♦ Como o mar



Desculpem a demora!!! O Autor da sem net -_____-" To postando de lan e por isso não poderei responder os coment's ;_; Mas to lendo e a fic continua firme e forte!!

PS: Os nomes dos cap's tão extranhos?
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Às vezes está agitado, às vezes está calmo... Mas o mar, assim como o amor, sempre é magnífico

3 ♦ Como o mar

É impressionante como tudo pode se resumir à natureza. Como a felicidade pode ser comparado ao Sol, que apesar de muitas vezes ceder seu lugar a escuridão volta para nos amparar ou Como a Chuva a lágrimas que quando caem parecem lavar a alma. Talvez a comparação mais perfeita seja a do imenso oceano azul a um relacionamento amoroso, existem tempos descontraídos e bonitos que derrepente podem se transformar em uma tempestade negra e difusa. Assim como o mar, o amor e imprevisível... Assim como o mar, o amor é gigantesco... Assim como o mar, o amor é magnífico.



Já se passava da meia noite e o triste Alvo Potter ainda não conseguira cair no sono, atormentado pelas próprias atitudes e pensamentos. Sua brincadeira fez com que sua prima não lhe dirigisse o olhar o dia todo. Ele e Rosa já haviam brigado várias vezes, a grande maioria por causa de suas ações. Ele tinha essa estranha habilidade de irritá-la ou magoa-la e ela possuía a de perdoá-lo, independente de tudo que ele fizesse. Perguntava-se como era tão insensível com ela, nesses momentos de solidão via como estavam se afastando e que cada vez menos a conhecia. Mesmo que soubesse o que ela gostava, o que a irritava, adivinhava-se o que ela iria falar antes de dizer, seus planos, ambições, seus medos, temores, defeitos e, qualidades. Tinha certeza que sabia mais dê-la do que qualquer um, mas sentia que nos últimos tempos faltava algo...



Algo muito importante que poderia desbancar todo o resto e por não saber o que era sentia-se um completo idiota, pois tinha certeza que se fosse com ele, ela saberia. Rosa realmente o entendia, em todos os aspectos, e Alvo gostava de pensar que ela o conhecia melhor que ele mesmo.



Tentava explicar o distanciamento deles de todas as maneiras, umas prováveis e outras muito fantasiosas. Já havia encarado a separação deles como algo natural e inevitável, ambos haviam crescido e tinham opiniões muito adversas sobre a vida. Ele desejava ter aventuras, queria descobrir o que a vida tinha a lhe oferecer de melhor, e ela ansiava por segurança e estabilidade, queria uma vida simples e confortável. Certas vezes, sentia-se incomodado ao pensar que assim que terminassem a escola seguiriam por caminhos separados, ele viajaria ao redor do mundo jogando Quadribol e ela ficaria em Londres trabalhando na imprensa Bruxa. Essa situação, apesar de, aparentemente, ser irrisória a ela lhe causava um desconforto e uma tristeza imensurável. Alvo tentava imaginar como seria sua vida sabendo que não poderia ter a prima a seu lado sempre que precisasse e os resultados não eram muito agradáveis.



- Ela tem razão, sou um retardado... – Resmungou ele baixinho, pensando alto demais – Como posso falar tanto de independência e ter ficado tão dependente de alguém?



Alvo Potter era muito inseguro quando menor e deixava-se influenciar facilmente por Tiago, seu irmão mais velho. Apesar de confiar cegamente em seus pais, nesses momentos de insegurança sempre recorria a Rosa que desde criança ela era sua melhor amiga e confidente. O fato de serem primos e terem a mesma idade ajudou a fortalecer os laços fraternais e a amizade que tinham. Crescerão muito unidos e eram como irmãos, ou melhor, eram muito mais que irmãos. Os sentimentos que Alvo nutria por Rosa eram muito diferentes dos que tinha por Lily ou Tiago, seus irmãos de sangue. Com a prima havia algo diferente, um carinho e uma cumplicidade inexplicável. Sorriu ao pensar nas tantas coisas que passarão juntos e começou a se recordar de todos aqueles momentos que lhe eram tão importantes: das brincadeiras de quando eram pequenos, dos segredos bobos que compartilhavam, dos natais de família na casa de seus avós, dos primeiros dias de aula, de como ela o ajudou em sua primeira partida de Quadribol pelo time da casa, dos seus exagerados estudos para as provas, das risadas e dos sorrisos que sempre davam quando estavam juntos. Os tantos momentos felizes que tinham passado juntos cobriam em muito as brigas tolas e infantis que sempre aconteciam, aquela amizade já havia passado por tanta coisa. Lembrava-se de quando entraram em Hogwarts r ambos fizeram novos amigos, naquela época ele teve medo que se distanciassem. O temor do jovem tornou-se incorreto quando percebeu que apesar dos novos amigos, eles ainda eram inseparáveis.



No seu terceiro ano de escola, Alvo não era mais o garoto tímido e magricelo que um dia fora. Havia crescido assustadoramente e devido aos intensos treinos de Quadribol nas férias, que acabou lhe rendendo à vaga de Apanhador no time da Grifinória, tinha assumido um porte atlético. Se antes era famoso por ser filho do “Eleito”, agora era conhecido como: Alvo Potter, O Eleito Apanhador da Grifinória. Essa repentina “fama própria” tinha ajudado em muito sua auto-estima, o deixando muito mais seguro de si. Mas, como sempre, existia a “ponta da varinha” de Rosa no meio. Ela havia o incentivado a entrar no time de Quadribol, chegando até a treinar com ele, e o ajudado com seus problemas de auto-estima. E graças a seu próprio esforço e o dela, Alvo se tornou uma pessoa muito melhor.



- Mesmo depois de tudo que ela fez para mim, eu continuo a irritá-la! - Resmungou, praguejando a si mesmo.



Ouviu um companheiro de quarto resmungar durante o sono e percebeu que além de estar falando sozinho, estava falando alto. Arrumou-se na cama e decidiu dormir, deu um bocejo enquanto pensava em como pediria desculpas a prima e como se sentisse mais leve, rapidamente adormeceu.



Alvo acordou atrasado na manhã seguinte, devido às altas horas que dormira no dia anterior. Tomou um banho rápido e arrumou os livros na mochila rapidamente, partindo logo em seguida para a aula. Enquanto percorria ligeiramente os terrenos da escola em direção à estufa, consultava sua grade horária. Teria tempo duplo de Herbologia com os alunos da Corvinal naquela manhã seguido por Feitiços com os Sonserinos, almoço, História da Magia mista e teria o resto da tarde de folga. Pensou que à tarde de folga seria a oportunidade perfeita para organizar as datas dos treinos de Quadribol e depois, poderia falar com sua prima. Entrou na Estufa que aconteceria a aula, interrompendo a explicação passada pelo Professor Neville Longbotton.



- Sr. Potter... – Disse Neville com um sorriso triste, enquanto manuseava uma exótica planta – Não é muito bom chegar atrasado na primeira aula...

- Desculpe Professor... – Pediu ele

- Tente não se atrasar de novo, agora se sente Alvo. – Respondeu Neville suspirando, claramente decepcionado, e indicando uma cadeira a ele – Sinto Muito, mas devido a seu atraso cinco a menos para Grifinória.



Os alunos da Grifinória soltaram um lamento derrepente e alguns lançaram olhares reprovadores a ele, incluindo Rosa. Alvo sorriu debilmente sob o olhar dela e se sentou na cadeira indicada pelo professor. Ele tinha grande aprecio pelo Professor Longbotton, um antigo amigo de seus pais, e praguejou consigo mesmo por fazer o professor descontar pontos da casa que era Diretor. Neville era um dos melhores professores da escola, e Alvo sabia como era penoso para ele tirar pontos, principalmente da própria casa. Mas, se tem algo que até alunos mais esnobes da Sonserina tinha que concordar, era sobre o censo de justiça do Professor. Ele tratava todos os alunos da mesma forma, independente de sua casa ou outras particularidades. A simpatia por Neville fora o que fizera Alvo escolher Herbologia como aula extra para cursar nos últimos dois anos em Hogwarts. Para ser jogador precisava de poucas matérias, que ele considerava desnecessárias para um esportista. Mas, de certo, as justificativas eram cômicas: Feitiços para emergências e acidentes; Trato de Criaturas Mágicas para que os jogadores possam enfrentar “eventualidades” com as mascotes do time adversário ou com o do próprio time; História da Magia, que no ultimo ano aborda muito sobre esportes; Táticas de Quadribol, uma matéria exclusiva dos ultimo dois anos e a favorita dos alunos que decidiram seguir a carreira de jogador. Havia também, nesse ultimo ano, testes de alguns times de Quadribol Ingleses que estavam à procura de novos talentos. Os professores pediam aos futuros esportistas para aderir pelo menos uma matéria extra e mesmo sabendo que, talvez, nunca a usasse, Alvo escolheu Herbologia.



O garoto saiu de seus devaneios quando Neville pediu que os alunos se aproximassem para observar à exótica planta em sua mesa, a qual Alvo ainda não descobrirá o nome. Aproveitou para observar Rosa, que passará a aula cochichando com Sam. As duas garotas conversavam baixinho e pararam abruptamente quando ele chegou, Rosa olhou feio para ele e Samanta sorriu.



- Que belo jeito de começar o dia, Alvo! – Comentou dando uma palmadinha no ombro dele

- Eu dormi mal essa noite... Acordei atrasado! – Respondeu ele soltando um bocejo – Não consegui comer nada...

- Vocês jogadores de Quadribol, só acordam cedo para jogar! – Retrucou a loira, rindo - Minha profissão não é fácil assim, até agora não acredito que escolhi ser Medibruxa.

- Acordar cedo para cuidar de doentes no St. Mungus? Só você mesmo Sam.

- Engraçadinho como sempre! Mas eu decidi e está feito! – Fala Samanta firmemente - Agora se me da licença, tenho de prestar atenção. Sabia que essa planta cura Varíola de Dragão? – A loira então se virá e se aproxima mais da mesa do professor, para ouvir a “interessante” explicação.

- A Sam quer mesmo ser MediBruxa, quanta dedicação! Não acha, Rosa? – Comenta Alvo casualmente

- Alguns alunos se preocupam com o futuro e decidem fazer algo de útil! – Rosa responde ríspida e seguiu em direção à amiga.



Alvo sentiu vontade de retrucar perguntando o que uma jornalista fazia de útil e então lembrou que ela só o responderá daquela maneira por causa de seu briga e se deteve. Concentrou-se nas explicações de Neville e assim que a aula acabou, seguiu rápido para fora. Tinha algum tempo antes da próxima aula e decidiu ir à cozinha para sair do jejum. Pegou alguns pães com os Elfos Domésticos e bebeu suco de abóbora, pegou mais algumas tortinhas e depois saiu antes que eles o tentassem encher de guloseimas. Seguia para a aula de Feitiços comendo as tortinhas, chegaria cedo e poderia tentar fazer o dever de Herbologia, seria bom ter a tarde livre para pensar em Quadribol. Como previu, não tinha ninguém na sala com exceção do velho Professor Flitwick e seu assistente. O garoto ainda ficava impressionado com a determinação e a paixão do professor em ensinar. Ele estava ali desde a época de seus pais e apesar da idade muito elevada, não pretendia abandonar o cargo. Para auxiliá-lo e diminuir um pouco suas tarefas, a Diretora Mcgonagall havia contratado um “assistente-estagiário”. Seu nome era Eduard Shunfrey; ele é alto e magrelo, mas muito prestativo e desde que fora contratado ajudava o professor em tudo. Eduard deseja ser professor de Feitiços algum dia, mas não desejava nenhum mal a seu “tutor”



- Olhe, Ed! Alvo foi o primeiro aluno a chegar! – Comentou o miúdo professor, em cima de sua enorme cadeira.

- Tem razão, Professor Filius. Bom Dia, Sr. Potter. – Falou Edward, como sempre, polidamente e com um sorriso formal no rosto – Ainda faltam alguns minutos para a aula e tenho certeza que o professor não achará problema você ficar na sala. Certo, Prof. Filius?

- Certamente que não! Fique a vontade na Sala, Alvo! – Respondeu Flitwick sorridente

- Obrigado, professores. – Respondeu Alvo, fazendo Ed aumentar o sorriso com o chamamento – Bom Dia.



Terminado os cumprimentos, Alvo retirou-se para sua cadeira e se pos a tentar fazer seu dever de Herbologia. Flitwick e Edward pareciam entretidos planejando as outras aulas do dia e pareciam estar alheio ao garoto e seus problemas com a tarefa. Alvo folheava seu livro-texto procurando sobre a planta que Neville indicará, tinha que indicar suas propriedades curativas e em que poções poderia ser utilizada. Em seu pergaminho a lista não sairá de doenças que a planta curava não saira de Varíola de Dragão, indicada por Sam. Não entenderá a explicação do professor e não achava respostas diretas em seu maldito livro. Estava tão absorto em achar a solução de sua tarefa que nem ao menos notou a entrada de um garoto loiro na sala até ele lhe tocar o ombro.



- Chegando cedo? Fazendo dever em sala? Quem é você e o que fez com Alvo Potter? – Perguntou Scorpius Malfoy em seu típico tom arrogante e sorriso debochado, sentando a seu lado.

- Mas uma piadinha dessas e não vai ter mais língua para debochar Malfoy! – Retrucou Alvo nervoso, mas adorando uma desculpa para adiar o trabalho.

- Essa irritação toda é por que brigou com a Weas... – Scorpius se deteve, pensou por instantes e depois continuou – Com a Rosa? Patético como sempre, Potter.



Alvo sorriu amarelo e lançou um olhar misto de desprezo e entendimento a Scorpius. O garoto tentava ajuda-lo. Ambos relutaram muito em se tornarem amigos devido a algumas rixas pessoais, apesar de ter se tornado inevitável depois que o loiro começou a namorar Samanta. Após muitos desentendimentos e desavenças, eles acabaram aceitando a presença um do outro no mesmo grupo, mas o que nenhum dos dois esperava é que acabariam se tornando grandes amigos. Scorpius havia ganhado a confiança de Alvo e se mostrou uma boa pessoa, apesar de tudo. Com os últimos dois anos e meio de convivência, os garotos passaram a se respeitar e Scorpius se tornará tão amigo de Alvo quanto Samanta era Rosa e apesar disso, ainda se tratavam pelo sobrenome apenas para irritar as garotas.



- Na verdade é este maldito dever de Herbologia! – Resmungou o garoto guardando o livro e o pergaminho na mochila – Você sabe muito bem Malfoy, com a Rosa eu me entendo fácil.

- Será? – Perguntou o outro dando uma risadinha cínica – Samanta me disse que ela está furiosa com você, Potter. Responda-me, é verdade que ela te enfeitiçou no Salão Comunal da Grifinória?

- Acredito que a Samanta já tenha lhe dito Malfoy – Respondeu Alvo, no mesmo tom cínico do garoto e dando um sorriso amarelo - O que muito me interessa é como você conseguiu falar com a Samanta, porque sei que ela não tem intervalo entre Herbologia e Estudo dos Trouxas.

- Não que seja do seu interesse, mas nos “encontramos” no corredor – Respondeu o loiro sorrindo apaixonado ao pensar na namorada e depois retomando a conversa – O que não entendo é por que uma MediBruxa tem que fazer Estudo dos Trouxas, mas isso não vem ao caso. Como vai seu relacionamento com a Srta. Bennit? Não negue Potter, vi os olhares que trocaram no trem.

- Quem? Amanda? Você sabe Malfoy... Nada que eu nunca tenho feito antes – Retrucou Alvo, sorrindo divertido – Acho que a coisa com ela está ficando um pouco séria demais...

- Séria? Hum... Entendo e pelo jeito que falou isso é ruim?

- Não sei ao certo, mas, Amanda não é do tipo que se pega e larga e além do mais somos amigos... – Respondeu o moreno pensativo, mexendo nos cabelos desordenados – Não quero iniciar um relacionamento esse ano, já tenho muita coisa para me preocupar... – Alvo da uma risadinha debochada – Afinal, logo após terminar meus “instrutivos estudos” vou viajar pelo mundo jogando Quadribol e não quero ficar preso a ninguém.

- Está muito confiante, arrogante diria – Retruca Scorpius olhando-o friamente – Para pensar “viajar pelo mundo jogando Quadribol” você deve entrar para um time da Liga de Quadribol Européia ou Mundial e mesmo que consiga e se destaque, de inicio, não sairia da Inglaterra... Pelo menos, não tão cedo.

- Estraga prazeres! Fala isso porque vai ter uma vidinha chata em Gringotes trabalhando com duendes fedorentos – Resmungou Alvo em um tom irritadiço – Mas respondendo a sua pergunta inicial, estou realmente pensando na possibilidade de que aconteça algo mais sério entre Amanda e eu.



Como aconteceu antes com Scorpius, Alvo não percebeu Rosa entrar e quando a viu atravessar sala e se sentar um pouco antes da primeira fileira, nem imaginou que ela ouvirá seu comentário sobre Amanda e nem como aquilo a havia ferido. Scorpius, que percebeu a garota assim que entrou, sabia que ela havia escutado um trecho da conversa e enquanto Alvo ponderava se devia ir falar com ele ou depois, o Malfoy pensava além. O loiro teve uma ligeira desconfiança no ano passado sobre os sentimentos da jovem Weasley por seu primo e na época, havia sondado Samanta sobre o assunto. Sua namorada mostrará interesse sobre o assunto e falou o que, supostamente, sabia. Apesar de seus fortes sentimentos pela loira, Scorpius sabia como ela poderia contar uma mentira convincente e cinicamente. Ele comprovou essa habilidade da garota, quando foram pegos a noite namorando no terreno da escola e ela havia contado uma história mentirosa e mirabolante para o Monitor, que havia facilmente acreditado. O loiro sentiu Alvo levantar e sabia que ele iria conversar com a prima. Segurou o braço do amigo para detê-lo. Se sua teoria estivesse certa, ele só pioraria as coisas falando com ela agora.



- Melhor não se desculpar agora Potter – Comentou Scorpius e sobre o olhar indagador do companheiro continuou – Você não viu a cara que ela fez para você quando entrou, vai precisar de tempo para convencê-la a te perdoar dessa vez e se tentar fazer isso agora, talvez só piore.



Alvo concordou com o loiro e voltou a se sentar, não demorou para que a aula de Feitiços começasse. Ela transcorreu tranquilamente e quando estava em seu fim, o jovem Potter ficou satisfeito em perceber que conseguirá entender bem mais sobre Feitiços do que sobre Herbologia. Flitwick passou como dever de casa a pratica dos Feitiços de Conjuração Avançada. Ele e Scorpius seguiram para o Salão Principal para o almoço e ambos se dirigiram as suas respectivas mesas. Alvo viu Scorpius indo à mesa da Corvinal e sem nenhuma vergonha beijando Samanta ali mesmo. O garoto riu da atitude apaixonada do amigo e enquanto ia para sua mesa, pensou se não deveria se ajeitar de uma vez com Amanda. Alvo nunca teve um relacionamento duradouro, o mais longo durará apenas três meses e ele nunca se importará muito em relação. Por que não investir em Amanda? Ela era linda, gostava de Quadribol, inteligente e tinham uma forte atração... Por que hesitava tanto em começar um relacionamento com ela? Pensou na regra que estipulará para si mesmo que só iniciaria um relacionamento sério com “A garota Perfeita”, riu, sabia que aquilo era apenas uma desculpa para si mesmo não se envolver demais com ninguém. Pensou alguns segundos, parando de andar. Decidiu dar uma chance aquela paquera e mudou seu rumo para a mesa da Lufa-Lufa, não precisou procurar muito para achar os longos cabelos pretos da menina. Dirigiu-se a ela rapidamente e sentou-se a seu lado, quando ela virou para encará-lo, ele a beijou. Ela se deixou envolver por ele, mas quando o beijo pareceu longo e “quente” para o local, ela se separou.



- O que deu em você, Potter? – Perguntou a garota olhando-o sério, mas sorrindo – Você não tem direito de me agarrar assim!

- Você bem que gostou... – Responde ele maliciosamente, levando tapinhas dela por isso.

- Vá sentar seu convencido! Já tem muita gente olhando! – Respondeu Amanda taxativamente

- Se você prefere assim... – Resmunga ele, antes de encostar levemente seus lábios nos dela.



Chegou rapidamente à mesa da Grifinória e sentou-se, podia sentir muitos olhares sobre si devido à cena que acabou de protagonizar. Mesmo que todos soubessem que Alvo havia ficado com muitas garotas em Hogwarts, nenhuma fora em público. Já acomodado, começou a se servir do maravilhoso banquete que estava disposto na mesa, ignorando as perguntas indiscretas dos colegas e respondendo as mais prudentes. Apenas quando colocou a primeira garfada de comida na boca foi que percebeu a própria fome e colocou mais comida em seu prato. Distraído em satisfazer seu estomago e com as perguntas dos companheiros, Alvo não percebeu que estava sendo observada de longe por duas lindas garotas: uma morena e outra ruiva, sua prima e sua irmã.



Rosa perdeu o fôlego com aquela demonstração de carinho em público de seu primo por Amanda e sentiu um forte apertar no peito, que pareceu sufocá-la. Escondeu seus encantadores olhos azuis, que estavam ligeiramente marejados, atrás de um livro qualquer, para não observar a cena “Casalzinho Apaixonado”. Lily, por outro lado, não despregará os olhos do irmão por um instante sequer e pela primeira vez, sentiu raiva de Amanda Bennit. Ela não sentia aquela raiva por ela, é claro, mas por sua prima Rosa. Imaginava a dor e o sofrimento dela ao ver aquela cena tão amorosamente enjoativa, na opinião de Lily, e como seu coração deveria estar despedaçado. A jovem Potter sabia dos sentimentos de sua querida e mais confiável amiga em relação a seu irmão e sempre os apoiou, mesmo sabendo que Rosa preferia esquece-los. Doía em Lily ver a amiga que havia lhe ajudado tantas vezes sofrendo por causa de seu tolo irmão e sabendo que ela não tomaria uma atitude, decidiu agir.



- Já volto, tenho que dar uma palavrinha com o Sr. Alvo Severo Potter – Disse seriamente, ainda com o olhar fixo no irmão.



Antes que Rosa pudesse contestar, a ruiva se levantou e seguiu para se sentar ao lado do irmão. Ao chegar perto dele foi rápida e direta, falou num murmúrio que apenas ele poderia ouvir:



- O que está acontecendo entre você e Amanda Bennit?



Alvo se assustou ao se deparar com os indagadores orbes castanhos da irmã, sentindo um ligeiro calafrio. Lily era muito parecida com sua mãe: os mesmos cabelos ruivos, olhos castanhos, personalidade forte e tom de voz firme. Por um momento pensou que era sua mãe quem lhe fizera aquela pergunta e que era ela que estava a seu lado, mas ao relaxar conseguiu perceber os traços próprios de Lily e ver sua estatura anormalmente baixa para a idade. O garoto ficou irritado com a pergunta da irmã e respondeu ríspido:



- Não te interessa! Mas se quer saber, eu e Amanda estamos ficando há muito tempo e está começando a ficar sério. Agora, Lily, preocupasse com sua própria vida!



Os olhos da ruiva se estreitaram, mostrando sua raiva e por um momento Alvo se arrependeu do que disse. Lily parecia querer dizer alguma coisa, parecia refletir e Por fim decidiu conter as palavras para si. Levantou-se rapidamente no intuito de ir embora, mas não sem antes alertar o irmão.



- Não está fazendo a escolha certa... – Murmurou Lily sombriamente antes de se distanciar



Alvo a viu ir à direção de Rosa, que parecia muito interessada em seu livro “A Imprensa Bruxa e suas Histórias” que estava, estranhamente, virado de cabeça para baixo. Lily parou diante da prima, falou algo em seu ouvido e a puxou para fora do Salão Principal. O garoto anotou mentalmente que quando fizesse as pazes com a prima a perguntaria da irmã e quando terminou seu gigantesco prato de almoço, seguiu para a próxima aula.



História da Magia era uma matéria pouco cursada pelos setimanistas e reunia alunos de todas as casas. Alguns alunos já estavam na sala quando chegou e sentou-se ao fundo, odiava aquela aula. Sentiu alguém puxar uma cadeira a seu lado e sorriu ao ver que era Amanda, apesar de que por instantes desejou que fosse Rosa. Ficaram conversando sobre Quadribol, Amanda também queria se tornar jogadora. Quando deu a exata hora da aula, o Prof. Binns, um fantasma que planava a centímetros do chão em frente à escrivaninha, abriu os olhos e começou a recitar seus ensinamentos. A aula prometia ser, pela primeira vez para Alvo, interessante, pois o assunto falado rapidamente pelo professor era Quadribol. Haviam passado dez minutos do início da aula quando a porta se abriu de novo.



- Senhorita Weasley, decidiu aparecer? – Indagou o fantasma lenta e rigidamente, desfazendo seu monologo.



Rosa corou com o comentário severo do professor e com um “Desculpe” se sentou em um dos muitos lugares vagos da sala. Alvo estranhou o fato de a prima chegar atrasada, sendo que ela nunca havia perdido à hora durante os seus seis anos de escola. Mas o que o intrigou foram os olhos vermelhos e inchados dela, olhos de quem esteve chorando. Saiu de seus pensamentos com a voz sonolenta e monótona do Prof. Binns e voltou a escrever o que o professor dizia. A aula correu sem outros transtornos e depois de passar uma redação de três folhas de pergaminho para eles, foram dispensados. Rosa saiu em disparada para a próxima aula, Alvo e Amanda de “despediram” e apesar da insistência dela para darem uma volta pelo lago, ele se dirigiu a Sala dos Professores. Como previu, lá estava o Professor de Vôo e juiz das partidas de Quadribol, Olívio Wood. Alvo passou muito tempo estipulando os dias de treino do time de Quadribol da Grifinória com o professor e quando finalmente acabou se encaminhou ao Salão Comunal da Grifinória para pregar os horários no quadro de aviso.



Teve uma agradável surpresa ao entrar pelo retrato da Mulher Gorda e aproximar do quadro, Rosa Weasley observava um dos poucos recados dispostos do quadro. Percebeu que ela não o notará e aproximou-se sorrateiramente, denunciando sua presença apenas quando sibilou no ouvido dela:



- Já marcaram a visita a Hogsmeade? Tempo Recorde! – Perguntou observando o recado que ela lia



Rosa soltou um pequeno gritinho de susto e virou-se para ele espantada, logo sua expressão se tornou severa.



- Seu Imbecil! Não pode sair por aí assustando os outros! – Berrou Rosa furiosa, antes de dar as costas ao garoto.

- Calma! Rosinha espere um minuto! – Pediu Alvo, segurando o braço dela – Preciso falar com você!

- Eu já sei o que vai falar! A Resposta é não! Não vou te perdoar dessa vez! – Retrucou a garota furiosamente soltando seu braço – Você só faz essas palhaçadas porque sabe que no final eu te desculpo, mas dessa vez não! Dessa vez você aprende a me respeitar!

- Eu te respeito Rosa! Por isso me ouça: Somos adolescentes temos que aproveitar enquanto estamos na escola e não ficar na expectativa de sair dela! Daqui a pouco vamos nos separar, temos que aproveitar agora! – Desabafa Alvo furioso – Pare de tentar ser adulta!

- Eu sei... Ah Alvo! – Rosa se joga nos braços do primo, sua raiva substituída por uma profunda tristeza. As lágrimas rolando por sua face – Eu estou com tanto medo do futuro! Como será com você viajando por aí? Quem é que vai me fazer rir, quem vai me irritar? – Ela dá um pequenho sorriso, ainda soluçando e com as lágrimas no olhos– Mas, não seria melhor aceitar a idéia? Passarmos momentos juntos só vai piorar na hora que você partir! Eu tenho que aprender me virar sozinha, sem você...



A voz de Rosa ficou distante e ela voltou a chorar. Alvo apenas a abraçou confortável e aconchegantemente. Ficou feliz ao perceber que não apenas ele dependia dela, mas ela dele e todas aquelas duvidas e suspeitas que estiveram em sua alma se esvaíram. Ficou muito tempo abraçado a ela e quando ela parou de chorar, ele levantou seu rosto e o secou com as mãos.

- Não vou embora para frente, já disse que vou te escrever! – Respondeu ele com seu típico sorriso maroto – Você vai conseguir se virar sozinha, afinal é Rosa Weasley a sabe-tudo da Grifinória! Grifinória lembra? Coragem!

- Hei! Olha como fala comigo! – Respondeu a garota que apesar de estar o repreendendo, sorria docemente – Obrigado Al...

- Pelo que? Por te sujar aquele dia? Posso fazer isso sempre se quiser... – Debochou Alvo divertidamente

- Al, você é tão pateticamente ridículo que chega a ser engraçado – Retrucou ela, abraçando ele mais forte – Obrigado, por mesmo sem saber você respondeu muitas perguntas que estavam na minha mente... Agora tenho certeza quanto ao que devo fazer... Não tenho mais tanto medo, por isso obrigado.

- Disponha priminha! – Disse Alvo se desfazendo do abraço e fazendo debochada e exagerada reverência a ela – Mas, agora que estamos de pazes e você está tão grata a mim, poderia me ajudar no trabalho de Herbologia? A redação do Prof. Binns também parece tão complicada...

- Sabia que tinha algum motivo para querer fazer as pazes! – Disse Rosa, que para o alívio do primo estava rindo – Venha!



Ela pegou na mão do rapaz e o conduziu a umas das confortáveis poltronas da Sala Comunal e ambos passaram o resto da tarde fazendo os deveres de casa e se divertindo com a companhia do outro. Tudo pareceu voltar a ordem, mesmo depois de Alvo e Rosa tenham quebrado seus recordes de brigas e reconciliações em menos de um dia.



O relacionamento de Rosa e Alvo poderia ser facilmente comparado ou confundido com as águas do Oceano Azul. Como o mar, seu relacionamento era instável: eles podiam estar tranqüilos ou agitados e mudar a qualquer instante. Agora, estavam em paz. Mas quanto tempo essa repentina calmaria irá durar?

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