Sábado, 2 de dezembro
N/A: Bem, essa é a primeira fic que posto e espero que gostem de lê-la. Aproveito a oportunidade para agradecer Jessie, que teve o árduo trabalho de betar essa Dramione. Muito, muito obrigada mesmo amore. Você está guardada em meu coração!! xD
Mas sim.. a proposta dessa fic é a relação amor/ódio que, diga-se de passagem, é muito trabalhada em qualquer fic que tenha o Draco no meio! Huahuahua
Ela terá no total cinco capítulos sendo que os quatro primeiros serão narrados em primeira pessoa, intercalando memórias da Mione e do Draquinho, respectivamente!! E o quinto, bem.. o quinto é surpresa!! Só acompanhando... (eu sou má!!) Espero que gostem..
Cap. 1 - Sábado, 2 de dezembro
Por que eu odeio Draco Malfoy? Essa é uma pergunta muito fácil de ser respondida, principalmente no meu caso.
Para mim era apenas mais um dia maravilhoso de aula. Tinha acordado disposta naquela manhã. Arrumei meus cabelos em um rabo-de-cavalo, e coloquei os brincos que meu namorado – Víktor Krum – havia me dado. Desci para o café e mamãe me recebeu com abraços e beijos calorosos. Papai, por sua vez, apareceu com dois embrulhos – um era grande e o outro uma pequena caixa. Claro que, como um ser humano normal, eu escolhi logo o primeiro para abrir.
Era um vestido azul-claro. Tinha o visto exposto na vitrine de uma loja no shopping, enquanto passeava com minha mãe. O máximo que consegui dizer foi um “Não precisava...”. Ela sorriu abertamente. “Um vestido lindo para uma moça linda”, disse. E assim começava meu aniversário de dezoito anos.
E então ele me entregou a pequena caixa lacrada com um laço amarelo. Dessa vez as palavras sumiram, e eu apenas gritei. Em minhas mãos eu segurava as chaves de um carro. Um carro! “Mal posso esperar para mostrar à Gina e os meninos!” Era impossível esconder minha felicidade. Quase os sufoquei com abraços, mas logo em seguida corri ao telefone. Precisava ligar para alguém.
Virei à direita, adentrando em uma rua calma. Não me contive de excitação e pus a buzinar. Uma garota de cabelos vermelhos pulava e gritava de alegria. Foi assim a minha ida à escola naquele dia. Gina perguntava-me sobre o carro, encantando-se sempre que possível – se não estivesse xeretando tudo a seu alcance – com o espelho que descia do teto toda vez que apertava um pequeno dispositivo perto da janela. Tudo estava mais do que perfeito.
Chegamos à escola e, como sempre, dois rapazes, um moreno e o outro ruivo, esperavam por nós. Rony e Harry moravam juntos em um albergue. Eles tiveram muitas dificuldades em convencer a Sra. Weasley da idéia. Quer dizer... eu tive de conversar com ela sob o argumento de que sempre fui a mais ajuizada e que, por isso, era digna de confiança.
Gina colocou o rosto para fora da janela, os cabelos voando, e começou a gritar aos dois. Ouvi uma buzinada longa. Será que estava tão distraída assim? Entretanto, para minha completa infelicidade, outro carro passou pelo meu lado e, dentro dele, pude ver a figura insuportável de Draco Malfoy sorrindo de lado. “Ficou muito bonita nesse carro vermelho, Granger.”, disse antes de passar. Estava tão irritada que mal percebi que subia pela calçada.
As aulas corriam normalmente sendo que, de vez em quando, algumas pessoas vinham me felicitar. Foi, porém, no penúltimo horário que meu mundo desabou. Severo Snape, professor de química, anunciou um trabalho em dupla para a próxima semana. Já havia me juntado à Susana Bones quando o detestável – para a maioria - professor avisou que o critério de escolha seria através das notas. Tudo bem, afinal, o máximo de tortura que poderia passar seria fazer par com Crabbe ou Goyle.
- Hermione Granger – chamou-me com desdém – e – meu coração apertou – Draco Malfoy.
Não! Ele só podia estar brincando. Draco Malfoy? Tinha que haver algum engano. Alguém deveria ter a nota mais alta do que a dele. Já era insuportável vê-lo todos os dias, imagine agora que teríamos que nos reunir para... conversar! “Eu me prometo ser o mais breve possível”, mentalizei.
- As duplas podem se reunir e dirijam-se às respectivas mesas de experimento – sentou em sua cadeira – O que estão esperando? Que eu lhes ensine como se mexer?
Andei automaticamente para a bancada e não tardou minha dupla sentou-se ao meu lado. Como numa tragédia daquelas, ELE poderia estar sorrindo? Draco Malfoy estava destruindo o dia mais feliz da minha vida. O meu dia.
Vaguei pela sala com os olhos e percebi Rony e Harry, do outro lado, olhando para o Malfoy com desprezo. Sempre tentei contornar certas hostilidades vindas dos meninos – não valeria a pena - mas naquele momento só queria que alguém me tirasse daquela situação. Fui acordada de meus devaneios por uma voz arrastada.
- Granger – disse – você vai ficar com essa cara ou vamos começar?
- Claro – respondi sem encará-lo – quanto mais rápido terminarmos, melhor.
- Acredite, também não é nenhum prazer estar com você aqui – senti como se tivessem me apunhalado no peito – preferia um lugar mais reservado – e deu uma piscadela.
- Escuta aqui – meu rosto começava a queimar – Hoje é um dia muito importante e nada, nem mesmo sua intragável presença, vai estragar isso.
- Nossa! Garota... – levou a mão direita ao coração – você sabe como ferir. Mas como você mesmo disse, esse dia é importante e nada vai estragá-lo.
- O que faz esse dia ser importante para você? – o olhei desconfiada.
- Ora, ora – sorriu de lado. Aquele sorriso me matava! – de repente minha presença deixou de ser intragável e a ‘senhorita perfeição’ aqui quer saber sobre a minha felicidade?
- Você é um...
- Granger e Malfoy – a voz de Snape se fez em nossas costas. Ele nos olhava de braços cruzados – Não é devido às notas que os senhores podem se dar ao luxo de conversar durante a minha aula.
- Desculpe – disse enquanto pegava um béquer. Malfoy fazia anotações com a cara mais cínica do mundo – Isso é culpa sua – alfinetei. Ele, no entanto, não respondeu, apenas abriu mais o sorriso e continuou a anotar.
- A propósito – levantou os olhos – parabéns – e voltou a escrever.
- Obrigada – disse incrédula.
Pode ser que essa memória não represente muita coisa para leigos, mas para mim, e quem conhece minha história, essa passagem foi apenas o começo de uma longa trajetória em que meu maior desafio era conviver civilizadamente com ninguém mais e ninguém menos do que Draco Malfoy, o deus platinado de quase todas as garotas da escola. Todas menos eu.
- Granger você está derramando a solução – apontou para o líquido escorrendo pela mesa. Tratei de pegar uma pequena toalha, deixada à disposição para casos como aquele, mas ele já o fazia com outra. Por alguns segundos nossas mãos se encontraram e, de repente, Draco Malfoy deixou de ser tão insuportável. Mas não por muito tempo.
- Então – retirou a mão – como vai o Vitinho?
- Bem – respondi naturalmente, mas só depois lembrei com quem falava – Mas não me lembro de que isso lhe diga respeito.
- Tsc, tsc... Que modos são esses, Granger?
- Pelo menos não sou eu que estou me intrometendo na vida de dois...
- Namorados? – perguntou me encarando.
- Sim – sustentei o olhar – namorados.
O sinal tocou e antes que pudéssemos sair, Snape advertiu.
- A parte escrita deverá estar em minha mesa na terça-feira – e olhou para todos na sala – Nem mais um dia.
Uma bomba caiu em minha cabeça. Parte escrita? Quando ele falou em parte escrita? Um desespero tomou conta de mim. Nunca tinha deixado nada escapar. Nem ao menos notei alguém se aproximando.
- Amanhã em minha casa, Granger - sussurrou em meu ouvido.
- O quê? – perguntei alheia.
- Reunião amanhã na minha casa – repetiu pausadamente.
- E por que na sua casa?
- Porque na sua tenho que medir o que falo – se aproximou – e o que faço. Se quiser posso ir buscá-la.
- Não precisa – minha voz saiu rouca – esqueceu que agora tenho um carro?
- Ah sim – respondeu sarcástico – a cor do carro combina com você. E se me permite...
- Não – disse de imediato.
- E se me permite dizer – ignorou – se com um simples carro vermelho você fica sexy desse jeito, imagine com certas roupas da mesma cor – disse num tom sonhador.
- Eu te odeio – meu rosto voltou a queimar.
- Acreditaria no elogio – parou à porta – se seus olhos dissessem o mesmo...
Saiu e de repente a sala havia tornado-se extremamente quente.
Passei semanas com aquela frase na cabeça. “Se seus olhos dissessem o mesmo...” Confesso que por mais que eu tente negar e dizer que ele não me afeta em nada, eu sei que estarei mentindo. Enganando a mim mesma como estive todos esses anos.
- Draco, querido – uma mulher loira trajando um longo vestido preto surgiu na sala – Você tem visita.
- Mas mamãe, não vê que estou ocupado? – respondeu um pouco indignado – E quem ousa vir sem avisar?
- Creio que sua amiga não se incomodará, não é mesmo querida? – sorriu forçado.
- Absolutamente, Sra. Malfoy – respondi tranquilamente. Era perceptível que eu não fazia parte dos pupilos da influente Narcisa Malfoy, ainda mais quando ela mesma fazia questão de demonstrar isso.
- Como se incomodaria quando o assunto não lhe diz respeito... – uma garota branca, cabelos pretos cortados acima dos ombros e olhos negros apareceu das costas da mulher -... Granger. Certo?
- Sim – respondi o mais educada possível.
- Pansy! O que está fazendo aqui? – a natural palidez dele evoluiu para a cor de cera.
- Draco! – Pansy Parkinson agarrou-o pelo pescoço – Nunca mais ligou meu amor – e beijou-o sofregamente.
- Hermione, querida – Narcisa fez um sinal para que a acompanhasse enquanto saia da sala. Obedeci prontamente e prossegui pelo corredor sem olhar para trás. A visão de uma morena descontrolada atirando-se sobre um loiro insuportável me dava náuseas.
Chegamos a outro cômodo que julguei ser o escritório. Assim como toda a casa, a decoração era escura, móveis antigos, mas dessa vez o que chamou a minha atenção foi a grande biblioteca. Um acervo de conhecimento, eu confesso. A mulher sentou-se na cadeira atrás da única mesa e apontou-me a poltrona à sua frente.
- Sabe, querida – começou após um longo minuto encarando-me – Há muito tempo aqueles dois estão juntos – sorriu – Sempre entre idas e vindas. Você entende não?
- Sim, senhora – assenti.
- Ah! Claro que entende – apoiou o queixo nas duas mãos – Você é uma garota de sorte. Ser a namorada de ninguém mais do que Víktor Krum é, digamos, ter a certeza de um futuro promissor.
- Pelo contrário, Sra. Malfoy – respondi prontamente – Em nenhum momento tirei vantagem da carreira de Víktor. Não acho certo.
- Claro que não, querida. De maneira alguma quis que chegasse a essa conclusão. – levantou a sobrancelha – Você é uma garota muito inteligente para a sua idade, Hermione. Posso chamá-la assim? Draco me falou muito sobre você...
- Falou sobre mim? – meu coração acelerou, mas disfarcei – Acho pouco provável, senhora, eu e seu filho, me desculpe a sinceridade, não somos muito próximos. Pelo contrário... Se não fosse o pretexto da escola, jamais cogitaria passar por sua casa.
- O que realmente seria uma pena privar-me de sua companhia – encostou-se na cadeira – Mas vamos ao que interessa não? – encarou-me e viu que estava confusa - Acho que você já deve ter percebido o quanto Draco é importante para mim – concordei com a cabeça – Pois bem! Quero que me garanta que a relação que mantém com ele é de pura amizade.
- Nem isso senhora – disse decidida.
- Ótimo – sorriu abertamente – Não me leve a mal, querida. Você é bonita, mas meu filho é lindo. Merece alguém ao seu nível e não...
- Pois se sua preocupação é essa, Sra. Malfoy, pode ficar tranqüila – levantei-me – A única coisa que envolve a mim e seu amado filho é uma forte relação de desprezo. Para mim, ele não passa de um garoto mimado, que sempre teve o que quis sem nenhum obstáculo. E, graças à senhora, minhas suspeitas se confirmaram.
- Realmente você é muito inteligente, Hermione – sorriu de lado – Mas não admito que fale do meu bebê dessa maneira. Ainda mais em minha casa.
- Não seja por isso – retruquei – Acho que minha permanência nessa casa já foi o suficiente. Nossa pesquisa já está pronta.
Era impossível esconder minha indignação. Por que ela tinha sugerido que eu e o Malfoy tivéssemos algo? E, principalmente, por que me incomodava ter dito que não? Enquanto várias perguntas dançavam em minha cabeça, eu e Narcisa continuávamos a nos encarar.
- Granger? Mamãe? – uma voz conhecida invadiu o escritório – Procurei as duas pela casa toda. Consegui convencer Pansy a ir embora.
- Mas já meu amor? – Narcisa foi ao seu encontro e depositou um beijo em sua face – Eu e a simpática Hermione – virou-se para mim com um sorriso – Estávamos conversando sobre frivolidades. Para falar a verdade, conversávamos sobre garotos, não é querida?
- Claro – respondi rispidamente sentindo o peso de dois olhos cinzentos.
- Você sabia, Draco querido, que a nossa linda Hermione é a namorada de ninguém mais que o mais talentoso e rico jogador de rúgbi? Um casal adorável, eu devo dizer...
- Com licença, mas acho que devo ir embora – sorri sem graça – Já está tarde.
- Eu a acompanho – Malfoy prontificou-se.
- Acho melhor não – parei à porta – Sua mãe precisa da companhia de seu bebê.
- Exatamente, querido – Narcisa se pronunciou. Pude notar a nota de raiva em suas palavras – O mordomo acompanhará a srta. Granger à saída. Fique comigo.
Incrível! Simplesmente inacreditável! Draco Malfoy me chamou à sua casa para que eu fosse platéia de um de seus shows com a ‘perfeita’ namorada. E, para completar o pacote, dispôs-me a uma sessão de terapia com uma mulher de meia idade que, ao longo de um ensaiado discurso, soltou seu veneno com precisão atingindo justamente o lugar que menos esperava, ainda mais levando em consideração a pessoa de quem tratávamos.
Entrei no carro e dirigi até em casa sentindo um misto de repugnância e dor. Agora que tinha conhecido a principal culpada pelo comportamento daquele loiro, compreendia sua personalidade. Sempre se achando superior aos outros, mas, quando em perigo, era a pessoa mais covarde que tive oportunidade de conhecer.
Meus pensamentos se diluíram quando a dor em meu peito se aprofundou. Nunca tinha sentido nada igual. E o que mais me irritava era não saber o porquê daquilo tudo. Ou talvez eu soubesse, mas não quisesse acreditar.
- Hermione?
- Hum?
- Você está bem?
- Por que não estaria, Malfoy?
- Porque você ainda não se irritou comigo.
- Você nem fez comentários sarcásticos. Acho mais provável que seja você que não esteja bem.
- Discordo.
- Como? – minha voz se elevou.
- Agora sim – sorriu convencido – Sabia que você não resistiria.
- Você se acha o máximo não, Draco Malfoy?
- Jamais achei – colocou as mãos atrás da cabeça – Eu sou.
- Realmente – disse em um sussurro. Ouvi-o se engasgar.
- Eu só posso estar delirando! – levantou as mãos ao céu – Hermione Jane Granger, agora Malfoy, acabou de assumir que eu, seu marido, vulgo ‘riquinho metido’, sou o máximo?
- Cala a boca – escondi meu rosto para que não me visse corada.
- Vem calar – levantou meu queixo – Já lhe disse que você fica linda vermelha?
- Para falar a verdade, é só o que você fala desde o dia do meu aniversário de dezoito anos. Já temos vinte e seis, mas seu disco ainda não mudou.
- Para uma pessoa que me chamava de loiro aguado, você está bem empolgada com a nossa relação de ‘desprezo’ não?
- Escutando atrás da porta?
- Talvez – levantou a sobrancelha.
- Malfoy, você ainda não gosta de crianças? – perguntei tentando parecer natural.
- Até quando vai me chamar de Malfoy, mulher? – bagunçou meus cabelos – Nós estamos casados e você continua com essa mania.
- Você não meu respondeu, Draco – frisei a última palavra – Ainda não gosta de crianças?
- Para falar a verdade... – fez uma careta – eles parecem joelhos quando nascem não? E também nunca tive muita paciência.
- Ótimo – encarei-o – Estou grávida.
- Co-co-como? – a cor sumiu de seu rosto.
- Eu estou grávida – repeti enquanto caminhava para a cozinha.
- Mas como? – gaguejou.
- Você quer realmente que eu te explique de onde vêm os bebês? – gritei da cozinha enquanto enchia um copo com água.
- Mas eu estava viajando... Como pode ser?
- Sendo – respondi antes de tomar outro gole de água. Ouvi passos apressados cessarem atrás de mim.
- Você tem certeza que esse filho é... – tomou fôlego – O filho que você está esperando é meu?
- Como assim se eu tenho certeza? – senti minhas pernas bambearem. O copo escapou de minha mão se quebrando em pedaços minúsculos – Como assim se eu tenho certeza?
- Você entendeu muito bem – sua fisionomia estava séria e ele me virou fazendo com que nos encarássemos – Eu estive viajando, não sei o que você fez enquanto eu estava fora...
- Você está certo – sussurrei enquanto meus olhos começaram a marejar.
- O que você disse? – segurou-me pelos ombros.
- Você tem razão – retirei suas mãos e envolvi-as com as minhas – Quando soube da minha gravidez sabia que para você não seria algo tão fácil de aceitar. Eu, ao contrário, me senti tão feliz que tive que me controlar para não ligar para seu celular e dar a notícia. Esperei pacientemente, ensaiando as palavras certas – fui interrompida por meus próprios soluços enquanto o loiro à minha frente tentava permanecer impassível – Mas agora que já disse o que tinha que dizer, sinto-me mais aliviada. E, respondendo sua pergunta, não, esse filho não é seu.
- Como você pôde? – retirou as mãos da minha e vi seus olhos brilharem em conseqüência das poucas lágrimas que pretendiam cair. Sabia, porém, que, dependendo dele, nenhuma seria derramada.
- Esse filho não é seu, Draco – continuei ignorando a pergunta – A criança é do meu ex-marido, sabe? – ele levantou os olhos rapidamente – O homem pelo qual me apaixonei aos dezoito anos e que, mesmo sendo a pessoa menos indicada para que isso acontecesse, jamais dei motivo para que duvidasse de minha fidelidade ou, pior, do meu amor.
- O que você quer dizer com isso?
- Sabe, Draco – continuei – Quando você me fez uma surpresa hoje, voltando de viagem antes do esperado, senti uma pequena esperança que a noticia de um fruto nosso amaciasse seu coração. Mas eu me enganei – respirei fundo – O homem parado à minha frente está longe de ser o Draco com quem casei, por quem enfrentei meus amigos... Enfim, eu sinto que não o conheço mais e sendo assim... – retirei delicadamente minha aliança do dedo anular -... Acho que não devo continuar casada com um desconhecido – pousei-o sobre a mesa. Ele continuava a me encarar.
- Você só pode estar brincando... – foram as únicas coisas que conseguiu falar.
- Assim como brinquei quando falei da gravidez – dei as costas – Lembra a vez que você me derrubou naquele gramado quando estávamos caminhando de manhã? – ensaiei um sorriso – Quero que você guarde essas memórias porque é desse jeito que irei lembrar-me de você. Foi bom enquanto durou, Draco. De verdade.
Deixei a cozinha com passos lentos, tentando demonstrar tranqüilidade, mas, ao ultrapassar a porta do cômodo, subi as escadas correndo enquanto sentia que não poderia conter mais as lágrimas. Tranquei-me dentro de um quartinho, o qual havia decorado com nuvens e estrelas, uma confortável poltrona em um dos cantos e, perto ao pequeno guarda-roupa, estava um berço de madeira clara, em que estavam presos, acima, estrelas e ursinhos. Havia realmente ficado bonito. Sentei-me na poltrona e deixei minha dor vir à tona.
Lembro que chorei por vários dias. Claro que somente quando ficava sozinha. O que ele fez naquela noite, eu não faço idéia, só sei que não o vi depois desse dia. Hoje sei que voltou à nossa ex-casa e sua única distração é o trabalho. Se eu sinto vontade de vê-lo novamente? Sim. Com seis meses de gravidez, me entristece reconhecer que nosso reencontro não será por um motivo nobre, como o nosso filho.
N/B: Antes de mais nada, gostaria de dizer que não foi nada fácil betar a fic da Rafuxa.. simplesmente porque a fic tá ótima e eu nem prestava atenção nos - poucos - errinhos de português ou digitação que tinha!
A fic está ótima e ela escreve mutíssimo bem! Indico essa fic a todos que são fans de Dramione! Você está de parabéns querida! Beijoos... S2
N/A: *morre depois do coment da jessie*
Bem, é isso por hoje...^^
Beijos para tds!!!
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