinha os braços ao redor de seu pescoço, com a cabeça deitada em seu ombro. As lágrimas ainda banhavam a face da garota.
-Não foi sua culpa. Você apenas fez aquilo que era obrigado a fazez - uma última lágrima escorreu dos olhos de ambos em perfeita sincronia - Eu te perdôo por tudo.
Ela apertou os olhos, apertou o abraço, não sabia ao certo seus sentimentos, houve apenas uma coisa que ela se sentiu segura para dizer antes de sair...
-Eu te amo.
Novamente, Lily apertou seu abraço, foi tirando os braços do pescoço de Snape lentamente. Levantou a cabeça e disse:
-Eu presciso ir.
Ele não queria que ela fosse, ela também não queria ir, mas a aula já acabara fazia uma hora, e, por menos que gostasse, ela não queria que Paola tivesse muitos motivos para desconfiar dela. Além do mais, Snape também devia ter mais o que fazer...
-Ninguém pode saber sobre mim.
-Então ninguém saberá.
-Você ainda me ama?
Palavras não faltavam para demonstrar seu amor, mas tudo o que Snape pode fazer foi acenar com a cabeça, Lily entendeu o quanto aquilo significava, apesar da simplicidade do ato.
Lily se levantou calmamente, passou a mão pelos cabelos ruivos e enxugou as lágrimas em seus olhos muito verdes. Snape também se levantou, eles ficaram se encarando por um tempo, por alguns segundos, os olhos verdes, cheios de sentimentos, entravam profundamente nos olhos negros de Snape. Sem aviso Lily abraçou ele. Tão de repente quanto seu abraço, a garota saiu correndo enquencendo seu material na sala.

Paola estava muito preocupada com a demora de Lily, saiu para procurar a amiga que estava sumida fazia uma hora. Estava andando pelo castelo quando trombou com um menino.
-Dona Paola!
-Mike!
-Segunda vez que a gente se encontra, segunda trombada que a gente dá! - brincou o loiro sorrindo. Paola corou um pouco.
-Preocupada com as amigas novemente?
-É, bem, desta vez é só com uma...
-Quem?
-A Lily, ela desapareceu depois da aula de poções.
-Última aula?
-É.
-Faz uma hora que ela sumiu então. Ajuda para procurar?
-Obrigada.
-Magina, euzinho aqui, sempre desponivel.
Eles foram procurando Lily por todo o castelo. Foram conversando tão distraídos que nem que se Lily passasse fantasiada de teletubes eles nem notariam.
Várias vezes passavam meninas por eles dando tchausinhos para Mike e olhando feio para Paola, o que deixava a menina triste e cheia de ciúmes. Michel obviamente reparou, então disse:
-Não liga pra essas tontas, elas tão com ciúmes de você. Garotas em geral são assim: As mais velhas querem ser mais novas e as mais novas querem ser mais velhas, as da minha idade querem ser minhas.
Paola riu.
-Tá vendo? Te fiz rir! Por isso que as garotas me amam.
Ela riu de novo.
-Ai, onde sera que a dona Lily se meteu, heim?
-Não faço idéia.
-Amiga fujona essa, viu, Paola.
Eles passavam perto da entrada das masmorras quando um vulto preto com cabelo vermelho passou correndo. Paola olhou para o chão e colocou a mão na testa.
-Isso foi a Lily.
-Que interessante, sua amiga tem poder de super velocidade!
-Vou ver o que ela tem...
Quando Paola chegou no dormitório feminino, Lily se encontrava deitada na cama olhando para o teto, rindo a toa.
-Li?
Imediatamente ela parou de rir e levantou a cabeça.
-Eu?
-Onde você estava, menina?
-Aqui!
-Não tava, não!
-Cheguei faz um tempão!
-Eu tava aqui até uns minutos atrás e você não estava aqui, a não ser que você tenha uma capa da invisibilidade ou outra coisa do tipo.
Lily abriu um sorriso tipo "me lembrando dos velhos tempos".
-O que?
-Am?
-O que é esse sorriso bobo? Você teria por acaso uma capa da invisibilidade?
-Meu ex tinha...
-Seu... - ela parou, pensou um pouco - Seu ex? - continuou ela indignada.
-É...
-Quem?
-Você não conhece.
-Fala o nome! Não vai matar ninguem.
-James - uma teoria maluca surgiu na cabeça de Paola, mas... não, era coecidência, tinha que ser...

O tempo passou, logo era final de outubro. Paola estava mais deconfiada do que nunca, Lily passava cada vez mais tempo sumida, principalmente nas aulas de poções, nas quais ela sempre ficava sorridente e alegre, e o professor parecia adorar ela também. Gina sumia também, por bastante tempo, e depois aparecia parecendo um pouco perdida. Por outro lado, o dia das bruxas se aproximava, todos estavam muito ansiosos para a festa, e Paola estava começando a perceber seus sentimentos com Mike, e eles estavam cada vez mais próximos.
Na véspera do dia do bruxas o clima estava pesado no quarto das meninas.
-Lily, eu vi você na sala dele e eu ouvi vocês conversando. Isso é ridículo.
-Você estava xeretando na minha vida?
-Tava sim. Porque eu estou preocupada com você!
-A gente só se conhece faz um mês e você tenta agir como se fosse responsável pela minha vida.
-Isso não é verdade, você está exagerando.
-Estou? Será mesmo que estou? Você se mete na minha vida, espiona minhas conversas, fica no meu pé o dia inteiro...
-Não é...
-Fica no meu pé o dia inteiro e ainda quer tirar satisfação do que acontece comigo quando eu não estou com você.
-Nada disso vem ao caso, Lily, você está fingindo...
-Nada disso vem ao caso? Se voc~e não me tratasse como se eu fosse uma criança que prescisa de você atráz de mim a todo instante, você não estaria brigando comigo agora por uma coisa que não tem absolutamente nada a ver com você!
-Lily, você está brincando com fogo, e quem brinca com fogo se queima, Li - implorou Paola.
-Do que vo...
-Você sabe bem do que eu tô falando. Lily, você está fingindo ser uma reencarnação!
-Eu não estou fingindo! - retrucou Lily ofendida.
-Ah, então você é a falecida mãe do Harry Potter? Por quê não fala isso pro seu "filho"? Ele tá lá no salão comunal esper...
-PÁRA! - gritou Lily. Ela chorava agarrando os cabelos encolhida no chão.
-Meninas? - Gina entrava no dormitório com um diário de capa preta de couro. Desta vez foi Lily quem veio pedir satisfações.
-Onde você se meteu? - começou ela afastando os cabelos do rosto e enxugando as lágrimas - A gente não te viu nem hoje nem ontem.
Gina corou, tentou fingir que o diário era um detalhe insignificante.
-É esse diário, ele tá fazendo alguma coisa com você, eu tenho certeza - disse Paola.
-Que? Não, é só um diário...
-Sempre que você some você aparece com isso, além do mais antes de sumir você aparece escrevendo nele...
-Mas isso não importa agora, Lily, olha o seu estado! O que aconteceu, vocês brigaram de novo?
-É, mas não foi nada. Já estou bem, eu sou a "senhora-manteguinha-derretida", eu choro pra tudo. Me fala de você, Gi, a gente tá preocupada, você tá cada vez mais tristinha.
-Eu tô legal.
-Não tá, não.
-Ah, eu só tive uns pesadelos, eu tô gostando de um menino que mal sabe que eu existo...
Lily abriu um sorriso "gato da Alice no país das maravilhas".
-Quem?
-Lily! Isso não vem ao caso, a gente tá falando da saude mental da nossa amiga!
-Você acha que eu estou ficando demente?
As três riram do comentário de Gina.
-Ah, vocês entenderam... Mas isso é sério, vocês estão desaparecendo e fazendo coisas estranhas.
-Tá bom, mamãe, eu juro que não vou mais jogar pedras na galinha da vovó.
-Lily!
Gina e Lily riram da cara de brava da Paola.
-Parem de rir! Isso é sério!
-Não é não, a gente está cuidando da nossa vida e você trate de cuidar da sua, ou vai dizer que não tem nada rolando entre você e aquele corvinal?
Paola corou.
-Ele é só um amigo! Isso não é da sua conta, Gina.
-Exatamente, não é da nossa conta.
-Ah... Bem...
-Viu? Entendeu porque a gente tá assim com você?
-Desculpa meninas, eu sou assim...
-Mas, tá rolando alguma coisa, não tá? - disse Lily com malícia. Paola ficou vermelha.
-Sua... - pegou um travesseiro atráz dela e jogou em Lily, que jogou o travesseiro de volta iniciando uma guerrinha de travesseiros. Quando as gêmeas Shefield entraram no quarto mais tarde, encontraram as três dormindo na cama de Paola, por cima do cobertor, com travesseiros jogados em volta e muitas penas espalhadas pelo quarto.

O dia das bruxas foi incrível. As garotas se divertiram muito no almoço conversando sobre a festa que teria a noite, haviam boatos de que Dumbledore teria contratado uma banda de esqueletos, e sem falar que a decoração no castelo era sempre magnifica.
Porém, lá por cinco horas da tarde, Gina sumiu. Paola ficou preocupada, como sempre, mas Lily acalmou ela com um educado "dá um tempo, sua caretona!".
A festa estava maravilhosa, o salão estava cheio de lanternas de abóbora flutuando pelo teto, morcegos vivos voando entre as abóboras, e uma banda de esqueletos tocava músicas alegres. A única pessoa que não parecia muito feliz era Paola.
-Cadê ela?
-Para de ser chata, Dona Paola!
-Mas já tá acabando a festa e a menina ainda sumida.
-Lolinhá, menos.
-O irmão dela e os amigos dele também não tão aqui...
-Então eles estão no banheiro da murta se agarrando.
-Para, criança! É sério!
-Não deve ser nada de mais...
Gina apareceu quando a banda parou de tocar.
-Onde você estava?
-Eu... - Gina corou intensamente, Lily percebeu que a amiga estava constrangida e resolveu ajudar.
-Pega leve, Lola, vai comprar uma Dijean!
O pessoal começou a sair para seus salões comunais, as meninas acompanharam.
Logo que chegaram no corredor do segunda andar elas se depararam com uma multidão. Elas foram abrindo espaço entre as pessoas até que viram uma coisa que não se vê todo dia: na parede estava escrito em sangue "A CÂMARA SECRETA FOI ABERTA, INIMIGOS DO HERDEIRO CUIDADO!" em frente a parede estavam Rony, Hermione e Harry, pendurada em uma lamparina estava a gata do Filch, madame Nor-r-ra, petrificada.
Logo os professores foram chagando, todos pareciam muito assustados com tudo aquilo.
O menino que trombou com Lily no trêm, Malfoy, fez questão de falar bem alto
-Inimigos do herdeiro, cuidado! Vocês seram os próximos, sangues-ruins!
-Que está acontecendo aqui? Que está acontecendo? - desta vez quem gritou foi Filch, sem dúvida atraído pelo comentário em alto e bom som do loiro - Minha gata! Minha gata! O que aconteceu a Madame Nora?
Ele se virou para Harry, que por azar era quem estava mais perto.
-Você! - gritou - Você! Você assassinou minha gata! Você a matou! Vou mata-lo! Vou...
-Argo!
Dumbledore chegou seguido do restante de professores.
-Venha comigo, Argo. Os senhores também, Sr. Potter, Sr. Weasleye Srtª Granger.
-A minha sala fica mais próxima, diretor, logo aqui em cima, por favor, fique a vontade - disse o pomposo professor Lockhart.
-Muito obrigado, Gilderoy - agradeceu o diretor. Os alunos se afastaram quando os profesores passaram. Lily lançou um olhar angustiado para Harry e depois para Snape.
Depois que eles passaram os monitores das casas foram tirnado o pessoal a força da cena. Gina oarecia muito mais angustiada do que todo o resto, Lily e Paola ficaram meio preocupadas com a atitude da amiga, mas concordaram com o olhar que era melhor deixar quieto.

No dia seguinte, Gina fez o irmão Rony narrar a conversa com os professores. Em geral não foi muito revelador, mas teve uns pontos engraçados, em geral eram os comentários de Snape e McGonnagal, tais como "Talvéz fosse uma boa idéia privar Potter de alguns privilégios até que esteja disposto a nos contar tudo. Pessoalmente acho que deveria ser suspenso do time de quadribol até que se disponha a ser honesto", que não tinha absolutamente nenhum sentido, mas tirou risadas das garotas, e a resposta da professora "Essa gata não foi enfeitiçada com um golpe de vassoura!". As garotas e Rony ficaram discutindo possibilidades até que Harry chegou chamando Rony e lily e Gina coraram demais para continuarem conversando e inventaram uma desculpa qualquer para sairem, acompanhadas de Paola.

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