O despertar das dúvidas




--

_Harry! – Rony abraçou o colega.
_Como você está?
_Muito bem, cara. Lugar incrível aquele! E cadê as crianças?
Antes mesmo que os adultos pudessem se cumprimentar as crianças já estavam correndo pela casa. A única exceção fora Tiago, que permaneceu ao lado da sua mãe, esperando para cumprimentar a tia.
Após todos os ‘Olá e Alôs ’, todos os amigos entraram na casa e se instalaram na confortável cozinha. Assim que chegou, Harry apontou a varinha para a lareira e esta se encheu com um calor muito agradável e acolhedor:
_Então o Harry finalmente conseguiu ordenar sem abri a boca, é? – Rony usava um tom zombeteiro.
_Estava na hora não é Rony? Feitiços não-verbais. Já foi o tempo em que eu conseguia apenas lançar um feitiço não-verbal para lhe pendurar pelo calcanhar – disse Harry sarcástico.
Alvo e Rosa riram. Ninguém percebeu que os dois já estavam na cozinha.
_Você ficava pendurado pelo pé tio Ronald?! – alvo ria gostoso enquanto fazia o comentário.
Rony ficou encabulado e tentou disfarçar, contudo suas relhas ficaram vermelhas escarlates.
_Bem... isso foi a muito tempo...
_Sei... o papai nunca me contou isso – divertiu-se Rosa.
_Seu pai não contou muitas histórias para vocês então... – resmungou Hermione do outro lado da mesa se divertindo com Rony.
_Ah, ah... seu tio ficou pendurado pelo calcanhar sim, Al.
_Se você quiser Al, depois eu lhe penduro pelo calcanhar para você ver como funciona o feitiço – sentenciou Tiago com um sorriso provocante.
Gina lhe laçou um de seus famosos olhares e Tiago se afastou da cozinha silenciosamente.
_Al, cadê a sua coruja? – perguntou Rosa.
_Vem ver, ela está lá em cima.
_E o Teddy? Quando ele virá? – indagou Hermione olhando de Gina para Harry.
_Acho que logo deve chegar – respondeu Gina.
_Hermione...?
_Sim? - ela encarou Harry.
_Os pesadelos do Hugo nunca mais ocorreram? – Harry desejava perguntar aquilo à a amiga desde que chegaram, mas só agora conseguiram ficar sem as crianças por perto.
_Bem, fazia muito tempo que o Hugo não reclamava.
_Fazia? - Gina se sentou na mesa e prestou muito mais atenção na cunhada do que geralmente fazia.
_Sim, esta noite ele reclamou novamente, veio ao nosso encontro muito assustado e dizia algo como ‘escolhida’ – respondeu Ronald.
_ ‘Pegue a escolhida’? – tentou Harry.
_É exatamente isso! –completou Mione. – A Lili também sonhou novamente?
_Sim. E nos disse exatamente a mesma coisa. Porém, ela procurou o Tiago desta vez. – completou Harry.
_Acha que há alguma ligação com esses sonhos? – Rony agora se mostrava sério e preocupado.
_Eu não sei – disse Hermione pensativa. – Mais o fato deles sonharem a mesma coisa e quase sempre nas mesmas noites...
_Também concordo. Isso é realmente muito estranho – balbuciou Rony.
_Acha que existe alguma ligação exterior? – indagou Gina.
_Eu não sei. Sinceramente, é estranho essa ligação e mais estranho ainda, é o fato deles sonharem com Voldemort, mas sem o terem conhecido. – Completou Harry.- Hugo nunca ouviu ou leu alguma coisa sobre a aparência física de Voldemort?
_Não. Por isso achamos estranho – respondeu Rony.
_Eu nunca li nada que mencionasse uma ligação assim. Se é que ela existe! Mais Lord Voldemort morreu muito tempo antes do dois nascerem! É completamente impossível alguma ligação entre eles!
_Fazia muitos anos que a Lili não sonhava.
_Harry, a sua cicatriz nunca mais doeu?
_Não.
Eles resolveram encerrar o assunto. Tentariam achar alguma explicação para aquilo depois e torceriam para que fosse apenas a imaginação das crianças que causava esses transtornos.
Naquele noite, Teddy Lupin, se juntou para jantar com os moradores e os visitantes do Largo Grimmauld Place. Depois de discutirem o futuro de Teddy com a prima Victorie, todos se recolheram para os quartos. Não sem antes Gina ter que discutir com Tiago.
_Teddy, Hugo e Al, ficarão no seu quarto. E então seus tios ficarão no quarto de Alvo.
Assim que todos estavam bem acomodados em seus quartos, Harry finalmente deitou ao lado de Gina.
_O que acha de tudo isso? – questionou Gina interessada.
_Eu não sei, Gina. Espero que sejam apenas coincidências.
_Todos nós esperamos isso Harry.
Ele abraço a mulher e soltou um longo suspiro. Então, ambos apagaram as luzes e pegaram em um sono tranqüilo e reparador.
Harry acordou assustado naquela manhã. Nem reparara que o dia estava ensolarado e o céu tinha tons de uma linda maçã. Tudo o que conseguia distinguir, era a dor alucinante de sua cicatriz. Sem entender ao certo como aquilo começara ele levantou cambaleante e foi até o banheiro. Assim que fechou a porta perdeu todo o sentindo do que estava fazendo.

Harry estava em uma floresta e viu a si mesmo parado na sua frente, imóvel o encarando. Harry levantou a mão e ordenou:
_Avada kedrava!
Uma dor inimaginável percorreu cada célula de seu corpo e ele caiu de joelhos, perdendo a consciência.
Quando Harry deu por si, ele estava parado em frente a uma casa grande e antiga. Empunhou avarinha e porta se abriu. Harry entrou impiedoso e rápido pelo aposento ricamente decorado.
_E então? – perguntou a um homem alto e com feições frias.
_Mi Lorde, a criança já está entre nós!
_Deixe-me vê-la Lucio.
Caminharam até o segundo andar e entraram por uma porta que dava num quarto amplo e mal iluminado. Uma mulher estava na cama séria e suada:
_Mi... mi Lorde...
_Belatrix.
_Está tudo certo, mi Lorde.
_Muito bem Bela. Agora cumpra o resto do sue papel.
_Não o decepcionarei, mi Lorde – a mulher respirava pesadamente – mas essa criança, não me traz nada.
_Sei que não Belatrix... Com um traidor de sangue. Onde está a criança?
Uma mulher entrou no quarto carregando um monte de panos brancos no colo. Quanto mais ela se aproximava, Harry percebia que ela carregava uma criança recém-nascida. Harry encarou a mulher e em seguida Belatrix.
_Pegue-a Belatrix.
_Não. Desculpe mi Lorde, mas eu não posso.
_Pegue a escolhida.
_Mi Lorde – Belatrix implorava.
_Pegue a escolhida!

E então Harry se viu novamente no banheiro. Ele suava frio e encarou a si próprio no espelho. Lavou o rosto com água fria e pensou em tudo o que tinha visto.
Como ele poderia ter repassado a mente de Lord Voldemort mais uma vez? Há vinte anos a cicatriz não doía. Será que o Lord das Trevas estava novamente no mundo deles? Como poderia? Harry, Rony e Hermione haviam derrotado-o, juntamente com uma ajuda de Neville.
Sem conseguir conectar seus próprios pensamentos Harry desceu esperando encontrar Hermione de pé na cozinha.

**

N/A- genteee...
Foi muito bom escrever esse capítulo...
Espero que vocês estejam começando a entender toda a coisa...
Logo, logo eu coloco o 3º...
Ah, deixem comentário, por favor! E sugestões...

Espero que tenham gostado!

Beijão

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.